sábado, 29 de março de 2008

QUANDO CADA MINUTO VALE OURO

Segunda-feira passada fui ao cinema. O filme mostra dois homens que sabem que vão morrer em breve e realizam alguns desejos no pouco tempo que lhes resta. É ficção, mas muito interessante, dá o que pensar.
Isso me fez lembrar de um livro que li, o qual conta a história, essa real, de um executivo que também sabe que vai morrer e realiza algumas coisas listadas como últimos projetos. Uma delas é escrever o tal livro, que teve que ser terminado pela esposa. Achei melhor o livro do que o filme, mas ambos valem a pena. (Informações sobre o livro e o filme estão abaixo)
Um ou dois dias depois, a Denise, minha mulher, me perguntou o que eu gostaria de fazer se estivesse na mesma situação. Na hora eu não soube o que responder, mas comecei a pensar.
Existem coisas que logicamente eu gostaria de fazer mas não dependem só do meu querer. Por exemplo, visitar um castelo na Europa. Mas alguns outros desejos poderiam ser realizados sem que eu dependesse de outras pessoas ou de ter dinheiro.
Eis alguns desses desejos.
A primeira coisa que eu faria é separar muitíssimo tempo para orar. Deus, e eu com a minha Bíblia em um lugar bem silencioso. Muitas horas seriam investidas nisso.
Depois, eu priorizaria ficar junto da Denise. Horas e mais horas com ela.
Conversar com algumas pessoas seria o terceiro item da lista. Claro que para cada um eu teria um assunto específico para falar, pensado com antecedência nos mínimos detalhes. Até fiz uma lista de quais seriam essas pessoas.
E por último, faria um diário de tudo. Pode ser que eu não registrasse tudo dia após dia, mas os momentos, experiências, emoções e idéias mais importantes seriam registradas.
Mas aí e perguntei: por que esperar estar morrendo para realizar tudo isso? Se pensarmos bem, estamos morrendo a cada momento. Se são projetos de valor para mim, por que não começar a relizá-los? Então, está decidido. Vou fazer tudo isso.
INFORMAÇÕES:
Antes de Partir (The Bucket List) – Comédia dramática. 97 min. Estados Unidos, 2007. Direção: Rob Reiner. Com: Jack Nicholson, Morgan Freeman, Serena Reeder. Dois idosos com doenças terminais decidem realizar uma lista de desejos e embarcam em aventura que inclui corridas em alta velocidade, grandes refeições e partidas de pôquer.
O título do livro é CLARO COMO O DIA
O autor é EUGENE O’KELLY

terça-feira, 25 de março de 2008

E QUANDO DEUS NÃO CURA?

