segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

UMA PERGUNTA DIFÍCIL DE SE RESPONDER

Temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” (Jó 2:10)
Essa pergunta foi feita por Jó à sua mulher após ele perder quase tudo o que tinha: todos os filhos, todos os bens e a saúde.
Na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza, na alegria ou na tristeza, será que amamos a Deus em todas as circunstâncias?
Uma senhora uma vez me disse que se Deus não lhe desse o que estava pedindo (a saúde do filho soropositivo), ela não falaria mais com Ele. E acrescentou: “se Deus não me serve, então Ele não serve para mim”.
Muitas pessoas, e algumas vezes nós também, queremos um Deus para a nossa conveniência. Contudo, assim Ele não seria Deus, seria deus.
Por outro lado, é difícil acreditarmos totalmente em versículos como os que seguem abaixo, principalmente no momento em que passamos por aflições:
Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Romanos 8:28)
Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações,” (Tiago 1:2)
Mal, permitido por Deus, é bem.
E depois tem outra coisa, devemos amar e buscar a Deus pelo que Ele é, e não pelo que Ele pode nos fazer ou dar.
Você colocaria, por exemplo em um culto da sua Igreja, como motivo de agradecimento a Deus, algum mal que o atinge? Pois deveria.

domingo, 30 de janeiro de 2011

ARQUITETURA DOS RELACIONAMENTOS

Se nós repararmos bem, "a gente" não se fala mais.
Antigamente as casas tinham varandas enormes onde as famílias se reuniam para conversar e estar juntos. Havia também a sala de visitas, hoje substituída por uma edícula com churrasqueira, só usada quando há visitas. A cozinha também servia para a família conviver, já que as mesmas (cozinha e família) eram grandes. A cozinha era aconchegante e todos comiam as refeições juntos ali.
Já não há mais varandas nem sala de visitas. Há a sala de televisão, que tende a desaparecer, pois os aparelhos de TV estão indo para os quartos. Cada um tem que ter o seu. Dá para calcular o prejuízo que essa mudança nos hábitos causa nos relacionamentos interpessoais.
Vejamos os casados, por exemplo: os poucos momentos de intimidade física, emocional e de conversas no quarto, pode ser atrapalhado porque acabou a propaganda e recomeçou o programa ou a novela. Isso sem falar nos filhos que pegaram o prato de comida na pequena cozinha e foram comer cada um no seu quarto, na frente da TV ou do computador. Logo, logo os pais vão desejar boa noite para os filhos por e-mail.
Com isso nós não sabemos mais conversar. É possível perceber isso lá no HC-UNICAMP, onde fazemos o trabalho de Capelania hospitalar. As pessoas que cercam o paciente, seja da equipe de saúde, ou parentes, amigos ou quaisquer outros, não sabem exatamente o que falar para aquele que padece, e muito menos ouvi-lo! Parece que existem paredes de alvenaria que os rodeiam, e quando percebem que elas não existem, constroem "muros" de outro tipo, tais como "Tenho que sair para telefonar", lugares-comuns, representações quase que teatrais ou mesmo um sumiço como por mágica!!!!
Note: às vezes, ou quase sempre, aquela é a hora em que a pessoa mais precisa conversar!
Se nós não sabemos mais nos relacionar uns com os outros, também não o sabemos com Deus! Esse princípio está bem colocado no seguinte versículo:
Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê (1 João 4:20 RA).
Isso é coisa séria!
Gostaria de conversar sobre isso com vocês. Mesmo que seja pela INTERNET.

sábado, 29 de janeiro de 2011

DUAS POESIAS

AMAR SEM SER AMADO
É lavar as mãos sem as ter sujado.
É chover no molhado.
É ser um desgraçado.
É fazer o já feito.
É ter uma dor no peito.
É saber que não tem mais jeito.
É viver de lágrimas banhado.
É dos outros ser caçoado.
É se sentir desnorteado.
É chorar no leito.
É não receber o devido respeito.
É ouvir: eu o rejeito.
Mas amar sem ser amado,
É o que nos foi exemplificado,
Por quem foi crucificado.

AMAR E SER AMADO
É olhar infinitas vezes o já olhado,
e ainda assim ficar maravilhado.
É compartilhar o medo,
é não ter segredo.
É sentir tudo reprimido,
e explodir com o consentido.
É o amor como um todo,
cômodo.
É falar tudo,
mesmo quando se está mudo.
É conseqüência do amor,
extremado,
sem medo,
sofrido,
oferecido no todo,
acima de tudo,
de quem foi crucificado.

JUBÃO 2011

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

NO MEIO DO CAMINHO HAVIA UMA PEDRA

Ele estava insatisfeito com a sua Igreja, que era a Igreja de cá. Embora não admitisse isso, ele estava decidido a se transferir para a Igreja de lá. Não admitia porque dizia a todos que estava dando uma chance à sua Igreja de fazer alguma coisa para que ali ficasse.
Suas queixas começavam pelos bancos de madeira maciça, os quais pertencem à Igreja desde que ele nasceu. Não é que ultimamente eles se tornaram mais duros e incômodos! Os bancos da Igreja de lá são estofados.
E a temperatura do templo, então? No verão um forte calor e no inverno um frio insuportável. A Igreja de lá tem ar condicionado.
As vidraças da Igreja de cá o irritavam sobremaneira. Os vidros transparentes estavam sempre impecavelmente limpos, mas não tinham graça, beleza, vida, não diziam nem inspiravam nada. A Igreja de lá possui vitrais com mosaicos coloridos representando cenas bíblicas.
Expirado o prazo que ele mesmo estabelecera para que alguma coisa fosse feita, ele deixou a Igreja de cá e partiu para a Igreja de lá.
No meio do caminho encontrou um amigo o qual não via desde não sabia quando, parou para por os assuntos em dia. Isso o atrasou um pouco. Depois parou em uma lanchonete para tomar um suco. Mais um pequeno atraso. Depois foi ao clube, pois pagava a mensalidade e não aproveitava do mesmo. Foi visitar parentes, mais alguns amigos, uns dias para ficar em casa. E assim foi.
Até hoje não chegou lá.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

UMA PERSPECTIVA POSITIVA SOBRE OS HUMANOS

Nós, evangélicos, temos uma tendência a olhar o ser humano de uma forma depreciativa demais, como se fôssemos vermes inúteis com a inteligência de uma samambaia de plástico. Por que será?
Confesso para vocês que, com todo esse meu “coração pastoral”, eu definiria facilmente algumas pessoas com esse perfil. Inclusive algumas que conheço pessoalmente. Sim, claro, o ser humano é terrível!
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9)
Outra coisa a considerar ainda é que para darmos bons frutos, não podemos confiar em nossos próprios recursos, mas precisamos ter uma total dependência de Deus.
“Eu sou (é Jesus falando) a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.” (João 15:5-8)
Gosto desse trecho. Devemos nos esvaziar de nossos pensamentos, nossas palavras e nosso amor para deixar fluir através de nós os Pensamentos, as Palavras e o Amor de Deus para darmos muito fruto. Com isso a Glória é do Pai.
Por outro lado, fomos feitos por Deus.
“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” (Gênesis 1:31a)
Se achamos a natureza maravilhosa, por que pensar diferente a respeito do ser humano? Como criaturas de Deus somos uma maravilha.
“Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste: ovelhas e bois, todos, e também os animais do campo; as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo o que percorre as sendas dos mares. Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome!” (Salmos 8:3-9)
Não desconsidero o fato da queda do homem. O pecado, e todas as suas consequências foram acrescentados ao que Deus criou e viu que era bom.
O que você pensa a respeito de si mesmo?
“Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um.” (Romanos 12:3)
PARA REFLETIR:
“Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana. Mas prove cada um o seu labor e, então, terá motivo de gloriar-se unicamente em si e não em outro.” (Gálatas 6:2-4)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

INSATISFAÇÃO GARANTIDA

“Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal. Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.” (Gênesis 3:1-6)
A insatisfação é o que faz a moda, é o que impulsiona a industria do entretenimento, que muda os modelos dos carros e motos, que alavanca o turismo, as bebidas, as drogas e quase tudo mais. A insatisfação é o que move a economia mundial. O sistema satânico no qual o mundo jaz não quer que uma pessoa sequer esteja satisfeita, muito pelo contrário, está sempre propagandeando coisas novas para gerar insatisfação. Um indivíduo satisfeito não consome. O insatisfeito sempre quer algo mais.
“A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Há três coisas que nunca se fartam, sim, quatro que não dizem: Basta! Elas são a sepultura, a madre estéril, a terra, que se não farta de água, e o fogo, que nunca diz: Basta!” (Provérbios 30:15-16)
Conheço uma senhora cuja motivação maior na vida é adquirir algo. Sempre está querendo comprar alguma coisa específica. E quando compra, já se desinteressa por aquilo e já começa a pensar em outra coisa para adquirir.
“Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda; também isto é vaidade.” (Eclesiastes 5:10)
E você? Está satisfeito ou quer mais alguma coisa?
PARA REFLETIR:
“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.” (Habacuque 3:17-18)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

SATISFAÇÃO GARANTIDA

Acabei de gastar, gastar não, melhor seria dizer investir. Acabei de investir um tempo com meu grande irmão e amigo João Sachi. O João é meu “companheiro em oração”. Companheiro em oração é alguém que escolho para periodicamente me reunir, compartilharmos coisas da nossa vida e, claro, orarmos. Já fiz isso com o Steve, depois com o Thiago, mas a vida acabou nos separando. Agora meu companheiro é o João.
E o João compartilhou que só tinha um único motivo de oração: agradecer porque ele está totalmente satisfeito. Isso o leva a agradecer por tudo o mais. Maravilhoso, não é mesmo?
“Isso me fez lembrar desses versículos:
Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.” (Tiago 1:17)
“O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada.” (João 3:27)
Isso não quer dizer que não existem problemas. Eles sempre EXISTEM e sempre EXISTIRÃO. É imaturidade pensar o contrário.
A verdadeira e total satisfação só pode existir quando estamos em comunhão com Deus.
PARA REFLETIR:
“Alegrei-me, sobremaneira, no Senhor porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado; o qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade. Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece.” (Filipenses 4:10-13)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

DOCE IDADE

Conheço uma senhora que tem mais de 90 anos. Um dia ela me disse que achava que Deus a havia esquecido.
Cheguei a pensar assim. Posso garantir que não foi por motivos egoístas. É que não quero dar trabalho. Acontece que quanto mais velhinho vou ficando, fico mais doente, mais fraco, mais chato. E com isso dando mais trabalho.
Um exemplo bíblico me fez mudar de idéia:
“Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, avançada em dias, que vivera com seu marido sete anos desde que se casara e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações.” (Lucas 2:36-37)
Sempre há a possibilidade de servir ao Senhor, mesmo preso a uma cama, dependendo dos outros, testemunhando (alegria em Cristo mesmo no sofrimento), falando, escrevendo, orando.
“O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano. Plantados na Casa do SENHOR, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o SENHOR é reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça.” (Salmos 92:12-15)
Para os leitores do Oriente Próximo, a palmeira evocava a idéia de beleza e o cedro a de solidez. Beleza e solidez não físicas, mas de vida. Um velhinho cristão pode, e deve, ser visto como referência de uma vida cheia de harmonia e que proporciona segurança.
Quero ser assim.

