sábado, 19 de junho de 2010

POESIA DE ADÉLIA PRADO

Se não fosse a esperança de que me aguardas com a mesa posta,
o que seria de mim não sei.
Sem o teu nome
a claridade do mundo não me hospeda,
é crua luz crestante sobre ais.
Eu necessito por detrás do Sol,
do calor que não se põe e tem gerado em meus sonhos,
na mais fechada noite, fulgurantes lâmpadas.
Porque acima e abaixo e ao redor do que existe,
permaneces.
Eu repouso meu rosto nesta areia,
contemplando as formigas, envelhecendo em paz,
como envelhece o que é de amoroso dono.
O mar é tão pequenino diante do que eu choraria
se não fosses meu Pai.
Ó Deus, ainda assim não é sem temor que te amo, nem sem medo.

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