quarta-feira, 12 de agosto de 2009

DURA LEX SEDE LEX


Há na televisão uma propaganda de um seriado policial que eu nunca assisti, e sinceramente nem lembro o nome. Mas a propaganda diz algo mais ou menos assim: “Quando os homens são bons, não há necessidade de lei, e quando são maus, não adianta ter lei”.
É claro que as coisas não são assim como esse jogo de palavras quer dar a entender.
Primeiro porque não há homens bons.
“Como está escrito: Não há justo, nem um sequer,” (Romanos 3:10)
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9)
Nesse contexto, coração não é o centro das emoções como considerado hoje, mas sim o centro das nossas decisões, ou seja, é a nossa mente.
E depois, é necessário que haja um padrão de autoridade e lei para que os valores sejam definidos e assim sirvam de parâmetro de conduta. Note esse versículo:
“Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto.” (Juízes 21:25)
Os últimos capítulos do livro de Juízes retrata a barbárie em que vivia o povo de Israel naqueles dias. Convém registrar que a simples presença de um rei não garante a prosperidade social, pois o mesmo pode ser corrupto e idólatra, como o foram vários reis dos judeus.
PARA REFLETIR:
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal. É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência.” (Romanos 13:1-5)

Um comentário:

  1. É isso aí...
    Ontem mesmo estava conversando com minha filha Juliana, de 15 anos, sobre a questão de regras e leis (nessa idade costumamos ter alguns problemas com limites e acabamos em transgressão), do medo do castigo e da tomada de consciência do dever...
    Usei com ela a metáfora do rio. Sem suas margens (limites) o rio nem existe... mas dentro desse espaço o rio existe (se realiza), cria redemoinhos e caminha sempre para o mar (sentido da existência). De vez em quando chove muito e o rio transborda (isso pode ser bom, por exemplo, irrigando o terreno em redor para a plantação, ou ruim, destruindo tudo nas enchentes...). Se não chove ele seca e deixa de existir.
    Nós somos assim também, só criamos uma identidade quando notamos que não somos os outros, existe um limite entre mim e o outro. Minha vida vem do céu (água) e tem que ter um sentido para existir. De vez em quando, o excesso de energia nos impele para superarmos os limites (transgressão), mas que seja para coisas boas... se transgredirmos sempre (delinquência) deixamos de ser nós mesmos, perdemos nossa identidade e passamos a destruir tudo a nossa volta e inclusive nós mesmos... com o tempo vamos consolidando nossa identidade (o leito do rio) e já não precisamos mais "transbordar", mas cada vez mais confirmamos o curso de nossas águas... e terminamos nossa jornada da existência no grande Oceano da essência que é DEUS...

    Paz

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