Li, se não me engano numa Seleções, a história de uma mulher que precisava contratar uma pessoa para os serviços domésticos. Depois de colocar um anúncio em um jornal, ela pôs uma vassoura atravessada no caminho pelo qual as prováveis candidatas teriam que passar. Aquelas que pulavam a vassoura caída no chão ela já dispensava, e aquela que pegou a tal da vassoura e a colocou em um canto, apoiada no batente da porta, essa foi contratada.
Você tiraria a vassoura do caminho?
Devo a Leonardo Boff o ter atentado para o fato de que o “tamagoshi”, aquele bichinho virtual, é um símbolo de uma geração que se diverte cuidando de um ser que não existe, mas que nasce, cresce, se alimenta, faz suas necessidades, chora, ri, fica doente, sara e até morre. Só que pode ressuscitar no momento que se quiser. Essa mesma geração não se diverte cuidando do próximo, seja uma criança, um avô ou avó, um pobre ou rico que precise de atenção. E olhe que essa criança, avô, avó, pobre ou rico morrem de verdade!
Cuidar é servir. Se no nosso caminho tiver alguma coisa fora do lugar, devemos nos abaixar e dar um jeito para arrumar da melhor forma possível. Não podemos passar por cima como se não tivéssemos nada com isso, ou esperar sermos pagos para fazê-lo.
Alguém (foi o Carlito Maia?) já disse com razão que “Nessa vida, uns vieram a passeio, outros para servir”.
“( ... ) o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. (Marcos 10:45 RA)
Estamos aqui para servir.
Serviço não falta: idosos, doentes, meninos de rua, orfanatos, presídios. analfabetos, deficientes, parentes (é isso aí, cunhado também!), vizinhos, é só olhar à sua volta.
Agora deixe-me fazer uma observação: no nosso trabalho de visitação lá no Hospital das Clínicas da UNICAMP, você pode não acreditar, mas quem visita ganha mais do que quem é visitado!
Quem serve é superior a quem é servido.
Concorda?
Oi, Chico Motta
ResponderExcluirRealmente, quando visitei o HC com você, certo tempo atrás, eu aprendi muita coisa através de olhares expressivos de gratidão, outros de dor, outros de apego à vida. Esse seu trabalho é incrível e eu vejo nele o verdadeiro exercício do amor ao próximo. Pena que muitos pastores fiquem atrás de escrivaninhas e não vão até onde deles mais se precisa.
Um abraço
Lacerda, você é o meu leitor mais assíduo. Esse é um dos motivos pelos quais gosto de ser seu amigo.
ResponderExcluirObrigado por suas palavras.
Gostei muito do que você escreveu!
ResponderExcluirTambém tenho o costume de ajudar aqueles que estão ao meu redor, fazendo-o tão logo percebo a necessidade. Já tive a tristeza de perceber que muitos fogem dessa situação, evitando fazer aquilo que não acham que é sua função.
Ajudar o próximo é algo que todos deveriam fazer expontaneamente, pois somos todos filhos de Deus, portanto todos irmãos.
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ResponderExcluirOi Chico! Eu sempre dou uma olhadinha no seu blog, mas ainda não tinha lido esse texto. Caiu na hora certa! Hj qdo voltei no final da tarde pra minha casa, curti estar com minha vó e aproveitar de sua companhia! Um amigo, a tarde, me abriu os olhos de como é bom servir, e este texto completou! Servir é melhor do que ser servido, mas como é fácil de se esquecer desta verdade!!
ResponderExcluirBjs e até quinta