quinta-feira, 9 de abril de 2009

A BAGAGEM


Você já perdeu um pé de meia, só um, dentro de casa? Como isso pode acontecer eu não sei, mas acontece.
Durante a nossa vida aqui na Terra podemos perder, e perdemos, muitas coisa: objetos, oportunidades, eventos, posições, relacionamentos, auto-imagem, pessoas, e no fim a própria vida.
Por que e para que Deus permite que tenhamos perdas? Para passarmos do egoísmo para o altruísmo.
O que você tem medo de perder?
Qual foi o único bem que Jesus guardou durante toda a sua vida? Foi Maria, sua mãe.
Ele assim mesmo a entregou para João.
“Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí teu filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa.” (João 19:26-27)
Fico muito admirado de ver que mesmo naquele momento de extrema dor e tensão, o Senhor Jesus teve a preocupação amorosa e cuidadosa de não deixar Maria desamparada! É interessantíssimo notar também que a mãe de Jesus esteve com Ele desde o nascimento até a morte. Mas eles teriam que se separar.
A cruz era só d'Ele, ela O perderia e Ele a entregou a João.
E Jesus morreu despojado de tudo e de todos.
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2:5-11)
Quando morrer você vai levar aquilo que tem medo de perder?

Um comentário:

  1. Caríssimo Xyko, Paz e Bem

    Essa reflexão sobre o apego e desapego é realmente intrigante... principalmente o desapego afetivo, daquelas pessoas que amamos, mas realmente até delas temos que nos "des-envolver". O difícil é que a nossa identidade se baseia nessas pessoas, nossas referências externas... eu sou o Venâncio porque meus pais me deram esse nome, meu sobrenome indica a minha família, eu vou descobrindo que aquele que cresce ao meu lado, com o mesmo sobrenome, é meu irmão, e assim por diante. Nosso conceito de "eu" é referenciado no outro. O único auto-referenciado é: "Eu Sou Aquele Que é".
    Portanto esse desapego afetivo é muito mais profundo que imaginamos, Jesus abriu mão de tudo, até de sua mãe, sua origem, seu Pai ("porque me abandonaste...") seu Nome, sua identidade... e esse desapego nos é cobrado também... só nos cabe uma reflexão silenciosa...

    Abração, e Feliz Páscoa

    Venâncio

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