Acontecia numa ou outra sexta-feira lá pelas 11 horas da noite. Meus irmãos vinham de São Paulo onde trabalhavam e estudavam. Eu saía da faculdade e ia direto para casa, que na realidade era um apartamento no centro de Campinas. Nós programávamos comer pizza totalmente feita pela minha mãe, desde a massa até o recheio. Meu pai gostava da massa bem grossa, e eu, dela fina e crocante. A mãe fazia dos dois jeitos. Ao sairmos do elevador já sentíamos o cheiro da massa assando.
Não imaginei que escrever essas poucas linhas fosse me incomodar tanto. Bateu muita saudade, e forte. É impossível reviver tudo isso, a não ser em pensamento.
Estou lembrando tudo isso porque esses dias, uma menina de 12 anos me pediu que eu arrumasse uma família que a adotasse. Ela solicitou isso porque acabara de me contar a sua história: sem pai nem mãe, sem irmãos, mora em uma instituição que abriga menores, e foi internada no Hospital para fazer um tratamento. Quando ela me contou tudo isso, com os meus olhos querendo lacrimejar (e olha que dificilmente choro!), perguntei se ela sentia solidão. “Muita”, foi sua resposta. E pediu que eu lhe arrumasse um lar.
Pedro, em uma exortação aos maridos (1 Pedro 3:7), nos lembra que existe uma “vida comum do lar”. Essa vida tem seus cheiros, suas luzes, cores, sabores e sons. Eu sempre valorizei (e valorizo) isso, e desprezar toda essa riqueza pode gerar solidão. E há quem jogue fora isso.
Outros valorizam, querem e não teem!
Só há uma esperança: “Deus faz que o solitário more em família (...).” (Salmos 68:6)
No versículo que vem a seguir, o contexto é o cuidado com as viúvas, mas acredito que o conceito (e por que não dizer o sentimento?) revelado ali pode ser considerado mais amplamente: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente.” (1 Timóteo 5:8)
Valorizar e cuidar da família, essa tem sido a lição que Deus tem me ensinado esses dias.
Não imaginei que escrever essas poucas linhas fosse me incomodar tanto. Bateu muita saudade, e forte. É impossível reviver tudo isso, a não ser em pensamento.
Estou lembrando tudo isso porque esses dias, uma menina de 12 anos me pediu que eu arrumasse uma família que a adotasse. Ela solicitou isso porque acabara de me contar a sua história: sem pai nem mãe, sem irmãos, mora em uma instituição que abriga menores, e foi internada no Hospital para fazer um tratamento. Quando ela me contou tudo isso, com os meus olhos querendo lacrimejar (e olha que dificilmente choro!), perguntei se ela sentia solidão. “Muita”, foi sua resposta. E pediu que eu lhe arrumasse um lar.
Pedro, em uma exortação aos maridos (1 Pedro 3:7), nos lembra que existe uma “vida comum do lar”. Essa vida tem seus cheiros, suas luzes, cores, sabores e sons. Eu sempre valorizei (e valorizo) isso, e desprezar toda essa riqueza pode gerar solidão. E há quem jogue fora isso.
Outros valorizam, querem e não teem!
Só há uma esperança: “Deus faz que o solitário more em família (...).” (Salmos 68:6)
No versículo que vem a seguir, o contexto é o cuidado com as viúvas, mas acredito que o conceito (e por que não dizer o sentimento?) revelado ali pode ser considerado mais amplamente: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente.” (1 Timóteo 5:8)
Valorizar e cuidar da família, essa tem sido a lição que Deus tem me ensinado esses dias.
A Paz meu amigo Xyko! Depois de tatos dias posso voltar a ler seus textos, e isto me consola sempre. Me alegra e faz companhia. E em especial neste da menina órfã, fiquei pensando em outra coisa ao te ver emocionado com a situação dela: como a gente reclama por nada. Como a gente se cansa por tão pouco. Como a gente já que desistir nos primeiros dias... E pensar que ela ainda não desistiu de encontrar um lar, amor, alguém pra chamar de família. É por isto que Jesus nos exortou a sermos como as crianças... Gostei da parte do cuidar da família, penso que é justamente isto o que vim fazer em Goiânia, mas uma vez Deus me confirma. Porém o que gostei mais foi do puxão de orelha, pois diante de um dia tão atribulado, tenho muito, mas muito mais o que agradecer do que me estressar e reclamar. Valeu Xyko! Obrigada Jesus!
ResponderExcluirAbraço. Saudades.
Ana- Goiânia