segunda-feira, 30 de junho de 2008

sexta-feira, 27 de junho de 2008

PENSE NISSO 33


Deus não tira férias, nem o inimigo.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

SILÊNCIO, HOSPITAL

Algumas das mais bonitas cenas vistas por nós lá no HC-UNICAMP é quando temos a oportunidade de observar um paciente em seu leito lendo a Bíblia. É comum ouvirmos de quem está ali internado o comentário de que no hospital o tempo não passa. Se a pessoa está bem disposta, é uma excelente oportunidade para a leitura bíblica, oração e reflexão.
Muitas vezes Deus nos prostra pela doença. Nós precisamos “parar” periodicamente, e não o fazemos. Essas paradas são fundamentais para a nossa saúde espiritual. Tendemos a pensar que essas paradas são uma interrupção da vida, mas não, fazem parte da vida, e podem até colaborar para melhorar nosso viver.
“E Jesus lhes disse: Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto; porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham.” (Marcos 6:31)
Outro dia eu estava conversando com uma amiga, a Ana Paula, e contando a ela o que li sobre um dos patriarcas do cristianismo, quando ainda não havia distinção entre católicos e evangélicos. Pois esse cristão (do qual não lembro o nome) tinha muito problema na área da sensualidade. Ele não podia ver uma mulher bonita que corria atrás. Mais ou menos como o Sansão da Bíblia. Essa era a área problemática para ele, como para alguns é a mentira, para outros o orgulho, ou talvez a dificuldade para amar, e por aí em diante.
Para resolver essa dificuldade ele fez o que era comum naquela época (e também o deveria ser para nós): foi para um lugar onde pudesse estar solitário e em silêncio. Mas enquanto fazia esse exercício espiritual, foi atormentado por muitos pensamentos que o remetiam invariavelmente ao seu grande problema.
Ao contar essas coisas para a Ana Paula, comentei que o mesmo tinha estragado todo o esforço do exercício, e ela retrucou dizendo que uma das razões de se buscar a solitude e o silêncio é deixar vir à tona nossos mais tenebrosos pensamentos. Assim ficamos sabendo qual área de nossa vida precisamos tratar. É mais ou menos como aquela velha regra a qual determina que para sabermos quem somos devemos avaliar o que fazemos quando ninguém está olhando. Quando nossos pensamentos estão soltos, voam para o que mais amamos.
“Porque, como imagina em sua alma, assim ele é.” (Provérbios 23:7a)
Isso dá o que pensar, não é mesmo?
“Filho meu, atenta para as minhas palavras; aos meus ensinamentos inclina os ouvidos. Não os deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-os no mais íntimo do teu coração. Porque são vida para quem os acha e saúde, para o seu corpo. Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.” (Provérbios 4:20-23)

sábado, 21 de junho de 2008

ESPERANDO NO PONTO DO ÔNIBUS


Uma pessoa esperando um ônibus no ponto é uma ótima ilustração para a FÉ. Ela está esperando uma coisa, um fato, baseada em informações confiáveis e seguras. Ela espera certa de que a condução há de vir e, embora ainda não veja o ônibus, está convicta de que ele virá.
Há pessoas que não acreditam e vão a pé. Outras mesmo não acreditando ficam ali paradas, esperando para ver no que vai dar. Outras querem provas. Ainda há daquelas que nem mesmo vendo o ônibus ali parado acreditam.
Dói pensar que existem muitos que esperam no ponto errado. Foram enganadas por quem as instruiu.
Fanatismo é quando as pessoas, sem nenhuma base, ficam esperando o ônibus em lugares absurdos, como por exemplo, na sala de espera de um consultório médico. Às vezes até dão a vida por essa crença edificada sobre nada, sem fundamento algum a não ser o emocionalismo.
E, por fim, terrível é lembrar que muitos e muitos perdem o último ônibus!!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

