Nesse mês de junho, na Escola Bíblica Dominical da minha Igreja, estudei com a turma de 10 a 13 anos, uma série de reflexões com o tema “O que eu quero ser?”. Aprendi muito com os textos e com essa molecada. Vimos detalhadamente como é ilusório tentar nos realizarmos querendo ser rico, ou bonito, ou poderoso, famoso ou tudo isso junto.
Os valores preconizados pela sociedade são totalmente contrários aos ensinados (e vividos) por Jesus. Leia isso:
“Jesus disse (aos seus discípulos): Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Mateus 20:25-28)
Quero ser um homem o qual Deus olhe e, me vendo, abençoe minha família, minha Igreja, meu condomínio, minha cidade, meus país!
É como se eu estivesse sentado e, acima da minha cabeça houvesse um cano de uns 30 cm. de boca, e algumas pessoas amadas sentadas no chão bem junto a mim. A água que sair do cano (bençãos) bate em mim e atinge a todos que estão à minha volta. Há o inverso disso: pode sair material de esgoto por aquele cano!
No capítulo 18 de Gênesis, podemos ver que Deus pode poupar uma comunidade por amor e respeito a um número significativo de justos. Foi o que aconteceu com uma pequena cidade no seguinte episódio relatado por Salomão:
“Também vi este exemplo de sabedoria debaixo do sol, que foi para mim grande. Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens; veio contra ela um grande rei, sitiou-a e levantou contra ela grandes baluartes. Encontrou-se nela um homem pobre, porém sábio, que a livrou pela sua sabedoria; contudo, ninguém se lembrou mais daquele pobre. Então, disse eu: melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre é desprezada, e as suas palavras não são ouvidas. As palavras dos sábios, ouvidas em silêncio, valem mais do que os gritos de quem governa entre tolos. Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói muitas coisas boas.” (Eclesiastes 9:13-18)
E você, quer ser uma benção?
quarta-feira, 30 de junho de 2010
GANHEI O DIA
Ontem uma amiguinha lá do HC-UNICAMP, com 6 anos, paciente que os médicos afirmam não poder fazer mais nada por ela, me cercou no corredor e me entregou uma cartinha feita por ela. Só de pensar que ela em casa pensou em mim já compensou trabalhar lá no hospital. Eis a carta aí acima.
terça-feira, 29 de junho de 2010
NÃO É DA MINHA CONTA
Li recentemente o livro “O CASTELO DE VIDRO” de Jeannette Walls. Leia, vale a pena. A autora nos conta de uma forma fascinante sua história: pais que viviam à margem da sociedade porque acreditavam ser essa a melhor maneira de viver. Opções de melhora no padrão de vida não faltaram, mas eles preferiam viver marginalizados e bebendo e não mudavam. Quando essa escritora viu que os sonhos alimentados pelos pais (ele, o pai, queria construir um Castelo de Vidro para morar e a mãe ser uma artista plástica de renome) nunca se realizariam por que eles não mudavam de vida, foi para Nova Iorque e se deu bem. Levou os irmãos para viverem com ela, coisa que os pais sempre se recusaram.
Uma das grandes lições que tirei desse romance auto-biográfico é que existem pessoas que optam por uma vida como ser, por exemplo, moradores de rua.
Mas há opções menos dramáticas que me incomodavam, mas eu não entendia que é a vida deles e eles é que escolhem. Por exemplo: há pessoas que optam por não sair para passear, outras por não limpar e arrumar a casa, outros ainda não se vestem bem, e muitos outros “estilos de vida” estranhos para mim. Se não há pecado e não prejudica outros, devemos ser tolerantes.
Indo um pouco mais a fundo, devemos participar, nos envolver e compartilhar do modo de viver dos outros:
“Sou um homem livre; não sou escravo de ninguém. Mas eu me fiz escravo de todos a fim de ganhar para Cristo o maior número possível de pessoas. Quando trabalho entre os judeus, vivo como judeu a fim de ganhá-los para Cristo. Não estou debaixo da Lei de Moisés; mas, quando trabalho entre os judeus, vivo como se estivesse debaixo dessa Lei para ganhar os judeus para Cristo. Assim também, quando estou entre os não-judeus, vivo fora da Lei de Moisés a fim de ganhar os não-judeus para Cristo. Isso não quer dizer que eu não obedeço à lei de Deus, pois estou, de fato, debaixo da lei de Cristo. Quando estou entre os fracos na fé, eu me torno fraco também a fim de ganhá-los para Cristo. Assim eu me torno tudo para todos a fim de poder, de qualquer maneira possível, salvar alguns. Faço tudo isso por causa do evangelho a fim de tomar parte nas suas bênçãos.” (1 Coríntios 9:19-23 NTLH)
Uma das grandes lições que tirei desse romance auto-biográfico é que existem pessoas que optam por uma vida como ser, por exemplo, moradores de rua.
Mas há opções menos dramáticas que me incomodavam, mas eu não entendia que é a vida deles e eles é que escolhem. Por exemplo: há pessoas que optam por não sair para passear, outras por não limpar e arrumar a casa, outros ainda não se vestem bem, e muitos outros “estilos de vida” estranhos para mim. Se não há pecado e não prejudica outros, devemos ser tolerantes.
Indo um pouco mais a fundo, devemos participar, nos envolver e compartilhar do modo de viver dos outros:
“Sou um homem livre; não sou escravo de ninguém. Mas eu me fiz escravo de todos a fim de ganhar para Cristo o maior número possível de pessoas. Quando trabalho entre os judeus, vivo como judeu a fim de ganhá-los para Cristo. Não estou debaixo da Lei de Moisés; mas, quando trabalho entre os judeus, vivo como se estivesse debaixo dessa Lei para ganhar os judeus para Cristo. Assim também, quando estou entre os não-judeus, vivo fora da Lei de Moisés a fim de ganhar os não-judeus para Cristo. Isso não quer dizer que eu não obedeço à lei de Deus, pois estou, de fato, debaixo da lei de Cristo. Quando estou entre os fracos na fé, eu me torno fraco também a fim de ganhá-los para Cristo. Assim eu me torno tudo para todos a fim de poder, de qualquer maneira possível, salvar alguns. Faço tudo isso por causa do evangelho a fim de tomar parte nas suas bênçãos.” (1 Coríntios 9:19-23 NTLH)
segunda-feira, 28 de junho de 2010
PENSE NISSO 110
Você não vai fazer (ou não fez) o que está querendo por não ser possível, por medo das consequências ou por que é errado?
PODE ME CHAMAR DE TONTO
A princípio eu não estava gostando da idéia de escrever sobre a Copa do Mundo. Isso por achar que é um assunto muito banal para ser abordado. Mas, considerando alguns fatores que me indignaram muito, e que teem desdobramentos, então, lá vai.
Gol com a mão, gol impedido e gol legítimo não dado, o altíssimo desenvolvimento da tecnologia tem nos mostrado quão injusto é o futebol.
A FIFA não quer lançar mão da tecnologia para resolver lances duvidosos (como é feito no tênis e no futebol americano, por exemplo), por saber que a polêmica gera mais audiência.
O que me preocupa é que quando o Luís Fabiano, jogador do Brasil, fez um gol muito bonito contra a Costa do Marfim,, mas ajeitando a bola por 2 vezes com o braço (!), o que é irregular, nós aqui ficamos todos quietinhos. Como a injustiça prejudicou os adversários e não a nós, não ficamos indignados. Eu pelo menos não fiquei na hora, agora estou revoltado.
Houve até um comentarista esportivo o qual afirmou que “a irregularidade não anula a bela plasticidade do lance”. Anula sim. Se não usasse os braços nosso jogador não teria conseguido fazer a jogada. Gol ilegal nunca é bonito.
Outra coisa de arrepiar: a seleção do Brasil ser oficialmente patrocinada por bebida alcoólica! Como devem se sentir as famílias que sofrem horrores por ter um dos seus membros viciado em álcool? E os familiares que perderam um dos seus por que alguém bêbado estava dirigindo e causou um acidente?
O que era para ser um entretenimento sadio, o futebol, se tornou um negócio sujo e fraudulento. Um péssimo exemplo.
Vocês viram o bonito Kaká, o evangélico bonzinho, beijando a “Jabulani”, bola oficial da Copa? Até a FIFA admite que a mesma tem problemas. Mas como o patrocinador do Kaká é o fabricante daquela bola, ele a beijou e disse que não vê problema nela. Isso é que é amor!
Eu sou tonto porque continuo torcendo.
Gol com a mão, gol impedido e gol legítimo não dado, o altíssimo desenvolvimento da tecnologia tem nos mostrado quão injusto é o futebol.
A FIFA não quer lançar mão da tecnologia para resolver lances duvidosos (como é feito no tênis e no futebol americano, por exemplo), por saber que a polêmica gera mais audiência.
O que me preocupa é que quando o Luís Fabiano, jogador do Brasil, fez um gol muito bonito contra a Costa do Marfim,, mas ajeitando a bola por 2 vezes com o braço (!), o que é irregular, nós aqui ficamos todos quietinhos. Como a injustiça prejudicou os adversários e não a nós, não ficamos indignados. Eu pelo menos não fiquei na hora, agora estou revoltado.
Houve até um comentarista esportivo o qual afirmou que “a irregularidade não anula a bela plasticidade do lance”. Anula sim. Se não usasse os braços nosso jogador não teria conseguido fazer a jogada. Gol ilegal nunca é bonito.
Outra coisa de arrepiar: a seleção do Brasil ser oficialmente patrocinada por bebida alcoólica! Como devem se sentir as famílias que sofrem horrores por ter um dos seus membros viciado em álcool? E os familiares que perderam um dos seus por que alguém bêbado estava dirigindo e causou um acidente?
O que era para ser um entretenimento sadio, o futebol, se tornou um negócio sujo e fraudulento. Um péssimo exemplo.
Vocês viram o bonito Kaká, o evangélico bonzinho, beijando a “Jabulani”, bola oficial da Copa? Até a FIFA admite que a mesma tem problemas. Mas como o patrocinador do Kaká é o fabricante daquela bola, ele a beijou e disse que não vê problema nela. Isso é que é amor!
Eu sou tonto porque continuo torcendo.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
ANO ELEITORAL
Toda vez que se aproxima a data das eleições, ficamos pelo menos um pouco apreensivos com relação a quem vai governar. Essa apreensão, muito mais intensa, se apoderou dos judeus quando aconteceu a morte do bom rei Uzias. Quem, e como, iria reinar em seu lugar?
Então Deus se manifesta através do profeta Isaías, lembrando que Ele, o SENHOR DOS EXÉRCITOS, reina sempre.