domingo, 23 de janeiro de 2011

METEOROLOGIA AVANÇADA

Os episódios narrados aqui se passaram há alguns anos. Hoje, por estar mais maduro, certamente não agiria da forma como agi. Mas serviu de experiência e como exercício de fé. As coisas aconteceram mais ou menos assim:
Depois de passar o dia trabalhando em uma igreja distante, eu voltava para casa junto com alguns rapazes que me acompanhavam nesse ministério. Como nenhum de nós tinha carro naquela época, estávamos fazendo o percurso a pé, ou melhor, eles caminhavam e empurravam minha cadeira de rodas. Enquanto andávamos, íamos conversando.
De repente, sem que nós percebêssemos, caiu uma chuvarada tremenda. Sem ter como escapar, procuramos nos abrigar debaixo da marquise de uma loja. Ficamos ali por um bom tempo, e nada da chuva parar, ou nem mesmo diminuir. Começamos a ficar preocupados, pois o hora passava.
Foi então que eu tive a idéia de orar para que a chuva parasse. Todos concordaram, e começamos a orar ali mesmo. Assim que terminei a oração, tive a ousadia de afirmar que logo que saíssemos dali, a chuva pararia. Bem, não preciso dizer que chegamos em casa encharcados e totalmente confusos (e eu ainda por cima envergonhado)!
Não muitos dias depois, eu deveria ir pregar numa outra igreja, e estava à espera da pessoa que viria me buscar (um dos rapazes que haviam me acompanhado no programa citado acima). Assim que o rapaz chegou, acho que você pode adivinhar o que aconteceu ... Isso mesmo, começou a cair uma forte chuva! O local da reunião ficava a três quadras de distância da minha casa, e como da outra vez, ainda não tínhamos um automóvel e a chuva era cada vez mais forte. O jeito era esperar. Mas o tempo foi passando e o rapaz já estava ficando aflito. Fiquei quieto, pois já havia passado por aquela experiência que me envergonhara, mas o rapaz, preocupado, olhou para mim e perguntou:
— Por que nós não oramos?
— Porque eu não quero me molhar!— respondi.
Ao que ele retrucou:
— Vamos orar assim mesmo, mesmo sem a gente acreditar.
Concordei com ele, oramos e saímos para a rua. Começamos a caminhar pela calçada, e enquanto andávamos percebemos, espantados, que do lado oposto da rua a chuva continuava a cair.
Nunca consegui entender direito o que aconteceu naquele dia. A única coisa que sei é que chegamos ao local da reunião totalmente secos, sem nenhuma gota de chuva em nós!
A Bíblia diz que Elias era um homem como nós, e assim mesmo ele foi capaz de confundir o serviço de meteorologia da época. Deus o usou de maneira fantástica! Você crê que Deus pode fazer a mesma coisa comigo, ou com você? Por que?

sábado, 22 de janeiro de 2011

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O PENSAR

Meu amigo e eu fomos mais cedo para o colégio para podermos escrever a frase no quadro de giz antes que os outros colegas chegassem. E assim fizemos. Quando chegaram, todos, inclusive o professor, puderam ler o seguinte: “EXPERIMENTE UMA NOVA SENSAÇÃO: PENSE”. O professor, que lecionava Português, deu naquele dia, de improviso, uma excelente aula baseada nessa frase.
Não estamos acostumados a pensar. Nossos pensamentos não são originais. São uma “colcha de retalhos” do que ouvimos ou vimos pela mídia.
Você já parou para pensar em o que “O PENSADOR”, famosa escultura de Rodin, está pensando? Eu já. Acontece que essa obra faz parte de uma escultura muito maior, chamada “A PORTA DO INFERNO”, feita em madeira, com 6m de altura, 4m de largura e 1m de profundidade, que fica exposta no Museu Rodin, em Paris, França.
“O Pensador” esta olhando para o Inferno e pensando no que vê. Porém, ele está pensando errado! Ele deveria estar pensando nas coisas lá de cima:
“Se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória.” (Colossenses 3:1-4)
Devemos querer ir para o céu pelo que Deus é, por amor a Ele, e não porque temos um fogo ameaçando queimar nosso traseiro.
Pense nisso.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

NA PORTA DO CÉU

Momentos antes de morrer, uma jovem senhora evangélica, que viveu uma vida exemplar (isso foi atestado por toda a família e amigos), me falou que iria para o céu só se Deus achasse que ela era merecedora.
Na hora me ocorreu que nenhum de nós é merecedor. A salvação é só pelos méritos da obra de Cristo na cruz. Eu creio nisso.
“Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.” (Atos 16:31)
Mas, será que se alguém que sempre respondeu positivamente às revelações de Deus contudo, por uma questão de intelectualidade, não entendeu o “plano de salvação” em Jesus, e na hora da morte faz uma declaração como a daquela senhora citada acima, será que Deus a impedirá de entrar no céu? Não creio que Ele faria uma coisa assim.
Somos salvos pela misericórdia e graça de Deus, e não por uma prova final, como se fosse um vestibular.
“O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (João 1:10-14)
Lembro-me de uma ocasião em que um amigo meu, dando um estudo bíblico, afirmou que se um muçulmano, em um país onde o cristianismo é completamente ignorado, responder positivamente às revelações de Deus, mesmo sem ouvir seja lá o que for sobre Jesus Cristo, tal indivíduo será salvo. Como eu estava presente ali na hora, discordei e o questionei. Hoje penso como ele.
Soberanamente, por misericórdia e graça, Deus nos leva para o céu.
PARA REFLETIR:
“Todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça.” (João 1:16)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