PARALISIA ESPIRITUAL

Para alguns pacientes internados em um hospital, coisas simples como comer ou ir ao banheiro sem a ajuda de uma enfermeira, é motivo de orgulho. Alguns passam meses (e às vezes anos!!) dentro de um quarto de hospital, presos a um leito, tendo que depender de atendentes ou de enfermeiras até para satisfazer suas necessidades básicas. Aquilo que é trivial adquire contornos exagerados quando as limitações físicas impõem barreiras impensadas, impossibilitando a realização de atos corriqueiros. Para entender um pouco a situação desses pacientes, tente imaginar como você se sentiria se dependesse da ajuda de alguém todas as vezes que precisasse ir ao banheiro. A sensação de impotência diante de situações desse tipo é terrível!
Para mim, não é difícil me identificar com esses pacientes... afinal, minha situação é bem parecida com a que eles vivem. Tive paralisia infantil quando ainda era bebê, aos nove meses de idade, e hoje dependo de uma cadeira de rodas para me locomover. Além da cadeira de rodas, dependo também da ajuda de pessoas, como esposa, filha, mãe e amigos para dar conta das tarefas mais elementares. Assim, é natural que eu consiga entender com mais facilidade o que esses doentes estão passando.
Um dia, conversando com uma senhora que me conhecia já há algum tempo, ouvi dela o seguinte: “Às vezes eu até esqueço que você é paralítico; sua maneira de viver parece tão normal e produtiva!” Agradeci o comentário e respondi em tom de brincadeira: “Sabe, eu também às vezes me esqueço que sou paralítico e saio andando por aí... Quando me lembro, levo cada tombo!”
Se hoje eu vivo praticamente como uma pessoa normal, devo isso à minha mãe, que me educou e me preparou para a vida de forma extraordinária.
A Bíblia conta a história de um paralítico que foi levado pelos amigos à presença de Jesus. Como na casa em que o Senhor estava havia muita gente, eles tiveram que entrar pelo teto! Eles puseram o paralítico numa maca e a prenderam com cordas, descendo-a até o chão, através de um buraco no telhado. Quando o paralítico chegou ao chão, ele estava diante de Jesus. O Mestre, ao vê-lo, falou: “Filho, os teus pecados estão perdoados”. É bem provável que o paralítico tenha ficado decepcionado ao ouvir isso, afinal a expectativa dele era que fosse curado. Quem sabe depois de ser curado ele até poderia ser perdoado, mas só depois. Mas Jesus preferiu tratar o problema pelo aspecto “espiritual”, para depois cuidar da cura física. Por que Jesus agiu dessa maneira? Porque o maior problema daquele homem não era o fato de ele ser paralítico, mas de ser pecador. O problema era espiritual e não físico. Esta é a situação em que todos nos encontramos, ou seja, nosso maior problema é de ordem espiritual.
Mas, o que isso significa? Problemas espirituais são todas as coisas que atrapalham ou até mesmo impedem o nosso relacionamento com Deus. O pior deles é o pecado da incredulidade. Mas aqui, tanto o paralítico como seus amigos tinham fé, e assim mesmo seu maior problema era de ordem espiritual (pecados não perdoados).
O fato de ser paralítico gera uma série de problemas que passam despercebidos para as pessoas comuns (ir ao banheiro, por exemplo, é um problema), mas os meus maiores problemas são espirituais. Esses problemas são causados pelo pecado, e me afastam de Deus. De acordo com a Bíblia, minha situação é bastante séria — assim como a sua.
Algumas pessoas podem pensar que eu poderia estar curado dessa paralisia, pois Deus tem poder para curar. Não tenho a menor dúvida de que Deus pode me curar (já vi alguns milagres no hospital); só não tenho certeza se é da vontade dele que eu fique curado. Como paralítico, posso entender melhor as dificuldades de alguns pacientes e ter maior empatia com eles. Sempre que penso nisso, tudo me leva a crer que é da vontade de Deus que eu continue paralítico. Um pastor, certa vez me disse que ele acreditava que Deus tem uma obra para realizar através de mim e que só pode ser efetuada comigo sentado nessa cadeira de rodas. Eu creio nisso.
Posso afirmar que sou feliz do jeito que sou, e as pessoas com quem convivo podem atestar essa verdade.
Você pode dizer também que é feliz? Só podemos desfrutar da verdadeira felicidade quando resolvemos nossos maiores problemas. E você pode não acreditar, mas nossos maiores problemas são de ordem espiritual. Acompanhamos os últimos meses de vida de um paciente internado no HC- UNICAMP com câncer no pulmão. Durante esse tempo ele conheceu e aceitou Jesus como seu Salvador e Senhor, e resolveu seus problemas espirituais. Pouco antes de morrer, ele confessou que esses meses de agonia física foram os mais felizes de sua vida!!!
Não perca a oportunidade de ser feliz!

terça-feira, 17 de junho de 2008

PENSE NISSO 32


E se Jesus Cristo voltasse AGORA, nesse instante?

