quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

ACUMULADAS



O Venâncio, meu grande amigo, comentou enquanto tomávamos um cafezinho, que ele não quer ganhar na Loteria, muito menos quando estiver acumulada. A explicação é simples e lógica: ele não quer acabar com a própria vida. Falsos amigos, valores invertidos, preocupações, esses seriam apenas alguns dos problemas causados por um enorme enriquecimento súbito. “De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” (1 Timóteo 6:6-10)
Lembro-me de um caso real cujos detalhes me fugiram. Em uma determinada região dos EUA, foi achado petróleo, e todos os fazendeiros dali enriqueceram rapidamente. Todos menos um, em cujas terras não havia o que explorar. Cristão, embora abatido e sem saber a razão pela qual não fora abençoado, não se afastou de Deus. Anos depois pode dar graças pelo que lhe aconteceu (ou não aconteceu): todos os que enriqueceram tinham ou enveredado pelo vício, ou perderam a família, ou se corromperam, enfim, tiveram suas vidas destruídas.
“Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida.” (1 Timóteo 6:17-19)
Repare que o “nosso aprazimento” que vem dos bens que Deus nos dá é a alegria de ter como praticar o bem, é a felicidade de dar e repartir, e não ter tais bens para usar egoisticamente conosco mesmo.
Quero ter uma vida rica, e não ser rico na vida.

Um comentário:

  1. Pois é... acredito que o dinheiro acumulado acaba corrompendo, ou seja, fazendo-nos mudar de vida, valorizando o próprio dinheiro em primeiro lugar.
    Corrupção nessa perspectiva é o contrário de conversão...


    Paz,

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