quinta-feira, 10 de março de 2011

A LIÇÃO QUE MEU TIO CARLOS ME DEIXOU

Ter tio é uma coisa muito boa. Eu tive ótimos tios. Meu tio Carlos já morreu. Ele foi um dos tios que mais gostei. Alegre, ditos espirituosos, ótimo piadista, brincalhão, bagunceiro de jeito que todo menino gosta. Foi esse tio que me inspirou a querer um dia cursar a faculdade de direito. Isso aconteceu porque ele, já casado e com filhos, foi estudar para ser advogado.
Um dia o tio Carlos me contou de uma prova escrita que teve que fazer naquela faculdade. O professor relatou um caso fictício de um açougueiro que é acusado por um crime. Os alunos tinham que ser o advogado do réu. O tio Carlos fez um trabalho de defesa fantástico que até o professor elogiou. Mas, dos 10 pontos que ele poderia tirar, só ganhou 5, para seu grande espanto e indignação. É claro que meu tio foi conversar com o professor. A explicação que recebeu foi que no trabalho, meu tio só fez a defesa imaginando que o tal açougueiro fosse inocente. “Mas como defender um culpado?” foi a pergunta feita por aquele ainda aluno ao professor, o qual respondeu: “Assegurando-lhe uma pena justa, nem mais rigorosa nem mais frouxa do que a merecida”.
Infelizmente a vida não é assim! Mas ...
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.” (Mateus 5:6)
PARA REFLETIR:
Compassivo e justo é o SENHOR; o nosso Deus é misericordioso.” (Salmos 116:5

Um comentário:

  1. Caro Xyko,

    A figura da balança me parece muito apropriada, faz pensar bastante... nós humanos precisamos comparar os pesos entre as coisas para lhes associarmos o valor relativo que achamos que lhes cabe, para colocarmos a coisas numa ordem hierarquizada. Justiça, bem basicamente, seria encontrar essa hierarquia de forma perfeita. Nós precisamos disso...
    Mas para Deus, que é pleno Amor, tudo tem valor absoluto... mais ou menos como se Ele fosse a balança... ou a própria gravidade.


    Paz,

    ResponderExcluir