AGORA E NA HORA DA NOSSA MORTE

Por vários aspectos foi muito bonito o que aconteceu ali. Todos os parentes, inclusive seu marido e seu filho de 11 anos, estavam ali no hospital reunidos para se despedirem da Cris, 29 anos, em seus últimos momentos de vida. Esses familiares já haviam me deixado a sós com ela para prepará-la para aquela experiência final. Depois nos revesávamos em pequenos grupos para lhe fazer companhia. A conversa mais impressionante aconteceu quando a Cris pediu para ficar a sós comigo e com o marido. Com a respiração ofegante e difícil (ela tinha câncer nos dois pulmões) ela declarou com convicção que estava em paz com Deus e com os homens, e que estava muito alegre! Não é um fim bonito?
Todos nós em algum momento já nos perguntamos como será que vamos morrer. Tenho um amigo que quase morreu afogado. Ele conta que depois de lutar muito para voltar à superfície, suas forças se findaram, começou a afundar e o seu pensamento foi o seguinte: “Então é assim que vou morrer ...”. Naquele instante os braços do seu irmão o puxaram para a tona.
Morrer instantaneamente, como por exemplo em um acidente, é desejável, pois se evita o sofrimento. Mas morrer lentamente em um hospital dá a chance de preparar a família para o luto, fazer os acertos que porventura possam existir (como assegurar o perdão para alguém, como foi o caso da Cris), e é uma chance de se dar um belo testemunho (como o dela que vi, me impactou e registrei acima).
Devemos buscar dar um sentido para a nossa morte. A morte faz parte do processo da vida, e a mesma só vai ter um sentido se a vida coerentemente for digna, aí tudo é belo.
PARA REFLETIR:
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” (Filipenses 2:5-8)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A SÓS COM DEUS

Certo dia, um sábado, no fim da tarde, a Denise e eu cortamos caminho por dentro do Campus da UNICAMP para participarmos de um evento na nossa Igreja. Passamos pela rua lateral do Hospital das Clínicas. Naquele instante lembrei dos pacientes que estavam (e estão ainda) internados ali, como o Nino, o João Vítor, o Mateus e tantos outros.
Diversos pacientes e acompanhantes já me falaram que a hora mais angustiante da internação é o fim da tarde. As visitas já foram embora, a maior parte dos médicos, enfermeiras e técnicos também, não há voluntários, e quando tudo se aquieta, se instala um silêncio realmente angustiante.
É assim mesmo, eu já vi e senti isso em algumas ocasiões em que, por um motivo ou outro, fiquei até mais tarde.
Mas note esse versículo:
“E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só.” (Mateus 14:23)
Certa feita, uma senhora com uma forte depressão e que estava internada no HC para se tratar desse e outros males, um pouco antes de receber alta, pediu que eu a acompanhasse a um dos pátios cobertos que há dentro do HC. Chegando ali ela foi até um dos cantos onde existe uma pequena escada, e me falou: “Esse é o meu Lugar Sagrado”. Depois ela me contou que todos os dias em que ela passou ali no hospital, no final da tarde, nos instantes em que tudo se aquietava, ela se encaminhava para aquele cantinho com sua Bíblia e tinha um bom tempo a sós com Deus. Foi isso que a ajudou a sair mais rapidamente da depressão.
Não existe um lugar que seja sagrado por si mesmo. O que o torna sagrado é a presença de Deus. Mas nada impede que assim chamemos aquele cantinho especial onde periodicamente nos encontramos com o Senhor. Eu tenho 3 desses lugares. Os momentos que ali tenho, a sós com Deus, são impagáveis, posso até afirmar que realmente é o que mais gosto de fazer. Leio minha Bíblia, oro, confesso meus pecados, desabafo, agradeço, peço, às vezes choro, medito, enfim, usufruo da presença de Deus.
Você costuma fazer isso?
PARA REFLETIR:
“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mateus 6:6)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

JÁ COMEMOS UM QUILO DE SAL JUNTOS

É admirável como a Denise, minha mulher, me conhece! Certo domingo nós tínhamos 6 pessoas convidadas para almoçar em casa. Enquanto comíamos me deu um pequeno mal estar, não durou 5 minutos, ninguém notou, com exceção da De que, na hora, perguntou se estava tudo bem comigo. É gostoso isso. Na maior parte das vezes nós nos entendemos só com um olhar.
A Célia, da Capelania do hospital, me contou de uma dinâmica de grupo que certa vez foi feita em um retiro espiritual. Para cada participante daquele evento foi entregue um limão com a recomendação de que durante todo o retiro não o largassem, nem na hora do banho, das refeições e todas as demais atividades. No último dia foi ordenado que todos colocassem os limões dentro de um saco que ali estava. Feito isso, os coordenadores da dinâmica misturaram bem as frutas e pediram que cada um achasse o “seu limão”, isto é, aquele com quem cada um “passou aqueles dias”. TODOS ACHARAM O SEU! Uma forma peculiar, uma pequena mancha, mínimos defeitos, detalhes acabam sendo conhecidos pela proximidade.
A convivência gera mútuo conhecimento.
Mas, e quanto a conhecermos a Deus? Note os seguintes versículos:
“Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR.” (Jeremias 9:23-24)
Se há alguma coisa da qual podemos nos gloriar, é conhecermos a Deus.
Mas como fazer isso? Aproveitando cada oportunidade para conhecermos mais a Bíblia, estarmos atentos às manifestações de Deus na vida de outras pessoas, na nossa própria vida, na história, na natureza e fazermos como Maria fazia: “Sua mãe, porém, guardava todas estas coisas no coração”. (Lucas 9:51b)
PARA REFLETIR:
“A intimidade do SENHOR é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.” (Salmos 25:14)

domingo, 16 de janeiro de 2011

PENSE NISSO 124


Que estrago os cristãos fazem no cristianismo!

