sábado, 9 de agosto de 2008

PAI

Pedi para minha mãe colocar em meu prato tudo o que meu pai tinha pego para ele mesmo. Arroz, feijão, ensopadinho de carne com batata. Ele gostava de derramar algumas gotas de vinagre no ensopadinho. Eu também quis colocar. Salada ele não pegou, o que me deixou mais tranqüilo; mas mesmo que tivesse pego eu comeria. Pois eu tinha me proposto a fazer tudo o que o meu velho fizesse: ele dava uma garfada, eu também dava; quantas vezes ele mastigasse, eu mastigava; eu só usava o guardanapo quando ele o fazia. Em tudo eu queria imitá-lo.
Tal era a admiração que eu tinha pelo meu pai.
Mesmo passados 27 anos da sua morte, ainda sinto saudades dele. E ainda procuro imitá-lo.
Penso que um alerta importantíssimo para os pais é lembrá-los que nossos filhos estão o tempo todo nos olhando atentamente para, prestem atenção, nos imitar! Lembro-me de uma ocasião em que eu estava dando aula para os pré-adolescentes de minha Igreja quando, não me lembro porque, uma menina citou o conhecido dito "Façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço"; então eu expliquei que nós cristãos temos que viver o que pregamos, ao que comentou a menina: "- Mas é meu pai que vive falando isso para mim e meus irmãos".
Nessa mesma classe, um garoto falou um palavrão. Quando lhe perguntei onde ele aprendeu aquilo, quase sem pensar nos contou (sim, para a classe toda) que tinha sido o pai que o ensinou.
O maior incentivo para uma criança ler é ver o pai lendo.
Não basta ser pai e participar da vida dos filhos, tem que ser exemplo.
Seu filho tem visto você lendo a Bíblia e orando? Note que ele tem observado atentamente a sua comunhão (ou falta de comunhão) com Deus.
E VAI IMITÁ-LO.
Um bom Dia dos Pais para nós.

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