Aquele foi realmente um dia muito especial. Eu era bem jovem ainda quando fui convidado para participar de uma reunião de oração com um grupo de pessoas que não conhecia. Alguns amigos se prontificaram a me acompanhar, e assim lá fomos nós. Porém, havia um detalhe: eu não sabia exatamente em que local o tal grupo se reunia para orar, só sabia qual era o bairro. Mas decidimos seguir em frente assim mesmo! Quando chegamos a uma determinada rua do bairro, paramos o "carro" (nessa época, meu "carro" era uma perua Kombi caindo aos pedaços) e decidimos orar, pedindo a orientação de Deus. Assim que abrimos os olhos, vimos alguns rapazes, carregando suas Bíblias, passando bem à nossa frente.
— Vamos seguí-los? —, sugeri.
— Vamos — eles concordaram.
Em poucos minutos estávamos no local onde se daria a tal reunião!
Logo que entramos, percebemos que aquele era um grupo bem animado. Todos cantavam e louvavam a Deus com entusiasmo. Terminado o período de louvor, uma senhora se levantou, trazendo uma boa mensagem bíblica para todos os presentes, e em seguida, vieram as orações. Eu nunca havia participado de uma reunião de oração com um grupo pentecostal, e quando as orações terminaram, estava ainda um pouco assustado com tudo aquilo, sem saber o que pensar. Foi quando um rapaz se aproximou de mim e disse:
— Enquanto orávamos, Deus me falou, através de uma visão, que esta noite você vai ser curado e poderá andar.
Não preciso dizer que saímos dali mais perdidos do que quando chegamos. Todos os meus amigos queriam ficar ao meu lado para presenciar o milagre. Fomos até uma praça e resolvemos ficar ali orando e esperando... Já de madrugada, alguns policiais se aproximaram de nós querendo saber o que estávamos fazendo na rua àquela hora. Alguém que morava nas imediações deve ter achado bastante suspeito aquele grupo de rapazes passando a noite na praça e resolveu chamar a polícia. Depois de nos revistar, os guardas nos mandaram ir para casa dormir, o que nós obedecemos prontamente. Na manhã seguinte, todos os meus amigos telefonaram para saber o que havia acontecido. Conversei com cada um, sentado em minha cadeira de rodas (onde estou até hoje).
Várias coisas passaram pela minha cabeça naquele dia. A primeira delas foi: será que eu não tenho fé suficiente? Mas eu sabia que isso não era verdade. A seguir, pensei: Será que o rapaz que teve a visão não se enganou quanto ao dia? Mas se ele se enganou nesse ponto, então pode ter se enganado no resto! As dúvidas invadiram a minha mente: Por que Deus não falou diretamente comigo? Será que Deus realmente falou com aquele rapaz?
Durante todos esses anos de trabalho na Capelania do HC-UNICAMP tenho visto muitas pessoas em situações semelhantes a essa. Já vi pessoas orarem a Deus e serem curadas. Mas também já vi pessoas orarem a Deus e NÃO serem curadas! E aí? Como explicar?
Quero falar ("de cátedra") sobre esse assunto, mais especificamente sobre a questão "E QUANDO DEUS NÃO CURA?"
Não me lembro bem de qual era a doença daquele rapaz, mas lembro que os rins já não funcionavam e ele estava extremamente inchado. Havia muitos líquidos acumulados em seu organismo. Já fazia algum tempo que ele estava internado, e sua mãe ficava o tempo todo ao lado dele. Ambos eram evangélicos, membros de uma igreja pentecostal.
Numa determinada tarde, a mãe compartilhou comigo que havia passado por uma "experiência espiritual" na noite anterior. Ela passou a me explicar o que havia acontecido:
— Ontem à noite, depois que meu filho finalmente conseguiu dormir um pouco, deixei-o por alguns minutos para ir tomar banho. Enquanto me preparava para entrar no chuveiro, o desespero tomou conta de mim. Ajoelhei-me ali mesmo, do jeito que estava, e comecei a orar, esquecendo-me do desrespeito que estava cometendo ao me dirigir ao Senhor sem roupas, tamanha era minha dor ao ver meu filho definhando. Orei e supliquei ao Senhor com tanta fé para que Ele curasse meu filho, que DEUS ME OUVIU! Enquanto orava, Deus me falou que meu filho vai ser curado e depois vai testemunhar nas igrejas aquilo que Deus fez em sua vida!
No dia seguinte, porém, seu filho morreu.
Ao saber da morte do rapaz eu me lembrei da frase de M. L. Jones: "Não devemos ter fé na nossa fé, mas sim no Deus da nossa fé".
Creio que Deus pode curar de três formas:
A cura pode vir de "fora", ou seja, Deus pode usar médicos, remédios ou tratamentos para nos curar. A cura também pode vir de "dentro", isto é, Deus pode nos dar ânimo, tranqüilidade, esperança. Certa vez, ouvi de um médico, diretor do departamento de radioterapia do HC-UNICAMP, que aquilo que estávamos fazendo pelos pacientes representava 60% do processo de cura (naquele dia, um coral havia se apresentado para os doentes do ambulatório). Mencionei esse fato ao fazer uma palestra ali no hospital, e uma psicóloga pediu um aparte para comentar que, dependendo do caso, essa porcentagem chega a 80%!!! Por fim, a cura pode vir por meios "sobrenaturais", ou seja, através de um milagre. É importante frisar que nem sempre Deus cura a doença da pessoa, mas Ele sempre cura a pessoa.
Mas, Deus pode também NÃO curar.
Agora, leia Romanos 8.28 "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito". Antes de nos aprofundarmos na interpretação desse versículo, gostaria que você refletisse na seguinte questão: a cura é sempre um bem?
Continuemos então.
Eu me preparava para visitar uma paciente internada no HC-UNICAMP, uma garota de 16 anos que havia sofrido uma lesão na coluna ao cair de uma árvore. Os médicos haviam diagnosticado que ela ficaria paralítica para o resto da vida, pois a lesão era irreversível. Antes de entrar no quarto, pensei: o que falar diante de tal situação? Haviam me informado que alguns parentes da garota haviam juntado seus recursos para dar a ela uma cadeira de rodas, mas quando a levaram para a menina, assim que ela pôs os olhos na cadeira, cobriu o rosto com o travesseiro e começou a chorar convulsivamente.
A forma como ela me recebeu também não foi das mais amistosas. O fato de eu usar uma cadeira de rodas talvez tenha contribuído para que ela se mostrasse fria e lacônica em suas respostas.
Mas, não desanimei. A partir desse dia, passei a visitá-la, mesmo que rapidamente, todos os dias. Com isso, conquistei sua confiança, a ponto de ela me mostrar a página de seu diário onde estava registrado o acidente e todos os acontecimentos que vieram em seguida. Ao ler o que estava escrito ali, levei um choque. Ela havia registrado que quando caiu da árvore e não conseguiu se levantar, sua mãe chamou seu irmão para ajudá-la. Os dois a levaram no colo até o banheiro, deram-lhe um banho e só depois é que a levaram para o hospital. Mais tarde, o médico disse a ela que se eles a tivessem imobilizado imediatamente e chamado a ambulância de resgate, ela não teria ficado paralítica!! Assim, além de precisar se adaptar à nova situação, ela precisava também aprender a lidar com o conceito do perdão.
Depois de algum tempo, ela teve alta do Hospital e não tivemos mais notícias. Até que um dia nos encontramos casualmente em um dos ambulatórios. Começamos a conversar e ela me contou que estava rescrevendo seu diário, eliminando todas as partes tristes. Uma voluntária que me acompanhava naquele dia concordou plenamente, mas eu não. Quando ela me perguntou por que eu discordava, respondi: "O que seria dos grandes navegadores se nunca tivessem que enfrentar tempestades?" Ela voltou atrás e manteve o registro das partes tristes. O sofrimento e a dor é que poderão transformá-la em uma pessoa especial! Em tempo, pudemos falar de Jesus Cristo para ela durante a sua internação e sua resposta foi altamente positiva.
Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. (Romanos 8. 28)
De que forma o fato de uma doença não ser curada pode contribuir para o bem de uma pessoa?
Eu creio realmente que "todas as coisas [todas mesmo] cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles quem são chamados segundo o seu propósito". A questão é que nem sempre desejamos ou consideramos bem-vindo o "bem" que Deus tem para nós. Por exemplo, não desejamos passar por uma doença, mas através dela podemos desenvolver um espírito de paciência e gratidão por aqueles que cuidam de nós. Muitas vezes uma doença nos permite reconhecer nossa dependência de Deus e pode nos levar a uma vida de oração. Passamos também a dar maior valor à vida e à saúde, além de muitas outras coisas advindas da doença. A mesma coisa acontece quando perdemos um emprego. Achamos que o bem seria conseguir rapidamente um emprego melhor, e não conseguimos enxergar que muitas vezes um longo período de desemprego é o melhor para nós. E assim com todas as outras aflições que podem nos atingir.
Você crê nisso?