“No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.” (Isaías 6:1-4)
Santo Agostinho escreveu dizendo que há 2 tipos de políticos: os que acreditam no poder do amor e os que teem amor ao poder. Nosso medo está em que os últimos governem.
A Bíblia registra exemplos de bons políticos, tais como José, Daniel e muitos reis. São homens como esses que devemos procurar e eleger.
Mas nunca podemos perder de vista que é Deus quem reina.
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” (Romanos 13:1)
Então Deus se manifesta através do profeta Isaías, lembrando que Ele, o SENHOR DOS EXÉRCITOS, reina sempre.
“No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.” (Isaías 6:1-4)
Santo Agostinho escreveu dizendo que há 2 tipos de políticos: os que acreditam no poder do amor e os que teem amor ao poder. Nosso medo está em que os últimos governem.
A Bíblia registra exemplos de bons políticos, tais como José, Daniel e muitos reis. São homens como esses que devemos procurar e eleger.
Mas nunca podemos perder de vista que é Deus quem reina.
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” (Romanos 13:1)
quinta-feira, 24 de junho de 2010
MEU REI AMADO
O SENHOR REINA!
Veja bem, não é vai reinar, ou já reinou, Ele reina. É verdade que Ele já reinou e vai reinar para sempre, mas nem sempre consideramos que Ele reina agora. Por essa razão é que não vejo sentido na letra daquela música que diz “Vem reinar em mim Senhor”.
O SENHOR REINA!
Quer queiramos ou não, Ele reina. Posso ou não me submeter a Ele, isso não tira, de forma alguma, a Sua Majestade.
O SENHOR REINA!
Que sentimentos isso me inspira? Primeiramente sinto-me seguro, pois Deus não é um rei humano, pródigo, instável, interesseiro e corrupto. Ele é divino, sustentador, o mesmo sempre, amoroso, gracioso e justo. E todo poderoso.
O SENHOR REINA!
Depois fico motivado a honrá-Lo e glorificá-Lo, prostrando-me diante d'Ele (sempre considerando o que escreveu Vítor Hugo: “Em certas circunstâncias, não importa a posição do corpo, a alma está de joelhos”).
O SENHOR REINA!
E também, quero serví-Lo.
“Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.” (Romanos 6:11-13)
O SENHOR REINA!
De uma forma ou de outra.
“Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus.” (Romanos 14:11)
Veja bem, não é vai reinar, ou já reinou, Ele reina. É verdade que Ele já reinou e vai reinar para sempre, mas nem sempre consideramos que Ele reina agora. Por essa razão é que não vejo sentido na letra daquela música que diz “Vem reinar em mim Senhor”.
O SENHOR REINA!
Quer queiramos ou não, Ele reina. Posso ou não me submeter a Ele, isso não tira, de forma alguma, a Sua Majestade.
O SENHOR REINA!
Que sentimentos isso me inspira? Primeiramente sinto-me seguro, pois Deus não é um rei humano, pródigo, instável, interesseiro e corrupto. Ele é divino, sustentador, o mesmo sempre, amoroso, gracioso e justo. E todo poderoso.
O SENHOR REINA!
Depois fico motivado a honrá-Lo e glorificá-Lo, prostrando-me diante d'Ele (sempre considerando o que escreveu Vítor Hugo: “Em certas circunstâncias, não importa a posição do corpo, a alma está de joelhos”).
O SENHOR REINA!
E também, quero serví-Lo.
“Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.” (Romanos 6:11-13)
O SENHOR REINA!
De uma forma ou de outra.
“Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus.” (Romanos 14:11)
quarta-feira, 23 de junho de 2010
PERDAS QUE AINDA DOEM
Uma das experiências mais tristes e estranhas que passo no HC-UNICAMP é quando acompanho um doente em estado terminal por um certo tempo (que às vezes chega a ser meses), crio vínculos de amizade com os parentes e conhecidos do paciente, e quando ele morre, nunca mais vejo aqueles amigos.
Naqueles momentos difíceis que passo com os acompanhantes, nós conversamos muito, confidenciamos fatos e acontecimentos de nossas vidas, sofremos juntos, choramos de mãos dadas, rimos, fazemos companhia uns para os outros, desabafamos e, enfim, vivenciamos muito amor fraternal.
De repente tudo acaba. Isso dói.
O meu consolo é que hei de me encontrar com muitos deles lá na Nova Jerusalém:
“Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.” (Apocalipse 21:1-5)
Naqueles momentos difíceis que passo com os acompanhantes, nós conversamos muito, confidenciamos fatos e acontecimentos de nossas vidas, sofremos juntos, choramos de mãos dadas, rimos, fazemos companhia uns para os outros, desabafamos e, enfim, vivenciamos muito amor fraternal.
De repente tudo acaba. Isso dói.
O meu consolo é que hei de me encontrar com muitos deles lá na Nova Jerusalém:
“Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.” (Apocalipse 21:1-5)
terça-feira, 22 de junho de 2010
VIGILANTES COM SONO
Aquele homem, com 57 anos e que estava internado no HC-UNICAMP, tinha uma depressão muito profunda e precisava ser vigiado 24 horas por dia, pois sempre tentava se matar. A alternativa seria restringir seus movimentos (um eufemismo para “amarrá-lo na cama”), mas isso o deixava extremamente irritado e agitado.
Sua própria mulher veio para cuidar dele, mas depois de 3 noites sem dormir, resolveu telefonar para a família com a intenção de pedir para alguém ir até o hospital para rendê-la. Foi até a Assistência Social com o marido, pois não podia deixá-lo a sós, sentou-o em uma cadeira, virou-se para a assistente que iria telefonar por ela, entregou-lhe o papel com o número do telefone e, nesses poucos segundos ele se levantou, correu para uma mureta e pulou de uma altura de 3 andares. A mulher ainda o agarrou pelo paletó do pijama, mas não conseguiu segurá-lo.
Não morreu e foi parar na UTI. Se você quiser saber o que aconteceu com ele, leia aqui no BLOG um texto meu intitulado “Esperança: antídoto contra a depressão”.
Somente alguns segundos de distração foram suficientes para aquilo tudo acontecer. Se é assim na vida física, muito mais atenção constante na vigilância espiritual devemos ter.
“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;” (1 Pedro 5:8)
No Getsêmani, pouco antes de ser preso, Jesus ordena por 3 vezes a seus discípulos mais íntimos que vigiem. Três vezes! E mesmo assim eles dormiram!
Mas por que vigiar?
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Marcos 14:38)
Façamos como os escoteiros: estejamos “SEMPRE ALERTAS”.
Sua própria mulher veio para cuidar dele, mas depois de 3 noites sem dormir, resolveu telefonar para a família com a intenção de pedir para alguém ir até o hospital para rendê-la. Foi até a Assistência Social com o marido, pois não podia deixá-lo a sós, sentou-o em uma cadeira, virou-se para a assistente que iria telefonar por ela, entregou-lhe o papel com o número do telefone e, nesses poucos segundos ele se levantou, correu para uma mureta e pulou de uma altura de 3 andares. A mulher ainda o agarrou pelo paletó do pijama, mas não conseguiu segurá-lo.
Não morreu e foi parar na UTI. Se você quiser saber o que aconteceu com ele, leia aqui no BLOG um texto meu intitulado “Esperança: antídoto contra a depressão”.
Somente alguns segundos de distração foram suficientes para aquilo tudo acontecer. Se é assim na vida física, muito mais atenção constante na vigilância espiritual devemos ter.
“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;” (1 Pedro 5:8)
No Getsêmani, pouco antes de ser preso, Jesus ordena por 3 vezes a seus discípulos mais íntimos que vigiem. Três vezes! E mesmo assim eles dormiram!
Mas por que vigiar?
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Marcos 14:38)
Façamos como os escoteiros: estejamos “SEMPRE ALERTAS”.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
QUEM É SEU MELHOR AMIGO?
Ela tem 8 anos e se chama Joyce. Muito bonitinha, nariz levemente arrebitado, não dá para deixar de reparar que seu corpo magrinho tem, o tempo todo, um leve tremor. Toda ela treme ao fazer as coisas, como tomar um copo de leite, segurar um brinquedo ou arrumar o cabelo. Ela fez uma grande cirurgia ali no HC-UNICAMP, e está se recuperando bem. Por não poder sair do leito ela não pode ir na Brinquedoteca e ficar com as outras crianças.
Por isso fui visitá-la. Levei brinquedos, desenhos para pintar, tudo para amenizar aqueles momentos difíceis sem poder sair da cama.
Outra coisa que fiz também foi conversar bastante com aquela menina e com a mãe.
Foi numa dessas conversas que soube o maior drama da Joyce: por causa da sua doença ela não pode ir à escola, resultando daí o fato de a menina não saber ler nem escrever. O pior ela mesma me disse: “Eu não tenho nenhuma amiga. NENHUMA”. Na hora eu perguntei assustado: “Com quem você brinca então?”. Com o olhar baixo ela me respondeu: “Sozinha”.
Essa declaração me impressionou e entristeceu profundamente. Na mesma hora eu me ofereci para ser amigo dela. Vocês não podem imaginar o tamanho e a beleza do sorriso que nasceu no rostinho dela!
No dia seguinte, enquanto eu brincava com a minha nova amiguinha, ela me perguntou quem era a minha melhor amiga. Na hora eu percebi qual era a resposta esperada. Respondi então que eram duas, a Denise, minha mulher, e ela mesma, a Joyce. Pude deliciar-me novamente com aquele sorriso maravilhoso.
Creio que amizade é tão essencial para o ser humano quanto o ar e a alimentação.
“É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito mais. Se uma delas cai, a outra a ajuda a se levantar. Mas, se alguém está sozinho e cai, fica em má situação porque não tem ninguém que o ajude a se levantar. Se faz frio, dois podem dormir juntos e se esquentar; mas um sozinho, como é que vai se esquentar? Dois homens podem resistir a um ataque que derrotaria um deles se estivesse sozinho. Uma corda de três cordões é difícil de arrebentar.” (Eclesiastes 4:9-12 NTLH)
O que vai ser da minha amiguinha depois que ela tiver alta do hospital? Ela vai levar para casa uma boneca que dei para ela e que vai se chamar Ana Clara.
Por isso fui visitá-la. Levei brinquedos, desenhos para pintar, tudo para amenizar aqueles momentos difíceis sem poder sair da cama.
Outra coisa que fiz também foi conversar bastante com aquela menina e com a mãe.
Foi numa dessas conversas que soube o maior drama da Joyce: por causa da sua doença ela não pode ir à escola, resultando daí o fato de a menina não saber ler nem escrever. O pior ela mesma me disse: “Eu não tenho nenhuma amiga. NENHUMA”. Na hora eu perguntei assustado: “Com quem você brinca então?”. Com o olhar baixo ela me respondeu: “Sozinha”.