VIGÁRIO, O QUE É? (ou A Melhor Escolha)

Li certa vez um relato sobre dois homens que arriscaram a vida para salvar alguém que estava sendo arrastado por uma enxurrada de lama. Já li também sobre um homem que morreu ao salvar duas crianças que estavam se afogando em um lago congelado. O que faz com que uma pessoa arrisque sua própria vida para salvar alguém?
Da janela do local onde trabalho, tenho o privilégio de avistar uma mata. Segundo me informaram, vivem ali mais de cem espécies diferentes de aves! Certo dia, um belo pássaro pousado sobre a cerca me chamou a atenção. O peito da ave era vermelho vivo e o resto do corpo preto. De vez em quando, o pássaro voava até o meio de um estacionamento próximo à mata e pegava, em pleno ar, algum inseto que voava por ali. De repente, surgiu não sei bem de onde, um gavião que por pouco não o apanhou em pleno vôo. Já havia visto outras vezes um gavião atacar um ninho de passarinho e levar um filhote preso em suas garras, para desespero dos pais passarinhos, que tentaram a todo custo salvá-lo, mas não conseguiram.
Agora, use sua imaginação para “fantasiar” um pouco. Vamos fazer de conta que os animais pudessem pensar, falar e até orar a DEUS. Imagine a seguinte situação: você está caminhando pela mata e encontra uma mosca presa numa teia de aranha. A aranha se aproxima para pegar a mosca, e então você ouve uma voz perguntando baixinho: Deus, por que o Senhor permitiu que eu ficasse presa nessa teia? Logo em seguida, você ouve uma outra voz agradecendo a Deus por ter lhe proporcionado “aquele” alimento! Olhando por esse ângulo, a impressão que temos é que a natureza é injusta. E na verdade é mesmo! Mas nem sempre foi assim. As coisas ficaram desse jeito a partir do momento em que Adão decidiu se afastar de DEUS. A desobediência dele trouxe maldição a toda criação, incluindo-se aí todos os seres humanos.
Mas, voltemos ao mundo real. Certa ocasião, dois jovens biólogos cristãos levaram um grupo de crianças para um passeio nessa mesma mata. Parte da programação, apesar de provocar uma certa polêmica, foi bastante interessante. Enquanto andavam pela mata, eles iam mostrando às crianças o que observavam: uma folha viva e outra morta, ambas da mesma árvore, alguns bichinhos que viviam no meio da mata e um animalzinho morto. O objetivo deles era fazer uma clara distinção entre vida e morte. A seguir, as crianças foram levadas a uma sala envidraçada onde observaram uma cobra alimentando-se de um rato. As crianças aprenderam com essa experiência que, pelas leis da natureza, para um sobreviver, outro tem que morrer. Os biólogos então transferiram esse conceito para o plano espiritual, mostrando que para que nós pudéssemos desfrutar da vida com DEUS foi preciso que JESUS CRISTO morresse para pagar pelos nossos pecados.
A Bíblia afirma que talvez alguém se disponha a morrer por uma pessoa boa e justa. Aqueles dois casos citados inicialmente se encaixam nessa situação, assim como alguns casos que pude testemunhar dentro do Hospital das Clínicas onde trabalho. Ali, de vez em quando encontramos pessoas dispostas a morrer, se preciso for, para aliviar o sofrimento de alguém muito amado!! Mas, e por uma pessoa má, pecadora, será que alguém estaria disposto a morrer? A Bíblia afirma que JESUS CRISTO morreu por nós (isso inclui eu e você!) quando nós ainda éramos pecadores!!
A propósito: a palavra “vigário”, usada para designar um ministro de Deus, principalmente entre os católicos, vem do termo “vicário”, ou seja, aquele que sofre no lugar de outra pessoa ou o que assume o lugar de outro.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

PENSE NISSO 31


Um amigo, parafraseando o Joelmir Beting, me ensinou que “a teologia na prática é outra”. Você concorda?

