quinta-feira, 24 de julho de 2008

O QUE APRENDI COM O FUTEBOL

Ontem à noite a Denise e eu fomos ao estádio ver o Guarani jogar. Ganhou por 1 a 0.
Pude experimentar aquele sentimento muito fugaz, volátil, de fazer parte de uma parcela da sociedade que tem um objetivo comum. No caso, a vitória do nosso Bugre. Esse sentimento continua em nós, mesmo que o time perca (“Na vitória ou na derrota, hoje e sempre Guarani” - trecho do nosso hino).
O importante é fazer parte.
Enquanto o jogo de xadrez, do qual sou praticante, é racional e previsível, o futebol, do qual sou torcedor, é raça, disposição, improviso e surpresa.
Um é o contraste do outro. E ambos juntos retratam a vida. É verdade! Pois o nosso viver não é tudo preto no branco, não é só o resultado de uma performance individual; tem os momentos de jogarmos para o grupo, para a coletividade.
É muito gostosa, demais até, a emoção quando juntos no estádio comemoramos um gol do Guarani. Só é comparável ao que sinto quando, com 3 jogadas de antecedência, tenho a certeza de que vou dar um xeque-mate no xadrez.
Essa sociabilidade, esse envolvimento e fazer parte com algo fora da Igreja, e esses momentos de vitória e derrota individual, a sós, fazem muita falta aos cristãos. Vivemos enfurnados em nossos templos, sem tempo para os outros e para nós mesmos.
Quanto ao problema dos palavrões nos estádios, fica aqui a sugestão que a Letícia (minha neta por opção) deu quando ela, então com uns 7 anos, foi conosco a primeira vez no campo: “Deviam colocar um cartaz na frente do estádio escrito É PROIBIDO FALAR PALAVRÃO”.

2 comentários:

  1. Tenho que confessar que partilho da sua opinião quando você diz: "Essa sociabilidade, esse envolvimento e fazer parte com algo fora da Igreja, e esses momentos de vitória e derrota individual, a sós, fazem muita falta aos cristãos". Digo isso por minha própria experiência. Também concordo que "Vivemos enfurnados em nossos templos, sem tempo para os outros e para nós mesmos"; de fato essa foi a realidade da minha vida e tem sido ainda em muitos momentos quando o meu fazer passa muito longe do querer e do sentir.
    Acho que ainda sou legalista.
    O que vc acha?


    Felipe

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  2. Não acho que você seja legalista, mas sim, mais teórico do que prático. Mais acadêmico do que servo. Quer saber tocar 7 instrumentos e sabe, mas não ouço, AINDA, sua música.
    Abraço, Xyko.

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