Essa declaração me impressionou e entristeceu profundamente. Na mesma hora eu me ofereci para ser amigo dela. Vocês não podem imaginar o tamanho e a beleza do sorriso que nasceu no rostinho dela!
No dia seguinte, enquanto eu brincava com a minha nova amiguinha, ela me perguntou quem era a minha melhor amiga. Na hora eu percebi qual era a resposta esperada. Respondi então que eram duas, a Denise, minha mulher, e ela mesma, a Joyce. Pude deliciar-me novamente com aquele sorriso maravilhoso.
Creio que amizade é tão essencial para o ser humano quanto o ar e a alimentação.
“É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito mais. Se uma delas cai, a outra a ajuda a se levantar. Mas, se alguém está sozinho e cai, fica em má situação porque não tem ninguém que o ajude a se levantar. Se faz frio, dois podem dormir juntos e se esquentar; mas um sozinho, como é que vai se esquentar? Dois homens podem resistir a um ataque que derrotaria um deles se estivesse sozinho. Uma corda de três cordões é difícil de arrebentar.” (Eclesiastes 4:9-12 NTLH)
O que vai ser da minha amiguinha depois que ela tiver alta do hospital? Ela vai levar para casa uma boneca que dei para ela e que vai se chamar Ana Clara.
sábado, 19 de junho de 2010
POESIA DE ADÉLIA PRADO
Se não fosse a esperança de que me aguardas com a mesa posta,
o que seria de mim não sei.
Sem o teu nome
a claridade do mundo não me hospeda,
é crua luz crestante sobre ais.
Eu necessito por detrás do Sol,
do calor que não se põe e tem gerado em meus sonhos,
na mais fechada noite, fulgurantes lâmpadas.
Porque acima e abaixo e ao redor do que existe,
permaneces.
Eu repouso meu rosto nesta areia,
contemplando as formigas, envelhecendo em paz,
como envelhece o que é de amoroso dono.
O mar é tão pequenino diante do que eu choraria
se não fosses meu Pai.
Ó Deus, ainda assim não é sem temor que te amo, nem sem medo.
o que seria de mim não sei.
Sem o teu nome
a claridade do mundo não me hospeda,
é crua luz crestante sobre ais.
Eu necessito por detrás do Sol,
do calor que não se põe e tem gerado em meus sonhos,
na mais fechada noite, fulgurantes lâmpadas.
Porque acima e abaixo e ao redor do que existe,
permaneces.
Eu repouso meu rosto nesta areia,
contemplando as formigas, envelhecendo em paz,
como envelhece o que é de amoroso dono.
O mar é tão pequenino diante do que eu choraria
se não fosses meu Pai.
Ó Deus, ainda assim não é sem temor que te amo, nem sem medo.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
TRECHOS DA CARTA DO CIDÃO
Meu Querido,
(...) Na terça feira, em um grupo de estudo, me perguntaram como foi o início da minha caminhada cristã e quem foi a pessoa que me acompanhou. Pude compartilhar um pouco a respeito, inclusive lembrando com muito carinho de você e sua importância como meu discipulador depois companheiro e hoje um grande amigo e um dos poucos a quem procuro para ser aconselhado.
Sou grato a Deus pela sua vida meu querido, pela época que pudemos nos preocupar exclusivamente em estudar a Bíblia com outro e fazer discípulos. (apesar dos nossos erros e imaturidade)
As vezes fico pensando com seria bom se, agora com mais experiência e maturidade, voltássemos a dedicar somente a isso, sem as chamadas "preocupações" ministeriais e outras coisas que são somente peso em nossa jornada cristã.
Na semana passada aconselhava um amigo que me dizia o quanto tinha certeza do seu chamado pastoral e certeza do seu não chamado para pastor de igreja. Ele está terminando o seminário. Nas palavras dele pude perceber o quanto eu pensava da mesma forma. Cada vez mais eu creio menos que igreja, seja qual denominação for, é o que a gente tem visto. E por mais que tomemos algumas posições contrárias, parece que somos sugados a entrar no "modelito" convencional. Mas isso é "papo" para outra ocasião.
Um beijão e que Deus continue lhe dando sensibilidade para ouví-lo independente do tempo, sejam das coisas que passaram, ou são presentes ainda.
Abração, Cidão.
(...) Na terça feira, em um grupo de estudo, me perguntaram como foi o início da minha caminhada cristã e quem foi a pessoa que me acompanhou. Pude compartilhar um pouco a respeito, inclusive lembrando com muito carinho de você e sua importância como meu discipulador depois companheiro e hoje um grande amigo e um dos poucos a quem procuro para ser aconselhado.
Sou grato a Deus pela sua vida meu querido, pela época que pudemos nos preocupar exclusivamente em estudar a Bíblia com outro e fazer discípulos. (apesar dos nossos erros e imaturidade)
As vezes fico pensando com seria bom se, agora com mais experiência e maturidade, voltássemos a dedicar somente a isso, sem as chamadas "preocupações" ministeriais e outras coisas que são somente peso em nossa jornada cristã.
Na semana passada aconselhava um amigo que me dizia o quanto tinha certeza do seu chamado pastoral e certeza do seu não chamado para pastor de igreja. Ele está terminando o seminário. Nas palavras dele pude perceber o quanto eu pensava da mesma forma. Cada vez mais eu creio menos que igreja, seja qual denominação for, é o que a gente tem visto. E por mais que tomemos algumas posições contrárias, parece que somos sugados a entrar no "modelito" convencional. Mas isso é "papo" para outra ocasião.
Um beijão e que Deus continue lhe dando sensibilidade para ouví-lo independente do tempo, sejam das coisas que passaram, ou são presentes ainda.
Abração, Cidão.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
NÃO OLHAR PARA O PRÓPRIO UMBIGO
Foi vendo todo aquele povo na frente do HC-UNICAMP que eu tive a convicção de que ali era o lugar que Deus me queria e me quer. Povo muito sofrido.
A princípio eu achava que o nosso povo é feio, mas depois, olhando bem, vi que o brasileiro é maltratado. Por detrás das marcas do sofrimento há uma beleza ímpar.
Servir a essa gente nos momentos de doença, dor, mutilações e até morte é uma das formas de viver o verdadeiro cristianismo.
“Amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios.” (Marcos 12:33)
Uma das formas de “fundir” esses 2 mandamentos está nos versículos que se seguem:
“Tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” (Mateus 25:35-40)
O nosso corpo, por mais maravilhoso que é (e é!) às vezes nos apresenta algumas surpresas. A eliminação de secreções e excreções fora de hora, a perda de movimentos, de sentidos, da razão, a dor, tudo isso e muito mais pode nos fazer dependentes das outras pessoas e trazer muitos constrangimentos. Servir amorosamente a quem está vulnerável é um privilégio. E não é só no plano físico, não; é no social, emocional e espiritual também.
A princípio eu achava que o nosso povo é feio, mas depois, olhando bem, vi que o brasileiro é maltratado. Por detrás das marcas do sofrimento há uma beleza ímpar.
Servir a essa gente nos momentos de doença, dor, mutilações e até morte é uma das formas de viver o verdadeiro cristianismo.
“Amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios.” (Marcos 12:33)
Uma das formas de “fundir” esses 2 mandamentos está nos versículos que se seguem:
“Tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” (Mateus 25:35-40)
O nosso corpo, por mais maravilhoso que é (e é!) às vezes nos apresenta algumas surpresas. A eliminação de secreções e excreções fora de hora, a perda de movimentos, de sentidos, da razão, a dor, tudo isso e muito mais pode nos fazer dependentes das outras pessoas e trazer muitos constrangimentos. Servir amorosamente a quem está vulnerável é um privilégio. E não é só no plano físico, não; é no social, emocional e espiritual também.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
DESESPERO
Ajuda-me na minha falta de fé! (Marcos 9:24b)
Em uma segunda-feira ele veio chorando pedir ajuda lá no escritório da Capelania do HC-UNICAMP. Seu nome, fictício é claro, é Hermínio. Tem 65 anos de idade. Contou-nos que sua mulher, Arminda, de 60 anos, estava internada e desenganada pelos médicos. Ela estava entubada e em coma. Segundo esse homem, ela estava desenganada para os médicos, mas não para Deus.
O que mais nos impressionou naquele primeiro contato com Seu Hermínio foi o grande amor que ele demonstrou sentir pela Dona Arminda.
Esse foi um caso que acompanhei passo a passo, indo visitá-los todos os dias.
Cristão fervoroso, ele costumava ir à Capela do Hospital para desabafar com Deus. Numa quinta-feira ele saiu de lá e veio direto para o escritório (uma de suas características era entrar na sala sem pedir licença e interromper qualquer coisa que estivéssemos fazendo). Entrou já falando que Jesus lhe havia falado que sua mulher ia sair do hospital viva e com saúde. Ele não perguntou a opinião de ninguém, afirmou aquilo e ponto final. Antes disso o Seu Hermínio vivia deprimido e meio desesperado, agora vivia alegre, animado e esperançoso.
Pois não é que, no dia seguinte, sexta-feira, ela melhorou, saiu do coma, tiraram o tubo, ela conversou conosco e começou a se recuperar?! Está certo que os médicos não descartaram a possibilidade de uma recaída, mas a melhora foi visível. Confesso que fiquei cético.
Na segunda-feira, estávamos trabalhando ali no escritório quando ele invadiu a sala e pediu: “Alguém pode me levar até o Pronto Socorro? Eu acho que estou tendo um enfarte”. Na mesma hora eu o levei, peguei o elevador avisando a ascensorista que era urgente, segui por aqueles corredores enormes, quando entrei no PS já visei a técnica que estava no Posto de Enfermagem e já o colocaram em uma maca e o levaram para a sala de emergências. Não era enfarte. Foi uma consequência de toda a tensão experimentada por aquele pobre homem. Por cautela os médicos o deixaram internado em observação por 24 horas.
Passaram-se alguns dias e a Dona Arminda começou a ficar confusa e a ter uma piora no seu estado. Um dia ela voltou a ficar em coma e na noite desse mesmo dia ela morreu. Como foi à noite eu não estava com eles, portanto não sei como o seu Hermínio se comportou.
Quanto à declaração de que Jesus iria curá-la, eu entendo. Foi fruto do desespero.
Em uma segunda-feira ele veio chorando pedir ajuda lá no escritório da Capelania do HC-UNICAMP. Seu nome, fictício é claro, é Hermínio. Tem 65 anos de idade. Contou-nos que sua mulher, Arminda, de 60 anos, estava internada e desenganada pelos médicos. Ela estava entubada e em coma. Segundo esse homem, ela estava desenganada para os médicos, mas não para Deus.
O que mais nos impressionou naquele primeiro contato com Seu Hermínio foi o grande amor que ele demonstrou sentir pela Dona Arminda.
