Foi uma experiência muito interessante. Era o culto de encerramento de um curso de artesanato que fora ministrado na minha Igreja. Quando me posicionei no centro do palco, o salão, que estava lotado, ficou em um grande silêncio. Então eu falei:
- A minha situação aqui, nesse momento é, no mínimo, interessante. Primeiro tenho que fazer vocês olharem atentamente para mim. Depois desviar a atenção de todos para olharem para Jesus.
Depois dessa introdução dei a mensagem proposta para aquela noite.
Essa situação ilustra direitinho o exemplo que João Batista nos deixou ao falar de Jesus o seguinte: “Convém que ele cresça e que eu diminua.” (João 3:30 )
Mas me parece que essa é a contramão do que temos vivido. Me pego perguntando "por que damos tanta importância ao reconhecimento dos outros?" Penso que é porque consideramos Cristo como um mero coadjuvante na nossa história. Com muito respeito, é claro.
Vejamos o que Pedro fala aos jovens:
“Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte,” (1 Pedro 5:6)
Só que tenho a impressão de que reescrevemos tal versículo da seguinte forma:
"Servi gloriosamente e com excelência ao Senhor com a sua própria poderosa mão e Ele, a seu tempo, Se exaltará".
É sutil a mudança que se opera em nossa mente. Estamos servindo a Deus, não estamos? Não é só isso que a Igreja requer de nós? Servir a Deus com excelência é muito bom, mas se o fizermos para nos gloriarmos e não para Deus ser glorificado, é péssimo. Vez ou outra ainda me flagro fazendo o trabalho para Deus visando ser reconhecido pelos outros.
Fazer tudo com excelência não é a função, é a forma como devemos fazer. A função é glorificar a Deus. Inverter isso é um desastre espiritual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário