quarta-feira, 1 de julho de 2009

AMAR NÃO É HERESIA


Há um rapaz que se converteu através do nosso trabalho em uma organização evangelística. Foi discipulado, cresceu espiritualmente e, por causa de uma namorada, foi para o espiritismo. Ele conheceu e abandonou o verdadeiro cristianismo, e abraçou uma seita que não reconhece Jesus como totalmente homem e totalmente Deus. E a justificativa que ele me deu foi que o importante é o amor. No caso hipotético que citei ontem, é, mas no caso desse rapaz, não é. Ele abraçou uma seita que nega ser Jesus 100% Deus e 100% homem, e o amor ali pregado é para se ganhar pontos para a auto-justificação, ou seja, a obtenção da salvação por méritos próprios.
Com certeza todos nós seremos julgados pela “luz” que recebemos. Certa vez eu comecei uma aula para os jovens da minha Igreja lendo com eles um determinado versículo que dizia para amarmos os outros. Depois lhes disse: “Pronto, já não temos mais desculpa. Agora temos que amar”.
E todo o plano de salvação proposto por Deus é baseado no amor:
“Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” (Mateus 22:36-40)
É claro que eu não creio no “Universalismo”, ou seja, essa heresia que afirma que no fim todos hão de ser salvos. Não é o que a Bíblia diz. A salvação é por Jesus Cristo, e só por Ele. E por amor nos apropriamos disso.
“Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1 João 1:5-7)

Um comentário:

  1. Caro Xyko,

    Sem dúvida, você tocou no assunto mais polêmico de todos os tempos... desde que o homem saiu da caverna, aquele que acreditava no deus sol começou a guerrear com aquele que acreditava na deusa lua. Quando criamos nossa identidade, desde criança, brigamos com nossos irmãos...
    Somos treinados no pensamento lógico da causa e efeito, do argumento e contra-argumento. O discurso substituiu o uso da violência física através da argumentação e persuasão. A lógica do argumento e contra-argumento leva sempre ao debate, à discussão e daí para a briga. Alguém sempre vai "vencer" e outro "perder"...
    O diálogo é diferente, ele visa um resultado comum, o bem de todos (do grego dia - através e logos - palavra, mais que isso, ação, "Verbo" e até o próprio Cristo). O diálogo necessita de escuta real e reconhecimento dos "valores" do outro, suas "verdades"... pressupõe um raciocínio mais complexo.
    Claro que o debate é útil de vez em quando, o problema é que achamos que podemos resolver tudo com ele...
    O diálogo pressupõe também maturidade, compaixão e respeito pela identidade do outro que vai ser "sempre" diferente da nossa... isso é alteridade.
    Creio que o Cristo foi aquele que andou sobre as águas, superou e transcendeu a escuridão da água profunda e a transparência da água rasa... Pedro com toda a sua fé, não conseguiu permanecer por mais que alguns momentos nessa plenitude de consciência "crística", se assim me permite dizer, e afundou logo em seguida. Por isso Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ele transcende e está acima desse turbilhão de águas revoltas que vivemos em nossos dias...
    Sinceramente espero não estar sendo relativista nem herege, mas creio que devemos sempre respeitar e dialogar com aqueles que pensam e creêm diferente de nós, por mais que não concordemos com eles...

    Paz de verdade,

    Venâncio

    PS - sinceramente creio que um dia, depois de longo "purgatório", poderemos encontrar no céu bons muçulmanos, hindus, judeus, espíritas... talvez até melhores que nós...

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