quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
ME AJUDE POIS PERDI AS FORÇAS
Ontem conversei com um homem que vai morrer em breve e sabe disso.
Mas antes de falarmos sobre isso, deixe-me compartilhar algo:
“Então, se levantou Jônatas, filho de Saul, e foi para Davi, a Horesa, e lhe fortaleceu a confiança em Deus,” (1 Samuel 23:16)
Há muito tempo me dei conta desse versículo, e ontem novamente me deparei com ele. O que me impacta nessas poucas palavras é considerar que uma amizade pode nos ajudar a encontrar forças em Deus! Meditando sobre isso, me lembrei dos amigos de Jó, que foram ajudá-lo depois que ele perdeu tudo o que tinha, família e bens:
“Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que lhe sobreviera, chegaram, cada um do seu lugar: Elifaz, o temanita, Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita; e combinaram ir juntamente condoer-se dele e consolá-lo. Levantando eles de longe os olhos e não o reconhecendo, ergueram a voz e choraram; e cada um, rasgando o seu manto, lançava pó ao ar sobre a cabeça. Sentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, pois viam que a dor era muito grande.” (Jó 2:11-13)
Duas coisas nesse trecho são dignas de nota: a primeira é a predisposição à solidariedade, e em segundo, é que o consolo pode ser em silêncio. Eles ficaram 7 dias e 7 noites sem abrir a boca, não falaram nada, e nem precisava. Antes tivessem continuado calados. Eles acusaram Jó de estar sofrendo todas aquelas perdas devido a algum pecado não confessado. Note o que Jó lhes diz:
“Vós, porém, besuntais a verdade com mentiras e vós todos sois médicos que não valem nada. Tomara vos calásseis de todo, que isso seria a vossa sabedoria!” (Jó 13:4-5)
Observe ainda a seguir, como essa falsa teologia que eles criam, quando aplicada, pode ser perniciosa:
“Então, respondeu Jó: Tenho ouvido muitas coisas como estas; todos vós sois consoladores molestos. Porventura, não terão fim essas palavras de vento? Ou que é que te instiga para responderes assim? Eu também poderia falar como vós falais; se a vossa alma estivesse em lugar da minha, eu poderia dirigir-vos um montão de palavras e menear contra vós outros a minha cabeça; poderia fortalecer-vos com as minhas palavras, e a compaixão dos meus lábios abrandaria a vossa dor.” (Jó 16:1-5)
A amizade tanto pode fortalecer quanto abater.
Voltando, então, ao que eu estava começando a contar: ontem conversei com um homem (35 anos!) que vai morrer em breve e sabe disso. Foi com um paciente do HC-UNICAMP.
A primeira coisa que pensei foi em como ajudá-lo a encontrar forças em Deus?
Comecei perguntando-lhe se está com medo. Sua resposta foi sincera, com uma afirmação seguida de uma pergunta: “Tenho medo sim. Você acha isso natural?”. Respondi que é natural, por se tratar de algo acionado pelo instinto de auto-preservação.
Deixei claro que é imprescindível que ele esteja pronto para o “pior”, ou seja, a morte (que nem sempre é o pior), sem perder a esperança, que é o que o motivará a continuar lutando.
Na hora de nos encontrarmos com a morte, 3 medos podem ocorrer: o de deixar a família desamparada, o da hora da morte e o do pós-morte. Quanto ao primeiro, que é o caso desse homem que conversei, como vivemos como se não fôssemos morrer, sempre há o que fazer. O segundo medo é o da passagem. Gosto dessa expressão, pois costumo descrever a morte como passar por uma janela (não digo porta porque pela janela há um grau maior de dificuldade); do lado de cá, ajudando na passagem, ficam os parentes e amigos, e do lado de lá quem ajuda são os anjos e, não tenho muita certeza, o próprio Senhor Jesus. Isso, é claro, no caso de ser uma pessoa convertida, que é o caso desse meu amigo que estou citando. Já o caso de um não convertido “passar pela janela”, não quero nem lembrar o que um outro homem, que recusou o perdão em Cristo, me contou sobre o que ele viu do lado de lá.
PARA REFLETIR:
“Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Filipenses 1:21)
Mas antes de falarmos sobre isso, deixe-me compartilhar algo:
“Então, se levantou Jônatas, filho de Saul, e foi para Davi, a Horesa, e lhe fortaleceu a confiança em Deus,” (1 Samuel 23:16)
Há muito tempo me dei conta desse versículo, e ontem novamente me deparei com ele. O que me impacta nessas poucas palavras é considerar que uma amizade pode nos ajudar a encontrar forças em Deus! Meditando sobre isso, me lembrei dos amigos de Jó, que foram ajudá-lo depois que ele perdeu tudo o que tinha, família e bens:
“Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que lhe sobreviera, chegaram, cada um do seu lugar: Elifaz, o temanita, Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita; e combinaram ir juntamente condoer-se dele e consolá-lo. Levantando eles de longe os olhos e não o reconhecendo, ergueram a voz e choraram; e cada um, rasgando o seu manto, lançava pó ao ar sobre a cabeça. Sentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, pois viam que a dor era muito grande.” (Jó 2:11-13)
Duas coisas nesse trecho são dignas de nota: a primeira é a predisposição à solidariedade, e em segundo, é que o consolo pode ser em silêncio. Eles ficaram 7 dias e 7 noites sem abrir a boca, não falaram nada, e nem precisava. Antes tivessem continuado calados. Eles acusaram Jó de estar sofrendo todas aquelas perdas devido a algum pecado não confessado. Note o que Jó lhes diz:
“Vós, porém, besuntais a verdade com mentiras e vós todos sois médicos que não valem nada. Tomara vos calásseis de todo, que isso seria a vossa sabedoria!” (Jó 13:4-5)
Observe ainda a seguir, como essa falsa teologia que eles criam, quando aplicada, pode ser perniciosa:
“Então, respondeu Jó: Tenho ouvido muitas coisas como estas; todos vós sois consoladores molestos. Porventura, não terão fim essas palavras de vento? Ou que é que te instiga para responderes assim? Eu também poderia falar como vós falais; se a vossa alma estivesse em lugar da minha, eu poderia dirigir-vos um montão de palavras e menear contra vós outros a minha cabeça; poderia fortalecer-vos com as minhas palavras, e a compaixão dos meus lábios abrandaria a vossa dor.” (Jó 16:1-5)
A amizade tanto pode fortalecer quanto abater.
Voltando, então, ao que eu estava começando a contar: ontem conversei com um homem (35 anos!) que vai morrer em breve e sabe disso. Foi com um paciente do HC-UNICAMP.
A primeira coisa que pensei foi em como ajudá-lo a encontrar forças em Deus?
Comecei perguntando-lhe se está com medo. Sua resposta foi sincera, com uma afirmação seguida de uma pergunta: “Tenho medo sim. Você acha isso natural?”. Respondi que é natural, por se tratar de algo acionado pelo instinto de auto-preservação.
Deixei claro que é imprescindível que ele esteja pronto para o “pior”, ou seja, a morte (que nem sempre é o pior), sem perder a esperança, que é o que o motivará a continuar lutando.
Na hora de nos encontrarmos com a morte, 3 medos podem ocorrer: o de deixar a família desamparada, o da hora da morte e o do pós-morte. Quanto ao primeiro, que é o caso desse homem que conversei, como vivemos como se não fôssemos morrer, sempre há o que fazer. O segundo medo é o da passagem. Gosto dessa expressão, pois costumo descrever a morte como passar por uma janela (não digo porta porque pela janela há um grau maior de dificuldade); do lado de cá, ajudando na passagem, ficam os parentes e amigos, e do lado de lá quem ajuda são os anjos e, não tenho muita certeza, o próprio Senhor Jesus. Isso, é claro, no caso de ser uma pessoa convertida, que é o caso desse meu amigo que estou citando. Já o caso de um não convertido “passar pela janela”, não quero nem lembrar o que um outro homem, que recusou o perdão em Cristo, me contou sobre o que ele viu do lado de lá.
PARA REFLETIR:
“Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Filipenses 1:21)
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
NOSSO PAI VÊ EM SECRETO
A conversão ao cristianismo é uma conscientização de que o Jesus histórico é o Messias, o Cristo, é Deus que se fez homem e, condição sine que non e por isso mesmo de importância equivalente à conscientização, fruto de um real e emocionante encontro pessoal e contínuo com o próprio Senhor Jesus. Sem essa conscientização e sem esse encontro não há conversão. Antes de ser cristão eu pensava que o era; existe essa possibilidade. Veja esse trecho da Bíblia:
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade. Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína.” (Mateus 7:21-27)
Note que os alicerces não são visíveis. Isso pode ser uma figura do nosso relacionamento com Deus. É só entre ele e eu. Ninguém vê. Só na hora da tribulação, das adversidades, é que se vê a firmeza da espiritualidade.
