Acredito que o maior trabalho que Jesus Cristo teve com os apóstolos, e tem comigo, e com todo mundo enfim, é tirar da nossa cabeça pensamentos, crenças, conceitos e convicções ensinados pelo mundo e substituí-los pelos valores cristãos. A nossa tendência, quando Deus nos fala algo, é comparar essa informação com o que temos no coração para escolhermos com qual vamos ficar. E quando já temos planos pré-definidos, a situação é mais complicada ainda.
Quando José, o pai adotivo de Jesus, soube que Maria estava grávida, teve que mudar de idéia quanto ao que fazer, e para isso foi necessário que um anjo do Senhor lhe aparecesse em sonho:
“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco). Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher. Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus.” (Mateus 1:18-25)
Era necessário que Jesus nascesse de uma virgem. Não por ser o sexo vergonhoso. Dentro do casamento o sexo é uma coisa pura e valorizada por Deus (afinal, foi Ele que nos criou assim). Então por que era necessário? É que o pecado original é transmitido pelo pai e não pela mãe.
Note o seguinte trecho:
“Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez; homem e mulher os criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados. Viveu Adão cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e lhe chamou Sete.” (Gênesis 5:1-3)
Note que a princípio Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, e os descendentes de Adão nasceram à sua semelhança e imagem.
José confiou e mudou de planos.
Outro dia eu estava em cima de uma espécie de ponte de concreto e a mesma trepidava quando alguém passava por ela. Comentei isso com um engenheiro e ele afirmou que se ela não trepidasse, fosse inflexível, se quebraria toda. Ainda bem que trepida, então.
E você, é rígido ou flexível?
Não é uma pergunta fácil de responder... às vezes acho que sou flexível, mas de repente me pego tendo uma atitude rígida, principalmente diante de algumas posturas que considero corretas. Como em quase tudo na vida, o segredo está no equilíbrio. Diante de certas atitudes, precisamos ser rigorosos.Por exemplo, não posso ser tolerante diante de uma atitude que envolve pecado,mas não devo julgar o pecador e adotar uma postura rígida com ele. Volto mais uma vez à parábola do filho pródigo. O pai foi tolerante ao receber o filho de volta, apesar de tudo que ele havia feito. Sem acusações nem restrições, o pai trouxe-o de volta à condição de filho. Já o irmão mais velho teve uma postura rígida, intolerante. Ele condena tanto o irmão como o pai. Aos seus olhos, o pai foi injusto com ele. Aliás, a impressão que eu tenho é que ele se achava o único justo. O irmão era um pecador e perdulário e o pai um molenga.Fico pensando em quantas vezes nós cristãos temos afastado algumas pessoas do nosso meio por adotarmos uma postura rígida. Com a intenção de defender a fé, quantas injustiças não são cometidas...
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