segunda-feira, 24 de março de 2008

PENSE NISSO 21


Há por aí, muito "cristianismo" sem Cristo!

quarta-feira, 19 de março de 2008

terça-feira, 18 de março de 2008

COMEMORANDO A PÁSCOA COM OS CATÓLICOS

Tenho duas grandes amigas e irmãs católicas que levam Deus muito a sério. Não hesitaria nem um momento sequer em afirmar que são convertidas.
Pois bem. As duas me falaram que estão fazendo penitência nessa quaresma. É claro que essa expressão me causou estranheza. Afinal das contas eu sou evangélico. Então tive um bate-papo com uma delas para poder entender a razão dessa prática. E não é que a coisa fez sentido para mim?!
É o seguinte. A Igreja católica prescreve que seus seguidores façam três coisas nesses dias que antecedem a Páscoa: confissão dos pecados, penitência e dar esmolas. Quando a minha amiga falou todos esses termos, no primeiro momento não entendi e preconceituosamente achei que não concordava, até que ela me explicou.
O que é recomendado é que o cristão faça desse período um tempo de reconciliação. Com Deus, consigo mesmo e com o próximo.
A confissão de pecados nos proporciona a reconciliação com Deus, já que todo pecado, além de causar estragos na nossa vida, quebra a comunhão com Deus. (Observação: os católicos se valem da confissão auricular com o sacerdote, mas não vamos discutir esse assunto)
A penitência é o abandono de qualquer prática habitual ou viciosa, que demande excessivamente nossa atenção, tempo, dinheiro ou até mesmo nossos pensamentos. São coisas que tendem a tomar o lugar de Deus em nossa vida. Ao nos privarmos dessas coisas, nos vemos, a nós mesmos, de uma outra forma.
E a esmola seria o compartilhar com o próximo uma parte daquilo que Deus nos tem dado na sua infinita misericórdia.
Sim. Concordo com você que está pensando que essas coisas devem ser feitas não só na Páscoa, e sim o ano todo. Mas não é o só praticar isso nesse tempo o que a Igreja Católica preconiza. A Páscoa é uma excelente ocasião para nos recordar das nossas obrigações cristãs, e nos exortar a continuar ou voltar a praticá-las.
Boa Páscoa.