Me dói pensar que inúmeras pessoas, após reconhecerem que Jesus é o Cristo, só assumem o perfil de “crente”, nunca tiveram um encontro pessoal e particular com nosso Senhor. E o pior, acreditam que estão salvos e não estão!
Avaliamos (o que em si já é uma coisa errada, mas que assim mesmo o fazemos) a espiritualidade dos outros por seu perfil externo, por sua aparência, o que nos leva a muitas vezes fazer mal juízo dessas pessoas; não achando que elas são ruins, muito pelo contrário, pensando serem elas firmes com Deus quando na realidade não o são.
“Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração.” (1 Samuel 16:7)
Acredito que no céu teremos muitas surpresas.
“Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos [porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos].” (Mateus 20:16)
PARA REFLETIR:
“(...) a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mateus 6:4)
“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mateus 6:6)
“(...) com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mateus 6:18)
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
ANO NOVO, VIDA NOVA
Outro dia, tomando cafezinho na Capelania do HC, perguntei aos que ali estavam se 2009 foi um bom ano para eles. Um amigo respondeu: “Sei lá. Eu não costumo dividir a minha vida em períodos”. É jovem, quer ser diferente, eu entendo. Estou escrevendo isso porque para mim o fim do ano é uma excelente oportunidade para me avaliar e planejar minha vida a curto, médio e longo prazo. E com isso posso glorificar a Deus: “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios.” (Salmos 103:2)
Como um conhecido me falou, esse ano que passou foi uma montanha-russa. Eu só acrescentaria a isso que notoriamente esse ano aprendi muito mais nas “descidas” do que nas “subidas”. Mais nas profundidades do que nas alturas.
E o Ano Novo? Como alguém, que não sei quem foi, bem disse “Quem falha em planejar, planeja falhar”, estou planejando. Sem perder de vista, é claro, esses dois trechos da Bíblia:
“Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem.” (Salmos 127:1-2)
“Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna.” (Tiago 4:13-16)
É claro que nesse planejamento também avalio se posso “construir essa torre ou enfrentar o exército inimigo” (Lucas 14). Conheço inúmeras pessoas que sempre fazem promessas para o Ano Novo, resolução essa que não chega a março.
Mas o meu maior plano para 2010 é sair do meu “porto seguro” e me aventurar em “águas mais profundas”.
PARA REFLETIR:
“Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar. Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes. Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam-se-lhes as redes.” (Lucas 5:4-6)
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
UMA VISITA QUE DOEU
Quando cheguei ontem, 23 de dezembro, ao escritório da Capelania do HC-UNICAMP, só estava ali a Celinha, a secretária daquele serviço, a qual é a “espinha dorsal” do nosso trabalho. Ficamos conversando e, num dado momento ela virou para mim e disse que todo ano ela passa por um problema (ou apuro, não lembro a expressão que ela usou), e que esse ano não foi diferente: desejar um feliz Natal e um bom Ano Novo para a Dulce e para a Efigênia, que haviam passado por lá para lhe darem um abraço.
A Dulce é a vó que cuida do Nino e a Efigênia é a mãe do João Vitor. Essas duas crianças, de 8 e 6 anos respectivamente, são pacientes crônicos que dependem do respirador mecânico e devido à sua debilidade não vão sair mais do hospital. Essas duas mulheres vão passar o Natal no quarto das suas crianças, que é onde elas moram.
Deixe-me descrever o quarto deles para vocês. Logo que se entra, à esquerda, é a porta do banheiro. Mais para dentro, tudo à esquerda, tem a poltrona que à noite vira cama, da Dulce, o leito do Nino, dois criados-mudos, o leito do João Vitor e por fim a poltrona/cama da Efigênia. Na parede do fundo à esquerda há 2 janelas e à direita um armário embutido. Encostado à parede da direita de quem entra há um armário que as duas “repartem”. É espaçoso, tanto que a minha cadeira de rodas circula por tudo ali. É nesse quarto que eles vão passar o Natal! Em cima do armário que fica encostado à parede, a Maju, a fisioterapeuta, montou uma árvore de Natal. Ela a montou a pedido do Nino, pois ele disse que queria ver a que está montada no pátio da pediatria e, como ele não pode sair, que se montasse uma no quarto.
Depois que me despedi da Célia, fui visitar aqueles moradores daquele quarto que me são tão queridos. Quando cheguei lá elas estavam se despedindo de duas pessoas que já iam embora e só voltarão em janeiro. Todas com lágrimas nos olhos.
Passei a tarde com elas e com os meninos. Quer dizer, quase toda a tarde, pois reservei uma parte do tempo para conversar com um homem de 35 anos que está lutando sem sucesso contra um câncer que já está se espalhando por todo o seu corpo e faz com que ele sinta muitas e fortes dores. Quando voltei para a Pediatria cruzei com a Júlia, uma menina de 6 anos que tinha acabado de ser internada (lembre-se, era 23 de dezembro!). Essa menina recebeu um rim transplantado e volta e meia tem que ser internada. Ela gosta de ficar lá, por causa da brinquedoteca, dos palhaços, dos contadores de histórias, mas como essas atividades só voltam em janeiro, ela estava muito triste.
De volta ao quarto do Nino e do João, a Dulce me contou que o Nino perguntou em um outro dia, o porquê de ele não andar, se era por não ter pé. Ela disse que pé ele tem, mas não tem força. “Mas por que?” o Nino perguntou, e a vó disse que não sabia responder, e que “só Deus é que sabe”. Depois a Efigênia falou que sabe que o filho dela está piorando e que logo vai morrer. Depois o assunto mudou e conversamos um monte de outras coisas. Olhando e falando com aquelas mulheres, me lembrei de Maria, a mãe de Jesus. Ela foi a única pessoa do mundo que esteve com Nosso Senhor toda a Sua vida, desde o nascimento até a morte na cruz. Simeão profetizou isso:
“Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição (também uma espada traspassará a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” (Lucas 2:34-35)
Na hora de eu ir embora, beijei-as e desejei um bom Natal e um ótimo Ano Novo.
A frase me soou meio doida. Doida e doída.
PARA REFLETIR:
“Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.” (Hebreus 13:5)
A Dulce é a vó que cuida do Nino e a Efigênia é a mãe do João Vitor. Essas duas crianças, de 8 e 6 anos respectivamente, são pacientes crônicos que dependem do respirador mecânico e devido à sua debilidade não vão sair mais do hospital. Essas duas mulheres vão passar o Natal no quarto das suas crianças, que é onde elas moram.
Deixe-me descrever o quarto deles para vocês. Logo que se entra, à esquerda, é a porta do banheiro. Mais para dentro, tudo à esquerda, tem a poltrona que à noite vira cama, da Dulce, o leito do Nino, dois criados-mudos, o leito do João Vitor e por fim a poltrona/cama da Efigênia. Na parede do fundo à esquerda há 2 janelas e à direita um armário embutido. Encostado à parede da direita de quem entra há um armário que as duas “repartem”. É espaçoso, tanto que a minha cadeira de rodas circula por tudo ali. É nesse quarto que eles vão passar o Natal! Em cima do armário que fica encostado à parede, a Maju, a fisioterapeuta, montou uma árvore de Natal. Ela a montou a pedido do Nino, pois ele disse que queria ver a que está montada no pátio da pediatria e, como ele não pode sair, que se montasse uma no quarto.
Depois que me despedi da Célia, fui visitar aqueles moradores daquele quarto que me são tão queridos. Quando cheguei lá elas estavam se despedindo de duas pessoas que já iam embora e só voltarão em janeiro. Todas com lágrimas nos olhos.
Passei a tarde com elas e com os meninos. Quer dizer, quase toda a tarde, pois reservei uma parte do tempo para conversar com um homem de 35 anos que está lutando sem sucesso contra um câncer que já está se espalhando por todo o seu corpo e faz com que ele sinta muitas e fortes dores. Quando voltei para a Pediatria cruzei com a Júlia, uma menina de 6 anos que tinha acabado de ser internada (lembre-se, era 23 de dezembro!). Essa menina recebeu um rim transplantado e volta e meia tem que ser internada. Ela gosta de ficar lá, por causa da brinquedoteca, dos palhaços, dos contadores de histórias, mas como essas atividades só voltam em janeiro, ela estava muito triste.
De volta ao quarto do Nino e do João, a Dulce me contou que o Nino perguntou em um outro dia, o porquê de ele não andar, se era por não ter pé. Ela disse que pé ele tem, mas não tem força. “Mas por que?” o Nino perguntou, e a vó disse que não sabia responder, e que “só Deus é que sabe”. Depois a Efigênia falou que sabe que o filho dela está piorando e que logo vai morrer. Depois o assunto mudou e conversamos um monte de outras coisas. Olhando e falando com aquelas mulheres, me lembrei de Maria, a mãe de Jesus. Ela foi a única pessoa do mundo que esteve com Nosso Senhor toda a Sua vida, desde o nascimento até a morte na cruz. Simeão profetizou isso:
“Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição (também uma espada traspassará a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” (Lucas 2:34-35)
Na hora de eu ir embora, beijei-as e desejei um bom Natal e um ótimo Ano Novo.