sábado, 15 de janeiro de 2011

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O QUE É MAIS FÁCIL

Um rapaz passou certa tarde no escritório do serviço de Capelania do HC-UNICAMP afirmando que queria entrar nas enfermarias e orar pelos pacientes ali internados. Foi-lhe explicado, como sempre é feito aos muitos que ali aparecem com essa intenção, que para isso acontecer a pessoa tem que se submeter a fazer um curso e um treinamento. O hospital é um lugar atípico e até perigoso, e sem o devido preparo, pode-se colocar em risco a saúde tanto dos pacientes quanto de quem faz as visitas. Aquele moço não se convenceu disso e foi embora um pouco contrariado.
Naquela mesma tarde fui fazer uma visita a um paciente que estava “internado” no Pronto Socorro e vejo aquele camarada que, de alguma forma ali entrou, punha a mão na cabeça de cada um dos que estavam nas macas, orava e assegurava a cura de cada uma das pessoas! Com a ajuda de um segurança o levei até o escritório onde, de novo, com toda a paciência, o Pastor Sílvio, capelão evangélico do hospital, tentou lhe explicar a situação. Ele não só não concordou como foi embora dizendo que nós estávamos ali a serviço do Inimigo para impedir a obra de Deus.
Muitos pretendem, ainda que “em nome de Jesus”, curar as doenças das pessoas. Temo que seja para enaltecer a si mesmo.
No episódio bíblico em que alguns homens descem um amigo paralítico pelo telhado até à frente de Jesus, podemos perceber a cura total do mesmo, tanto física quanto espiritual. Note esse trecho:
“Por que fala ele deste modo? Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus? E Jesus, percebendo logo por seu espírito que eles assim arrazoavam, disse-lhes: Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração? Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados— disse ao paralítico: Eu te mando: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa. Então, ele se levantou e, no mesmo instante, tomando o leito, retirou-se à vista de todos, a ponto de se admirarem todos e darem glória a Deus, dizendo: Jamais vimos coisa assim!” (Marcos 2:7-12)
Sabe o que Jesus fez naquele instante? Provou ser Deus. Isso me emociona sobremaneira.
Por isso tento viver não querendo ser Deus, levando as pessoas até Ele para serem curadas. Prefiro segurar a corda e descê-los até Jesus, meu Senhor e meu Deus, nem que seja pelo telhado. Quem cura é Jesus, como e quando quer, pois Ele é Deus.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A REALIDADE FANTÁSTICA DA FANTÁSTICA REALIDADE

Estou descobrindo e ficando fascinado com o Realismo Fantástico. Meu único contato com esse estilo foi a novela Saramandaia (aquela que tem a música “Pavão Mysteriozo”). Acabei de ler “100 anos de solidão” de Gabriel García Márquez, livro que ganhei da minha enorme amiga Rosinha.
Essa obra é realmente fantástica.
Tem uns “lances” geniais. Vou contar rapidinho, à guisa de exemplo, dois deles.
O primeiro deles é o de uma moça que tem um caso com um rapaz, cuja característica principal é sempre ficar cercado por borboletas amarelas que ficam voando ao redor dele o tempo todo. A partir do momento que começa o relacionamento entre ambos, algumas das borboletas passam a voejar também em volta dela em todos os momentos. Descobertos pela família dela, o casal é separado, cada um deles indo para um lado com suas respectivas borboletas. Quando o rapaz morre, as borboletas deixam a moça.
Isso ilustra (na minha opinião de uma forma extremamente bonita) que no amor, uma parte de nós vai para o outro. Mas aí me fica uma dúvida: essa parte desaparece com a morte do outro? Não necessariamente com a morte física, mas talvez com outro tipo de morte, como por exemplo, ela trocar as borboletas amarelas pelas azuis.
Outro lance genial é quando uma chuva torrencial e infindável inunda a cidade. A casa da família cuja estória é contada nessa obra, também é inundada. A matriarca da família então pede ao marido que coloque a mesa e as cadeiras da sala de jantar sobre tijolos. Isso feito, ela continua servindo as refeições com porcelanas bonitas, talheres e toalhas finas. As aparências precisam ser mantidas apesar das calamidades? Mas a grande lição é que, apesar de tudo, a vida continua.
Com isso tudo quero mostrar que nós cristãos devemos ler mais livros não evangélicos. Primeiro porque isso faz com que nossos neurônios se exercitem (ver filmes é bom, mas vem tudo pronto, sem dar muito espaço à criatividade); em segundo lugar porque nos dá uma cosmovisão da vida; e por último, é importante conhecermos o outro lado das idéias, mesmo que não concordemos ou não gostemos.
PARA CONFRONTAR E REFLETIR:
“Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido. Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares.” (Josué 1:8-9)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

ELA SÓ TEM 11 ANOS

Uma senhora leu um texto meu, o qual reproduzo abaixo, e me enviou uma simpática carta compartilhando algumas ricas experiências vividas por ela. A carta transcrevo depois do texto.


