A princípio podemos achar que isso é uma coisa boa, mas será?
No passado, o todo, isto é, a família, a cidade, a nação, era mais importante que o indivíduo. É por isso que soldados punham-se na linha de frente, cara a cara com o inimigo, sabendo que fatalmente iam morrer, e assim mesmo marchavam em frente, tentando matar o maior número possível daqueles que ameaçavam, por exemplo, sua pátria, até que fosse morto. Haviam valores maiores a serem defendidos.
A massificação fez com que o indivíduo se transforma-se em um número. A personalização e o individualismo não vai acabar com isso. Vai prender (ou já está prendendo) cada pessoa em frente do monitor do seu computador, acabando com os relacionamentos interpessoais, isolando hermeticamente uns dos outros. Sempre monitorados.
É o fim dos abraços, das mãos dadas, do olho no olho, do rir junto, dos beijos ...
O plano de Deus é que sejamos um corpo (o todo) com cada membro (indivíduo) valorizado, pois necessário.
“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se disser o pé: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser do corpo. Se o ouvido disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso deixa de o ser. Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde, o olfato? Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve. Se todos, porém, fossem um só membro, onde estaria o corpo? O certo é que há muitos membros, mas um só corpo.” (1 Coríntios 12:12-20)
A palavra “WEB” em inglês significa “teia, trama”.
Caríssimo,
ResponderExcluirMais uma vez fica você deixa claro a tensão que existe na existência humana:
De um lado, o chamado para a realização pessoal, marcada pelos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade (nessa ordem), além da conscientização de que cada pessoa é única e insubstituível.
Do outro lado, a necessidade de fortalecimento das instituições (sem as quais não há sociedade): família e casamento, estado, igreja, além da necessidade da interação, não só social, mas também afetiva...
Nossa época é marcada pelo excesso do individualismo, seguramente uma ressaca dos recentes tempos de opressão e autoritarismo institucional.
Nestes tempos de crise, nossa geração vive a benção da liberdade extrema (com o risco de descambar no individualismo egocêntrico) e ao mesmo tempo a maldição da enorme responsabilidade da reconstrução das instituições e preservação da sociedade para as futuras gerações (com o risco do retorno à opressão e autoritarismo).
É como o voo de Ícaro, nem tão perto do sol, nem tão perto do mar...
"In medio virtus"... a virtude está na justa medida. É o nosso desafio.
Paz,