A frase me soou meio doida. Doida e doída.
PARA REFLETIR:
“Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.” (Hebreus 13:5)
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
RELÓGIO
Outro dia, fim de tarde, eu estava lendo em um lugar perto do parque infantil do condomínio do meu prédio quando um dos vizinhos veio conversar comigo. Ele estava chegando de uma atividade que faz parte da sua agenda diária, ou seja, correr para se exercitar.
Como ele também trabalha no HC-UNICAMP, em um dos laboratórios, a conversa começou pelo serviço em comum, o contato com os pacientes. Por ser fim de ano, falamos sobre férias iminentes. Comentei ali que para mim, uma das coisas mais gostosas das férias, é não ter compromisso com horário. Aí ele falou uma coisa que me deu pena dele: “Sou escravo do relógio! Vivo indo de lá para cá tudo com horário marcado. Até quando estou de folga. No laboratório tudo tem que ser cronometrado. Até para correr fazendo exercício eu marco o tempo”. Compartilhei nesse ponto que a primeira coisa que faço quando estou de folga ou férias é tirar o relógio e colocá-lo na mesinha do telefone da sala de casa. E só o pego quando volto a trabalhar.
Estou certo ou estou errado?
Aí você pode virar para mim e me lembrar do que Paulo falou:
“Vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus.” (Efésios 5:15-16)
Remir o tempo é diferente de contar o tempo. Remir o tempo é aproveitar cada oportunidade para fazer o que é certo e agrade a Deus, glorificando-O assim. Não é ser escravo do relógio e da agenda, vivendo um ativismo maluco que pode muito bem impressionar os outros, mas quase nunca agrada a Deus. Se pensarmos bem, vamos lembrar que Jesus Cristo não tinha nem relógio nem agenda, mas mesmo assim não perdia nem desperdiçava tempo. E também não tinha úlcera por causa de stress. Ele pagava o preço para ter o tempo a seu serviço.
PARA REFLETIR:
“Estai de sobreaviso, vigiai [e orai]; porque não sabeis quando será o tempo.” (Marcos 13:33)
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
SUTILEZAS
Uma jovem mãe está com a filha internada, em estado terminal, ali no HC-UNICAMP. Pessoas bem intencionadas lhe disseram que a filha não está sofrendo pois está sedada, e que Deus fez com que a criança ficasse assim para ensinar e corrigir alguma coisa na vida da mãe. Agora veja bem: toda mãe se sente responsável pela saúde e bem estar dos filhos. Como vai se sentir essa mulher que ouve que é alguma coisa errada na vida dela, da própria mãe, que está causando o sofrimento e até a morte da filha? Com certeza vai sentir culpa. Observe agora a sutileza: acredito que devemos aprender com o sofrimento, mas isso não nos torna causadores das aflições. E Deus não faria um sofrer para outro aprender algo. Aproveitar o sofrimento inevitável para crescimento interior é uma coisa, e acreditar que a aflição de alguém foi causada com o objetivo de nos ensinar algo é outra coisa.
Outra sutileza: uma menina de 14 anos dá à luz uma criança. Mãe solteira. Vamos chamar essa menina de Estela, o bebê vamos chamar de Yara, e a mãe da Estela vamos chamar de Sheila. A estela é filha única e sempre foi criada com muita atenção e carinho. Muito rapidamente ela passou do papel de filha, dependente e recebendo cuidados, para o papel de mãe, responsável e tendo que cuidar de alguém. Seu primeiro pedido de socorro, velado e talvez inconsciente, é demonstrar ciúmes reclamando que a Dona Sheila “só liga para a Yara”. Esses papéis a serem cumpridos na vida dentro do tempo devido, quando interpostos fora da hora certa, pode causar sérios conflitos internos e externos.
Como entender e lidar com esses problemas sutis da natureza humana? Creio que a Bíblia, além da sua função primordial de nos levar a conhecer a Deus, também nos ensina a conhecer o ser humano.
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas.” (Hebreus 4:12-13)
PARA REFLETIR:
“Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento.” (Tiago 1:5-6)
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
UMA VISITA MOVIDA PELO VERDADEIRO ESPÍRITO DO NATAL
Uma velha e boba piada começa perguntando “por que o cachorro entra na igreja?” e tem como resposta “porque encontra a porta aberta”. Embora sem graça, essa anedota pode nos levar a questionar se muitas pessoas vão às igrejas por qualquer outro motivo que não seja a adoração a Deus. Não quero, de forma alguma, nos comparar a cachorros, mas, por que vamos à Igreja?
Por que você vai à Igreja?
Uma pesquisa nos revela que a maior parte das pessoas vão à Igreja através do convite feito por um amigo. Acredito nisso, mas essa é a forma que Deus usa para levar as pessoas até lá. Veja essa afirmação que Jesus fez aos seus conterrâneos:
“Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.” (João 6:44)
Sábado passado tivemos na nossa Igreja um programa especial, uma Cantata de Natal. Penso que havia umas 1500 pessoas ali. Todas, mas todas mesmo, convertidos e não convertidos, todos foram levados até ali pelo Espírito Santo.
Veja como Simeão, o profeta que segurou o menino Jesus no colo foi ao Templo em Jerusalém:
“Movido pelo Espírito, foi ao templo (...).” (Lucas 2:27)
No exato momento em que Simeão profetizava a respeito do Filho de Deus recém nascido ...
“Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, avançada em dias, que vivera com seu marido sete anos desde que se casara e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações. E, chegando naquela hora, dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.” (Lucas 2:36-38)
Coincidência? Não. Ação do Espírito Santo.
Que tal nesses dias tão corridos você ir à Igreja movido pelo verdadeiro Espírito do Natal?
Eu creio que você até pode não ir. É uma opção sua. Mas se você não for, saiba que a porta vai estar sempre aberta.
PARA REFLETIR:
“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, (...).” (Mateus 6:33)
domingo, 20 de dezembro de 2009
REPUBLICAÇÃO DE UM TEXTO JÁ DIVULGADO
CARTINHA PARA O PAPAI NOEL
Essa carta eu “enviei” ao tal velhinho no começo de dezembro ou de 2006 ou 2007, não lembro.
Querido Papai Noel:
Dia 17 desse mês de dezembro nós vamos fazer uma festinha de Natal lá na Pediatria do HC. Eu pensei em convidá-lo, mas uma senhora, a Adriana, que nos ajuda muito indo toda semana ali contar histórias de Jesus para as crianças internadas, e que está trabalhando muito por essa festa, não quer que o senhor vá.
Ela não gosta do senhor. Ela acha que o senhor é mentiroso. Ou melhor, ela acha que o senhor é uma mentira.
A minha idéia era que o senhor desse brinquedos para as crianças. Na realidade o Oscar, um senhor que vai toda semana lá no hospital falar de Jesus Cristo para os pacientes, está arrecadando dinheiro dos colegas de trabalho e já está comprando as lembrancinhas. O senhor só iria distribuir. Mas eles não querem.
Isso me fez pensar. Estou achando que eles estão certos.
Acho que para o Natal fica melhor, por exemplo, enfeitar a casa com um presépio. É o que a Célia e a Ana Paula vão montar na Capela do HC. Essas duas são outras que estão direto lá, dando assistência cristã aos nossos doentes. Sabe por que eu gosto do presépio? Porque ele conta a história do nascimento de Jesus. Tem uns que contam direitinho como é que foi.
Outro dia vi o senhor lá no Shopping. Eu ia lhe falar tudo isso mas a fila de crianças que queriam fazer o pedido de brinquedo para o senhor estava enorme! E estava demorando, pois todo mundo tinha que posar para uma foto. Por falar nisso, fala para aquele rapaz que mexia com a máquina, não vender as fotos, mas dar de graça. Afinal o senhor é o Papai Noel.
Então resolvi escrever.
Agora quero fazer o meu pedido. Eu quero um bonequinho de borracha, desses que quando a gente aperta ele assobia. Sabe qual é? Então. É para dar para o Dudu. Ele tem um ano e dez meses. Como depende de aparelhos para respirar, vai ficar sempre com a gente. É por isso que ele não foi lá no Shopping. Por via das dúvidas, eu vou comprar um e dar para ele. Se o senhor me der um, ele ganha dois.
E não precisa levar agora nesse período de correria por causa das festas. Nós estamos lá o ano todo. Qualquer dia está bom.
Por enquanto é só.
Atenciosamente, Chico.
P.S.1: Depois que divulguei o texto acima, a Adriana escreveu o que segue abaixo.
Senhor Papai Noel:
Eu sou Adriana, aquela que o Chico mencionou em sua cartinha. É, eu mesma que o acho um mentiroso, ou melhor, um enganador.
Vou explicar porquê. Na verdade, já algum tempo deixei de acreditar em
você. Depois que cresci comecei a ver que você não leva brinquedos para as
crianças pobres, é por isso que você nunca foi na minha casa...
