segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

CRISÓSTOMO

Observe esse trecho da Bíblia:
“Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me. Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo! No mesmo instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo. Fazendo-lhe, então, veemente advertência, logo o despediu e lhe disse: Olha, não digas nada a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo. Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas coisas e a divulgar a notícia, a ponto de não mais poder Jesus entrar publicamente em qualquer cidade, mas permanecia fora, em lugares ermos; e de toda parte vinham ter com ele.” (Marcos 1:40-45)
Pelo que parece, a lepra citada aqui não era a só a atual hanseníase, mas englobava um leque de doenças dermatológicas. A pessoa acometida por esse mal tinha que viver isolada, longe do convívio social.
Jesus tinha acabado de curar um homem da sua lepra. Aquele que fora leproso tinha ordens específicas para NÃO testemunhar, e testemunhava. Nós, hoje, temos ordens específicas para testemunhar e NÃO o fazemos!
O encontro daquele homem com Jesus Cristo impactou profundamente a sua (do que foi curado) vida, em todos os sentidos (físico, emocional, social e espiritual).
Ele foi curado no seu corpo físico. Vale lembrar aqui o que sempre afirmo, ou seja, Deus nem sempre quer curar a doença, mas sempre quer curar a pessoa.
Impactou-o também na área emocional no momento em que foi TOCADO por Jesus. Já devia fazer muito tempo que aquele homem não tinha esse tipo de contato e consideração.
No que se refere ao aspecto social, ele pode voltar a conviver com as pessoas, inclusive aquelas que amava.
E no sentido espiritual, basta dizer que ele teve um encontro com o próprio Senhor.
Será que não testemunhamos pela razão de que nossos encontros com Jesus não causam nenhum impacto em nós? Se a resposta for sim, por que isso acontece?

6 comentários:

  1. Confundimos tanto "religiosidade" com "espiritualidade" que limitamos nosso encontro com Jesus a reuniões e rituais, quando seu maior desejo é de desenvolver conosco um relacionamento comprometido, vivo, real e pessoal. Essa certamente será a única maneira de sermos impactados por Jesus.

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  2. Caro Pr. Ronaldo, gostei muito, mas muito mesmo, do seu comentário. Muito obrigado.
    Um abraço, Xyko.

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  3. Mesmo eu sendo católico, o comentário do Pr. Ronaldo me fez pensar o quanto de religiosidade e espiritualidade eu tenho em minha vida.
    Um abraço, Francisco dos Santos.

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  4. Senhor Francisco dos Santos, sendo católico, a primeira coisa que você precisa fazer é se livrar da idolatria, como seu nome indica.
    Ezquiel da Silva.

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  5. Caro amigo Xyko,

    Testemunhar as maravilhas de Deus realmente transforma a boca de quem fala em BOCA DE OURO (= Crisóstomo).
    E para bem testemunhar tem que estar CURADO, LIMPO como o leproso do trecho citado.
    Para ser curado precisa QUERER SER CURADO, tem que querer compartilhar o convívio das outras pessoas.
    Quem EXPERIMENTA ESSA CURA, quem é TOCADO por Jesus, não consegue ficar calado.

    Porque, no final das contas, CADA UM DIZ AQUILO QUE TEM NO CORAÇÃO...

    Interessante também que São João Crisóstomo (séc. V) foi um dos primeiros santos considerados ECUMÊNICOS, venerado tanto pela Igreja Ocidental e quanto Oriental...

    Caríssimo, que Deus continue tocando você para que continue sempre com seu TESTEMUNHO DOURADO.

    Paz para todos,

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  6. Concordo plenamente com as palavras do pastor Ronaldo. A religiosidade envolve rituais e submissão a determinadas regras de comportamento. Mas se não há mudança no coração, essa mudança será superficial e passageira. Tim Keller afirma, em "O Deus Pródigo" que a principal diferença entre um fariseu e um cristão verdadeiro é a motivação interior. O fariseu vive uma vida correta por medo;ele não confia em Deus nem o ama de verdade. Para ele, Deus é um patrão exigente e não um pai amoroso.

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