Esse foi um caso que acompanhei passo a passo, indo visitá-los todos os dias.
Cristão fervoroso, ele costumava ir à Capela do Hospital para desabafar com Deus. Numa quinta-feira ele saiu de lá e veio direto para o escritório (uma de suas características era entrar na sala sem pedir licença e interromper qualquer coisa que estivéssemos fazendo). Entrou já falando que Jesus lhe havia falado que sua mulher ia sair do hospital viva e com saúde. Ele não perguntou a opinião de ninguém, afirmou aquilo e ponto final. Antes disso o Seu Hermínio vivia deprimido e meio desesperado, agora vivia alegre, animado e esperançoso.
Pois não é que, no dia seguinte, sexta-feira, ela melhorou, saiu do coma, tiraram o tubo, ela conversou conosco e começou a se recuperar?! Está certo que os médicos não descartaram a possibilidade de uma recaída, mas a melhora foi visível. Confesso que fiquei cético.
Na segunda-feira, estávamos trabalhando ali no escritório quando ele invadiu a sala e pediu: “Alguém pode me levar até o Pronto Socorro? Eu acho que estou tendo um enfarte”. Na mesma hora eu o levei, peguei o elevador avisando a ascensorista que era urgente, segui por aqueles corredores enormes, quando entrei no PS já visei a técnica que estava no Posto de Enfermagem e já o colocaram em uma maca e o levaram para a sala de emergências. Não era enfarte. Foi uma consequência de toda a tensão experimentada por aquele pobre homem. Por cautela os médicos o deixaram internado em observação por 24 horas.
Passaram-se alguns dias e a Dona Arminda começou a ficar confusa e a ter uma piora no seu estado. Um dia ela voltou a ficar em coma e na noite desse mesmo dia ela morreu. Como foi à noite eu não estava com eles, portanto não sei como o seu Hermínio se comportou.
Quanto à declaração de que Jesus iria curá-la, eu entendo. Foi fruto do desespero.
terça-feira, 15 de junho de 2010
ACUSAI-VOS UNS AOS OUTROS
Imagine uma viagem de férias em um único carro e um único apartamento, por 30 dias, com 5 pessoas (5 homens ou 5 mulheres, tanto faz): um evangélico bem tradicional, outro evangélico neo-pentecostal, alguém católico, alguém espírita e você. Como você acha que seria o relacionamento baseado em “amai-vos uns aos outros”?
Veja esse trecho do Velho Testamento:
“Nisto perdoe o SENHOR a teu servo; quando o meu senhor entra na casa de Rimom para ali adorar, e ele se encosta na minha mão, e eu também me tenha de encurvar na casa de Rimom, quando assim me prostrar na casa de Rimom, nisto perdoe o SENHOR a teu servo. Eliseu lhe disse: Vai em paz.” (2 Reis 5:18-19)
Naamã, comandante do exército da Síria, tinha acabado de se converter e pediu um conselho ao profeta Eliseu: por obrigação do seu alto cargo, Naamã teria que se ajoelhar, junto com o rei, diante do deus falso da Síria. O que me impressiona é a resposta do profeta: “Vai em paz”. Talvez por Naamã ser um recém convertido e não ter estrutura espiritual para enfrentar tal situação. Ou você acha que Eliseu errou? Não sei; de qualquer forma Eliseu foi tolerante.
Como também Jesus o foi com o jovem rico:
“E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me. Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades.” (Marcos 10:21-22)
Mesmo sabendo que aquele homem iria rejeitá-Lo, Jesus o amou!
Lá no HC-UNICAMP, certa época, passaram pelo serviço de Capelania, representantes de mais de 150 igrejas, ou denominações diferentes! Alguns chamam isso de “diversidade na unidade”. Mas o que me ocupa o pensamento agora é o relacionamento entre os próprios cristãos. Convivendo com esse leque de comunidades, aprendi a tratar com respeito, paciência, tolerância e, principalmente, amor.
Para terminar, leia esses 2 versículos:
“E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos. Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus.” (Apocalipse 12:9-10)
Vamos deixar para o inimigo as acusações.
Veja esse trecho do Velho Testamento:
“Nisto perdoe o SENHOR a teu servo; quando o meu senhor entra na casa de Rimom para ali adorar, e ele se encosta na minha mão, e eu também me tenha de encurvar na casa de Rimom, quando assim me prostrar na casa de Rimom, nisto perdoe o SENHOR a teu servo. Eliseu lhe disse: Vai em paz.” (2 Reis 5:18-19)
Naamã, comandante do exército da Síria, tinha acabado de se converter e pediu um conselho ao profeta Eliseu: por obrigação do seu alto cargo, Naamã teria que se ajoelhar, junto com o rei, diante do deus falso da Síria. O que me impressiona é a resposta do profeta: “Vai em paz”. Talvez por Naamã ser um recém convertido e não ter estrutura espiritual para enfrentar tal situação. Ou você acha que Eliseu errou? Não sei; de qualquer forma Eliseu foi tolerante.
Como também Jesus o foi com o jovem rico:
“E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me. Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades.” (Marcos 10:21-22)
Mesmo sabendo que aquele homem iria rejeitá-Lo, Jesus o amou!
Lá no HC-UNICAMP, certa época, passaram pelo serviço de Capelania, representantes de mais de 150 igrejas, ou denominações diferentes! Alguns chamam isso de “diversidade na unidade”. Mas o que me ocupa o pensamento agora é o relacionamento entre os próprios cristãos. Convivendo com esse leque de comunidades, aprendi a tratar com respeito, paciência, tolerância e, principalmente, amor.
Para terminar, leia esses 2 versículos:
“E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos. Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus.” (Apocalipse 12:9-10)
Vamos deixar para o inimigo as acusações.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
GRANDES HOMENS SÃO FORJADOS EM TEMPOS DE CRISE
Foi uma época da minha vida em que eu pensava ironicamente em um dito popular e achava que fora feito para mim. Já ouviu alguém dizer que “Desgraça pouca é bobagem”? Pois é, eu estava numa fase assim.
Meu pai, que hoje é falecido, na época começou a beber, e muito! Chegou ao ponto de ele ter que ir embora de casa (depois parou com a bebida e voltou a morar conosco). Meu pai saindo, eu assumi o sustento da casa. E bem naquela época o contrato de trabalho que eu tinha se encerrou e não era possível, por lei, ser renovado. Sem salário, tive que abandonar a faculdade de jornalismo, a qual eu gostava muito. De almoço minha mãe e eu comíamos sopa de caldo de carne de tabletinho com macarrão e de jantar a mesma coisa, só que em vez de macarrão era com batatas. Isso durou 1 ou 2 meses! Por esses tempos, a menina que eu namorava há quatro anos quis terminar nosso relacionamento. Sem dinheiro, desmontamos nossa casa e fomos morar com meu irmão. Ele e minha cunhada foram fantásticos, mas não era nossa casa e tínhamos consciência dos incômodos causados.
O que me fortalecia espiritualmente nessa época? Alguém, que infelizmente não me lembro quem foi, me leu o seguinte trecho da Bíblia:
“Ainda que as figueiras não produzam frutas, e as parreiras não dêem uvas; ainda que não haja azeitonas para apanhar nem trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos campos nem gado nos currais, mesmo assim eu darei graças ao SENHOR e louvarei a Deus, o meu Salvador. O SENHOR Deus é a minha força. Ele torna o meu andar firme como o de uma corça e me leva para as montanhas, onde estarei seguro.” (Habacuque 3:17-19 NTLH)
Isso, ou seja, essas tribulações, fizeram eu me sentir muito mais próximo de Deus, e poder cantar com convicção esse hino que se segue:
MAIS PERTO
Mais perto quero estar, meu Deus de Ti,
Inda que seja a dor que me una a Ti!
Sempre hei de suplicar:
Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar, meu Deus, de Ti!
Minh’alma cantará a Ti Senhor,
Cheia de gratidão por teu amor.
Sempre hei de suplicar:
Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar, meu Deus, de Ti!
E quando a morte enfim
Me vier chamar,
Com serafins no céu irei morar.
Então me alegrarei
Perto de Ti, meu Rei,
Perto de Ti, meu Rei, Meu Deus, de Ti!
Oh sim!
Meu pai, que hoje é falecido, na época começou a beber, e muito! Chegou ao ponto de ele ter que ir embora de casa (depois parou com a bebida e voltou a morar conosco). Meu pai saindo, eu assumi o sustento da casa. E bem naquela época o contrato de trabalho que eu tinha se encerrou e não era possível, por lei, ser renovado. Sem salário, tive que abandonar a faculdade de jornalismo, a qual eu gostava muito. De almoço minha mãe e eu comíamos sopa de caldo de carne de tabletinho com macarrão e de jantar a mesma coisa, só que em vez de macarrão era com batatas. Isso durou 1 ou 2 meses! Por esses tempos, a menina que eu namorava há quatro anos quis terminar nosso relacionamento. Sem dinheiro, desmontamos nossa casa e fomos morar com meu irmão. Ele e minha cunhada foram fantásticos, mas não era nossa casa e tínhamos consciência dos incômodos causados.
O que me fortalecia espiritualmente nessa época? Alguém, que infelizmente não me lembro quem foi, me leu o seguinte trecho da Bíblia:
“Ainda que as figueiras não produzam frutas, e as parreiras não dêem uvas; ainda que não haja azeitonas para apanhar nem trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos campos nem gado nos currais, mesmo assim eu darei graças ao SENHOR e louvarei a Deus, o meu Salvador. O SENHOR Deus é a minha força. Ele torna o meu andar firme como o de uma corça e me leva para as montanhas, onde estarei seguro.” (Habacuque 3:17-19 NTLH)
Isso, ou seja, essas tribulações, fizeram eu me sentir muito mais próximo de Deus, e poder cantar com convicção esse hino que se segue:
MAIS PERTO
Mais perto quero estar, meu Deus de Ti,
Inda que seja a dor que me una a Ti!
Sempre hei de suplicar:
Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar, meu Deus, de Ti!
Minh’alma cantará a Ti Senhor,
Cheia de gratidão por teu amor.
Sempre hei de suplicar:
Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar, meu Deus, de Ti!
E quando a morte enfim
Me vier chamar,
Com serafins no céu irei morar.
Então me alegrarei
Perto de Ti, meu Rei,
Perto de Ti, meu Rei, Meu Deus, de Ti!