Você só vai na casa de quem tem muito, muito
dinheiro! É na casa de quem tem uma árvore enorme, uma janela enorme, e
muitos sapatos de vários modelos novinhos na janela, esperando seu saco
enorme com brinquedos que eles brincam só no dia e depois esquecem no quarto
enorme de brinquedos durante o resto do ano...
Que vergonha hein Papai Noel?
Você está nas mansões, palácios, palacetes, nas casas da classe média, mas, e nas favelas?
Esse é o motivo de não o achar legal e nem querer você na nossa festa
no hospital.
Você com essa carinha fofinha, que dá até vontade de dar umas beijocas
nessa bochecha coradinha, de um velhinho tão gordinho (você anda comendo muito
panetone),vê se começa a pensar melhor no que faz! Já está bem velho prá
ficar enganando as crianças do mundo todo.
Você faz com que as crianças esqueçam de quem é o aniversário na noite
de natal.
Papai Noel, você gostaria que alguém no dia do seu aniversário
assoprasse sua velinha, comesse o seu bolo e ficasse com seus presentes?
Pois é exatamente isso que você faz!
Faz com que as crianças esqueçam que quem faz o aniversário e merece
presentes é Jesus.
Você nem sabe quem é ele, né?
Quer saber quem é Ele? O Chico Motta pode falar prá você direitinho!
Sabe Papai Noel, Jesus sim, merece minha cartinha. Aliás, Ele me
escreve uma todos os dias.
São suas cartas que me enchem de esperança de uma vida eterna.
Então , se o Dono da festa é Ele, porque vou chamar você para receber
as honras?
As criancinhas devem vir à Jesus, o aniversariante, e se eu o
convidar, você vai impedi-las de vir a Ele!
Me desculpe, mas você só dá balinhas no Natal, e Jesus, dá vida,
alegria, paz e esperança o ano todo!
O tema da nossa festinha é: Jesus em minha casa e não Noel, por isso
só resta você sair desse trono que você usurpou e colocar suas barbas de molho!
Ah, já ia me esquecendo, estamos no Brasil, suas roupas e esse trenó
não combinam com nosso calor.
Assinado, Senhora Adriana
Obs.: Não falo de você para os meus filhos, eles já sabem que você é uma farsa!
P.S.2: Hoje, o Dudu já está lá no céu, correndo por todo lado, livre de todos aqueles aparelhos. Mas eu lembro que na época ele só ganhou um bonequinho de borracha, o que eu dei.
Essa carta eu “enviei” ao tal velhinho no começo de dezembro ou de 2006 ou 2007, não lembro.
Querido Papai Noel:
Dia 17 desse mês de dezembro nós vamos fazer uma festinha de Natal lá na Pediatria do HC. Eu pensei em convidá-lo, mas uma senhora, a Adriana, que nos ajuda muito indo toda semana ali contar histórias de Jesus para as crianças internadas, e que está trabalhando muito por essa festa, não quer que o senhor vá.
Ela não gosta do senhor. Ela acha que o senhor é mentiroso. Ou melhor, ela acha que o senhor é uma mentira.
A minha idéia era que o senhor desse brinquedos para as crianças. Na realidade o Oscar, um senhor que vai toda semana lá no hospital falar de Jesus Cristo para os pacientes, está arrecadando dinheiro dos colegas de trabalho e já está comprando as lembrancinhas. O senhor só iria distribuir. Mas eles não querem.
Isso me fez pensar. Estou achando que eles estão certos.
Acho que para o Natal fica melhor, por exemplo, enfeitar a casa com um presépio. É o que a Célia e a Ana Paula vão montar na Capela do HC. Essas duas são outras que estão direto lá, dando assistência cristã aos nossos doentes. Sabe por que eu gosto do presépio? Porque ele conta a história do nascimento de Jesus. Tem uns que contam direitinho como é que foi.
Outro dia vi o senhor lá no Shopping. Eu ia lhe falar tudo isso mas a fila de crianças que queriam fazer o pedido de brinquedo para o senhor estava enorme! E estava demorando, pois todo mundo tinha que posar para uma foto. Por falar nisso, fala para aquele rapaz que mexia com a máquina, não vender as fotos, mas dar de graça. Afinal o senhor é o Papai Noel.
Então resolvi escrever.
Agora quero fazer o meu pedido. Eu quero um bonequinho de borracha, desses que quando a gente aperta ele assobia. Sabe qual é? Então. É para dar para o Dudu. Ele tem um ano e dez meses. Como depende de aparelhos para respirar, vai ficar sempre com a gente. É por isso que ele não foi lá no Shopping. Por via das dúvidas, eu vou comprar um e dar para ele. Se o senhor me der um, ele ganha dois.
E não precisa levar agora nesse período de correria por causa das festas. Nós estamos lá o ano todo. Qualquer dia está bom.
Por enquanto é só.
Atenciosamente, Chico.
P.S.1: Depois que divulguei o texto acima, a Adriana escreveu o que segue abaixo.
Senhor Papai Noel:
Eu sou Adriana, aquela que o Chico mencionou em sua cartinha. É, eu mesma que o acho um mentiroso, ou melhor, um enganador.
Vou explicar porquê. Na verdade, já algum tempo deixei de acreditar em
você. Depois que cresci comecei a ver que você não leva brinquedos para as
crianças pobres, é por isso que você nunca foi na minha casa...
Você só vai na casa de quem tem muito, muito
dinheiro! É na casa de quem tem uma árvore enorme, uma janela enorme, e
muitos sapatos de vários modelos novinhos na janela, esperando seu saco
enorme com brinquedos que eles brincam só no dia e depois esquecem no quarto
enorme de brinquedos durante o resto do ano...
Que vergonha hein Papai Noel?
Você está nas mansões, palácios, palacetes, nas casas da classe média, mas, e nas favelas?
Esse é o motivo de não o achar legal e nem querer você na nossa festa
no hospital.
Você com essa carinha fofinha, que dá até vontade de dar umas beijocas
nessa bochecha coradinha, de um velhinho tão gordinho (você anda comendo muito
panetone),vê se começa a pensar melhor no que faz! Já está bem velho prá
ficar enganando as crianças do mundo todo.
Você faz com que as crianças esqueçam de quem é o aniversário na noite
de natal.
Papai Noel, você gostaria que alguém no dia do seu aniversário
assoprasse sua velinha, comesse o seu bolo e ficasse com seus presentes?
Pois é exatamente isso que você faz!
Faz com que as crianças esqueçam que quem faz o aniversário e merece
presentes é Jesus.
Você nem sabe quem é ele, né?
Quer saber quem é Ele? O Chico Motta pode falar prá você direitinho!
Sabe Papai Noel, Jesus sim, merece minha cartinha. Aliás, Ele me
escreve uma todos os dias.
São suas cartas que me enchem de esperança de uma vida eterna.
Então , se o Dono da festa é Ele, porque vou chamar você para receber
as honras?
As criancinhas devem vir à Jesus, o aniversariante, e se eu o
convidar, você vai impedi-las de vir a Ele!
Me desculpe, mas você só dá balinhas no Natal, e Jesus, dá vida,
alegria, paz e esperança o ano todo!
O tema da nossa festinha é: Jesus em minha casa e não Noel, por isso
só resta você sair desse trono que você usurpou e colocar suas barbas de molho!
Ah, já ia me esquecendo, estamos no Brasil, suas roupas e esse trenó
não combinam com nosso calor.
Assinado, Senhora Adriana
Obs.: Não falo de você para os meus filhos, eles já sabem que você é uma farsa!
P.S.2: Hoje, o Dudu já está lá no céu, correndo por todo lado, livre de todos aqueles aparelhos. Mas eu lembro que na época ele só ganhou um bonequinho de borracha, o que eu dei.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
UMA VISITA QUE NÃO ACONTECEU E OUTRA QUE ACONTECEU
Aquele homem, o Jorge, sofria de câncer mas, por mais incrível que pareça, não era isso que mais o afligia. Ele estava internado há muito tempo e uma amizade sólida se formara entre nós. Eu acredito que, na maior parte das vezes, para darmos um testemunho individualmente, é necessário que exista uma amizade entre o cristão e aquele que vai ser evangelizado. Fazer amizade nos dá o direito de sermos ouvidos. A minha amizade com o Jorge abriu as portas para eu falar-lhe de Jesus e assim ele foi convertido.
Doente terminal, o Jorge só queria uma coisa: rever e abraçar o filho que era viciado em drogas e morava lá no Rio de Janeiro. Numa sexta-feira entramos em contato com o rapaz, conseguimos dele a promessa de que viria visitar o pai no domingo, falamos para o Jorge se preparar (ele garantiu que estava preparado), e só voltamos ali no hospital na segunda-feira. O rapaz não veio e nem deu satisfação.