quarta-feira, 11 de junho de 2008

VANTAGEM ADICIONAL

Minha cadeira de rodas motorizada tem sido de grande ajuda, muitas vezes em ocasiões inesperadas, como esta que vou contar agora. Já faz algum tempo, tive o privilégio de poder ajudar uma pessoa que havia sofrido uma profunda decepção. Acredito que minha cadeira de rodas motorizada desempenhou um papel importante no caso, pois se eu estivesse acompanhado por um dos meus indispensáveis ajudantes, aquela conversa provavelmente não teria acontecido.
Eu havia acabado de almoçar sozinho (descobri como é chato almoçar sozinho!) e estava voltando para o escritório da Capelania do HC quando uma moça se aproximou perguntando se podia subir comigo. Eu já havia visto aquela moça outras vezes, na Capela do Hospital, pois ela costumava freqüentar os cultos e estudos bíblicos que acontecem ali. Enquanto seguíamos pelos corredores, desenrolou-se uma sessão de aconselhamento informal que só foi possível porque não havia mais ninguém por perto. Éramos apenas nós dois conversando. Ela introduziu o assunto com uma pergunta:
— Pastor, qual a atitude que devo tomar em relação a uma pessoa que espalhou mentiras a meu respeito? Soube através de uma amiga que essa pessoa disse algumas coisas sobre mim que não são verdadeiras, tanto que minha amiga não acreditou.
— Essa história me faz lembrar de um filósofo (infelizmente não lembro o nome) que enfrentou uma situação semelhante —, comentei, — Quando lhe perguntaram como ele iria se defender da calúnia que havia sofrido, ele respondeu: Minha vida e meu proceder são a minha melhor defesa.
— Então eu não devo fazer nada? — Ela retrucou.
Enquanto entrávamos no elevador, perguntei a ela:
— Como você definiria a palavra perdão sem usar a palavra desculpar?
Ela ficou pensando durante alguns segundos, enquanto o elevador nos levava para outro andar. Lá chegando, começamos a andar novamente pelos corredores, quando ela finalmente respondeu:
— Não sei bem como explicar, mas perdoar diz respeito a “acolher”.
Lembrei-me então de um episódio ocorrido tempos atrás, e contei a ela:
— Certa vez um amigo meu quebrou uma louça que pertencia à minha mãe. Aquela não era uma louça qualquer; ela havia pertencido à minha bisavó. Meu amigo naturalmente quis pagar pelo estrago que havia causado, mas minha mãe lhe disse que não havia como calcular o preço daquela louça, pois seu valor era inestimável. Disse também para ele não se preocupar, pois ela arcaria com o prejuízo. Em seguida, ela o perdoou. Perdoar é exatamente isso, é arcar com o prejuízo. Se alguém disse algo que “prejudicou a sua imagem”, arque com o prejuízo. Perdoe.
— Mas a Bíblia não diz que devemos amar o próximo? Eu não consigo gostar dessa pessoa que me difamou — ela retrucou.
— Amar não é a mesma coisa que gostar. A ordem que o Senhor Jesus nos deixou é amar os nossos inimigos. Dificilmente alguém consegue gostar do seu inimigo. Amar, nesse contexto, pouco ou nada tem a ver com sentimentos. Amar é muito mais uma questão de atitude —, respondi a ela.
Nossa conversa terminou nesse ponto, pois dali em diante nossos caminhos se separavam. Paramos para nos despedir, e ela então me disse:
— Pastor, foi Deus quem colocou o senhor no meu caminho.
E acredito mesmo que foi!
Quando nos separamos, ambos estávamos felizes, ela por ter suas dúvidas respondidas, e eu, pelas novas oportunidades que aquela cadeira de rodas estava me proporcionando de falar de Deus às pessoas.

terça-feira, 10 de junho de 2008

FRASES

Em terra de rei, quem tem um olho, ... errei.
Eu sempre troco as dificuldades, e isso tem me trazido palavras.
Quando um não quer, dois não brigam, mas um apanha.
Deus castiga quem muito mastiga.
O meu regime alimentar termina quando começa o do outro.
Você não precisa mentir para dizer a verdade.
O olho do gordo é que emporcalha o dono.

sábado, 7 de junho de 2008

O CRISTÃO E O MUNDO

Imagine uma chácara. Bem no centro dessa chácara tem uma casa, com uma varanda e nessa varanda uma porta que dá acesso a uma sala. Nessa sala há uma poltrona bem confortável, dessas tipo "cadeira do papai". Em volta dessa casa um enorme e bonito gramado com algumas árvores plantadas aqui e ali. Esse gramado vai até os limites da chácara, marcados por uma cerca de madeira pintada de branco. Em um dos lados da chácara está um parque de diversões: roda-gigante, carrossel, barracas de brincadeiras, de comidas e bebidas, muitas luzes, cores e música, muita música mesmo.
Volte sua imaginação para o sofá que está na sala da casa. Sentado no mesmo, está o dono da chácara. Ele está conversando com um de seus filhos. Em um dado momento esse filho, atraído pelo som baixo e indistinto que vinha do parque, se levanta e vai até a porta. E olha e vê o parque. O pai fala que eles estão conversando, e o filho responde:
- Pode falar que eu estou ouvindo.
Depois de um tempo, apesar de o pai continuar a falar, o filho vai até a escada da varanda, e depois até o gramado e por fim, quase, eu repito, quase sem perceber, ele está sentado na cerca já com as pernas para o lado de fora. O pai grita chamando-o, ao que ele responde:
- Mas eu não saí da chácara!
A chácara é uma figura do cristianismo. O dono da chácara é Deus. E o parque de diversões é o mundo. Quanto mais perto estamos de Deus, melhor O ouvimos, e menos ouvimos os "sons" do mundo. E o contrário também é verdadeiro.
Em que lugar da "chácara" você está?
Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas. (1 Coríntios 6:12 RA)
Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam. (1 Coríntios 10:23 RA)
Que tal passar o resto da sua vida na "Chácara"?

