quinta-feira, 3 de março de 2011

DESERTO

De vez em quando percebo que Deus me envia para o “deserto” a fim de trabalhar a minha vida. O tempo que dura essa experiência é muito variável, e está intimamente relacionado com a minha receptividade aos ensinamentos. Quanto mais disposto a aprender estou, mais rápido é esse processo.
Agora, antes de fazer algumas considerações úteis a essa aventura, deixe-me definir o que quero dizer com o termo deserto.
Primeiramente, pode ser um isolamento físico mesmo. Por um tempo podemos estar afastados do convívio com todas as outras pessoas que nos são significativas. Por exemplo, internados em um hospital com horário de visitas restrito. Esse deserto também pode ser no plano social. Já experimentou um período em que parece que todo mundo se afastou? Às vezes não é só aparência, é real mesmo. Ou então é um deserto emocional. Não somos amados, ou na melhor das hipóteses achamos que não o somos. E por fim, pode ser um deserto espiritual, onde parece que Deus se esqueceu de nós.
Tudo isso gera solidão.
Mas o deserto tem suas vantagens.
Por exemplo, no deserto não podemos contar com a ajuda de ninguém. Excelente exercício para desenvolvermos uma maior dependência de Deus. Isso é ótimo para fortalecer a fé.
No deserto, onde ninguém nos vê, é que somos nós mesmos. Mesmo porque no deserto não faz sentido usarmos máscaras. Essa lição aprendi de um texto escrito por um jesuíta, J. Ramón F. De la Cigoña.
Como no deserto não temos distrações, podemos focar nossa atenção no que realmente é importante. E isso é de extrema valia.
Finalizando, ou você passou, está passando ou vai passar por uma “temporada” no deserto. Tenha essa experiência como algo de muito valor, preciosíssimo.
PARA REFLETIR:
A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.” (Mateus 4:1)

3 comentários:

  1. O texto abaixo tem tudo a ver com o que vc escreveu. O autor é Rubem Amorese.

    abraços,

    Heloisa

    Talvez a única coisa que nos sustente em momentos de intensa luta seja a percepção e a certeza de que somos amados, apesar dos nossos defeitos e problemas. O apóstolo Paulo expressa essa idéia dizendo que a esperança não confunde, se cremos que somos amados por Deus. "Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado". Ele está dizendo que a certeza do amor de Deus faz com que não sejamos decepcionados em nossa esperança. E o contexto de Romanos 5 é de tribulações.
    De fato, não serão palavras, não serão explicações, não serão justificativas para a nossa dor que nos aliviarão, mas a certeza de que somos amados. O amor dá significado à nossa vida, mesmo que momentaneamente atribulada. Sem amor, a paz é pobre e necessitada, e a riqueza baldia e carente. A liberdade transforma-se em um sonho sem significado, e a alegria em gargalhadas vazias.
    Quando atribulado por perdas e decepções, gosto de ouvir a Palavra me dizer: "De longe se me deixou ver o Senhor, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí".

    texto disponível no site:
    www.ultimato.com.br/sites/amorese

    Vale a pena entrar no site e ler outros textos do autor.

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  2. Caríssimo,

    É no deserto, lugar do abandono e de calor abrasador, que, no momento certo, exatamente ao meio dia, com o SOL bem a pino, ficamos sem "sombra", podemos nos alinhar totalmente "entre a terra e o céu"...
    A LUZ nos ilumina totalmente, mas para isso temos que aguentar a solidão, a boca seca e as queimaduras.
    Sem dúvida é bem difícil, mas vale a pena...


    Paz,

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  3. oi Chico, passei por um deserto,para dois amigos de quarto do CM, tiveram o fim no vale da morte, obrigado por suas oraçõres , Que Deus te bendiga..

    abraço fraterno,

    Romulo

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