Depois de chorar muito, o Jorge virou para mim (que estava quieto e calado ao seu lado) e disse: “OK, Chico. Estou pronto para morrer. Já me acertei e me despedi de todos aqui na Terra, menos desse meu filho, porque ele não quis. Já me acertei com Deus pois vi a salvação em Jesus, que na cruz pagou todos os meus pecados. Já posso ir para o céu em paz”.
Ele estava pronto. Com um leve toque de tristeza por causa do filho, mas feliz e em paz, o Jorge morreu no dia seguinte, terça-feira.
Tudo isso me voltou à mente devido ao fato de estar estudando o relato do encontro de Simeão com o menino Jesus, quando este foi apresentado no Templo.
“Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. Revelara-lhe o Espírito Santo que não passaria pela morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, foi ao templo; e, quando os pais trouxeram o menino Jesus para fazerem com ele o que a Lei ordenava, Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação,” (Lucas 2:25-30)
Por ele orar dizendo que já podia morrer pois tinha visto o Messias prometido, eu imaginava que era velho, mas diz a tradição judaica que ele era moço ainda. Um moço que estava pronto e em paz para se encontrar com Deus. Ele aguardava a visita do Cristo e Ele, o Deus Filho, veio.
Veio para nos trazer a Salvação. Você está pronto?
PARA REFLETIR:
“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” (Apocalipse 3:20-22)
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
EPILEPSIA E POSSESÃO DEMONÍACA
Fui procurado por uma estudante, a Danielle, para responder algumas perguntas sobre a possibilidade de uma crise de epilepsia ser confundida por um caso de possessão demoníaca. Foi uma conversa bem agradável e proveitosa, pelo menos para mim. Isso me fez estudar, conversar com algumas pessoas e refletir bastante.
Vou começar compartilhando a conclusão a que cheguei. Existe sim a possibilidade dessa confusão acontecer, mas isso não é de hoje. Já Hipócrates, o pai da medicina, lá por 400 a.C., numa tentativa de desmistificar a epilepsia, chamou esse mal de “a doença sagrada”.
Hoje essa doença pode ser tratada ou com remédios ou cirurgia, conforme o caso. Isso demonstra que é uma patologia fisiológica, não um problema espiritual.
A confusão ocorre devido à ignorância tanto científica quanto bíblica de alguns que se dizem pastores. O agravante perigoso disso é o erro de alguém estar tendo uma crise de epilepsia e, por acharem que é um demônio se manifestando, os que estão em volta não levarem essa pessoa ao médico. Isso até pode resultar em morte.
Ali no HC-UNICAMP já acompanhamos ocaso de uma jovem senhora que recebera um transplante de rim, e ouviu algo do “pastor” da sua igreja que insinuou que, quem é crente e tem fé, não precisa tomar remédio. Ela, inspirada nisso, parou por conta própria de tomar o imunossupressor e por isso perdeu o rim transplantado.
São dois problemas distintos, epilepsia e possessão, e não é difícil diagnosticar um ou outro. A Bíblia não usa a palavra “EPILEPSIA”. Algumas traduções erradas a usam ao relatarem um caso claro de ação demoníaca, em vez de usar a palavra “Lunático”, que é bem melhor.
“Senhor, compadece-te de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e outras muitas, na água. Apresentei-o a teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo. Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui o menino. E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino; e, desde aquela hora, ficou o menino curado.” (Mateus 17:15-18)
Gostaria de ressaltar, também, que há também ignorância por parte de alguns médicos no que se refere às coisas espirituais. Isso gera também alguma confusão e riscos.
PARA REFLETIR:
“Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos.” (Tiago 1:5-8)
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
A CONVERSÃO DO DABI
Não devemos nos iludir pensando que nós é que levamos as pessoas a Cristo. A conversão do Adalberto demonstra que a evangelização de alguém é um processo sobrenatural.
Outro dia, numa festa, esse muito amado irmão nos contou como foi a sua conversão. Na época ele tinha um bom emprego em uma grande multinacional, estudava numa boa faculdade, e quase tudo lhe corria muito bem. O que lhe faltava era um sentido para o seu viver. O Adalberto frequentava o grupo de jovens de uma igreja católica, mas ainda não havia entendido o significado da morte de Jesus na cruz. Ele estava quase ao ponto de largar tudo e ir embora, mudar para um outro lugar para ver se conseguia se localizar na própria vida.
Certo dia, o Cidão, que estudava e trabalhava com ele, o convidou para uma reunião evangelística do grupo NOVIDADE, que era uma organização que visava atingir os jovens e adolescentes com o evangelho de nosso Senhor, a qual frequentávamos e na qual servíamos a Deus. Essa atividade era aos sábados à noite. Mais pela curiosidade de saber o que levava alguns jovens a gastarem seu melhor dia para passear em uma reunião de estudo bíblico, só por isso, ele foi a essa reunião.
A coisa que mais o impressionou naquela noite foi que, assim que ele chegou, a Denise, hoje minha mulher, o abraçou e disse que o amava. Ele nunca tinha visto algo assim.
Depois eu preguei, explicando a morte de Jesus Cristo na cruz para pagar pelos nossos pecados. Aquilo tudo ficou guardado em sua mente, mas ainda não penetrara seu coração.
No sábado seguinte ele não veio à nossa reunião. Como já tinha feito a inscrição, ele foi a um retiro da igreja que frequentava. Pois foi ali, naquele retiro, após ver um filme sobre a morte de Jesus na cruz que o Adalberto entendeu que todo o sacrifício do Cristo foi vicário, isto é, em nosso lugar. E, em um canto à parte, sozinho e chorando muito, foi que o Dabi (é assim que o chamamos) se rendeu ao amor de Jesus.
O Cidão, a Denise, eu, o pessoal daquele retiro, todos fomos ferramentas nas mãos de Deus. A salvação do Adalberto é um processo que ainda não acabou, pois só termina na Eternidade.
PARA REFLETIR:
“Nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho. Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós. Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica.” (1 Coríntios 3:7-10)
Outro dia, numa festa, esse muito amado irmão nos contou como foi a sua conversão. Na época ele tinha um bom emprego em uma grande multinacional, estudava numa boa faculdade, e quase tudo lhe corria muito bem. O que lhe faltava era um sentido para o seu viver. O Adalberto frequentava o grupo de jovens de uma igreja católica, mas ainda não havia entendido o significado da morte de Jesus na cruz. Ele estava quase ao ponto de largar tudo e ir embora, mudar para um outro lugar para ver se conseguia se localizar na própria vida.
Certo dia, o Cidão, que estudava e trabalhava com ele, o convidou para uma reunião evangelística do grupo NOVIDADE, que era uma organização que visava atingir os jovens e adolescentes com o evangelho de nosso Senhor, a qual frequentávamos e na qual servíamos a Deus. Essa atividade era aos sábados à noite. Mais pela curiosidade de saber o que levava alguns jovens a gastarem seu melhor dia para passear em uma reunião de estudo bíblico, só por isso, ele foi a essa reunião.
A coisa que mais o impressionou naquela noite foi que, assim que ele chegou, a Denise, hoje minha mulher, o abraçou e disse que o amava. Ele nunca tinha visto algo assim.
Depois eu preguei, explicando a morte de Jesus Cristo na cruz para pagar pelos nossos pecados. Aquilo tudo ficou guardado em sua mente, mas ainda não penetrara seu coração.
No sábado seguinte ele não veio à nossa reunião. Como já tinha feito a inscrição, ele foi a um retiro da igreja que frequentava. Pois foi ali, naquele retiro, após ver um filme sobre a morte de Jesus na cruz que o Adalberto entendeu que todo o sacrifício do Cristo foi vicário, isto é, em nosso lugar. E, em um canto à parte, sozinho e chorando muito, foi que o Dabi (é assim que o chamamos) se rendeu ao amor de Jesus.
O Cidão, a Denise, eu, o pessoal daquele retiro, todos fomos ferramentas nas mãos de Deus. A salvação do Adalberto é um processo que ainda não acabou, pois só termina na Eternidade.
PARA REFLETIR:
“Nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho. Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós. Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica.” (1 Coríntios 3:7-10)
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
UM VISITA GUIADA POR UMA ESTRELA
Foi tão impressionante que nunca mais esqueci. Olhar o céu numa noite sem nuvens, numa fazenda à beira da represa de Furnas, lá em Minas Gerais, isso me revelou uma quantia incrível de “estrelas” visíveis a olho nu. Deu para entender porque os homens se sentem tão atraídos a estudar os astros.
Assim como creio que Deus se revela através da natureza terrena, também o faz através da sideral:
“Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. (...)” (Romanos 1:20)
“Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. (...)” (Salmos 19:1-4)
Estudar os corpos celestes e tentar desvendar por esse meio os planos de Deus era o intuito do povo que construiu a famosa Torre de Babel. Queriam a salvação pela astrologia.
“Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar. Sucedeu que, partindo eles do Oriente, deram com uma planície na terra de Sinar; e habitaram ali. E disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos e queimemo-los bem. Os tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa. Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra.” (Gênesis 11:1-4)
Foi uma estrela que orientou os magos (filósofos, estudiosos e cientistas da época) na sua peregrinação até encontrar o Deus que se fez homem:
“E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo.” (Mateus 2:2)
“Com isto, Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera. E, enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo. Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia, até que, chegando, parou sobre onde estava o menino. E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo.” (Mateus 2:7-10)
Era um cometa? Uma conjunção de planetas? Um anjo cuja luz fez os magos confundirem-se e achar que era uma estrela? Um asteróide? Será que os magos só a viam à noite? Não sei, mas sei que foi algo real, sobrenatural e preciso (parou onde Jesus estava).
De qualquer forma, os judeus tinham em mente que a estrela anunciava e prefigurava o Messias: “Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro que ferirá as têmporas de Moabe e destruirá todos os filhos de Sete.” (Números 24:17)
Tenhamos também isso em mente.
PARA REFLETIR:
“De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.” (João 8:12)
“Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.” (João 12:46)
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
UMA VISITA QUE MUDA NOSSOS CAMINHOS
Certa vez, um amigo e eu estávamos procurando, para conhecer, um lugar onde faríamos um acampamento com jovens. Era um lugar bem no campo, longe, estrada de terra, sem referências, calor, e acabamos nos perdendo. Sentado em uma cerca na entrada de uma fazenda havia um homem para o qual pedimos informações. Suas orientações foram pitorescas: “O senhor 'vorta' no rastro, vai 'inté' os 'calipis”, vira 'prás' canhota, segue toda vida e chegou”. Foi assim mesmo, desse jeitinho, pois anotei tudo. E não é que chegamos certinho!
Hoje vamos refletir sobre caminhos e descaminhos. Quero registrar que expressões tais como “Ele agora está no caminho”, ou “Fulano agora é do caminho” eram usadas para se referir a pessoas que ou eram convertidas ou tinham se convertido.
“E vós sabeis o caminho para onde eu vou. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:4-6)
Leiamos esse trecho:
“Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra.” (Mateus 2:11-12)
Não tem muito a ver com isso, mas só para registrar, essa não foi a primeira vez que Deus mandou alguém mudar de caminho:
“Porque assim me ordenou o SENHOR pela sua palavra, dizendo: Não comerás pão, nem beberás água; e não voltarás pelo caminho por onde foste. E se foi por outro caminho; e não voltou pelo caminho por onde viera a Betel.” (1 Reis 13:9-10)
Acredito que todo encontro que temos com o Senhor Jesus, se necessário for, deve nos fazer mudar de caminho. Que caminhos temos trilhado?
Muitas vezes nos perdemos e passamos a caminhar por estradas pelas quais nem deveríamos ter entrado. Mais maduro, nessas ocasiões sei que poderíamos até cantar um trecho de uma música de Vinícius de Morais que diz “Já conheço os passos dessa estrada, sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor”. Pela minha experiência, sei que quando há a possibilidade, diria melhor se escrevesse “quando há o perigo”, de desviarmos nossa rota para caminhos errados, Deus nunca se frustra de nos avisar com “placas de advertência”. Mas, humanos, continuamos assim mesmo.
Conversão quer dizer mudar de direção, de rumo, voltar para o caminho certo.
Por falar nisso, por onde você tem andado?
PARA REFLETIR:
“E, se teu pé te faz tropeçar, corta-o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno” (Marcos 9:45)
Hoje vamos refletir sobre caminhos e descaminhos. Quero registrar que expressões tais como “Ele agora está no caminho”, ou “Fulano agora é do caminho” eram usadas para se referir a pessoas que ou eram convertidas ou tinham se convertido.
“E vós sabeis o caminho para onde eu vou. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:4-6)
Leiamos esse trecho:
“Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra.” (Mateus 2:11-12)
Não tem muito a ver com isso, mas só para registrar, essa não foi a primeira vez que Deus mandou alguém mudar de caminho:
“Porque assim me ordenou o SENHOR pela sua palavra, dizendo: Não comerás pão, nem beberás água; e não voltarás pelo caminho por onde foste. E se foi por outro caminho; e não voltou pelo caminho por onde viera a Betel.” (1 Reis 13:9-10)
Acredito que todo encontro que temos com o Senhor Jesus, se necessário for, deve nos fazer mudar de caminho. Que caminhos temos trilhado?
Muitas vezes nos perdemos e passamos a caminhar por estradas pelas quais nem deveríamos ter entrado. Mais maduro, nessas ocasiões sei que poderíamos até cantar um trecho de uma música de Vinícius de Morais que diz “Já conheço os passos dessa estrada, sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor”. Pela minha experiência, sei que quando há a possibilidade, diria melhor se escrevesse “quando há o perigo”, de desviarmos nossa rota para caminhos errados, Deus nunca se frustra de nos avisar com “placas de advertência”. Mas, humanos, continuamos assim mesmo.
Conversão quer dizer mudar de direção, de rumo, voltar para o caminho certo.
Por falar nisso, por onde você tem andado?
PARA REFLETIR:
“E, se teu pé te faz tropeçar, corta-o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno” (Marcos 9:45)
sábado, 12 de dezembro de 2009
PRESENÇA QUE SE FAZ PRESENTE (Henri Nouwen)
Quando nos sentimos realmente confortados e consolados? Quando alguém nos ensina como pensar ou como agir? Quando recebemos um conselho para onde ir ou o que fazer? Quando ouvimos palavras tranqüilizadoras e de esperança? Algumas vezes, talvez. Porém, o que realmente importa é ter alguém ao nosso lado nos momentos de dor e de sofrimento.
Mais importante do que qualquer ação específica ou de uma palavra de aconselhamento é a simples presença de alguém que se interessa por nós. Quando alguém nos diz, no meio de uma crise: "Eu não sei o que dizer ou o que fazer, mas quero que você saiba que estou ao seu lado, que não o deixarei sozinho", podemos nos sentir seguros de que temos um amigo em quem podemos encontrar consolo e conforto.
Numa época tão repleta de métodos e de técnicas destinados a mudar as pessoas, a influenciar o seu comportamento e a fazer com que elas façam coisas diferentes ou tenham idéias novas, perdemos o dom simples, porém difícil, de permanecer ao lado das pessoas.
Perdemos este dom porque somos levados a acreditar que nossa presença precisa ser útil. Nós pensamos: "Por que devo visitar esta pessoa? Não posso fazer nada por ela! Não posso sequer lhe ser útil!". Entretanto, esquecemos que muitas vezes é a presença humilde, despretensiosa e "inútil" de alguém ao nosso lado que nos dá consolo e conforto.
Permanecer ao lado de alguém pode parecer simples, mas é uma tarefa difícil, pois exige que compartilhemos nossa vulnerabilidade com esse alguém, que passemos junto com ele pela experiência da fraqueza e da impotência, que nos tornemos parte da incerteza. Para isso, precisamos abrir mão do controle e da autodeterminação. Porém, quando isso acontece, nasce nova força e nova esperança.
Aqueles que nos oferecem conforto e consolo ao permanecerem ao nosso lado em momentos de doença, de angústia mental ou de trevas espirituais, muitas vezes estão mais próximos de nós do que aqueles com quem temos laços de sangue. Eles demonstram sua solidariedade para conosco ao penetrarem de boa vontade nos espaços escuros e desconhecidos da nossa existência. Por essa razão, são eles que nos trazem nova esperança e nos ajudam a descobrir novos rumos na vida.
Mais importante do que qualquer ação específica ou de uma palavra de aconselhamento é a simples presença de alguém que se interessa por nós. Quando alguém nos diz, no meio de uma crise: "Eu não sei o que dizer ou o que fazer, mas quero que você saiba que estou ao seu lado, que não o deixarei sozinho", podemos nos sentir seguros de que temos um amigo em quem podemos encontrar consolo e conforto.
Numa época tão repleta de métodos e de técnicas destinados a mudar as pessoas, a influenciar o seu comportamento e a fazer com que elas façam coisas diferentes ou tenham idéias novas, perdemos o dom simples, porém difícil, de permanecer ao lado das pessoas.
Perdemos este dom porque somos levados a acreditar que nossa presença precisa ser útil. Nós pensamos: "Por que devo visitar esta pessoa? Não posso fazer nada por ela! Não posso sequer lhe ser útil!". Entretanto, esquecemos que muitas vezes é a presença humilde, despretensiosa e "inútil" de alguém ao nosso lado que nos dá consolo e conforto.
Permanecer ao lado de alguém pode parecer simples, mas é uma tarefa difícil, pois exige que compartilhemos nossa vulnerabilidade com esse alguém, que passemos junto com ele pela experiência da fraqueza e da impotência, que nos tornemos parte da incerteza. Para isso, precisamos abrir mão do controle e da autodeterminação. Porém, quando isso acontece, nasce nova força e nova esperança.
