É difícil eu chorar mas, ao ver a cobertura jornalística dessa tragédia, me vieram lágrimas aos olhos. Pelas crianças que morreram e pelas que assistiram tudo. Mas o que me fez pensar foram as causas que levaram o assassino a cometer aquela loucura. Foram três as principais.
Antes de mais nada, ficamos sabendo que ele era uma pessoa solitária. Veja o que a Bíblia fala sobre gente assim: “Quem não gosta de estar na companhia dos outros só está interessado em si mesmo e rejeita todos os bons conselhos.” (Provérbios 18:1 NTLH)
Segunda coisa: ele vivia o tempo todo na INTERNET. Como tudo, esse excelente meio de comunicação pode ser mau usado, e é quase certo que era isso que o Wellington fazia, ou então não queimaria sua máquina.
E por fim, tudo nos leva a acreditar que ele se sentia rejeitado. A aceitação pelo grupo de amigos é fundamental para os adolescentes e jovens. A rejeição desequilibra e as machucaduras que causam deixam sequelas. Por essa razão é que agora a sociedade começa (tardiamente?) a tratar de evitar o “bulling”.
Penso que a principal reação de alguém que sofre um ou todos esses males é desprezar os outros como seres humanos. E a partir daí, qualquer coisa que esse alguém fizer que prejudique o outro “passa a ser válida”, desde receber um troco a mais e não devolver, até matar.
Mas o mal começa pequeno, dentro do coração. Há outras formas de se matar alguém sem se usar revólveres ou outras armas:
“Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: “Não mate. Quem matar será julgado.” Mas eu lhes digo que qualquer um que ficar com raiva do seu irmão será julgado. Quem disser ao seu irmão: “Você não vale nada” será julgado pelo tribunal. E quem chamar o seu irmão de idiota estará em perigo de ir para o fogo do inferno.” (Mateus 5:21-22 NTLH)
E se aquele infanticida tivesse sido um pouco mais amado? Não afirmo que ele não teria feito o que fez, mas vale a pena pensarmos mais sobre isso. Pelo que tudo indica, parece que também ele foi “morto” na infância.
Nao sei o que pensar no que fez esse rapaz a cometer tal ato, mas penso nas familias que perderam seus filhos, das criancas e professores que vivenciaram tudo aquilo, como sera a vida deles de agora em diante?como vao superar tal trauma, pois, nao podem deixar de viver e de ter as atividades, peco a Deus, que lhes de sabedoria para lidar com isso.Cintia
ResponderExcluirUm articulista do jornal Folha de São Paulo fez um comentário bastante interessante sobre a tragédia ocorrida no Rio de Janeiro.Ele disse o seguinte: "Wellington matou as crianças e se matou. Na verdade, já estava morto antes de entrar no colégio, antes mesmo de decidir se matar e talvez ainda antes".(Ruy Castro, Folha de São Paulo, 08/04/2011)
ResponderExcluirSe esse rapaz tivesse recebido um pouco de carinho na infância, se alguém tivesse prestado atenção nele, se seus colegas procurassem conversar com ele para tentar entender seu comportamento introvertido, em vez de ridicularizá-lo publicamente, talvez a história fosse outra...
Olá, Chico.
ResponderExcluirHá muito tempo tenho conversado com meu sobrinho de 10 anos sobre o que acontece no colégio dele. Meu sobrinho é sempre zoado por conta de ser gordinho, e ele sofre muito com isso. Dá pra perceber claramente como existe crueldade nas brincadeiras dos alunos. Em casa conversamos com ele, o apoiamos e damos conselhos. Isto porque é ele a vítima do bulling. Mas e os outros meninos, os que zombam, que agridem verbalmente, que ridicularizam os outros? Será que os pais e familiares conversam os eles e os repreendem? Ou será que riem dos comentários deles? É engraçado quando o OUTRO é ridicularizado. Quando acontece uma tragédia como esta do Rio, todos buscam responsáveis e quase sempre o governo é cobrado, mas será que não está na hora de todos, principalmente os cristão prestarem atenção no comportamento dos filhos, em suas "brincadeiras", nos seus valores? Não está na hora de olhar mais dentro da própria casa?
Com certeza a causa do absurdo acontecido não foi só esta, mas se cada família se preocupar mais com a educação dos seus pequenos e ajudá-los a desenvolver o respeito pelo outro, muita coisa pode ser mudada.
beijos
Célia