terça-feira, 16 de março de 2010

AS PERGUNTAS DE JESUS: QUEM É MINHA FAMÍLIA?

A casa em que Jesus estava encontrava-se lotada. Não cabia mais ninguém. Ele estava ensinando àqueles que ali estavam sobre o pecado sem perdão e aquela fala de uma pessoa que tem um espírito maligno expulso de si mesmo e não põe o Espírito Santo em seu coração, fazendo com que o seu estado fique 7 vezes pior do que antes.
Nesse ponto, enquanto o Senhor ensinava, veja o que aconteceu:
“Falava ainda Jesus ao povo, e eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar-lhe. E alguém lhe disse: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te. Porém ele respondeu ao que lhe trouxera o aviso: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe.” (Mateus 12:46-50)
Essa declaração de Jesus a principio me soou estranha. Devia estar acontecendo algo naquela hora que Mateus não contou. E estava. É Marcos quem nos revela um “detalhe” daquele episódio:
“E, quando os parentes de Jesus ouviram isto, saíram para o prender; porque diziam: Está fora de si.” (Marcos 3:21)
Os parentes de Jesus foram lá para o prender pois achavam que Ele estava louco! Por isso que Jesus falou daquele jeito. E no meio do povo, uma mulher o repreende. É Lucas quem nos conta isso:
“Ora, aconteceu que, ao dizer Jesus estas palavras, uma mulher, que estava entre a multidão, exclamou e disse-lhe: Bem-aventurada aquela que te concebeu, e os seios que te amamentaram! Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!” (Lucas 11:27-28)
Ela estranhou a maneira pela qual o Senhor se expressou e achou que isso era motivo de tristeza para Maria, e afirmou ironicamente que Maria devia ser “muito feliz”.
Fazer a vontade de Deus não é viver sem pecado. Se assim fosse, eu não seria da família de Deus. É olhar tudo pela perspectiva divina, por mais que pareça loucura. E isso nós só o faremos ouvindo e guardando a Palavra de Deus.

Um comentário:

  1. Pois é Xyko,

    Naquele época e naquele contexto de judaísmo (sabemos que os judeus são muito "paneleiros", ou seja, muito apegados à família), pregar o desapego material ainda vá lá, mas pregar o desapego afetivo ("Deixe que os mortos enterrem seus mortos" Mt 8, 22), isso era inaceitável... por isso o consideraram louco.

    Paz,

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