A meteorologia afirmou que essa noite passada foi a mais fria do ano. Eu acredito. Ontem estava muuuuuuuuuuuuito frio!
Quando eu ia saindo ontem à noite da Igreja após o culto, parei para conversar com o meu amigo Írson (é assim mesmo o nome dele). Ele é o guarda da Igreja, e eu admiro demais esse homem, sério, trabalhador e responsável. Pena que seja corinthiano (já perguntei se isso foi de nascença ou acidente; nasceu assim o coitado).
Depois de comentarmos os resultados do futebol, ele falou assim para mim: “Tenho pena dessas pessoas que dormem na rua numa noite dessas”. Ele falou isso com visível pesar. O seu Írson até comentou que sabe que eles vivem na rua, pelo menos grande parte, porque bebem. E como estão no frio da rua, bebem mais ainda para se esquentar, mas assim mesmo ele sente pena.
Aquilo foi um “tapa na cara” para mim. Eu não tinha aquela sensibilidade.
Será que se dermos amor a um bêbado morador de rua, ele pára de beber?
Pode ser que não, mas precisamos tentar.
“Devemos amar a Deus com todo o nosso coração, com toda a nossa mente e com todas as nossas forças e também devemos amar os outros como amamos a nós mesmos. Pois é melhor obedecer a estes dois mandamentos do que trazer animais para serem queimados no altar e oferecer outros sacrifícios a Deus.” (Marcos 12:33 NTLH)
Note que eu conversei com meu amigo Írson ao sair do culto, e assim mesmo, pelo jeito, meu coração ainda estava gelado.
Acho que tirar a pessoa do frio e dar amor, não quer dizer que ela vai para de beber, mas temos que ter atitudes de amor, dando comida, agasalho e amor para essas pessoas.Ciça.
ResponderExcluirCarissímo,
ResponderExcluirAcredito que qualquer vício, qualquer compulsão, seja compensação pela falta de outra coisa...
Como em física o frio é entendido como um estado que "retira calor" das coisas, faz todo sentido: as pessoas estão na rua porque lhes é retirado aquilo que precisam (o amor) e compensam com a bebida...
E pode ser em pleno verão.
Paz,