DEFINA A PALAVRA PROBLEMA PARA MIM
Ela tem 18 anos. Vamos chamá-la de Si. Nasceu com AIDS, que foi transmitida pela mãe que morreu quando essa jovem tinha 9 anos. É consumidora de drogas (segundo ela, menos as injetáveis), assim como o próprio pai. Inclusive ela já consumiu droga junto com o pai! Internada há 4 meses, durante esse tempo não se drogou, é lógico. Afirma que nunca mais vai usar tal recurso. Ela mora com uma tia, não com o pai e nem com a irmã. Essa irmã é quem cuida do filho de 2 anos que a Si teve com um rapaz, o qual a abandonou e já mora com outra amante. Não sei se essa criança também é contaminada.
Outro dia eu perguntei à Si como foi a sua infância até os 9 anos. Ela respondeu que foi só tristeza, como toda a sua vida. Eu acredito nisso.
Outra pergunta que fiz foi qual é a expectativa da Si para o futuro. Ela não hesitou em afirmar que quer fazer o ensino médio e cursar a faculdade de direito. Será que vai conseguir?
Às vezes fico pensando se o que eu chamo de “meu problema” é problema mesmo.
PARA REFLETIR:
“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações,” (Tiago 1:2)

Agora a carta que recebi:
Prezado Francisco, o seu texto me fez lembrar de uma situação recente e bem menos problemática, mas igualmente triste.
Passei o final de ano em um hotel fazenda, na noite do dia 31 teve um coquetel seguido de jantar. Enquanto estávamos no coquetel, uma garota de 11 anos estava sendo babá de uma bebezinha. A mãe da bebê estava trabalhando, preparando drinks.
Eu fiquei perto porque a garota de 11 anos, seu nome é Rosa, veio dizer para a mãe da bebê que não tinha onde ficar com ela. Como ouvi, disse para ela colocar o carrinho da bebê próximo a mim e lhe dei minha cadeira. Eu percebi que Rosa estava contendo as lágrimas com a ponta de sua blusa. Então, resolvi tentar algo; ela me explicou que morava muito longe e que estava triste por não estar em casa. Eu não podia fazer muito por ela, mas tentei reconfortá-la, arranjei guardanapos para ela limpar as lágrimas, fiz um prato com petiscos que ela recusou. O que mais me deixou triste, além da situação da Rosa, foi ver que todos festejavam e nem perceberam que tão perto tinha alguém triste que se sentia mal. A minha alegria não poderia ser a mesma e fiquei muito incomodada ao perceber o quanto não olhamos e não damos a devida atenção a quem está tão próximo. Fiquei triste também por ver que ainda temos muitas crianças que precisam trabalhar. E mais triste porque enquanto a Rosinha chorava, as demais crianças, inclusive as minhas, riam, brincavam e se divertiam. O que deixava a situação da Rosa pior, isso no meu ponto de vista. No final da noite vi que aquela menina já estava melhor e espero ter colaborado um pouco para que ela se sentisse assim.
Além dessa, nesta viagem conheci outras histórias, a Maria que está em tratamento devido a um câncer de estômago, uma outra senhora que está se recuperando de um câncer de mama, uma garota que teve problemas no parto e tem uma série de limitações, entre outras histórias. Então, me lembrei de um amigo que sempre me diz o seguinte: "Nós temos dificuldades! Não podemos dizer que o que temos são problemas", e ao escrever me lembrei de uma fala de um personagem de um filme que se chama “Banquete de Amor”; a certa altura do filme um personagem diz acreditar que Deus tinha se esquecido deles, e outro personagem revida dizendo o seguinte: “Deus não nos esqueceu, se Ele tivesse esquecido não nos teria dado um coração tão forte - para aguentar o que aguentamos”.
Abraços, Gabriela.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

2011 ELA JÁ VAI PASSAR LÁ NO CÉU

No setor de Pediatria do HC-UNICAMP há um pátio coberto. Da entrada desse pátio, ao olharmos para a esquerda, dá para ver um corredor onde fica a sala dos médicos e lá no fundo, a porta dupla que dá acesso à UTI pediátrica. A equipe de enfermagem costumava deixar pelo menos uma dessas portas aberta para que a Wit (que é como chamávamos a Whittyne Gabrielly) pudesse ver de lá de dentro um pouco de movimento já que ela estava internada ali a alguns meses. Ela tinha 3 anos, uma das crianças mais lindas que já vi, vítima de uma doença terrível e fatal. Nesse dia 1 de janeiro ela faleceu.
Quase todo dia eu parava ali na entrada do pátio e olhava para a esquerda e a via, sentada em seu berço, com as perninhas rechonchudas para fora atravessando a grade de proteção, e me acenando com a mãozinha para que eu fosse lá. Eu ia e já ia assobiando a música do sapo que não lava o pé. A Wit, por sua vez, começava a dançar, e quando a música chegava no “MAS QUE CHULÉ”, ela abanava o narizinho com a mão.
Conversando com a Rosângela, a fisioterapeuta, ela comentou que a Wit sempre, mas sempre mesmo, estava alegre e feliz. E é verdade; eu nunca a vi sem um sorriso no rosto! E olha que ela sofreu!
Doeu a separação, está doendo ainda, mas ela está melhor agora, sem dúvida.
“Jesus disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus.” (Mateus 19:14)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A ÁRVORE DA MORTE