segunda-feira, 17 de março de 2008

PENSE NISSO 20


Penso que as coisas mais importantes que fazemos devem ser as que realizamos na nossa última semana de vida.

sábado, 15 de março de 2008

SERÁ QUE DEUS SABE O QUE EU ESTOU PASSANDO?

Certa vez Jesus estava à margem de um grande lago, tão grande que é chamado de Mar da Galiléia. Como já estava ficando tarde, virou para os seus discípulos e disse:
- Vamos passar para o outro lado do Mar.
Havia uma multidão que estava por ali para ver a Jesus. Os discípulos, mandando todo mundo embora, entraram em um barco junto com Jesus e foram navegando em direção à outra margem. Eles notaram que outros embarcações os iam seguindo. Jesus, que estava na parte de trás do barco, arrumou alguma coisa que servia de travesseiro, deitou e dormiu. De repente se formou um enorme temporal de vento, que formava grandes ondas, e elas começaram a bater com força no barco, e batiam com tanta força que a água começou a entrar e a encher a embarcação. E Jesus lá, dormindo!
Acho que todos nós já passamos (ou estamos passando!) por algum problema bem grave, ou doença, ou falta de dinheiro, ou solidão, enfim, um PROBLEMÃO, e ter a impressão de que Deus está dormindo e que não está nem aí; não é verdade? Já sentiu isso? Eu já. Nessas horas nós nos sentimos como o rei Davi, quando escreveu o seguinte: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? Por que ficas tão longe? Por que não escutas quando grito pedindo socorro? Meu Deus, durante o dia eu te chamo, mas tu não respondes. Eu te chamo de noite, mas não consigo descansar".
Não é assim mesmo que acontece?
Naquela ocasião, quando o barco estava quase afundando, os discípulos, apavorados, rapidinho acordaram a Jesus, mas já dando uma bronca nele:
- Mestre, nós estamos morrendo e você não se importa?
Eu me identifiquei totalmente com eles nessa parte! O raciocínio deles (e nosso) é completamente errado. Se eles morressem, Jesus também "morreria". Mas quando as esperanças deles estavam perto do fim, algo fantástico aconteceu.
Jesus se levantou, repreendeu o vento e mandou o mar se acalmar. Os discípulos ficaram maravilhados e silenciosos. Veio a bonança e a tranqüilidade, tanto do mar como dos discípulos. Jesus mostrou que tinha o controle da situação. Quando ele ordenou que os discípulos fossem para o outro lado do mar é porque Ele tinha um plano, e nada, mas nada mesmo, impediria que isso acontecesse.
Depois disso, Jesus repreendeu seus discípulos por deixarem o medo apagar a fé. Em seguida os discípulos, cheios de respeito, perguntam: " – Quem é esse homem que domina até as forças da natureza?"
Hoje também é assim, Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre. Ele tem o controle da situação, e quando Deus tem um plano para nós, nada vai impedir que o mesmo se realize! Podemos não saber "em que praia vamos ancorar", mas nada nos impedirá de chegar lá. Ele transforma nossos medos em respeito e confiança quando aprendemos e cremos que Ele está no controle de tudo. Ele sabe o que está acontecendo conosco, e com certeza não está dormindo e se importa, e muito, com cada um de nós!
Você crê nisso? Você sabe quem é Jesus?
Ele é o Deus vivo que se fez homem para morrer na cruz para pagar pelos nossos pecados.

sexta-feira, 14 de março de 2008

PENSE NISSO 19



Felicidade e problemas não se excluem necessariamente.

segunda-feira, 10 de março de 2008

PENSE NISSO 18


Como você vive é o que você crê.

