Devia ser umas 5 horas da tarde. Minha avó ainda era viva, tinha 80 e poucos anos e morava conosco. Eu era solteiro ainda, e estava estudando no meu quarto quando minha mãe veio e me pediu: “Chico, você pode fazer sua vó tomar banho? Eu não tenho mais paciência”. Larguei a caneta e fui.
Quando falei para a vó que era hora de ir tomar banho, ela se recusou alegando que tinha acabado de fazer isso. Ela já não falava mais coisa com coisa, e sua marcante teimosia da vida toda foi ampliada com a velhice. Eu insistia, e ela teimava. Eu insistia, e ela teimava. Eu insistia, e ela teimava. E assim, bem devagar, ela se encaminhou para o banheiro reclamando muuuuuuuuuito. Dentro do banheiro minha mãe assumiu a situação.
Depois de o banho ter sido tomado, passado um talquinho, de camisola bem limpinha, levei a velhinha para a sala, acomodei-a sentadinha no sofá, liguei a TV na novela que ela gostava e voltei a estudar. Não tinham passado nem 5 minutos e minha vó entra no meu quarto dizendo: “Chico, você esqueceu do meu banho”. E começou a tirar a roupa.
A velhice tem suas limitações e dificuldades:
“Lembre do seu Criador enquanto você ainda é jovem, antes que venham os dias maus e cheguem os anos em que você dirá: “Não tenho mais prazer na vida.” Lembre dele antes que chegue o tempo em que você achará que a luz do sol, da lua e das estrelas perdeu o seu brilho e que as nuvens de chuva nunca vão embora. Então os seus braços, que sempre o defenderam, começarão a tremer, e as suas pernas, que agora são fortes, ficarão fracas. Os seus dentes cairão, e sobrarão tão poucos, que você não conseguirá mastigar a sua comida. A sua vista ficará tão fraca, que você não poderá mais ver as coisas claramente. Você ficará surdo e não poderá ouvir o barulho da rua. Você quase não conseguirá ouvir o moinho moendo ou a música tocando. E levantará cedo, quando os passarinhos começam a cantar. Então você terá medo de lugares altos, e até caminhar será perigoso. Os seus cabelos ficarão brancos, e você perderá o gosto pelas coisas. Nós estaremos caminhando para o nosso último descanso; e, quando isso acontecer, haverá gente chorando por nossa causa nas ruas. A vida vai se acabar como uma lamparina de ouro cai e quebra, quando a sua corrente de prata se arrebenta, ou como um pote de barro se despedaça quando a corda do poço se parte. Então o nosso corpo voltará para o pó da terra, de onde veio, e o nosso espírito voltará para Deus, que o deu.” (Eclesiastes 12:1-7 NTLH)
Até que ponto os achaques da velhice são inevitáveis?
Espero meditar nisso amanhã com vocês.
Quando falei para a vó que era hora de ir tomar banho, ela se recusou alegando que tinha acabado de fazer isso. Ela já não falava mais coisa com coisa, e sua marcante teimosia da vida toda foi ampliada com a velhice. Eu insistia, e ela teimava. Eu insistia, e ela teimava. Eu insistia, e ela teimava. E assim, bem devagar, ela se encaminhou para o banheiro reclamando muuuuuuuuuito. Dentro do banheiro minha mãe assumiu a situação.
Depois de o banho ter sido tomado, passado um talquinho, de camisola bem limpinha, levei a velhinha para a sala, acomodei-a sentadinha no sofá, liguei a TV na novela que ela gostava e voltei a estudar. Não tinham passado nem 5 minutos e minha vó entra no meu quarto dizendo: “Chico, você esqueceu do meu banho”. E começou a tirar a roupa.
A velhice tem suas limitações e dificuldades:
“Lembre do seu Criador enquanto você ainda é jovem, antes que venham os dias maus e cheguem os anos em que você dirá: “Não tenho mais prazer na vida.” Lembre dele antes que chegue o tempo em que você achará que a luz do sol, da lua e das estrelas perdeu o seu brilho e que as nuvens de chuva nunca vão embora. Então os seus braços, que sempre o defenderam, começarão a tremer, e as suas pernas, que agora são fortes, ficarão fracas. Os seus dentes cairão, e sobrarão tão poucos, que você não conseguirá mastigar a sua comida. A sua vista ficará tão fraca, que você não poderá mais ver as coisas claramente. Você ficará surdo e não poderá ouvir o barulho da rua. Você quase não conseguirá ouvir o moinho moendo ou a música tocando. E levantará cedo, quando os passarinhos começam a cantar. Então você terá medo de lugares altos, e até caminhar será perigoso. Os seus cabelos ficarão brancos, e você perderá o gosto pelas coisas. Nós estaremos caminhando para o nosso último descanso; e, quando isso acontecer, haverá gente chorando por nossa causa nas ruas. A vida vai se acabar como uma lamparina de ouro cai e quebra, quando a sua corrente de prata se arrebenta, ou como um pote de barro se despedaça quando a corda do poço se parte. Então o nosso corpo voltará para o pó da terra, de onde veio, e o nosso espírito voltará para Deus, que o deu.” (Eclesiastes 12:1-7 NTLH)
Até que ponto os achaques da velhice são inevitáveis?
Espero meditar nisso amanhã com vocês.
= )
ResponderExcluirCacilda Xyko, você sabe mesmo como provocar a reflexão... que bela história... como as experiências e imagens marcam a vida da gente. A velhice, assim como tudo na vida, é um mistério para mim... são os desígnos de Deus que vão acontecendo dentro do desenrolar dos fenômenos e evolução da natureza. Talvez a velhice seja o grande e amargo remédio que vamos ter de tomar para nos curarmos da nossa arrogância e auto-suficiência... para nos prepararmos para o grande encontro... e essa preparação será melhor quanto mais cedo ela começar. O que você acha?
ResponderExcluirAbração e muita Paz,
Venâncio
PS - você podia ir ilustrando seus textos com suas pinturas...