sexta-feira, 6 de junho de 2008

quarta-feira, 4 de junho de 2008

segunda-feira, 2 de junho de 2008

UM CAUSO

Seu moço vou lhe contá,
Um causo comigo acontecido.
Causo de verdade. Não é desses de enganá.
Coisa que me deixô, de alma mais inriquecido.
Tem uns pedaço em que a história é triste,
Mas lhe garanto que ela tem um finar feliz.
Por isso, meu amigo, desse causo não disisti,
Tudo acaba bem, pois foi Deus que assim quis.
Eu era bem criança, tarveis com 5 aninho,
Já tinha pegado essa tar de paralisía,
Hoje não, mas por causa dela, eu era bem magrinho.
E atrás de tudo que podia me curar, meu pai e minha mãe, ia.
Certa veis fumo passar férias no interior,
Coisa que sempre acontecia;
Eu gostava de ir lá, o pessoar era um amor.
Ficávamos na casa de uns primo, e de uma tia.
Esses parente, não querendo parpitar,
Pensavam em fazê um favor.
Queriam mesmo é me curar,
Então falaro de um benzedô.
Acho que foi na hora do lanche, tomando café,
Que os parente falaro do tar hóme.
Apesar de pequeno, eu tava cas oreia im pé,
Mas num intendí muito, pois naquela hora, eu tava mesmo é cum fome.
Naquela mesma noite nóis fumo lá,
Afinar, mar num pudia fazê.
Fumos então o hóme procurá,
Mór di ele mi benzê.
O benzedô era peão de uma fazenda,
Lembro da estrada di terra alumiada pelos farór,
A mulher e as filhas com vestidos de renda,
Cê percisa vê, era uma pobreza de dar dó.
Dispois dos cumprimento, fui levado prum quarto ao lado,
Onde na parede tinha um quadro de Jesus.
Como toda casa, por uma lamparina o quarto era alumiado.
Benze daqui, benze dali, e me deram preu beijar uma cruz.
Eu beijei. Mas hoje fico encafifado,
Pois tinha um ponto certinho prá se beijar,
Fico então aqui cismado,
Quantos é qui num beijaram antes aquele lugar?
Vortemo prá casa cheios de esperança,
Queríamos ver o resurtado da benzedura.
A verdade é que num aconteceu nada cumigo, aquela pobre criança,
E isso prus meus pais foi uma realidade dura.
Prá fazê um registro importante, faço uma parada agora.
Meus pais são uns presente maravioso que Deus me deu!
Todos os meus comprexos eles jogaru fora,
Eles me ensinaro a, mesmo sendo paralítico, a eu gostá di eu!
Mas cumo intendê pruque Deus não mi curô?
Pruque Ele deixô isso acontecê?
Prá cabeça de meus pais, foi um horror,
Isso tudo podia me fazê enlouquecê.
Ou Ele pudia fazê mas não tinha querê,
Então péraí, Ele não tem amor!
Ou queria mas não tinha poder,
Então Ele não é Deus, faça-me o favor!
Acredito em dois ditados bem popular:
Um diz que Deus escreve certo por linhas torta,
O outro cê deve se alembrar,
Deus sempre abre uma janela, mesmo que tenha fechado a porta.
Mas será que essas idéias também tão escritas nas Escrituras Sagradas?
Será que em Deus nóis podemo confiar?
Se tiver, vou seguir por esse estrada,
Toda minha vida prá Jesus vou entregá.
Tem na Bíblia um bunito verso,
Que diz que tudo que nos acontece é pro nosso bem.
Nosso qui eu digo, não é pro perverso,
É prus qui são convertido, e amam a Deus também.
Deus quis que eu seja diferente,
Isso me torna especiar.
Não posso andar como toda a gente,
Mas acredite, isso é motivo preu me alegrá.
Me alegro pruquê a Ele posso serví,
Me alegro pruquê d’Ele posso falá.
Me alegro pruquê Ele me faz sorrí,
Me alegro pruquê com Ele, prá sempre no céu eu vou andá.