sábado, 8 de março de 2008

COMEMORANDO A PÁSCOA NA DEPENDÊNCIA DE DEUS

Todas as vezes que nos encontrávamos nos corredores do HC, eu perguntava a esse médico, grande amigo meu e irmão em Cristo, como estava indo aquele seu parente enfermo. "Caminhando", era a resposta.
Com essa vida maluca que levamos, só essa semana pudemos parar um tempo sossegado para tomarmos um cafezinho e conversarmos. Depois de vários assuntos preliminares, perguntei o que eu mais queria saber:
- Como se sente um médico ao ver um parente tão próximo com uma doença grave?
Sua resposta não me surpreendeu. Ele disse que estava mal. O que lhe aconteceu foi que no primeiro momento, ao ser constatada a doença, sua mente treinada já traçou tudo o que deveria ser feito: exames, procedimentos, tratamentos, medicamentos, dietas, tudo enfim. Só que as coisas não evoluíram como o esperado. E, conforme ele mesmo definiu, esse médico percebeu "que não tem tudo sob controle"!
Isso desequilibrou os sentimentos do meu precioso amigo. Afetou inclusive o relacionamento dele com seus pacientes e familiares dos mesmos. Mais empatia, mais consideração, mais entendimento. E olha que ele sempre foi atencioso, cuidadoso e simpático com aqueles que dependem dele como médico!
Dura lição essa em que percebemos que SÓ DEUS TEMTUDO SOB CONTRÔLE.
A Páscoa é uma ocasião propícia para meditarmos sobre isso. "Que seja feita a Tua vontade, não a minha" foi a posição de Jesus ao se preparar para a Paixão.
Ter uma vontade diferente da de Deus Pai não é pecado. Pecado é não submetermos a nossa corrompida vontade aos sábios desígnios de Deus. Quanto mais velho e experiente fico, mais me convenço que além de pecado é tolice querer darmos uma de onipresentes, oniscientes e onipotentes. A princípio pode parecer mais fácil e melhor fazermos tudo do nosso jeito. Mas não é, lhes garanto.
Tive a impressão de ver alguns vestígios de lágrimas nos olhos do meu amigo. Se eram lágrimas mesmo, fico feliz. Como eu disse para uma menina essa semana, sempre é bom chorar, não é mesmo?

sexta-feira, 7 de março de 2008

PENSE NISSO 17


Pirataria é pecado.

terça-feira, 4 de março de 2008

JÓ E O MAFIOSO DO FILME

Assisti a uma cena de um filme (que não vale a pena indicar) em que um chefe da Máfia, para mostrar ao mocinho a fidelidade de seus seguidores, chama um segurança do tamanho de um guarda-roupa, manda-o estender o braço e o queima com um charuto aceso. O segurança agüenta. O mafioso não faria isso com um guarda-costas sob suspeita de traição ou que fosse sabidamente fraco à dor.

O que Deus fez com Jó foi isso? Com certeza não. O caráter de Deus não é igual ao do mafioso. Seria algo parecido com um "amigo" deixar dinheiro em cima da mesa para ver se o companheiro rouba ou é de confiança.

“Pelo que vós, homens sensatos, escutai-me: longe de Deus o praticar ele a perversidade, e do Todo-Poderoso o cometer injustiça. Pois retribui ao homem segundo as suas obras e faz que a cada um toque segundo o seu caminho. Na verdade, Deus não procede maliciosamente; nem o Todo-Poderoso perverte o juízo.” (Jó 34:10-12)

Devemos definir o que é bem e mal. O que Jó sofreu foi um bem.

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Romanos 8:28)

Quanto maiores e difíceis as coisas que Deus nos pede, maior é o elogio que Ele nos está fazendo.

E sempre dá para suportar:

“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.” (1 Coríntios 10:13)

O QUE NÃO PODEMOS CONCLUIR:

Que todas as aflições que sofremos é castigo pelos nossos pecados. Foi justamente essa acusação que os "amigos" de Jó fizeram contra ele.

Que basta orarmos com fé e a aflição será removida por Deus.

Que Deus há de nos dar em dobro aqui na terra as perdas sofridas.

O QUE PODEMOS CONCLUIR:

Que todo sofrimento e aflição que passamos é uma chance que Deus dá aos outros de serem bons.

E quando os outros passam por dificuldades? É a nossa chance de sermos bons.

Finalmente, mal é a aflição inutil, da qual não tiramos proveito algum.

Então, que proveito Jó obteve com todas aquelas aflições? Com certeza não foi o receber o dobro de volta. Absolutamente não. Aliás, há até quem diga que esse final do livro é um acréscimo posterior. O que Deus fez na vida de Jó foi amadurecer a fé desse paciencioso homem. Ele obteve um conhecimento mais concreto e profundo de Deus. Benditas aflições!