terça-feira, 29 de junho de 2010

NÃO É DA MINHA CONTA

Li recentemente o livro “O CASTELO DE VIDRO” de Jeannette Walls. Leia, vale a pena. A autora nos conta de uma forma fascinante sua história: pais que viviam à margem da sociedade porque acreditavam ser essa a melhor maneira de viver. Opções de melhora no padrão de vida não faltaram, mas eles preferiam viver marginalizados e bebendo e não mudavam. Quando essa escritora viu que os sonhos alimentados pelos pais (ele, o pai, queria construir um Castelo de Vidro para morar e a mãe ser uma artista plástica de renome) nunca se realizariam por que eles não mudavam de vida, foi para Nova Iorque e se deu bem. Levou os irmãos para viverem com ela, coisa que os pais sempre se recusaram.
Uma das grandes lições que tirei desse romance auto-biográfico é que existem pessoas que optam por uma vida como ser, por exemplo, moradores de rua.
Mas há opções menos dramáticas que me incomodavam, mas eu não entendia que é a vida deles e eles é que escolhem. Por exemplo: há pessoas que optam por não sair para passear, outras por não limpar e arrumar a casa, outros ainda não se vestem bem, e muitos outros “estilos de vida” estranhos para mim. Se não há pecado e não prejudica outros, devemos ser tolerantes.
Indo um pouco mais a fundo, devemos participar, nos envolver e compartilhar do modo de viver dos outros:
“Sou um homem livre; não sou escravo de ninguém. Mas eu me fiz escravo de todos a fim de ganhar para Cristo o maior número possível de pessoas. Quando trabalho entre os judeus, vivo como judeu a fim de ganhá-los para Cristo. Não estou debaixo da Lei de Moisés; mas, quando trabalho entre os judeus, vivo como se estivesse debaixo dessa Lei para ganhar os judeus para Cristo. Assim também, quando estou entre os não-judeus, vivo fora da Lei de Moisés a fim de ganhar os não-judeus para Cristo. Isso não quer dizer que eu não obedeço à lei de Deus, pois estou, de fato, debaixo da lei de Cristo. Quando estou entre os fracos na fé, eu me torno fraco também a fim de ganhá-los para Cristo. Assim eu me torno tudo para todos a fim de poder, de qualquer maneira possível, salvar alguns. Faço tudo isso por causa do evangelho a fim de tomar parte nas suas bênçãos.” (1 Coríntios 9:19-23 NTLH)

Um comentário:

  1. Pois é, tolerância (lat. tolerantia) significa suportar alguma coisa, ter constância em suportar...
    Na aceitação da diferença, e às vezes enormes diferenças, é que vamos testando nossa tolerância com a alteridade...
    E não é fácil.


    Paz

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