Oh sim!
sábado, 12 de junho de 2010
AVATAR E O PÓS-HUMANISMO
Recentemente lançado no Brasil também em DVD, Avatar é um belo filme, ainda mais para aqueles que apreciam ficção científica e ação. Para além dos espetaculares efeitos especiais, não podemos deixar de reconhecer que o escritor e diretor James Cameron sabe como fazer filmes sobre aquilo que as pessoas querem ver. Ele assina os dois maiores campeões de bilheteria do cinema, o próprio Avatar e Titanic. A grande aceitação pela sociedade faz do filme um bom indicador das expectativas e dos rumos que nossa cultura está tomando. Por outro lado, ele acaba também exercendo um efeito reforçador sobre essas expectativas.
Certamente as muitas interpretações possíveis do conteúdo do filme fogem ao controle de Cameron e isso mostra sua grande capacidade de captar os anseios da sociedade (principalmente a estadunidense) e expressá-los artisticamente.
Cabe, portanto, uma reflexão mais profunda sobre a mensagem final do filme: os humanos são os vilões, ambiciosos (o empresário da mineradora), violentos, arrogantes (o coronel), autoritários e pragmáticos (a cientista chefe do projeto Avatar). O próprio herói do filme, o ex-fuzileiro paraplégico Jake Sullivan, em busca de dinheiro para a cura da sua deficiência, é um frio mercenário até se sensibilizar com a cultura Na’vi e se tornar o messias encarnado na pele azulada de um Avatar. Com a ajuda da deusa Eywa os humanos são vencidos e expulsos de Pandora. O modelo violento e arrogante da cultura humana está superado, o enxame de poderosos helicópteros, no mais glorioso estilo Apocalipse Now, está definitivamente derrotado.
Os humanos se vão humilhados, como os males da mítica caixa, mas fica uma esperança para os vencedores: a ciência pode ajudar a transpor o humano e suas deficiências físicas, morais e até espirituais. Tornar-se Na’vi é a mensagem final, com vislumbres de superação inclusive da morte. Para os gregos antigos a condição humana se reduzia à mortalidade, por isso, ao contrário dos deuses, os humanos eram denominados simplesmente mortais.
“Nos próximos 50 anos a ciência permitirá aos humanos transcender suas limitações, nossos corpos e cérebro se fundirão ao poderio computacional, usaremos a tecnologia para redesenhar a nós e nossos filhos em diversas formas de pós-humanidade” (More M. On Becoming Posthuman, 1994). O trans-humanismo prega a interferência radical da ciência para aumentar nosso tempo de vida e até alcançar o ideal pós-humano da imortalidade.
O herói do filme se desilude de sua humanidade e passa a lutar pelos valores dos Na’vi. Busca algo que existe apenas em Pandora: o precioso metal unobtainium (inobtível) com propriedades extraordinárias e que não pode ser obtido no mundo real. Ele tenta salvar a dra. Augustine mas não é mais possível. Como prêmio de consolação ela acaba sendo incorporada à Árvore das Almas e, ao final do filme, é feita a transferência definitiva da “alma” de Jake ao seu Avatar.
Há quem veja o pós-humanismo como uma postura radical demais, uma fantasia delirante com aspirações de pseudo-religião, há também quem considere essas aspirações legítimas, elevando a ciência ao status divino e reduzindo o ser humano a uma espécie de software que pode ser transferido para uma máquina ou um Avatar.
Essas posições, concordemos ou não, merecem todo respeito, mas cabe lembrar que existem pessoas motivadas pelos mais diversos interesses, dispostas a fazer experiências extremas e colocar em risco aquilo que nos torna verdadeiramente humanos. A análise preliminar do tema traz, pelo menos, um alerta de prudência sobre o assunto.
Para além dessa distopia pós-humanista de imortalidade, implícita no final do filme, resta uma esperança (última referência ao mito de Pandora): é esse sonho de imortalidade, essa aspiração de sermos deuses que, lá no fundo, sempre nos fez e nos fará cada vez mais humanos...
Venâncio Pereira Dantas Filho e Flávio César de Sá são médicos e membros do Módulo de Bioética e Ética Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp
Certamente as muitas interpretações possíveis do conteúdo do filme fogem ao controle de Cameron e isso mostra sua grande capacidade de captar os anseios da sociedade (principalmente a estadunidense) e expressá-los artisticamente.
Cabe, portanto, uma reflexão mais profunda sobre a mensagem final do filme: os humanos são os vilões, ambiciosos (o empresário da mineradora), violentos, arrogantes (o coronel), autoritários e pragmáticos (a cientista chefe do projeto Avatar). O próprio herói do filme, o ex-fuzileiro paraplégico Jake Sullivan, em busca de dinheiro para a cura da sua deficiência, é um frio mercenário até se sensibilizar com a cultura Na’vi e se tornar o messias encarnado na pele azulada de um Avatar. Com a ajuda da deusa Eywa os humanos são vencidos e expulsos de Pandora. O modelo violento e arrogante da cultura humana está superado, o enxame de poderosos helicópteros, no mais glorioso estilo Apocalipse Now, está definitivamente derrotado.
Os humanos se vão humilhados, como os males da mítica caixa, mas fica uma esperança para os vencedores: a ciência pode ajudar a transpor o humano e suas deficiências físicas, morais e até espirituais. Tornar-se Na’vi é a mensagem final, com vislumbres de superação inclusive da morte. Para os gregos antigos a condição humana se reduzia à mortalidade, por isso, ao contrário dos deuses, os humanos eram denominados simplesmente mortais.
“Nos próximos 50 anos a ciência permitirá aos humanos transcender suas limitações, nossos corpos e cérebro se fundirão ao poderio computacional, usaremos a tecnologia para redesenhar a nós e nossos filhos em diversas formas de pós-humanidade” (More M. On Becoming Posthuman, 1994). O trans-humanismo prega a interferência radical da ciência para aumentar nosso tempo de vida e até alcançar o ideal pós-humano da imortalidade.
O herói do filme se desilude de sua humanidade e passa a lutar pelos valores dos Na’vi. Busca algo que existe apenas em Pandora: o precioso metal unobtainium (inobtível) com propriedades extraordinárias e que não pode ser obtido no mundo real. Ele tenta salvar a dra. Augustine mas não é mais possível. Como prêmio de consolação ela acaba sendo incorporada à Árvore das Almas e, ao final do filme, é feita a transferência definitiva da “alma” de Jake ao seu Avatar.
Há quem veja o pós-humanismo como uma postura radical demais, uma fantasia delirante com aspirações de pseudo-religião, há também quem considere essas aspirações legítimas, elevando a ciência ao status divino e reduzindo o ser humano a uma espécie de software que pode ser transferido para uma máquina ou um Avatar.
Essas posições, concordemos ou não, merecem todo respeito, mas cabe lembrar que existem pessoas motivadas pelos mais diversos interesses, dispostas a fazer experiências extremas e colocar em risco aquilo que nos torna verdadeiramente humanos. A análise preliminar do tema traz, pelo menos, um alerta de prudência sobre o assunto.
Para além dessa distopia pós-humanista de imortalidade, implícita no final do filme, resta uma esperança (última referência ao mito de Pandora): é esse sonho de imortalidade, essa aspiração de sermos deuses que, lá no fundo, sempre nos fez e nos fará cada vez mais humanos...
Venâncio Pereira Dantas Filho e Flávio César de Sá são médicos e membros do Módulo de Bioética e Ética Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp
sexta-feira, 11 de junho de 2010
MUITO BONITO, HEIN?!
Quando era citado o ditado popular o qual afirma que “Quem ama o feio, bonito lhe parece”, eu sempre o parafraseava dizendo que “Quem ama o feio é porque o bonito não aparece”. Estou dizendo isso porque o que tenho meditado essa semana é a importância da beleza física na nossa vida.
Claro que os trechos que me serviram de base para essas reflexões foram os seguintes:
“Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração.” (1 Samuel 16:7)
“Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa será louvada.” (Provérbios 31:30)
É justamente a contramão de valores que a sociedade nos impõe!
Consideramos belo tudo o que tem harmonia. Quanto mais harmonia tiver um quadro, uma música, uma paisagem, um rosto, enfim, qualquer coisa, mais beleza tem para nós.
Lembro-me de uma ocasião em que uma moça, muito bonita, me procurou para aconselhamento e, chorando, me relatou que seu maior problema era justamente sua beleza. A única qualidade que reconheciam nela era sua harmoniosa aparência. Ela tinha medo que isso fosse sua perdição, o que em um certo sentido foi.
Não podemos concluir que só os feios é que serão um sucesso para Deus; note que Davi foi escolhido e tinha boa figura:
“Assim, fez passar Jessé os seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O SENHOR não escolheu estes. Perguntou Samuel a Jessé: Acabaram-se os teus filhos? Ele respondeu: Ainda falta o mais moço, que está apascentando as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Manda chamá-lo, pois não nos assentaremos à mesa sem que ele venha. Então, mandou chamá-lo e fê-lo entrar. Era ele ruivo, de belos olhos e boa aparência. Disse o SENHOR: Levanta-te e unge-o, pois este é ele. Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio de seus irmãos; e, daquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apossou de Davi. Então, Samuel se levantou e foi para Ramá.” (1 Samuel 16:10-13)
A beleza para Deus está em um coração (que para os judeus dos tempos bíblicos tinha o sentido de “mente”) que O teme (que significa “confia com reverência”).
Eu acho isso bonito! E você?
Claro que os trechos que me serviram de base para essas reflexões foram os seguintes:
“Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração.” (1 Samuel 16:7)
“Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa será louvada.” (Provérbios 31:30)
É justamente a contramão de valores que a sociedade nos impõe!
Consideramos belo tudo o que tem harmonia. Quanto mais harmonia tiver um quadro, uma música, uma paisagem, um rosto, enfim, qualquer coisa, mais beleza tem para nós.
Lembro-me de uma ocasião em que uma moça, muito bonita, me procurou para aconselhamento e, chorando, me relatou que seu maior problema era justamente sua beleza. A única qualidade que reconheciam nela era sua harmoniosa aparência. Ela tinha medo que isso fosse sua perdição, o que em um certo sentido foi.
Não podemos concluir que só os feios é que serão um sucesso para Deus; note que Davi foi escolhido e tinha boa figura:
“Assim, fez passar Jessé os seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O SENHOR não escolheu estes. Perguntou Samuel a Jessé: Acabaram-se os teus filhos? Ele respondeu: Ainda falta o mais moço, que está apascentando as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Manda chamá-lo, pois não nos assentaremos à mesa sem que ele venha. Então, mandou chamá-lo e fê-lo entrar. Era ele ruivo, de belos olhos e boa aparência. Disse o SENHOR: Levanta-te e unge-o, pois este é ele. Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio de seus irmãos; e, daquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apossou de Davi. Então, Samuel se levantou e foi para Ramá.” (1 Samuel 16:10-13)
A beleza para Deus está em um coração (que para os judeus dos tempos bíblicos tinha o sentido de “mente”) que O teme (que significa “confia com reverência”).
