quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

FAZER O BEM SEM VER A QUEM


Essa era uma frase que minha avó falava e minha mãe sempre repetia.
Mas antes de refletirmos sobre isso, deixe-me lançar uma pergunta: você tem certeza da sua salvação?
Muita gente cristã procura fazer o bem ou ser bom para obter a sua salvação. Talvez o faça sem parar para pensar no que está fazendo, sendo que a motivação diz respeito à sua vida após a morte, disfarçada como uma recompensa eterna, um galardão, mas de qualquer forma uma intenção que não possui nada de altruísmo. Repetindo a pergunta lá de cima, você tem certeza da sua salvação ou está se esforçando por ela?
Mesmo que você tenha dúvidas sobre a sua vida na eternidade, Deus continuará sendo misericordioso e gracioso.
“Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:8-10)
Ninguém vai para o inferno por ter cometido adultério, ou roubado, ou por ter cometido assassinato, ou mentido ou ainda por ter feito fofoca.
E também ninguém vai para o céu por ter vivido uma vida santa.
“Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (João 3:16-18)
Considere o que Agostinho de Hipona escreveu: “A Lei foi dada para que se implore a graça; a graça foi dada para que se observe a lei.”
Concluo com uma pergunta e a minha resposta a ela:
Por que ser bom ou fazer o bem?
Por amor. Amor a Deus e aos outros.
“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” (João 14:21)

3 comentários:

  1. É engraçado, pq tenho tido dias difíceis e não queria mais nada a não ser morrer. Tenho certeza de que Jesus é meu Senhor e Salvador e só queria me encontrar com Ele. Talvez sem completar ainda minha carreira, sem galardão, sem "recompensa", só estar com Ele, sem corrupção, sem medo, sem dor. Mas hoje Deus me mostrou que realmente quando se recebe a graça, somos contrangidos a observar a lei. Ainda não estou 100%, mas Deus me fez ver que o que Ele tem pra mim é importante, que minha vida aqui pode ser mais relevante do que "ir mais cedo pra casa". Fazer o bem é algo que preciso fazer pois as misericórdias de Deus se renovam sobre mim a cada manhã e isso é realmente constrangedor. Nao há como não querer agradar a esse Deus, mesmo sem querer viver. Acho que entendo o que Paulo disse em Filipenses 1.21: "Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho". O viver tem que ser Cristo. Senão tudo é em vão.
    Abraço carinhoso,
    Andréia

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  2. Oi, Xyko!

    Bem esclarecedor o seu texto e o comentário da Andréia, emocionante! Especialmente o trecho "Deus me fez ver que o que Ele tem pra mim é importante, que minha vida aqui pode ser mais relevante do que 'ir mais cedo pra casa'".

    De fato, o que mais me dá ânimo para continuar a viver quando passo por momentos difíceis ou de muita responsabilidade - momentos em que eu acho que não vou dar conta da vida - é saber que a força vem do Senhor!

    Ao vislumbrar as coisas maravilhosas que Deus já fez e fará em mim e através de mim (como disse a Andréia), os problemas e as responsabilidades se tornam bem pequenininhos, do tamanho da fé que Jesus disse que, se nós tivéssemos, moveríamos montanhas!

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  3. Muito interessante, Paulo nos dá referências morais para a conduta cristã (assim como Moisés no antigo testamento), já Jesus nos ensina a ética do Amor...
    A moral vem de fora, é o limite, a referência geral para a conduta, pode mudar com o tempo e lugar.
    Por outro lado, a ética vem de dentro, é a motivação para fazer o certo numa determinada situação. É o julgamento da moral: será que aquilo que aprendi que era certo é realmente certo nesta situação específica??? Jesus mostra-nos que a moral vigente nem sempre é a saída mais adequada para todas as situações. Não devemos ser moralistas...
    Portanto nossas atitudes devem ser éticas, sem deixarmos de conhecer a moralidade e as leis vigentes no nosso tempo.
    O bom uso de tudo isso é o exercício correto da liberdade.
    E ainda: felizmente Deus, muito mais do que justo, é misericordioso. Não somos salvos por aquilo que fazemos mas pela Graça d'Ele. Daí falarmos: recebemos de graça...


    Paz,

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