segunda-feira, 9 de maio de 2011

AI

Aquela senhora só queria desabafar, conversar com alguém para, quem sabe, aliviar sua dor emocional. Em um dos corredores do hospital ela se sentou numa cadeira de uma sala de espera de um departamento, e me contou que seu irmão cometera o suicídio. Contou com detalhes. Cada palavra pronunciada por ela dava a impressão que saía machucando ainda mais.
Só que, por mais que tentasse, eu não conseguia dar a devida atenção. Eu estava calçando um sapato novo, não laceado, que me causava uma dor enorme no calcanhar do pé esquerdo. Eu até suave frio.
Logicamente a dor daquela senhora pela perda trágica do irmão era bem maior do que a do meu pé, mas a dor do meu calcanhar era em mim.
Muito se fala em termos empatia com o próximo sofredor, e é certo que o devemos fazer. Mas, isso eu só pude ver em dois exemplo, a saber, primeiro as mães que sofrem em si mesmas a dor dos filhos. Muitas delas, mas muitas mesmo, já me afirmaram, e eu acredito que é assim, que prefeririam que a dor fosse nelas em vez de ser nos filhos.
O segundo exemplo é mais contundente: Jesus Cristo não só teve empatia com as nossas dores como as sofreu em Seu próprio corpo, alma e espírito; tudo o que deveríamos experimentar.
“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53:4-5)
Não tem nem comparação a dor que meu sapato novo me causou com a que causei ao meu Senhor!
PARA REFLETIR:
“Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8)

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