De tarde ele foi até o fundo do quintal da casa só para arejar um pouco a cabeça. Atrás da edícula onde ficava a lavanderia, havia uma pequena viela entre a parede e o muro. Bem no canto, fora da vista, nesse muro havia uma porta que dava acesso a um terreno baldio onde algumas árvores e muito mato cresciam esquecidos pelos moradores dali. Para sua surpresa, o cadeado que fechava aquela porta estava destrancado, mas com a chave ali. Ao passar para o outro lado, percebeu que daria para ir até o canto oposto do terreno e ele foi. Ao tirar o lenço do bolso para enxugar o rosto, caiu na terra uma moeda de 1 centavo. Ele a viu caindo mas não deu importância, talvez devido ao seu pequeno valor. Não só não ligou como, com o sapato, jogou-lhe terra por cima. Depois disso voltou para casa, fechando aquela porta e guardando a chave no bolso.
Depois daquela tarde, choveu muito por seis dias seguidos. No sétimo dia, quando finalmente houve uma estiagem, ele voltou lá e, para seu enorme espanto, daquela moedinha havia brotado uma árvore de dinheiro que já crescera até um metro de altura. E já havia alguns brotos de notas de cem. A árvore cresceu e, resumindo o caso, de um dia para o outro ele ficou rico.
Ninguém se preocupou muito em saber de onde vinha o dinheiro, somente se alegravam com ele. No começo tudo era uma maravilha, tudo era fácil, divertido, bens, mulheres, amigos, comidas, passeios, tudo ali, à disposição. Então ele começou a sentir falta do desafio das conquistas. Seus valores estavam todos subvertidos.
Toda a sua família se corrompeu.
Constatou que não tinha amigos, mas um monte de interesseiros que o bajulavam.
Sua nova situação gerou inveja.
E tudo isso fez com que ele ganhasse muitos inimigos.
Nesse tempo de sua vida, ele adquiriu uma doença tropical raríssima, cujos principais sintomas eram incontinência urinária e fecal, o que lhe causava enormes constrangimentos. Gastou uma fortuna imensa com médicos e tratamentos, mas seu mal era incurável.
Certa tarde ele foi até o fundo do quintal só para arejar um pouco a cabeça, pegou a chave do cadeado da porta, da qual ele não se separava nunca, e foi até sua árvore de dinheiro. Como sempre ela estava carregada de notas de cem.
No auge do desespero, ele foi até a lavanderia, pegou uma corda e enforcou-se no galho mais grosso da árvore de dinheiro.

domingo, 9 de janeiro de 2011

PENSE NISSO 123

Fé e perseverança são fatores básicos da evangelização.

sábado, 8 de janeiro de 2011

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

OS ESCRIBAS

Nós devemos muito aos escribas. Em parte eles foram os responsáveis pela preservação confiável dos Escritos do Antigo Testamento. Para exemplificar os seus métodos, quando eles pegavam um rolo que continha um trecho da Palavra de Deus para copiá-lo, na horizontal eles contavam quantas linhas existiam, e na vertical contavam quantas letras haviam, copiavam e, na cópia, faziam a mesma coisa para conferir se os números batiam.
Depois é que ficaram tão legalistas a ponto de fazerem o que fizeram o relatado nesse episódio:
“Dias depois, entrou Jesus de novo em Cafarnaum, e logo correu que ele estava em casa. Muitos afluíram para ali, tantos que nem mesmo junto à porta eles achavam lugar; e anunciava-lhes a palavra. Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens. E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o eirado no ponto correspondente ao em que ele estava e, fazendo uma abertura, baixaram o leito em que jazia o doente. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados. Mas alguns dos escribas estavam assentados ali e arrazoavam em seu coração: Por que fala ele deste modo? Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus? E Jesus, percebendo logo por seu espírito que eles assim arrazoavam, disse-lhes: Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração? Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados— disse ao paralítico: Eu te mando: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa. Então, ele se levantou e, no mesmo instante, tomando o leito, retirou-se à vista de todos, a ponto de se admirarem todos e darem glória a Deus, dizendo: Jamais vimos coisa assim!” (Marcos 2:1-12)
Vamos voltar ao Velho Testamento e ver o exemplo de um escriba que não era como esses:
“Ele (Esdras) era escriba versado na Lei de Moisés, dada pelo SENHOR, Deus de Israel; e, segundo a boa mão do SENHOR, seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe concedeu tudo quanto lhe pedira.” (Esdras 7:6)
“Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do SENHOR, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.” (Esdras 7:10)
Quem dera todos os nossos líderes e professores de Bíblia tomassem a firme resolução de estudar, viver e ensinar com autoridade, em vez de ficarem discutindo coisas do tipo “Quantos anjos cabem em uma cabeça de alfinete?”.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

ESSA VIDA SOCIAL ME CANSA

Não gosto de festa. Toda vez que confesso isso as pessoas me olham como se eu fosse um alienado, ou pior, um depravado. Há uma forte imposição social para que todos gostem de festa, quem não se encaixa nos ditames da sociedade, ou é ruim da cabeça ou doente do pé. Eu sou os dois.
Se você gosta de festa, muito bem. Divirta-se, mas não queira me obrigar a ter o mesmo gosto que o seu. Eu até vou a todas as festas. Quer saber por que?
É que eu gosto das pessoas que estão nas festas, pelo menos quase todas. Eu gosto das pessoas, o que eu não gosto é da festa em si.
É claro que sempre tem aquele engraçadinho chato com as mesmas piadas e brincadeiras de sempre. Reconheço que sou um deles. Mas isso é o de menos.
Uma das razões é que temos que ir todos produzidos, embrulhados para presente, todo mundo arrumadinho, exibindo-se e incômodo. Elegantes e realmente bonitos, porém todo mundo não vê a hora de chegar em casa e se colocar à vontade.
E quando o assunto se esgota, aí quase não se aproveita nada das conversas. Resta então aproveitar as comidas e bebidas, geralmente muito gostosos, principalmente os salgadinhos. Sem exageros, é claro.
Uma dúvida: por que é que depois de cantar “Parabéns a você” e o bolo com os docinhos são servidos, todo mundo, sem combinar, vai embora?
PARA REFLETIR:
“Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração.” (Eclesiastes 7:2)
“Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus. Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento.” (João 2:1-2)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O QUE É UM PROBLEMA ESPIRITUAL