Eu acho isso bonito! E você?
quinta-feira, 10 de junho de 2010
PAIXÃO
Os soldados romanos já haviam torturado e escarnecido de Jesus, vestiram-no com suas próprias vestes e O levaram para um lugar que até o nome é apavorante: Lugar da Caveira. Ali chegando, deram-Lhe uma bebida feita à base de fel, uma substância extremamente amarga e com efeito anestesiante. Ele não quis beber.
Eu imagino que ao chegar àquele lugar todos pararam e deram uma rápida olhada no local. Havia silêncio. Podia-se ver alguns pedaços podres de madeira, restos de outras cruzes, e havia também alguns tufos de mato aqui e ali, pois o lugar, destinado a execuções, não recebia cuidado algum. Uma pequena brisa mexia cabelos e roupas dos executores, dos condenados (eram 3) e de algumas pessoas que, ou por curiosidade ou por amor, foram até lá. Entre essas pessoas estava Maria, a mãe de Jesus.
A uma ordem do comandante, os soldados romanos deitam as cruzes no chão, tiram as roupas daqueles que vão morrer, deitam-nos nas cruzes e começam a fixá-los ali. Ouve-se o barulho das marretas batendo nos pregos enormes, os gritos de dor, e talvez um ou outro comentário dos carrascos. Feito isso eles levantaram as cruzes e as encaixaram nos buracos que as manteriam erguidas. Imagina a dor que os condenados sentiram! Seis horas depois Jesus morreu.
Cristo na cruz é o descartar consciente de todos os valores hiper-estimados pelos homens: em vez do orgulho, a humilhação; no lugar do bem estar, a dor; em vez da aceitação da parte dos outros, a rejeição; em lugar da riqueza, a nudez; e em lugar da vida, a morte.
Mas foi ali que foi escrita a maior e mais linda história de amor jamais igualada.
O amor de Deus por mim e por você!
Eu imagino que ao chegar àquele lugar todos pararam e deram uma rápida olhada no local. Havia silêncio. Podia-se ver alguns pedaços podres de madeira, restos de outras cruzes, e havia também alguns tufos de mato aqui e ali, pois o lugar, destinado a execuções, não recebia cuidado algum. Uma pequena brisa mexia cabelos e roupas dos executores, dos condenados (eram 3) e de algumas pessoas que, ou por curiosidade ou por amor, foram até lá. Entre essas pessoas estava Maria, a mãe de Jesus.
A uma ordem do comandante, os soldados romanos deitam as cruzes no chão, tiram as roupas daqueles que vão morrer, deitam-nos nas cruzes e começam a fixá-los ali. Ouve-se o barulho das marretas batendo nos pregos enormes, os gritos de dor, e talvez um ou outro comentário dos carrascos. Feito isso eles levantaram as cruzes e as encaixaram nos buracos que as manteriam erguidas. Imagina a dor que os condenados sentiram! Seis horas depois Jesus morreu.
Cristo na cruz é o descartar consciente de todos os valores hiper-estimados pelos homens: em vez do orgulho, a humilhação; no lugar do bem estar, a dor; em vez da aceitação da parte dos outros, a rejeição; em lugar da riqueza, a nudez; e em lugar da vida, a morte.
Mas foi ali que foi escrita a maior e mais linda história de amor jamais igualada.
O amor de Deus por mim e por você!
quarta-feira, 9 de junho de 2010
OU O CHICOTE OU O ABRAÇO
Algumas pessoas precisam ser disciplinadas com rigor, outras, pelo mesmo pecado, com suavidade. Mas todos precisam de amor. A disciplina bem aplicada é um ato de amor:
“O Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe.” (Hebreus 12:6)
Me lembrei agora de um amigo que me confidenciou que a maior lembrança que ele tem da sua infância, era o olhar de ódio que o seu pai fazia ao lhe bater. Isso não é de forma alguma disciplina. Outro exemplo é aquela mãe que batia no filho com uma pantufa, para não doer. Isso também não é disciplina.
A disciplina visa recuperar o faltoso:
“Deus nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.” (Hebreus 12:10)
Alguns precisam do “chicote”, outros só um abraço já é suficiente para se obter a recuperação. Fato é que Deus trata a cada um de nós do jeito que precisamos ser tratados. Uns, para aprender, precisam comer a lavagem dos porcos como o filho pródigo, outros cair do cavalo como Paulo, e outros ainda precisam de serem alertados 3 vezes, como Pedro ao negar a Jesus, ao ter a visão de um lençol que descia do céu ou quando Jesus lhe perguntou se ele, Pedro, o amava.
Uns precisam de umas chicotadas, outros de um abraço. Como é com você?
“O Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe.” (Hebreus 12:6)
Me lembrei agora de um amigo que me confidenciou que a maior lembrança que ele tem da sua infância, era o olhar de ódio que o seu pai fazia ao lhe bater. Isso não é de forma alguma disciplina. Outro exemplo é aquela mãe que batia no filho com uma pantufa, para não doer. Isso também não é disciplina.
A disciplina visa recuperar o faltoso:
“Deus nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.” (Hebreus 12:10)
Alguns precisam do “chicote”, outros só um abraço já é suficiente para se obter a recuperação. Fato é que Deus trata a cada um de nós do jeito que precisamos ser tratados. Uns, para aprender, precisam comer a lavagem dos porcos como o filho pródigo, outros cair do cavalo como Paulo, e outros ainda precisam de serem alertados 3 vezes, como Pedro ao negar a Jesus, ao ter a visão de um lençol que descia do céu ou quando Jesus lhe perguntou se ele, Pedro, o amava.
Uns precisam de umas chicotadas, outros de um abraço. Como é com você?
terça-feira, 8 de junho de 2010
DEUS DO VELHO E DO NOVO TESTAMENTO
É óbvio que não existe o Deus do Velho Testamento, sisudo, rigoroso, que seria diferente do Deus do Novo Testamento, carinhoso e amável.
“Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre.” (Hebreus 13:8)
Estou dizendo isso porque foi parte de uma rápida e proveitosa conversa que tive outro dia com a Heloísa, grande amiga e assídua comentarista de nosso Blog (graças a Deus ela se recuperou do seu problema de saúde!).
Mas já ouvi e li vários comentários de pessoas dizendo, por exemplo, “o pastor hoje pregou mais sobre o Deus do Velho do que do Novo Testamento”. Eu mesmo já me peguei pensando assim. Mas, se Deus é o mesmo, por que existe esse pensamento confuso?
O Deus é o mesmo, mas as mensagens são diferentes em suas ênfases. Embora o autor divino seja o mesmo, e único, são dois aspectos diferentes da mensagem da salvação. No Velho Testamento lemos versículos como os que se seguem:
“Se andardes nos meus estatutos, guardardes os meus mandamentos e os cumprirdes, então, eu vos darei as vossas chuvas a seu tempo; e a terra dará a sua messe, e a árvore do campo, o seu fruto. A debulha se estenderá até à vindima, e a vindima, até à sementeira; comereis o vosso pão a fartar e habitareis seguros na vossa terra.” (Levítico 26:3-5)
E mais adiante esses aqui:
“Mas, se me não ouvirdes e não cumprirdes todos estes mandamentos; se rejeitardes os meus estatutos, e a vossa alma se aborrecer dos meus juízos, a ponto de não cumprir todos os meus mandamentos, e violardes a minha aliança, então, eu vos farei isto: porei sobre vós terror, a tísica e a febre ardente, que fazem desaparecer o lustre dos olhos e definhar a vida; e semeareis debalde a vossa semente, porque os vossos inimigos a comerão.” (Levítico 26:14-16)
Reconheço que muitas vezes a Igreja precisa ouvir mensagens estribadas em textos como esses para conhecer a Deus como Ele é, de uma forma holística. Isso traz temor.
O cerne da mensagem, porém, deve ser textos como esse:
“E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.” (Lucas 15:20)
Trata-se da passagem do “Filho Pródigo”. Note que o Pai recebeu o filho (filho esse que desperdiçou toda a parte da sua herança em farras), o pai gracioso o recebeu com um abraço e sem recriminações. É só GRAÇA e AMOR!
O que me atraiu, e atrai ainda, é essa mensagem do Novo Testamento.
“Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre.” (Hebreus 13:8)
Estou dizendo isso porque foi parte de uma rápida e proveitosa conversa que tive outro dia com a Heloísa, grande amiga e assídua comentarista de nosso Blog (graças a Deus ela se recuperou do seu problema de saúde!).
Mas já ouvi e li vários comentários de pessoas dizendo, por exemplo, “o pastor hoje pregou mais sobre o Deus do Velho do que do Novo Testamento”. Eu mesmo já me peguei pensando assim. Mas, se Deus é o mesmo, por que existe esse pensamento confuso?
O Deus é o mesmo, mas as mensagens são diferentes em suas ênfases. Embora o autor divino seja o mesmo, e único, são dois aspectos diferentes da mensagem da salvação. No Velho Testamento lemos versículos como os que se seguem:
“Se andardes nos meus estatutos, guardardes os meus mandamentos e os cumprirdes, então, eu vos darei as vossas chuvas a seu tempo; e a terra dará a sua messe, e a árvore do campo, o seu fruto. A debulha se estenderá até à vindima, e a vindima, até à sementeira; comereis o vosso pão a fartar e habitareis seguros na vossa terra.” (Levítico 26:3-5)
E mais adiante esses aqui:
“Mas, se me não ouvirdes e não cumprirdes todos estes mandamentos; se rejeitardes os meus estatutos, e a vossa alma se aborrecer dos meus juízos, a ponto de não cumprir todos os meus mandamentos, e violardes a minha aliança, então, eu vos farei isto: porei sobre vós terror, a tísica e a febre ardente, que fazem desaparecer o lustre dos olhos e definhar a vida; e semeareis debalde a vossa semente, porque os vossos inimigos a comerão.” (Levítico 26:14-16)
Reconheço que muitas vezes a Igreja precisa ouvir mensagens estribadas em textos como esses para conhecer a Deus como Ele é, de uma forma holística. Isso traz temor.
O cerne da mensagem, porém, deve ser textos como esse:
“E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou.” (Lucas 15:20)
Trata-se da passagem do “Filho Pródigo”. Note que o Pai recebeu o filho (filho esse que desperdiçou toda a parte da sua herança em farras), o pai gracioso o recebeu com um abraço e sem recriminações. É só GRAÇA e AMOR!
O que me atraiu, e atrai ainda, é essa mensagem do Novo Testamento.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
PASSAR UMA NOITE GÉLIDA AO RELENTO
A meteorologia afirmou que essa noite passada foi a mais fria do ano. Eu acredito. Ontem estava muuuuuuuuuuuuito frio!
