quinta-feira, 20 de agosto de 2009

PENSANDO BEM, VOCÊ TEM RAZÃO


Estou o tempo todo com eles. Eles e eu sempre estamos dentro de uma caixa.
Eles são de inúmeras formas, tamanhos e cores. A maior parte deles são bem quadradões, mas existem muitos bem redondinhos. Há aqueles enormes, outros não tão grandes e um número bem considerável daqueles bem pequenos. Muitos são bem coloridos e tem também uns bem áridos, cinza, preto e branco.
Muitos deles eu mesmo criei, outros algumas pessoas de fora os jogaram e ainda jogam direto ali dentro da caixa. Outros ainda eu vi sair de alguns deles mesmos, numa reprodução própria deles.
Sempre tem um ao qual eu dou mais atenção. Analiso tudo. Viro de um lado, do outro, por dentro e por fora, nas pontas, no meio, tudo.
Enquanto isso, alguns ficam rodeando à minha volta.
Os outros se escondem não sei onde.
Mas todos estão sob meu controle. Posso trazer ao centro da minha atenção, ou mandar sair da minha frente, qualquer um deles. Por exemplo, posso querer lidar com um que há muito tempo está escondido em algum canto. É só chamar que ele vem. Às vezes demora um pouco, mas vem. Pode vir faltando um ou outro pedacinho dele que se perdeu, mas ele se apresenta.
Todos possuem um poder fabuloso: eles determinam meus sentimentos. Por isso eu gosto mais de uns do que de outros. O problema é que muitos deles me fazem mal, e muitas vezes é desses que gosto mais, e assim gasto muito tempo com eles.
É assim a minha convivência com meus próprios pensamentos.
PARA PENSAR:
“Se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.” (Colossenses 3:1-3)
“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” (Filipenses 4:8)

3 comentários:

  1. Caro Xyko,

    Para mim, você de uma maneira linda e poética definiu subjetividade, liberdade e disciplina...

    Paz,

    ResponderExcluir
  2. Venâncio, obrigado por suas gentis palavras. Reparou a figura ilustrativa? Eu achei muito legal.
    Um abraço, Xyko.

    ResponderExcluir
  3. Pois é... quando a gente escreve alguma coisa e não gosta, a gente risca bastante, apertando bem o lápis para não ficar nem uma marquinha daquilo que foi escrito... na figura parece que há muita mágoa e talvez até rancor contra os pensamentos... a carga afetiva da figura é grande...

    Paz

    ResponderExcluir