Para nossa enorme surpresa, uma “Oficial de Justiça” nos entregou uma ordem para desocuparmos o apartamento no qual moramos, em 10 dias! Isso mesmo: 10 dias.
A minha primeira reação foi rir e dizer: isso não existe.
Consultei o nosso advogado e ele disse que existe sim. E que se não saíssemos, havia a possibilidade de a Oficial voltar com a polícia e um caminhão e nos tirar do imóvel.
Como um domingo antes, nas aulas sobre a carta de Tiago que estava dando na minha Igreja, eu ensinei que devemos ter por motivo de toda alegria o passarmos por várias provações, percebi que era a minha hora de viver isso. Então me alegrei de verdade. Cheguei até a especular o que viria de bom por aí. Hoje eu sei.
Quando a Denise e eu resolvemos nos casar, fiquei extremamente preocupado com o lugar onde moraríamos. A casa tinha que ter uma série de características que tornava a busca extremamente difícil, ou melhor, aos meus olhos impossível de se realizar. No tempo ideal, achei a casa do jeitinho que precisávamos.
Depois de uns tempos, o proprietário da casa em que minha mãe viúva morava pediu o imóvel para ali construir uma loja. A mesma preocupação extrema se aninhou em meu coração. No devido tempo, com a maior tranqüilidade, arrumamos a casa perfeita para ela.
Não muito tempo depois, foi o dono da casa em que nós morávamos que a pediu e deu o prazo de um mês para sairmos. Pois não é que eu fiquei preocupado de novo! Minha filha, a Cíntia, foi quem me exortou lembrando que Deus nos guiou nessas situações de mudança de casa, e não nos abandonaria também naquela hora. E não abandonou mesmo, deu tudo certo.
Já dessa última vez, com a visita da Oficial de Justiça me dando 10 dias, não me preocupei nem um pouco. Essa aflição seria motivo de toda alegria.
As coisas se desenvolveram de tal forma que eu acabei ficando meio incrédulo, sem acreditar no que aconteceu. A oração da Denise, minha mulher, era primeiramente que não tirássemos tempo do nosso ministério para correr atrás de apartamento, e que não precisássemos sair do nosso condomínio, pois gostamos muito dali. De repente, “do céu”, as respostas vieram muito além do que eu poderia pedir ou pensar! Achamos o apartamento lá mesmo, no preço que queríamos para comprar, a papelada já está correndo, conseguimos o prazo necessário na justiça, e tudo concorreu para o nosso bem.
Eu ainda estou meio tonto.
“Põe-te marcos, finca postes que te guiem, presta atenção na vereda, no caminho por onde passaste (...).” (Jeremias 31:21)
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