quarta-feira, 10 de março de 2010

A IGREJA QUE NÓS VEMOS NEM SEMPRE É A IGREJA QUE DEUS VÊ


A Celinha, da Capelania do HC-UNICAMP, me contou a história de uma senhora que lavava as toalhinhas da igreja e as pessoas só foram valorizar isso quando ela morreu e as toalhas ficaram sujas.
A Célia me falou isso porque eu comentei com ela um detalhe que me impressionou muito no seguinte texto da Bíblia:
“E Saulo consentia na sua morte. Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria. Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grande pranto sobre ele. Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere. Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra.” (Atos 8:1-4)
Repare que os cristãos de Jerusalém foram dispersos pela perseguição e, consciente ou inconscientemente (tendo a pensar que conscientemente), cumpriram a grande comissão de pregar até os “confins da terra” (Atos 1:8).
Quais os nomes desses irmãos? Não sabemos.
Muito do serviço cristão é feito anonimamente: lavar as toalhinhas, distribuir folhetos e outras formas de evangelização, orar, o serviço de manutenção do prédio da igreja, fazer visitas, emprestar o ombro para alguém chorar, doações, dar caronas, e muitos outros serviços fundamentais e não valorizados por nós.
“Não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus;” (Efésios 6:6)

2 comentários:

  1. Caro Xyko,

    É muito interessante a história da conversão de Saulo (que significa o solicitado, o que é chamado e era nome de gente nobre, nome de rei) que passou a Paulo (pequeno, humilde). Paulo queria matar o cristão que existia dentro dele (identificado com Estevão), mas foi cobrado por Deus na estrada de Damasco (na forma de luz), que lhe disse para não resistir. Quando abandona seu lado romano e assume seu lado cristão radicalmente, Paulo se torna o legislador do Novo Testamento. Ele é o novo Moisés, o legislador do Antigo Testamento, que também matou o egípcio que tinha dentro dele, assumindo radicalmente seu lado judeu e também foi cobrado por Deus na forma de fogo que não consumia a sarça. Paulo ficou temporariamente cego e Moisés não pode ver de perto a terra prometida.
    De qualquer forma a conversão é um processo ao qual resistimos e que muda a nossa forma de ver as coisas. É uma escolha radical que acontece todos os dias dentro de nós... talvez com essa luz possamos ver melhor quem nós realmente somos e as pessoas que nos cercam.
    O Estevão (o coroado, coroa da vitória) que prevaleceu dentro de Paulo acabou por levá-lo à vitória... esse é o caminho.

    Paz,

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  2. Andrezza

    temos uma tendência de valorizar somente os trabalhos de frente da igreja, esquecendo que tudo e todos que dedicam o seu tempo ao Senhor colaboram para a salvação do próximo.

    Ser útil na obra de Deus não é somente pregar, tocar algum instrumento... muitas vezes o trabalho dos bastidores são os que sustentam uma obra de fé e dedicação.

    Que todos possamos rever como lidamos com isso em nossas igrejas, valorizando o trabalho e dedicação de cada irmão em Cristo.

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