Aqueles que nos oferecem conforto e consolo ao permanecerem ao nosso lado em momentos de doença, de angústia mental ou de trevas espirituais, muitas vezes estão mais próximos de nós do que aqueles com quem temos laços de sangue. Eles demonstram sua solidariedade para conosco ao penetrarem de boa vontade nos espaços escuros e desconhecidos da nossa existência. Por essa razão, são eles que nos trazem nova esperança e nos ajudam a descobrir novos rumos na vida.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
UMA VISITA PARA LEVAR UM PRESENTE
“Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo.” (Mateus 2:1-2)
“Mago” era o nome dado pelos medos e persas aos estudiosos da época.
Fiquei pensando ontem: e se eu tivesse sido um desses magos? Eu teria viajado tanto para ver o “Deus menino”? O que teria levado de presente?
Não sabemos se os “magos” eram três. Deduziu-se isso por causa dos presentes: “Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra.” (Mateus 2:11)
Certa vez vi um filme chamado, se não me engano, “O quarto mago”. É ficção, não é um bom filme, mas tem algumas coisas bem boladinhas. O enredo é, resumidamente, a aventura de um quarto mago que na ida para ver o recém nascido, acaba dando, a diversas pessoas e causas que realmente precisavam, as pedras preciosas que reservara para dar de presente a Jesus. Quando chega diante do Senhor, está como não queria estar, isto é, de mãos vazias. Mas Jesus, que a essa altura já é adulto, diz que recebeu cada pedra. (“O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” - Mateus 25:40)
Aí meu pensamento já voou para longe. Há uns tempos atrás, um grupo de senhoras organizou um lanche para um evento de uma Igreja. Coisa mais chique, precisa ver. Algumas pessoas, inclusive eu, achamos um exagero, que melhor seria dar para os pobres. Alguém teve a coragem de falar isso para elas, e a resposta dada foi: “Quando é para Deus, nunca é exagerado”.
Outra coisa: belíssimo projeto é buscar a Deus, e se preciso, ir longe, seja onde for.
Mas ainda estou pensando: o que dar de presente a Ele? Meu coração? Algo para os pobres?
PARA REFLETIR:
“Misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.” (Oséias 6:6)
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
NUNCA ME DIVERTI TANTO
A Marina Junqueira é uma das fisioterapeutas que trabalha lá no HC-UNICAMP. No último dia 3 ela foi com um grupo de aproximadamente 80 crianças deficientes e cada uma com um acompanhante, passar o dia no HOPI HARI, um parque temático que fica aqui perto de Campinas. Tudo de graça! Todas aquelas crianças são pacientes do Ambulatório de Fisioterapia Motora Pediátrica daquele hospital.
Muita gente falou para a Marina que ela estava louca ao organizar um acontecimento desses. A explicação para esses comentários são que tudo seria muito trabalhoso, perigoso e cansativo. Mas ela não se impressionou e fez acontecer o passeio.
Para não dizer que não houve nenhum problema, um senhor de 78 anos de idade, que foi como acompanhante da neta de 15 anos, o qual foi em todos os brinquedos e atrações, esse senhor no fim do passeio sentiu-se mal, por ter ido naquele elevador que despenca de uma altura de 70 metros, pela quarta vez (!), depois de ter comido um sanduíche. O velhinho foi levado para o Pronto Socorro do HC e constatou-se que foi só indisposição devido aos excessos do dia. A Marina só foi sair do hospital às 11 horas da noite, depois de ouvir de um interno um comentário de que ela era a culpada por aquilo. Mas ela ouviu daquele senhor de quase 80 anos, uma frase que é impagável: “Nunca me diverti tanto em toda a minha vida”.
Existe uma multidão de pessoas que não possui diversão alguma. São pessoas que além da luta pela sobrevivência, precisam superar suas limitações físicas e psicológicas. Nunca foram a um shopping, a um parque, restaurante ou cinema.
E graças a Deus existem pessoas que mergulham de cabeça em projetos que proporcionam um dia feliz a quem nunca o teve. Eu admiro muito essas pessoas. É realmente trabalhoso, perigoso e cansativo. Mas extremamente compensador.
Em volta ficam outras, não fazendo nada, e dizendo que é loucura fazer.
A Marina fez, e tenho a impressão de que no ano que vem vai fazer de novo.
PARA REFLETIR:
“Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” (Mateus 25:37-40)
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
NATAL, PAIXÃO E PÁSCOA
Minha casa está decorada para o Natal. Eu gosto muito disso.
Em cima da mesinha do telefone está o meu presépio. Já falei dele aqui, ele é pequeno, um estábulo, José, Maria e o menino Jesus na manjedoura. Em cima da mesinha mas não fazendo parte do presépio há outros enfeites.
Ontem, olhando para o presépio e meditando no nascimento de Jesus, pensei no quanto isso atrai as pessoas hoje. Enquanto refletia, peguei ali dois anjinhos e um homenzinho de neve e os coloquei olhando para o bebezinho na manjedoura, como se estivessem atraídos pelo Deus feito homem.
Não, eu pensei, acho que isso não atrai muita gente. Aí me lembrei desses versículos: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo. Isto dizia, significando de que gênero de morte estava para morrer.” (João 12:32-33)
“Levantado”, nesse trecho quer dizer crucificado (como o versículo 33 ensina) e exaltado. A morte de Jesus na cruz é a sua exaltação. Isso é o que atrai as pessoas.
Mas se não houvesse a ressurreição de Jesus (a Páscoa), a paixão do Cristo (Sua crucificação), não teria sentido. E se não fosse o Natal (o nascimento de Jesus, Deus se tornando homem), nada teria acontecido.
Eu, pessoalmente, gosto mais do período da Páscoa, mas me preparo espiritualmente para esses 3 eventos: Natal, Paixão (“Sexta-feira Santa”) e Páscoa.
E você?
PARA REFLETIR:
“Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.” (1 Coríntios 15:1-4)
PENSE NISSO 89
Com Deus, o seu dia de hoje é, pelo menos um pouquinho, melhor do que o de ontem. Se não é, deveria ser.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
ABORTO, UMA ABORDAGEM ÉTICA
Muitas, se não for a maioria, das discussões sobre o aborto não passam de apenas discussões, às vezes acirradas, em defesa de pontos de vista. O que está em jogo nesses casos são posições ideológicas.
Não se resolvem nem as causas nem as consequências de um aborto. É mais fácil defender idéias do que arregaçar as mangas e ajudar quem está numa crise social decorrente de uma gravidez indesejada. No fim das contas, aquela que engravidou fica só, fazendo ou não o aborto. Se fizer o aborto, pode ter traumas emocionais tremendos, e se não abortar, fica uma criança não querida, rejeitada, ou como alguém definiu muito bem, um “aborto social”.
Começaríamos bem se projetássemos uma maior presença nossa na vida daqueles que podem engravidar numa hora que não desejada, mas antes que engravidem. Orientações sexuais, educação e o que é o verdadeiro amor são coisas que podem e devem ser ensinadas.
Não se resolvem nem as causas nem as consequências de um aborto. É mais fácil defender idéias do que arregaçar as mangas e ajudar quem está numa crise social decorrente de uma gravidez indesejada. No fim das contas, aquela que engravidou fica só, fazendo ou não o aborto. Se fizer o aborto, pode ter traumas emocionais tremendos, e se não abortar, fica uma criança não querida, rejeitada, ou como alguém definiu muito bem, um “aborto social”.
Começaríamos bem se projetássemos uma maior presença nossa na vida daqueles que podem engravidar numa hora que não desejada, mas antes que engravidem. Orientações sexuais, educação e o que é o verdadeiro amor são coisas que podem e devem ser ensinadas.
ABORTO, UMA ABORDAGEM PESSOAL
Um irmão muito chegado, amigo mesmo, me garantiu que se a filha adolescente dele engravidasse antes do casamento, ele a levaria para fazer um aborto. No pensamento dele, o embrião só se torna um ser humano quando, após os 9 meses, acontece o nascimento.
Não há possibilidade de, aqui, estudarmos quando acontece a concepção. Correndo o risco de ser simplista demais, afirmo que no período da gravidez, que vai da concepção ao nascimento, o feto já é um ser humano. Alguns versículos bíblicos me levam a pensar assim.
Exemplo de Sansão:
“Porém me disse: Eis que tu conceberás e darás à luz um filho; agora, pois, não bebas vinho, nem bebida forte, nem comas coisa imunda; porque o menino será nazireu consagrado a Deus, desde o ventre materno até ao dia de sua morte.” (Juízes 13:7)
Olhe o que diz esse Salmo Messiânico:
“Contudo, tu és quem me fez nascer; e me preservaste, estando eu ainda ao seio de minha mãe. A ti me entreguei desde o meu nascimento; desde o ventre de minha mãe, tu és meu Deus.” (Salmos 22:9-10)
Outro exemplo, o de Jacó:
“No ventre, pegou do calcanhar de seu irmão; no vigor da sua idade, lutou com Deus;” (Oséias 12:3)
Ou ainda, o de João Batista:
“Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo.” (Lucas 1:41)
Esse é o principal argumento que tenho para ser contra o aborto, fora as situações previstas em nossa lei.
