No corredor de uma das enfermarias do HC-UNICAMP eu conversava com a mãe de uma paciente que estava no Centro Cirúrgico. Quando terminamos a conversa, nos despedimos e ao virar minha cadeira-de-rodas para ir embora, ouço um chamado de dentro de um dos quartos: “Pastor, venha orar por mim”. Eu fui.
Era a Helenice. Evangélica, 36 anos, ela acabara de chegar de uma cirurgia, estava só e triste. Pediu-me desculpas e se explicou:
- Eu não pude deixar de ouvir a sua conversa com essa senhora aí fora e eu entendi que era Deus que trazia alguém para me ajudar.
Nos apresentamos e ela me contou o que a afligia. Essa jovem senhora casou, fez tratamento para engravidar, teve dois filhos e de repente o marido a traiu com uma moça da mesma Igreja que ela frequentava. Ele a abandonou e foi morar com essa outra. E não é que essa outra engravidou rapidinho, para maior pressão psicológica e emocional da Helenice! Fiquei de voltar no dia seguinte para conversarmos.
No dia seguinte, como prometido, eu fui (gosto muito de escrever isso, dá uma sensação de realização; um dia ainda escrevo um texto com o título “Eu fui”). Na porta do quarto, parei para dar passagem a uma senhora que ia entrando. Era a mãe de um garoto que estava dormindo no leito ao lado da moça que fui visitar. Me posicionei virado para a Helenice e começamos a conversar.
Primeiro eu pedi para ela imaginar a cena de um leão pegando uma presa. Quando lhe perguntei que emoções essa cena lhe inspirava, a resposta foi susto, uma certa agitação e tristeza. Depois falei para imaginar um gatinho brincando com o novelo de lã de uma senhora simpática em uma sala aconchegante. As emoções inspiradas por isso foram paz, tranquilidade e alegria. Quando pedi que ela escolhesse uma das cenas, obviamente escolheu a do gatinho.
Após isso expliquei: “Com isso eu lhe provei que o pensamento é que determina as nossas emoções, e nós podemos escolher o que vamos pensar. Não é fácil, mas assim podemos controlar nossas emoções”. Recomendei-lhe que parasse de pensar tanto no ex-marido e pensasse mais em Deus e nos filhos.
Entre outros trechos bíblicos, esse fundamenta esse princípio:
“Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” (Filipenses 4:8)
Como chegaram uns parentes para buscá-la, pois os médicos haviam lhe dado alta, nos despedimos e fui saindo, quando aquela senhora, mãe do garotinho me chamou. Ao me virar e olhar para ela, vi que ela estava chorando. Soluçando, ela falou:
- Eu não pude deixar de ouvir a sua conversa com ela e eu entendi que era Deus que trazia alguém para me ajudar. Tudo o que o senhor falou serviu para resolver o maior problema da minha vida. Obrigada.
Nesse ponto o filho dela acordou, e vendo-a cheia de lágrimas ficou um pouco assustado e ela teve que tranquilizá-lo. Fiquei de voltar no dia seguinte.
No dia seguinte, eu fui.
Era a Helenice. Evangélica, 36 anos, ela acabara de chegar de uma cirurgia, estava só e triste. Pediu-me desculpas e se explicou:
- Eu não pude deixar de ouvir a sua conversa com essa senhora aí fora e eu entendi que era Deus que trazia alguém para me ajudar.
Nos apresentamos e ela me contou o que a afligia. Essa jovem senhora casou, fez tratamento para engravidar, teve dois filhos e de repente o marido a traiu com uma moça da mesma Igreja que ela frequentava. Ele a abandonou e foi morar com essa outra. E não é que essa outra engravidou rapidinho, para maior pressão psicológica e emocional da Helenice! Fiquei de voltar no dia seguinte para conversarmos.
No dia seguinte, como prometido, eu fui (gosto muito de escrever isso, dá uma sensação de realização; um dia ainda escrevo um texto com o título “Eu fui”). Na porta do quarto, parei para dar passagem a uma senhora que ia entrando. Era a mãe de um garoto que estava dormindo no leito ao lado da moça que fui visitar. Me posicionei virado para a Helenice e começamos a conversar.
Primeiro eu pedi para ela imaginar a cena de um leão pegando uma presa. Quando lhe perguntei que emoções essa cena lhe inspirava, a resposta foi susto, uma certa agitação e tristeza. Depois falei para imaginar um gatinho brincando com o novelo de lã de uma senhora simpática em uma sala aconchegante. As emoções inspiradas por isso foram paz, tranquilidade e alegria. Quando pedi que ela escolhesse uma das cenas, obviamente escolheu a do gatinho.
Após isso expliquei: “Com isso eu lhe provei que o pensamento é que determina as nossas emoções, e nós podemos escolher o que vamos pensar. Não é fácil, mas assim podemos controlar nossas emoções”. Recomendei-lhe que parasse de pensar tanto no ex-marido e pensasse mais em Deus e nos filhos.
Entre outros trechos bíblicos, esse fundamenta esse princípio:
“Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” (Filipenses 4:8)
Como chegaram uns parentes para buscá-la, pois os médicos haviam lhe dado alta, nos despedimos e fui saindo, quando aquela senhora, mãe do garotinho me chamou. Ao me virar e olhar para ela, vi que ela estava chorando. Soluçando, ela falou:
- Eu não pude deixar de ouvir a sua conversa com ela e eu entendi que era Deus que trazia alguém para me ajudar. Tudo o que o senhor falou serviu para resolver o maior problema da minha vida. Obrigada.
Nesse ponto o filho dela acordou, e vendo-a cheia de lágrimas ficou um pouco assustado e ela teve que tranquilizá-lo. Fiquei de voltar no dia seguinte.
No dia seguinte, eu fui.
Caríssimo,
ResponderExcluirVocê me lembrou do conceito de sincronicidade criado por Jung. Quem se esforça para ter algum significado em sua vida acaba notando que as coisas não acontecem por acaso... Existe uma conexão SIGNIFICATIVA nos acontecimentos, em tudo na vida. Não existe coincidência...
"Há duas formas para viver a sua vida: uma é acreditar que não existe milagre, a outra é acreditar que todas as coisas são um milagre." (Albert Einstein)
Paz e Bem
Venâncio
Olá querido pastor ...
ResponderExcluirQuem lhe escreve é o Eduardo, fiquei internado na uro da unicamp um tempo (8dias depois mais 20 dias entre fevereiro e março) e sei que o pastor vai se lembrar de mim, nossas conversas foram muito úteis pra mim e eu preciso voltar ao leito do hc em breve se Deus permitir e td der certo ai espero poder revê-lo pra conpartilharmos as bençãos de Deus.
Fique com Deus Pastor Xyko
Abraços, Eduardo