sexta-feira, 8 de abril de 2011

PARADIGMAS DESATUALIZADOS

Alguém me contou essa ilustração da qual gostei muito. Um repórter foi designado para fazer a cobertura de uns exercícios militares. Durante aquelas manobras esse jornalista perguntou ao comandante qual era a função de um soldado que ficava o tempo todo parado em pé em cima de uma colina. A resposta obtida foi surpreendente: ele estava ali para tomar conta dos cavalos. “Mas não há mais cavalaria nessa tropa!”, retrucou o repórter. “É que o livro de instruções ainda determina que haja um homem nessa função”.
Muitas vezes mantemos alguns paradigmas que foram úteis no passado mas depois perderam a razão de ser. Padrões são normatizados para não serem esquecidos. Mas se porventura perdem sua causa de existir, continuam a ser feitos mesmo sem utilidade. Transformam-se em tradições intocáveis.
Alguns itens na liturgia de cultos, esquemas e formas de reuniões (tais como local, dia e hora), maneiras de se pregar, orar e pensar, são apenas alguns exemplos. Esses são exemplos coletivos, mas há também paradigmas individuais: ocupar sempre o mesmo lugar no Templo, maneiras de se vestir, formas de se falar, e ainda outros.
Nesse sentido foi que Jesus contrastou a Graça (o novo) com a religiosidade judaica (o velho):
Ninguém costura remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo novo tira parte da veste velha, e fica maior a rotura. Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho romperá os odres; e tanto se perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em odres novos.” (Marcos 2:21-22)
Que tradições precisam ser revistas em sua Igreja?
E na sua vida?

Um comentário:

  1. Caro Xyko,

    Como é difícil evoluir, se desenvolver, crescer...
    Acredito que somente com a Graça poderemos superar as estruturas que vão se formando fortemente dentro e fora de nós... não é fácil.


    Paz,

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