Quando eu ia saindo ontem à noite da Igreja após o culto, parei para conversar com o meu amigo Írson (é assim mesmo o nome dele). Ele é o guarda da Igreja, e eu admiro demais esse homem, sério, trabalhador e responsável. Pena que seja corinthiano (já perguntei se isso foi de nascença ou acidente; nasceu assim o coitado).
Depois de comentarmos os resultados do futebol, ele falou assim para mim: “Tenho pena dessas pessoas que dormem na rua numa noite dessas”. Ele falou isso com visível pesar. O seu Írson até comentou que sabe que eles vivem na rua, pelo menos grande parte, porque bebem. E como estão no frio da rua, bebem mais ainda para se esquentar, mas assim mesmo ele sente pena.
Aquilo foi um “tapa na cara” para mim. Eu não tinha aquela sensibilidade.
Será que se dermos amor a um bêbado morador de rua, ele pára de beber?
Pode ser que não, mas precisamos tentar.
“Devemos amar a Deus com todo o nosso coração, com toda a nossa mente e com todas as nossas forças e também devemos amar os outros como amamos a nós mesmos. Pois é melhor obedecer a estes dois mandamentos do que trazer animais para serem queimados no altar e oferecer outros sacrifícios a Deus.” (Marcos 12:33 NTLH)
Note que eu conversei com meu amigo Írson ao sair do culto, e assim mesmo, pelo jeito, meu coração ainda estava gelado.
Quando eu ia saindo ontem à noite da Igreja após o culto, parei para conversar com o meu amigo Írson (é assim mesmo o nome dele). Ele é o guarda da Igreja, e eu admiro demais esse homem, sério, trabalhador e responsável. Pena que seja corinthiano (já perguntei se isso foi de nascença ou acidente; nasceu assim o coitado).
Depois de comentarmos os resultados do futebol, ele falou assim para mim: “Tenho pena dessas pessoas que dormem na rua numa noite dessas”. Ele falou isso com visível pesar. O seu Írson até comentou que sabe que eles vivem na rua, pelo menos grande parte, porque bebem. E como estão no frio da rua, bebem mais ainda para se esquentar, mas assim mesmo ele sente pena.
Aquilo foi um “tapa na cara” para mim. Eu não tinha aquela sensibilidade.
Será que se dermos amor a um bêbado morador de rua, ele pára de beber?
Pode ser que não, mas precisamos tentar.
“Devemos amar a Deus com todo o nosso coração, com toda a nossa mente e com todas as nossas forças e também devemos amar os outros como amamos a nós mesmos. Pois é melhor obedecer a estes dois mandamentos do que trazer animais para serem queimados no altar e oferecer outros sacrifícios a Deus.” (Marcos 12:33 NTLH)
Note que eu conversei com meu amigo Írson ao sair do culto, e assim mesmo, pelo jeito, meu coração ainda estava gelado.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
OS LIMITES DE DEUS
Uma paciente lá do HC-UNICAMP, uma senhora de 30 anos, me falou o seguinte: “Comigo é assim, o que eu quero Deus tem que fazer na hora. Um Deus que não me serve, não serve”.
É muito comum, ali no hospital, as pessoas me questionarem perguntando “Se Deus é TODO-PODEROSO, por que não cura meu filho (ou marido, esposa ...)?”.
“Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, O SENHOR, não lhes fui conhecido.” (Êxodo 6:3)
Sim, Deus é onipotente, ilimitado, mas é Deus! Quem somos nós para determinar o que Ele deve fazer ou não? O Deus SOBERANO, se quiser, pode se auto-limitar.
Veja, por exemplo, os seguintes versículos:
“Chegando à sua terra, ensinava-os na sinagoga, de tal sorte que se maravilhavam e diziam: Donde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos? Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto? E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa. E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.” (Mateus 13:54-58)
Outras coisas em que Deus se auto-limita: as leis da natureza, consequências do pecado e o processo da vida. Deus via de regra não interfere nesses pontos. Pode, mas não o faz. E quando escrevo processo da vida, estou incluindo a dor, a doença e a morte (até de crianças).
Agora, já pensou se Deus fizesse tudo o que pretensamente determinamos só para nos provar que tem poder? Dá uma olhada nesses versículos:
“Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz! De igual modo, os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele. Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus. E os mesmos impropérios lhe diziam também os ladrões que haviam sido crucificados com ele.” (Mateus 27:39-44)
Se Ele tivesse descido, não teríamos a salvação!
É muito comum, ali no hospital, as pessoas me questionarem perguntando “Se Deus é TODO-PODEROSO, por que não cura meu filho (ou marido, esposa ...)?”.
“Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, O SENHOR, não lhes fui conhecido.” (Êxodo 6:3)
Sim, Deus é onipotente, ilimitado, mas é Deus! Quem somos nós para determinar o que Ele deve fazer ou não? O Deus SOBERANO, se quiser, pode se auto-limitar.
Veja, por exemplo, os seguintes versículos:
“Chegando à sua terra, ensinava-os na sinagoga, de tal sorte que se maravilhavam e diziam: Donde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos? Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto? E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa. E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.” (Mateus 13:54-58)
Outras coisas em que Deus se auto-limita: as leis da natureza, consequências do pecado e o processo da vida. Deus via de regra não interfere nesses pontos. Pode, mas não o faz. E quando escrevo processo da vida, estou incluindo a dor, a doença e a morte (até de crianças).
Agora, já pensou se Deus fizesse tudo o que pretensamente determinamos só para nos provar que tem poder? Dá uma olhada nesses versículos:
“Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz! De igual modo, os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele. Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus. E os mesmos impropérios lhe diziam também os ladrões que haviam sido crucificados com ele.” (Mateus 27:39-44)
Se Ele tivesse descido, não teríamos a salvação!
quinta-feira, 3 de junho de 2010
UM CAUSO
Seu moço vou lhe contá, Um causo comigo acontecido.
Causo de verdade. Não é desses de enganá.
Coisa que me deixô, de alma mais inriquecido.
Tem uns pedaço em que a história é triste,
Mas lhe garanto que ela tem um finar feliz.
Por isso, meu amigo, desse causo não disisti,
Tudo acaba bem, pois foi Deus que assim quis.
Eu era bem criança, tarveis com 5 aninho,
Já tinha pegado essa tar de paralisía,
Hoje não, mas por causa dela, eu era bem magrinho.
E atrás de tudo que podia me curar, meu pai e minha mãe, ia.
Certa veis fumo passar férias no interior,
Coisa que sempre acontecia;
Eu gostava de ir lá, o pessoar era um amor.
Ficávamos na casa de uns primo, e de uma tia.
Esses parente, não querendo parpitar,
Pensavam em fazê um favor.
Queriam mesmo é me curar,
Então falaro de um benzedô.
Acho que foi na hora do lanche, tomando café,
Que os parente falaro do tar hóme.
Apesar de pequeno, eu tava cas oreia im pé,
Mas num intendí muito, pois naquela hora, eu tava mesmo é cum fome.
Naquela mesma noite nóis fumo lá,
Afinar, mar num pudia fazê.
Fumos então o hóme procurá,
Mór di ele mi benzê.
O benzedô era peão de uma fazenda,
Lembro da estrada di terra alumiada pelos farór,
A mulher e as filhas com vestidos de renda,
Cê percisa vê, era uma pobreza de dar dó.
Dispois dos cumprimento, fui levado prum quarto ao lado,
Onde na parede tinha um quadro de Jesus.
Como toda casa, por uma lamparina o quarto era alumiado.
Benze daqui, benze dali, e me deram preu beijar uma cruz.
Eu beijei. Mas hoje fico encafifado,
Pois tinha um ponto certinho prá se beijar,
Fico então aqui cismado,
Quantos é qui num beijaram antes aquele lugar?
Vortemo prá casa cheios de esperança,
Queríamos ver o resurtado da benzedura.
A verdade é que num aconteceu nada cumigo, aquela pobre criança,
E isso prus meus pais foi uma realidade dura.
Prá fazê um registro importante, faço uma parada agora.
Meus pais são uns presente maravioso que Deus me deu!
Todos os meus comprexos eles jogaru fora,
Eles me ensinaro a, mesmo sendo paralítico, a eu gostá di eu!
Mas cumo intendê pruque Deus não mi curô?
Pruque Ele deixô isso acontecê?
Prá cabeça de meus pais, foi um horror,
Isso tudo podia me fazê enlouquecê.
Ou Ele pudia fazê mas não tinha querê,
Então péraí, Ele não tem amor!
Ou queria mas não tinha poder,
Então Ele não é Deus, faça-me o favor!
Acredito em dois ditados bem popular:
Um diz que Deus escreve certo por linhas torta,
O outro cê deve se alembrar,
Deus sempre abre uma janela, mesmo que tenha fechado a porta.
Mas será que essas idéias também tão escritas nas Escrituras Sagradas?
Será que em Deus nóis podemo confiar?
Se tiver, vou seguir por essa estrada,
Toda minha vida prá Jesus vou entregá.
Tem na Bíblia um bunito verso,
Que diz que tudo que nos acontece é pro nosso bem.
Nosso qui eu digo, não é pro perverso,
É prus qui são convertido, e amam a Deus também.
Deus quis que eu seja diferente,
Isso me torna especiar.
Não posso andar como toda a gente,
Mas acredite, isso é motivo preu me alegrá.
Me alegro pruquê a Ele posso serví,
Me alegro pruquê d’Ele posso falá.
Me alegro pruquê Ele me faz sorrí,
Me alegro pruquê com Ele, prá sempre no céu eu vou andá.
Causo de verdade. Não é desses de enganá.
Coisa que me deixô, de alma mais inriquecido.
Tem uns pedaço em que a história é triste,
Mas lhe garanto que ela tem um finar feliz.
Por isso, meu amigo, desse causo não disisti,
Tudo acaba bem, pois foi Deus que assim quis.
Eu era bem criança, tarveis com 5 aninho,
Já tinha pegado essa tar de paralisía,
Hoje não, mas por causa dela, eu era bem magrinho.
E atrás de tudo que podia me curar, meu pai e minha mãe, ia.
Certa veis fumo passar férias no interior,
Coisa que sempre acontecia;
Eu gostava de ir lá, o pessoar era um amor.
Ficávamos na casa de uns primo, e de uma tia.
Esses parente, não querendo parpitar,
Pensavam em fazê um favor.
Queriam mesmo é me curar,
Então falaro de um benzedô.
Acho que foi na hora do lanche, tomando café,
Que os parente falaro do tar hóme.
Apesar de pequeno, eu tava cas oreia im pé,
Mas num intendí muito, pois naquela hora, eu tava mesmo é cum fome.
Naquela mesma noite nóis fumo lá,
Afinar, mar num pudia fazê.
Fumos então o hóme procurá,
Mór di ele mi benzê.