“Filho, os teus pecados estão perdoados.” (Marcos 2:5)
Hoje eu tenho uma cadeira de rodas motorizada, carro, uma boa acessibilidade, elevadores, oportunidades de trabalho. Agora vamos imaginar como era ser paralítico nos tempos de Cristo! A pessoa tinha que ser carregada para todos os lados, não ia lugar algum, não tinha trabalho. Sem independência e provavelmente sem autonomia.
Acredito que tanto os homens que carregaram aquele homem no seu leito quanto o próprio pobre coitado esperavam que ele fosse curado de sua paralisia. Jesus realmente o curou:
“Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados— disse ao paralítico: Eu te mando: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa. Então, ele se levantou e, no mesmo instante, tomando o leito, retirou-se à vista de todos, a ponto de se admirarem todos e darem glória a Deus, dizendo: Jamais vimos coisa assim!” (Marcos 2:10-12)
Mas, por que será que Jesus primeiro perdoou os pecados do paralítico?
Porque o maior problema daquele homem era o espiritual. Muito bem, mas o que é um problema espiritual?
Problema espiritual é toda e qualquer coisa que atrapalha a nossa comunhão com Deus. Pode ser um pecado, uma pessoa, uma situação, o sexo, o dinheiro, uma diversão, uma lembrança, um sentimento ...
Com certeza você está passando por alguns problemas. Qual é o maior?
O que você vai fazer para resolver isso?

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A CONTA ESTÁ PAGA

Casado, pai de dois filhos pequenos, evangélico, durante muito tempo ele sustentou um rapaz para o qual montou um apartamento e com quem mantinha um relacionamento homossexual. Nunca contou isso para a mulher, e só confessou a mim devido ao grande peso que a culpa exercia em sua alma e em seu espírito. O rapaz tinha morrido de AIDS e esse homem fora contaminado (a mulher e os filhos, graças a Deus, não foram afetados). Durante uma emocionante e importante conversa, lhe expliquei que não há pecado maior do que o perdão que Deus nos deu quando Jesus Cristo morreu na cruz.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:9)
É indescritível a manifestação de alívio e alegria quando aquele homem se convenceu dessa maravilhosa verdade! Penso que só não se sentiria assim quem não tivesse consciência da culpa pelo pecado.
Deve ter sido dessa forma que se sentiu aquele paralítico cujos amigos, devido ao fato de a casa estar lotada, o desceram pelo teto até a frente de Jesus e o Mestre lhe afirmou:
“Filho, os teus pecados estão perdoados.” (Marcos 2:5b)
Eu pensava que o sentimento daquele homem era de frustração, pois imaginava que a expectativa dele era de ser curado de sua paralisia. Será? Às vezes o incômodo da culpa é maior do que o causado por uma doença. Assim era com o homem soropositivo cujo caso contei rapidamente acima.
O pecado não confessado interrompe a nossa comunhão íntima com o Senhor, e não há nada pior do que isso.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

DEUS TEM A NOÇÃO EXATA DA FÉ DE CADA UM DE NÓS

Certa vez eu fui convidado a ir pregar para um grupo de atletas. Para minha surpresa, para chegar ao local onde realizavam-se as reuniões daquele pessoal, eu teria que descer uma escada enorme. Não tendo outra opção, tive que me submeter a descer carregado. Quatro esportistas se ofereceram e começaram a me levar para baixo. No meio da escada eles pararam e um deles me perguntou: “Pastor, para que time o senhor torce?”. Detalhe: todos eram pontepretanos, sendo que pelo menos 2 deles eram jogadores profissionais desse time que é o rival do GUARANI, time para o qual torço. Trair o Bugre (é assim que o GUARANI é chamado) eu não podia; ser jogado escada abaixo estava fora de cogitação. Então apelei, respondendo bem alto: “BRASIL, IL, IL, IL ...”.
Registrei essa experiência para podermos nos identificar com o protagonista do episódio abaixo. Tente imaginar-se no lugar do paralítico:
“Dias depois, entrou Jesus de novo em Cafarnaum, e logo correu que ele estava em casa. Muitos afluíram para ali, tantos que nem mesmo junto à porta eles achavam lugar; e anunciava-lhes a palavra. Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens. E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o eirado no ponto correspondente ao em que ele estava e, fazendo uma abertura, baixaram o leito em que jazia o doente. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados.” (Marcos 2:1-5)
Aqueles homens tiveram inúmeras dificuldades para levar seu amigo deficiente físico até os pés de Jesus. Pela fé superaram todos os obstáculos. E Jesus viu isso.
Você já teve dificuldades para levar alguém até Jesus? Superou esses obstáculos pela fé? Jesus viu isso.
Fé e perseverança são fatores básicos da evangelização.

domingo, 2 de janeiro de 2011

JUBÃO 2011

PENSE NISSO 122

Quando a cabeça não pensa, o corpo e a família padecem.

sábado, 1 de janeiro de 2011