quarta-feira, 6 de julho de 2011

EZEQUIEL DA SILVA

Essa figura, que tanta raiva causou a tantos, é criação minha. Foi um projeto que levei avante de criar alguns heterônimos e colocá-los como comentaristas no Blog para retratar personalidades da nossa época. Foi um sucesso maior do que eu esperava.
Por que? Toda e qualquer ação do Ezequiel foram copiadas das ações, afirmações e pensamentos de inúmeros crentes evangélicos com os quais cruzei na minha vida cristã. É por essa razão que o personagem é tão vívido, a ponto de todos acreditarem ser real.
Tenho que confessar uma coisa: eu me diverti muito com as diversas reações de muitos de vocês.
A estratégia usada foi a mesma usada pelos autores do desenho seriado Simpsons; Por que esse desenho nos incomoda? Justamente porque por nos mostrar como somos mas não admitimos sê-lo.
O Ezequiel da Silva é um pouco de todos nós, um Frank Satin no qual costurei um pedaço de você, de mim, de nós.
Reaja. Xingue. Reclame.
Enfim, gostaria de ver o seu comentário.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

BARRADOS NO BAILE

Dá uma olhada no que recebi:
Chico, aproveitando que já estou te escrevendo, ando num dilema interior com algumas coisas que escuto na igreja. Eu acredito em Jesus e, sou grata a ele ter morrido por nós. Mas, ultimamente, não entra na minha cabeça que uma pessoa formidável, que ajuda os outros, mas que não crê em Jesus não seria salvo. Para mim, Deus seria bom demais para permitir que isto ocorra.
Por exemplo, não acho que Gandhi não seria salvo.
Ainda, nem me acho uma pessoa tão boa assim, tenho minhas limitações e sei que Deus é infinitamente melhor que eu, então eu penso: se eu salvaria varias pessoas, nem sendo tão boa e justa, porque Deus não?
Até porque não faz sentido então ele colocar alguém no mundo, cuja trajetória de vida ele já sabe, se for para a pessoa morrer em trevas, eu acho.
E é difícil isto, ir na igreja e escutar estas coisas, parece até que o Deus que eu acredito não é o mesmo mostrado, não sei”.
Esse é um trecho de uma carta que recebi de uma moça a qual é muito amada por nós. Seu dilema faz sentido, mas merece algumas considerações.
As coisas boas que fazemos não nos levam para o céu. Nem as ruins nos levam para o inferno. O que decide nosso destino eterno é a graça e a misericórdia de Deus.
“Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:8-10)
Só vai para o inferno quem quer. E só não vai para o céu quem não quer. Pela vontade de Deus todos iriam para o céu.
“O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” (1 Timóteo 2:4)
É claro que eu entendo que o termo “todos” aqui é usado coletivamente (“Deus deseja que homens de todos os tipos e camadas sociais sejam salvos”), mas estender isso a todos os homens não me é difícil. Mas observe, não estou com isso querendo dizer que no fim todos serão salvos. Aqueles que não querem crer, terão o que quiseram.
“Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (João 3:17)
E por fim, eu creio que a salvação é um assunto extremamente pessoal. Não devemos nos ocupar ou preocupar se fulano ou sicrano foi salvo, mesmo que seja Ghandi. Isso é entre a pessoa e Deus.
PARA REFLETIR:
“E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (Atos 4:12)