Ano passado, durante uma aula na Escola Bíblica de Adultos da minha Igreja, para explicar o que é a fé, eu usei uma ilustração que gosto muito, que é falar de uma pessoa esperando em um ponto de ônibus. Tal pessoa tem fé em que a condução vai passar por ali naquele horário baseada em informações confiáveis. Naquela aula eu perguntei se eles acreditariam se eu lhes falasse que o ônibus que vai para o centro da cidade iria passar pelo meio do estacionamento da Igreja, obviamente imaginando que eles não acreditariam. Pois não é que um homem disse que acreditaria! Na mesma hora eu lhe disse que não era para acreditar em tudo o que falo. Muito menos de trajetos e horários de ônibus.
Depois aquele homem veio falar comigo. Ele disse que ficou admirado de eu ser honesto e reconhecer que posso passar informações equivocadas. Disse também que acreditaria em mim justamente por eu ser pastor. Talvez ele estivesse querendo seguir o que está nesse versículo:
“Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.” (Hebreus 13:17)
Mas observe, os fariseus eram os guias espirituais (ou deveriam ser) dos judeus, e veja o que Jesus diz deles:
“Aproximando-se dele (de Jesus) os discípulos, disseram: Sabes que os fariseus, ouvindo a tua palavra, se escandalizaram? Ele, porém, respondeu: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada. Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco.” (Mateus 15:12-14)
É de se lamentar o tanto de “pastores” que existem por aí que se acham no direito de ter todo, repito, todo o poder sobre a vida das “suas ovelhas”! Ambos cairão no barranco e serão arrancados, tudo no seu devido tempo.
Caro Xyko,
ResponderExcluirExcelente reflexão. É o ponto chave para diferenciação daquilo que chamamos de Boa Fé (agir de maneira honrosa e com boa conduta, cumprir compromissos, ausência de conflito de interesses) e daquilo que chamamos de Má Fé (agir intencionalmente com o interesse de prejudicar alguém)...
Lidar com a fé dos outros é um assunto de grande responsabilidade pois fé (lat. fides) é a firme convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova, é a absoluta confiança que depositamos em algo ou alguém.
Paz,