quarta-feira, 17 de março de 2010

JÁ QUE VAI SE TROCAR, SE TROQUE POR ALGO MELHOR

Pegue um menino ou uma menina, encaixe-o bem encaixadinho entre “é uma criança grande” e “é um jovem pequeno” e você terá um pré-adolescente. Ou como dizemos na nossa Igreja, um “PREÁ”. Faz sentido, não faz? Eles teem mais ou menos entre 10 e 13 anos.
Pois bem. Em uma reunião dos “PREÁS”, da qual participei, acabado o estudo bíblico, os responsáveis serviram para a molecada refrigerantes, pipoca e aqueles salgadinhos com cheiro de chulé (sabia que eles comem isso?!).
Algumas meninas dos próprios pré-adolescentes já estavam varrendo o chão quando eu vi dois moleques jogando pipocas um no outro. Fui até lá. Assim que me aproximei eles pararam a “brincadeira” e disfarçaram, fazendo cara de bonzinhos. “Não é bronca – lhes falei – é uma sugestão para vocês se tornarem melhores do que são. Que tal vocês pedirem, como cavalheiros, as vassouras para as meninas e limparem o chão, inclusive essa porcaria que vocês fizeram aqui?”. Eles fizeram que sim com a cabeça e eu saí. Saí mas imediatamente olhei para eles, e pude vê-los dando uma risada debochada e saírem correndo para a quadra para jogar bola.
Os dois são de famílias totalmente desestruturadas.
Na hora lembrei-me desse versículo:
“A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe.” (Provérbios 29:15)
E, é claro, desse outro:
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22:6)
Isso não pode ser tomado como uma promessa de que nossas crianças trilharão pelo bom caminho bastando para isso lhes ensinar-mos por onde andar. A palavra ali traduzida por “desviará” deve ser substituída por “esquecerá”, que traduz melhor o que o autor quis dizer.
Mas o que mais me impressionou foi os meninos não quererem melhorar. Eles se contentam com o que lhes é ensinado, ou seja, o importante é o entretenimento, a diversão. E quem lhes ensina isso é a mídia e o condomínio onde os “PREÁS” vivem soltos. Pois na realidade, são essas duas instituições que estão educando nossas crianças.
P. S.: Não vou desistir daqueles garotos.

Um comentário:

  1. Caro Xyko,

    Como já comentei em outras ocasiões, não gosto muito do termo pré-adolescente... até os treze anos são todos crianças e assim devem ser tratados. Tratá-los como preás antecipa nossas expectativas de tratá-los como pré-adultos...
    Em todo caso, lidar com crianças é sempre desafiante: é o equilíbrio entre a criatividade e a liberdade deles e o ensino das regras e leis da sociedade.
    Admiro e respeito muito quem, como você, se dedica a colaborar na formação deles...
    Que Deus te abençoe e ilumine sempre no seu trabalho!!!

    Paz,

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