sexta-feira, 14 de agosto de 2009

PARA QUE VOCÊ QUER ISSO?


Conheço uma senhora que, na minha opinião, personifica perfeitamente o consumista de hoje em dia. Ela está sempre querendo comprar algo: ou um sofá, ou uma TV, aparelho de jantar, perfume, vaso, sei lá o que mais. Então ela projeta essa aquisição e daí em diante não pensa (e consequentemente não fala) em outra coisa a não ser aquilo. Até que finalmente consegue adquirir o que quer. Depois de uns dias já não se interessa por aquilo e começa a pensar em outra coisa para comprar.
Há já alguns anos que venho pedindo a Deus uma determinada coisa. É o que chamo de “pedido recorrente”. Não posso dizer o que é porque combinei com Ele que isso seria só entre nós dois, Ele e eu. A demora em Deus me dar (se é que vai dar!) isso que tanto quero tem sido um excelente aprendizado para mim. Testa minha perseverança (ponto para mim), e me leva a questionar a razão de eu querer isso.
Veja essa ilustração bíblica. A mãe de Samuel, Ana, não podia ter filhos e era importunada pela outra mulher de seu marido, que se chamava Penina:
“Penina, sua rival, provocava e humilhava Ana porque o SENHOR não permitia que ela tivesse filhos. Isso acontecia ano após ano. Sempre que iam ao santuário do SENHOR, Penina irritava tanto Ana, que ela ficava só chorando e não comia nada.” (1 Samuel 1:6-7 NTLH)
“Aí Ana se levantou aflita e, chorando muito, orou a Deus, o SENHOR. E fez esta promessa solene: —Ó SENHOR Todo-Poderoso, olha para mim, tua serva! Vê a minha aflição e lembra de mim! Não esqueças a tua serva! Se tu me deres um filho, prometo que o dedicarei a ti por toda a vida e que nunca ele cortará o cabelo. Ana continuou orando ao SENHOR durante tanto tempo, que Eli começou a prestar atenção nela e notou que os seus lábios se mexiam, porém não saía nenhum som. Ana estava orando em silêncio, mas Eli pensou que ela estava bêbada e disse: —Até quando você vai ficar embriagada? Veja se pára de beber! —Senhor, —respondeu ela—,eu não estou bêbada. Não bebi nem vinho nem cerveja. Estou desesperada e estava orando, contando a minha aflição ao SENHOR.” (1 Samuel 1:10-15 NTLH)
Em uma outra tradução, em vez de “orando”, está “venho derramando a minha alma perante o SENHOR”.
Mas veja ainda mais esses 2 versículos, que registram o que aconteceu uns tempos depois:
“Eu pedi esta criança a Deus, o SENHOR, e ele me deu o que pedi. Por isso agora eu estou dedicando este menino ao SENHOR. Enquanto ele viver, pertencerá ao SENHOR. Então eles adoraram a Deus ali.” (1 Samuel 1:27-28 NTLH)
Aquilo que Ana tanto queria, ela entregou para Deus!
Será que o que eu tanto quero é para dedicar ao Senhor?
É provável que você tenha um “pedido recorrente”. Será que isso que você tanto quer é para dedicar a Deus?

3 comentários:

  1. Oi, Xyko!

    Ultimamente, tenho orado por um bom casamento. O Senhor tem me ensinado acerca da importância de desenvolver a qualidade que quero ver num homem, pré-requisito sem o qual não dá pra nos casar: buscar a Deus acima de todas as coisas e pessoas!

    Ou, nas palavras da minha mãe: não basta ser salvo, tem que ser servo!

    (Lembrando de um comentário que você fez em uma de suas aulas, existem outros pedidos meus recorrentes, mas esse é um dos que dá pra comentar em público! rsrsrsrs)

    Com relação a isso, gostei muito do "Pense Nisso 74" e dos textos e comentários sobre casamento. Com certeza, o melhor motivo pelo qual alguém deve desejar o casamento é dedicá-lo ao Senhor!

    E nisso você e Denise são um exemplo para mim!

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  2. Pois é... o desejo é uma chama insaciável, quanto mais o alimentamos mais ele aumenta. Essa é a razão dos gregos antigos e místicos orientais meditarem e se exercitarem tanto para acabar com o desejo e sua consequência: o sofrimento. Este é o estado de ATARAXIA (ausência de perturbação). Por um lado, acabar totalmente com o desejo, por outro temos o excesso dele, alimentado cada vez mais pelo consumismo atual, que leva a uma doença compulsiva devastadora (trocar o que se é pelo que se tem...) como no caso da senhora mencionado pelo Xyko.
    Acredito que o equilíbrio é o nosso desafio.
    Aprendemos com Jesus a submeter nossa vontade à do Pai e Maria mostrou isso também com o seu sim ao anjo (colocar a vontade, o desejo de Deus antes do seu próprio é o fundamento para o dogma da virgindade perpétua de Maria dos católicos).
    Portanto, como o Xyko mesmo escreveu, até nossos desejos recorrentes mais secretos devem ser frequentemente avaliados, será que são dedicados ao Senhor?

    Minha mãe sempre diz que ainda bem que Deus não realiza todos os nossos pedidos... (assim como a Pri Coghi, também acredito que palavra de mãe sempre tem fundamento)

    Paz

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  3. Eu não tenho só um pedido recorente, mas sim quatro, e todos eles quero entregar a Deus!
    Ciça.

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