sexta-feira, 21 de maio de 2010

DEUS, O HOMEM E A JUSTIÇA

Uma senhora com uns 30 anos, paciente do hospital, contou o caso e me questionou: “Pastor, meu irmão conseguiu um emprego de motorista de caminhão. Como não tinha a Carteira de Habilitação, ele comprou uma, falsa. Na primeira viajem que fez a polícia rodoviária o parou, verificou os documentos, viu que a carteira de motorista era falsa e hoje meu irmão está na cadeia. Deus não é justo! Por que Deus fez isso conosco?”.
Para responder a isso nem precisaríamos citar a Bíblia, tamanha é a visão distorcida que aquela mulher tem de Deus, mas eis apenas 2 versículos:
“Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto.” (Deuteronômio 32:4)
“Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, e também estes compreenderam que tu me enviaste.” (João 17:25)
Imagine agora o Lugar de Deus (Terceiro céu? Não sei.). Além da Eternidade (que foi criada por Deus, onde não há tempo, matéria e espaço), além do Universo, além da Terra, além de tudo, só existe a Trindade. Nesse “lugar” só há amor. Não existe justiça porque só há justiça onde há transgressão, onde há injustiça. Onde não há falta não é necessária a justiça, assim como não há perdão.
A justiça é exclusiva do ser humano (não existe “Lobo Mau”, nós é que atribuímos certas características aos animais; eles são o que foram criados).
Deus, por ser só amor, não precisa da justiça. Quem precisa da justiça é o homem, por ser responsável por seus atos e ser pecador.
Por ser gracioso, misericordioso e amoroso (não canso de afirmar isso, e que cada vez que digo isso seja um louvor), Deus não faz justiça em nós, Ele nos justifica:
“Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito,” (1 Pedro 3:18)
“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;” (Romanos 5:1)
Aquela senhora que citei acima também me disse o seguinte: “Para mim tem que ser assim, eu peço e Deus tem que fazer do jeito que eu quero e na hora”.
É justo isso?

Um comentário:

  1. Bela reflexão, caríssimo...

    Gosto principalmente da idéia da que a eternidade não é o tempo que não acaba, a eternidade é a ausência do tempo e do espaço... temos um pequeno vislumbre disso na experiência mística profunda.
    Talvez seja essa a sensação de "encontro com Deus".

    Quanto a essa senhora, ela está precisando achar a lâmpada de Aladim...


    Paz,


    PS - A cara do juiz é ótima...

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