quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ZÉ, O COADJUVANTE

Entre nós, brasileiros, vice não tem valor algum. Nem na política nem nos esportes. A maioria de nós quer ser o campeão, o presidente, o ator principal. Poucos de nós assumiriam com orgulho um papel secundário em seja lá qual for o projeto, disputa, tarefa ou missão.
Mas ser vice é diferente de ser coadjuvante.
Segundo o dicionário, coadjuvante é a pessoa que ajuda, auxilia ou concorre para um fim comum. É aquele personagem secundário que dá apoio ao principal.
Quer um bom exemplo? João Batista. Olhe o que ele afirmou a respeito de Jesus:
“Convém que ele cresça e que eu diminua.” (João 3:30)
Outro exemplo é José, o marido de Maria, mãe de Jesus. Reparou que raramente se estuda, prega-se ou até mesmo se fala do “pai” de Jesus. Por que será?
Contudo, sua importância na vida de Jesus é impar. Foi ele quem lhe deu o nome (obedecendo uma ordem divina dada por um anjo) e foi ele quem o circuncidou (seguindo a liturgia judaica):
“Completados oito dias para ser circuncidado o menino, deram-lhe o nome de JESUS, como lhe chamara o anjo, antes de ser concebido.” (Lucas 2:21)
Isso sem contar que a educação intelectual e espiritual do menino era sua responsabilidade, como pai:
“Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.” (Deuteronômio 6:6-7)
Esse “coadjuvante” foi, sem dúvida, mais importante que muito principal.
Importante é que façamos a nossa parte, façamos o nosso papel, seja ele qual for, contanto que isso glorifique a Deus.
Diga a Deus, sinceramente, que é isso que você quer.

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