PARA REFLETIR:
“Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celeste.” (Mateus 18:10)
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
ABENÇOADA OBEDIÊNCIA
Foi um pouco difícil convencer um grupo de estudos bíblicos que eu dirigia, de que é sempre mais fácil falar sempre a verdade. As pessoas argumentavam que, às vezes, mentindo nos safamos de uma situação de aperto. Na hora até pode ser, eu contra-argumentei, mas a médio prazo ou a longo prazo ou, no mais tardar, na hora em que formos dar conta de nossos atos a Deus, então com certeza mentir sempre é mais difícil.
Fazer a coisa certa sempre é mais fácil. E melhor.
Em um comentário sobre o meu texto “UMA VISITA QUE EXIGIU UM PASSO A MAIS”, publicado aqui mesmo no nosso Blog, a Renata, uma das nossas seguidoras mais presentes, disse que “obedecer já é uma benção”. Fantástica essa observação. A Bíblia dá respaldo a esse pensamento:
“Guia-me pelo caminho dos teus mandamentos, pois neles encontro a felicidade.” (Salmos 119:35 NTLH)
Muitas vezes nos pegamos fazendo a vontade de Deus para obtermos d'Ele alguma coisa. Ou então afirmando que obedecer a Deus é muito difícil. Ou estamos obedecendo com a motivação errada ou não estamos obedecendo.
Mas dificilmente dizemos que obedecer é extremamente prazeroso e muito mais fácil, e que a obediência em si já é uma benção.
E é!
PARA REFLETIR:
“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” (João 14:21)
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
UMA VISITA PARA CONHECER UM BEBÊ
Um casal conhecido nosso, quando teve seu primeiro filho, recebeu inúmeras visitas daqueles que queriam conhecer o bebê. Certa noite eles resolveram fazer uma brincadeira com outro casal de amigos. Antes de as visitas chegarem eles colocaram o nenê dormindo no carrinho lá no quarto deles. E no quarto da criança que estava na penumbra, dentro do berço, colocaram um macaquinho empalhado que eles tinham. Imagine o susto e a reação daqueles dois que se debruçaram sobre a caminha para ver o bebê e se depararam com o macaco olhando para eles.
A expectativa era de ver uma criança linda, pois era o que todos falavam, mas ...
Por outro lado, já me surpreendi indo visitar recém-nascidos que haviam me dito ter “cara de joelho”, e chegar lá me deparar com uma criança linda.
Há 2000 e tantos anos, um anjo e depois um “coral” de anjos, apareceram certa noite diante de uns pastores que cuidavam de seus animais. Lhes indicaram um lugar onde eles poderiam ver uma criança que era nada menos do que o próprio Deus feito homem.
“E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem. E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer. Foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura. E, vendo-o, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino. Todos os que ouviram se admiraram das coisas referidas pelos pastores. Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração. Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado.” (Lucas 2:13-20)
Com que expectativa aqueles homens se encaminharam até o lugar indicado!
Ao chegarem, viram o bebê respirando, mexendo os bracinhos e as perninhas, viram seus cabelos, os olhinhos, e também o que mais me chama a atenção em um nenê, ou seja, as mãozinhas.
Diante deles estava o Messias! A promessa se cumpriu. Eles conheceram o Deus feito homem.
Ao ver um presépio, o que passa por sua cabeça? O que você sente?
PARA REFLETIR:
“Hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lucas 2:11)
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
O MAL QUE O FUTEBOL FAZ
Eu gosto muito de futebol. Ou gostava, sei lá. Ele mudou muito, ou fui eu?
Outro dia a Irlanda perdeu a vaga para a Copa do Mundo de 2010 para a França graças a um gol em que o jogador ajeitou a bola com a mão antes de fazer o passe que resultou no tento. O gol que o Maradona fez contra a Inglaterra em 1986, usando a mão, foi publicamente escolhido por ele mesmo como o mais bonito de sua carreira! E o mesmo ainda afirmou que foi o gol com a “Mão de Deus”.
Um gandula some com as bolas quando o time da casa está ganhando. O time “faz cera” quando está ganhando. Jogadores simulam que sofreram falta ou pênalti quando perdem a jogada por inabilidade.
Tudo isso por que a mentalidade reinante é que o importante é o resultado. Segundo essa idéia, “os fins justificam os meios”, o que é um erro, pois se os fins são nobres, os meios também devem ser nobres.
“O atleta não é coroado se não lutar segundo as normas.” (2 Timóteo 2:5)
Isso sem falar no extremo desrespeito ao juiz e aos bandeirinhas.
E no fundo nós sabemos que tudo é por causa do muito dinheiro que está literalmente em jogo. Ninguém pensa em honra, hombridade.
“Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível.” (1 Coríntios 9:25)
“Visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.” (Hebreus 12:1-3)
Não sei dizer se o futebol influencia a vida ou se o mesmo retrata o nosso viver, ou ainda ambos. E o que me preocupa é que, ao incentivar nossas crianças e jovens a apreciarem o futebol, podemos estar ensinando a eles todos esses valores negativos.
PARA REFLETIR:
“Somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.” (Romanos 8:37)
Outro dia a Irlanda perdeu a vaga para a Copa do Mundo de 2010 para a França graças a um gol em que o jogador ajeitou a bola com a mão antes de fazer o passe que resultou no tento. O gol que o Maradona fez contra a Inglaterra em 1986, usando a mão, foi publicamente escolhido por ele mesmo como o mais bonito de sua carreira! E o mesmo ainda afirmou que foi o gol com a “Mão de Deus”.
Um gandula some com as bolas quando o time da casa está ganhando. O time “faz cera” quando está ganhando. Jogadores simulam que sofreram falta ou pênalti quando perdem a jogada por inabilidade.
Tudo isso por que a mentalidade reinante é que o importante é o resultado. Segundo essa idéia, “os fins justificam os meios”, o que é um erro, pois se os fins são nobres, os meios também devem ser nobres.
“O atleta não é coroado se não lutar segundo as normas.” (2 Timóteo 2:5)
Isso sem falar no extremo desrespeito ao juiz e aos bandeirinhas.
E no fundo nós sabemos que tudo é por causa do muito dinheiro que está literalmente em jogo. Ninguém pensa em honra, hombridade.
“Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível.” (1 Coríntios 9:25)
“Visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.” (Hebreus 12:1-3)
Não sei dizer se o futebol influencia a vida ou se o mesmo retrata o nosso viver, ou ainda ambos. E o que me preocupa é que, ao incentivar nossas crianças e jovens a apreciarem o futebol, podemos estar ensinando a eles todos esses valores negativos.
PARA REFLETIR:
“Somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.” (Romanos 8:37)
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
MUITO PRAZER
A principal característica dos fariseus é saber muito sobre Deus e não conhecê-Lo. Há muitos fariseus hoje em dia.
Há uma diferença entre saber tudo sobre uma pessoa e conhecê-la realmente. Por exemplo, um fã pode saber tudo sobre um determinado cantor e não conhecê-lo.
Pode ser assim com o nosso relacionamento com Deus! Podemos saber tudo sobre Ele e não O conhecermos pessoalmente.
“Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.” (Jó 42:5)
Mas note as qualidades de Jó registradas no início de sua história:
“Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.” (Jó 1:1)
Integridade, retidão, temor a Deus e não praticar males são coisas que devemos almejar para a nossa vida, mas observe que essas coisas não o levaram a conhecer a Deus! O que o levou a ter o conhecimento real de Deus foi, primeiro suas aflições, em segundo a revelação de quem Ele, o próprio Deus, é. E depois a revelação de quem Jó era.
Para amarmos realmente alguém é necessário conhecermos essa pessoa. E a Deus também, e só assim poderemos agradá-Lo.
“Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR.” (Jeremias 9:23-24)
PARA REFLETIR:
“Não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele.” (Efésios 1:16-17)
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
SIM, OBRIGADO
Há muito mais consciência e expectativa de gratidão no coração de quem faz um benefício do que no de quem o recebe. Quem faz algo pelo outro esperando receber algo em troca também está errado. Na maior parte das vezes, o pensamento de quem recebe um benefício é de que, o que foi feito não foi nada a mais do que a obrigação de quem o fez. E está certo, mas isso não exclui a obrigação da gratidão.
“Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” (1 Ts 5:18)
Mais do que uma simples questão de educação, isso tudo nos revela nossa postura diante dos outros.
“Por estarem unidos com Cristo, vocês são fortes, o amor dele os anima, e vocês participam do Espírito de Deus. E também são bondosos e misericordiosos uns com os outros. Então peço que me dêem a grande satisfação de viverem em harmonia, tendo um mesmo amor e sendo unidos de alma e mente. Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos. Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros.” (Filipenses 2:1-4 NTLH)
Isso se torna mais complicado quando percebemos que não é só com as pessoas que agimos com ingratidão, mas também para com Deus.
PARA REFLETIR:
“Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?” (Lucas 17:17)
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