Casado, pai de dois filhos pequenos, evangélico, durante muito tempo ele sustentou um rapaz para o qual montou um apartamento e com quem mantinha um relacionamento homossexual. Nunca contou isso para a mulher, e só confessou a mim devido ao grande peso que a culpa exercia em sua alma e em seu espírito. O rapaz tinha morrido de AIDS e esse homem fora contaminado (a mulher e os filhos, graças a Deus, não foram afetados). Durante uma emocionante e importante conversa, lhe expliquei que não há pecado maior do que o perdão que Deus nos deu quando Jesus Cristo morreu na cruz.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:9)
É indescritível a manifestação de alívio e alegria quando aquele homem se convenceu dessa maravilhosa verdade! Penso que só não se sentiria assim quem não tivesse consciência da culpa pelo pecado.
Deve ter sido dessa forma que se sentiu aquele paralítico cujos amigos, devido ao fato de a casa estar lotada, o desceram pelo teto até a frente de Jesus e o Mestre lhe afirmou:
“Filho, os teus pecados estão perdoados.” (Marcos 2:5b)
Eu pensava que o sentimento daquele homem era de frustração, pois imaginava que a expectativa dele era de ser curado de sua paralisia. Será? Às vezes o incômodo da culpa é maior do que o causado por uma doença. Assim era com o homem soropositivo cujo caso contei rapidamente acima.
O pecado não confessado interrompe a nossa comunhão íntima com o Senhor, e não há nada pior do que isso.
Caro Pastor Xico, eu entendo quando o senhor diz que não há pecado maior do que o perdão de Deus e, EM PARTE, concordo com o senhor, mas o senhor tem que concordar comigo que se aquele homem que mantinha um relacionamento pecaminoso, iníqüo e abominável a Deus morresse sem se arrepender, iria merecidamente para o inferno.
ResponderExcluirDevemos ter muito cuidado com o que falamos, pois senão as pessoas podem usar isso para sair por aí pecando.
Em Cristo, Ezequiel da Silva.
Mas não é isso exatamente que fazemos?Não dá pra "não sair por aí pecando"... Somos por natureza pecadores e enquanto estivermos nesse corpo iremos pecar! Esse era o dilema de Paulo ("miserável homem que eu sou..."), mas para os que estão em Cristo nenhuma condenação há, porque onde abundou o pecado, superabundou a Graça!Isso não quer dizer que eu posso pecar à vontade. Significa que se eu pecar, tenho "advogado junto ao Pai" (1 João 2.1). Não cabe a mim julgar quem vai para o inferno. Só Deus pode julgar, e a Bíblia fala que teremos algumas surpresas ao chegar no céu...
ResponderExcluirÉ só ler esse versículo: “Ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus.” (Levítico 20:26)
ResponderExcluirAbraço, Ezequiel da Silva.
Caro Pastor Xyko: é bom ler sobre o perdão de Deus. Nosso Deus é só misericórdia e amor. Oxalá todos nós, cristãos, fossemos misericordiosos e amorosos uns para com os outros.
ResponderExcluirUm abraço fraterno, Francisco dos Santos.
Caro Xyko,
ResponderExcluirCreio que a mentalidade arrogante e maniqueísta, que julga segundo seus critérios tudo em certo e errado, bom e mau, pecado ou não, é que tem feito tanto estrago na nossa história como humanidade. E infelizmente essa postura tem aparecido recentemente neste blog.
Temos que entender mais o Gênesis pela perspectiva de que "Deus viu que tudo era bom", do que pela ênfase na "culpa" e no "pecado". Jesus veio à terra para mostrar-nos que o Pai é amoroso, misericordioso, mais do que justo, Ele é Perdão Absoluto...
Está na hora de reconciliarmos aquele fariseu que temos dentro de nós com o publicano que representa nossa condição humana pecadora...
Parece fácil apontar o erro, o cisco no olho do outro e não vermos a trave no nosso próprio.
Se continuarmos insistindo em negar nossa imperfeição, negando tambám aceitar nossa humanidade e a dos outros, continuaremos com o preconceito, a intolerância, a guerra e a fogueira das bruxas...
Que Deus seja mais misericordiosos conosco do que temos sido com os outros.
Muita Paz a todos,
A Graça e bondade de Deus curiosamente é a que mais me causa problemas no ministério pastoral. Encontro muitas pessoas mais simpáticas ao juízo de Deus para com aqueles que erram do que para com a sua misericórdia sobre os mesmos.
ResponderExcluirO curioso é que o próprio Deus decidiu não julgar ninguém antes do fim de seus dias, e nós nos achamos no direito de fazê-lo.
Preciso entender que a salvação de qualquer ser humano depende EXCLUSIVAMENTE da bondade do Senhor e não da "dignidade" de quem quer que seja (Efésios 2.8-10). Quanto a mim, tenho a responsabilidade de anunciar a sua salvação, alegrar-me com aqueles que estão sendo salvos e usar de bondade para aqueles que AINDA não decidiram pelo Senhor.
'Quando Deus julgar, não terá misericórdia das pessoas que não tiveram misericórdia dos outros. Mas as pessoas que tiveram misericórdia dos outros não serão condenadas no Dia do Juízo Final.' Tiago 2:13
Caros amigos,
ResponderExcluirO que fica bem claro para mim, ao ler o texto e os comentários, é a diferença de pensamento e atitude de quem se pauta pelo Antigo Testamento e de quem, obedientes à Palavra de Jesus, por isso chamado de cristãos, são iluminados pelo Novo Testamento.
No Novo nos é apresentada a verdadeira face do Altíssimo: o Pai amoroso.
O Deus que vai sendo reveladado no Antigo, traz títulos como Senhor dos Exércitos, só para citar um. O mais interessante é que textos como de Oséias 11, 1-4, nunca são citados... Por que será??
Será que alguns ainda precisam de pais autoritários e controladores para se manterem na linha? Será medo da liberdade que o Amor traz?
Que este blog nos dê muito o que pensar.
Abraços à todos.
Célia
Quando nos preocupamos em amar, acima de tudo, agradamos a Deus.
ResponderExcluirFlávia
Agostinho dizia: "Ama, e faze o que quiseres".
ResponderExcluirEu não acredito em Deus. Mas, atraída pela criatividade do nome Xyko, entrei nesse Blog e o faço de vez em quando por ver defendido ali o amor pelo próximo. Uma das razões pelas quais não acredito em Deus é a maneira como os cristãos se tratam. E um bom exemplo disso são esses comentários. Um maniqueísta que não aceita aqueles que erram (?!) e aqueles outros que não acolhem o maniqueísta. É isso o que causa “Deus” na vida das pessoas?
ResponderExcluirAna Luísa.
Deus não pode ser responsabilizado pelas divisões entre as pessoas. ao contrário, Ele nos ensinou a não fazer acepção de pessoas e a nada fazer por partidarismo. O amor deveria ser a marca do verdadeiro cristão. Mas infelizmente muitos cristãos são conhecidos pelas divisões e pela intolerãncia. Não podemos culpar a Deus pelos erros dos homens...
ResponderExcluirConcordo com a Heloisa Lima.Não podemos culpar a Deus pelos erros dos homens...
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