O benzedô era peão de uma fazenda,
Lembro da estrada di terra alumiada pelos farór,
A mulher e as filhas com vestidos de renda,
Cê percisa vê, era uma pobreza de dar dó.
Dispois dos cumprimento, fui levado prum quarto ao lado,
Onde na parede tinha um quadro de Jesus.
Como toda casa, por uma lamparina o quarto era alumiado.
Benze daqui, benze dali, e me deram preu beijar uma cruz.
Eu beijei. Mas hoje fico encafifado,
Pois tinha um ponto certinho prá se beijar,
Fico então aqui cismado,
Quantos é qui num beijaram antes aquele lugar?
Vortemo prá casa cheios de esperança,
Queríamos ver o resurtado da benzedura.
A verdade é que num aconteceu nada cumigo, aquela pobre criança,
E isso prus meus pais foi uma realidade dura.
Prá fazê um registro importante, faço uma parada agora.
Meus pais são uns presente maravioso que Deus me deu!
Todos os meus comprexos eles jogaru fora,
Eles me ensinaro a, mesmo sendo paralítico, a eu gostá di eu!
Mas cumo intendê pruque Deus não mi curô?
Pruque Ele deixô isso acontecê?
Prá cabeça de meus pais, foi um horror,
Isso tudo podia me fazê enlouquecê.
Ou Ele pudia fazê mas não tinha querê,
Então péraí, Ele não tem amor!
Ou queria mas não tinha poder,
Então Ele não é Deus, faça-me o favor!
Acredito em dois ditados bem popular:
Um diz que Deus escreve certo por linhas torta,
O outro cê deve se alembrar,
Deus sempre abre uma janela, mesmo que tenha fechado a porta.
Mas será que essas idéias também tão escritas nas Escrituras Sagradas?
Será que em Deus nóis podemo confiar?
Se tiver, vou seguir por essa estrada,
Toda minha vida prá Jesus vou entregá.
Tem na Bíblia um bunito verso,
Que diz que tudo que nos acontece é pro nosso bem.
Nosso qui eu digo, não é pro perverso,
É prus qui são convertido, e amam a Deus também.
Deus quis que eu seja diferente,
Isso me torna especiar.
Não posso andar como toda a gente,
Mas acredite, isso é motivo preu me alegrá.
Me alegro pruquê a Ele posso serví,
Me alegro pruquê d’Ele posso falá.
Me alegro pruquê Ele me faz sorrí,
Me alegro pruquê com Ele, prá sempre no céu eu vou andá.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
FORÇA PARA SUBIR
Tente fazer o seguinte: fique em pé, depois agarre bem firme as laterais da sua calça, perto dos passadores do cinto, mas agarre com toda força, em seguida puxe também com força para cima e veja se assim você consegue sair do chão e flutuar durante o tempo que aguentar. Cuidado para não bater com a cabeça no teto.
Conseguiu?
Foi Deus quem criou a força da gravidade. Nós, seres humanos, temos muito poder, mas temos limites. A salvação, que envolve a ressurreição dos mortos, é um exemplo. Isso é impossível de ser alcançado por nossos próprios esforços, e aí fica claro o fato de dependermos de Deus.
“ E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. Ouvindo isto, os discípulos ficaram grandemente maravilhados e disseram: Sendo assim, quem pode ser salvo? Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível.” (Mateus 19:24-26)
“Como é grande o seu poder que age em nós, os que cremos nele. Esse poder que age em nós é a mesma força poderosa que ele usou quando ressuscitou Cristo e fez com que ele se sentasse ao seu lado direito no mundo celestial.” (Efésios 1:19-20 NTLH)
Esse imenso poder está à nossa disposição, mais aí entendemos errado e erramos:
“De onde vêm as lutas e as brigas entre vocês? Elas vêm dos maus desejos que estão sempre lutando dentro de vocês. Vocês querem muitas coisas; mas, como não podem tê-las, estão prontos até para matar a fim de consegui-las. Vocês as desejam ardentemente; mas, como não conseguem possuí-las, brigam e lutam. Não conseguem o que querem porque não pedem a Deus. E, quando pedem, não recebem porque os seus motivos são maus. Vocês pedem coisas a fim de usá-las para os seus próprios prazeres.” (Tiago 4:1-3 NTLH)
Conseguiu?
Foi Deus quem criou a força da gravidade. Nós, seres humanos, temos muito poder, mas temos limites. A salvação, que envolve a ressurreição dos mortos, é um exemplo. Isso é impossível de ser alcançado por nossos próprios esforços, e aí fica claro o fato de dependermos de Deus.
“ E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. Ouvindo isto, os discípulos ficaram grandemente maravilhados e disseram: Sendo assim, quem pode ser salvo? Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível.” (Mateus 19:24-26)
“Como é grande o seu poder que age em nós, os que cremos nele. Esse poder que age em nós é a mesma força poderosa que ele usou quando ressuscitou Cristo e fez com que ele se sentasse ao seu lado direito no mundo celestial.” (Efésios 1:19-20 NTLH)
Esse imenso poder está à nossa disposição, mais aí entendemos errado e erramos:
“De onde vêm as lutas e as brigas entre vocês? Elas vêm dos maus desejos que estão sempre lutando dentro de vocês. Vocês querem muitas coisas; mas, como não podem tê-las, estão prontos até para matar a fim de consegui-las. Vocês as desejam ardentemente; mas, como não conseguem possuí-las, brigam e lutam. Não conseguem o que querem porque não pedem a Deus. E, quando pedem, não recebem porque os seus motivos são maus. Vocês pedem coisas a fim de usá-las para os seus próprios prazeres.” (Tiago 4:1-3 NTLH)
terça-feira, 1 de junho de 2010
UMA CARTA QUE ME ALEGROU EM UM DIA QUE EU ESTAVA TRISTE
Olá Xico,
Você não me conhece, na verdade já me viu, mas, talvez não se lembre... mas eu, com certeza, me lembro de você.
No dia 23/03/2007 no acampamento Imago Dei eu me converti com sua pregação.
Estavam todos cansados depois de um dia agitado, então, você pediu para que todos fechassem os olhos e começou a falar baixinho... falou sobre a crucificação de Cristo... enquanto alguns bocejavam (não pela pregação, e sim pelo cansaço) eu ouvi atentamente tudo que você disse e simplesmente chorei de emoção...
Talvez não tenha sido a emoção que tenha me convertido e sim a verdade que era dita, alguém se preocupou e se preocupa comigo a ponto de dar sua vida pelos meus pecados... chorei por saber que nunca fui grata a isso e por saber que tive tempo para reconhecer tal Amor.
Namoro com uma pessoa que já era Crente no Senhor Jesus antes do namoro começar, foi tudo conturbado no começo por ser julgo desigual, muitas pessoas falavam comigo e tentavam me mostrar milhões de motivos para que eu me convertesse, que nosso namoro era pecado, mas, ninguém nunca havia me falado de forma tão simples sobre a crucificação de Cristo. Sempre me apontavam, e sei que estavam me julgando por eu "estragar" a vida de uma pessoa que já era Cristã... não entendia, era tudo novo pra mim... pensava que dentro de um lar Cristão iriam me tratar bem, pelo contrário, eu era o "erro" da história. Chateada com tudo isso, disse ao meu namorado que só iria á igreja por ele.
Foi então que fomos ao acampamento.....
Após meu batismo (29/11/2008), pessoas que me apontaram vieram me abraçar, meu primeiro pensamento foi: Por que esta pessoa está me abraçando, sendo que quando mais precisei de um abraço eu fui apenas julgada por algo que nem sabia que existia? Todo esse afeto faria mais sentido quando eu não tinha o Senhor Jesus como meu Salvador.
Hoje vou a igreja por causa do Senhor Jesus, para louvar e engrandecer o nome Dele.
Nós somos pecadores e erramos muito, mas, talvez nosso maior erro é nos espelhar em seres humanos que cometem falhas, hoje eu entendo isso.
Agradeço a Deus por ter colocado aquela linda mensagem no seu coração naquele dia, sou grata por isso e acho que você deveria saber a mudança que ocorreu em minha vida depois daquela mensagem.
Desde aquele dia tenho recebido seus e-mails sobre o trabalho que faz. Que Deus continue abençoando seu trabalho.
Obrigada!
Roseane Ricarte
Você não me conhece, na verdade já me viu, mas, talvez não se lembre... mas eu, com certeza, me lembro de você.
No dia 23/03/2007 no acampamento Imago Dei eu me converti com sua pregação.
Estavam todos cansados depois de um dia agitado, então, você pediu para que todos fechassem os olhos e começou a falar baixinho... falou sobre a crucificação de Cristo... enquanto alguns bocejavam (não pela pregação, e sim pelo cansaço) eu ouvi atentamente tudo que você disse e simplesmente chorei de emoção...
Talvez não tenha sido a emoção que tenha me convertido e sim a verdade que era dita, alguém se preocupou e se preocupa comigo a ponto de dar sua vida pelos meus pecados... chorei por saber que nunca fui grata a isso e por saber que tive tempo para reconhecer tal Amor.
Namoro com uma pessoa que já era Crente no Senhor Jesus antes do namoro começar, foi tudo conturbado no começo por ser julgo desigual, muitas pessoas falavam comigo e tentavam me mostrar milhões de motivos para que eu me convertesse, que nosso namoro era pecado, mas, ninguém nunca havia me falado de forma tão simples sobre a crucificação de Cristo. Sempre me apontavam, e sei que estavam me julgando por eu "estragar" a vida de uma pessoa que já era Cristã... não entendia, era tudo novo pra mim... pensava que dentro de um lar Cristão iriam me tratar bem, pelo contrário, eu era o "erro" da história. Chateada com tudo isso, disse ao meu namorado que só iria á igreja por ele.
Foi então que fomos ao acampamento.....
Após meu batismo (29/11/2008), pessoas que me apontaram vieram me abraçar, meu primeiro pensamento foi: Por que esta pessoa está me abraçando, sendo que quando mais precisei de um abraço eu fui apenas julgada por algo que nem sabia que existia? Todo esse afeto faria mais sentido quando eu não tinha o Senhor Jesus como meu Salvador.
Hoje vou a igreja por causa do Senhor Jesus, para louvar e engrandecer o nome Dele.
Nós somos pecadores e erramos muito, mas, talvez nosso maior erro é nos espelhar em seres humanos que cometem falhas, hoje eu entendo isso.
Agradeço a Deus por ter colocado aquela linda mensagem no seu coração naquele dia, sou grata por isso e acho que você deveria saber a mudança que ocorreu em minha vida depois daquela mensagem.
Desde aquele dia tenho recebido seus e-mails sobre o trabalho que faz. Que Deus continue abençoando seu trabalho.
Obrigada!
Roseane Ricarte
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