A maior parte das pessoas sabe que torço para o Guarani. Muitas vezes após o culto de domingo fico sem saber o resultado do jogo e, aproveitando-se disso, um determinado indivíduo me procura e diz que o Guarani perdeu, mesmo sabendo que, o que aconteceu, foi um empate ou vitória para nós. Por essas e outras não acredito mais nesse cara. Mesmo quando ele fala a verdade.
Às vezes chego para a Denise e digo “Fulana de tal disse que ...”, e só de citar o nome daquela moça fica implícito que aquela informação tem que ser checada. Falta crédito no falar. E é verdade o que Neimar de Barros escreveu em seu livro “DEUS NEGRO”: “Um segundo de mentira destrói 24 horas de verdade”.
Conhece alguém assim? Se você me conhece, sua resposta tem que ser sim. Tenho lá momentos de fraqueza e aumento um pouco o tamanho do peixe que pesquei. Você não é assim? Parabéns.
Jesus Cristo não permitiu que um demônio falasse, muito embora sua (do demônio) afirmação fosse verdadeira:
“Depois, entraram em Cafarnaum, e, logo no sábado, foi ele ensinar na sinagoga. Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. Não tardou que aparecesse na sinagoga um homem possesso de espírito imundo, o qual bradou: Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus! Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai desse homem. Então, o espírito imundo, agitando-o violentamente e bradando em alta voz, saiu dele. Todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si: Que vem a ser isto? Uma nova doutrina! Com autoridade ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem! Então, correu célere a fama de Jesus em todas as direções, por toda a circunvizinhança da Galiléia.” (Marcos 1:21-28)
Autoridade de vida e consistência na verdade são 2 pré-requisitos para pregarmos com relevância.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
INVEJA
“É a inveja a primeira a descobrir todos os méritos” (Emanuel Wertheimer).
Já aconteceu comigo algumas vezes. Ao ouvir um pregador dar uma boa mensagem, pensar o seguinte: “Foi uma boa mensagem, mas se fosse eu pregando faria assim e assim”. Ou diante de qualquer outro trabalho bem feito ter uma reação semelhante.
Para muitos de nós, o sucesso dos outros nos incomoda. E torcemos para que o bem sucedido caia, pois temos a falsa impressão de que o outro descendo um degrau nós é que estamos subindo. Com você também é assim?
Se uma pessoa é bonita, vamos chamar a atenção para a orelha dela que é um pouco maior do que o normal. Se ela é inteligente, não pode falar uma sílaba errada que já caímos em cima, rindo. Se um ótimo cantor der uma desafinada mínima, para nós é a glória. Afinal das contas era isso mesmo que queríamos ver acontecer. E cá entre nós, às vezes até fazemos uma marcação fortíssima em cima do coitado.
E quando achamos algo, fazemos do tal a “bola da vez” numa roda de amigos.
A Bíblia afirma que a inveja pode nos deixar doentes:
“O ânimo sereno é a vida do corpo, mas a inveja é a podridão dos ossos.” (Provérbios 14:30)
E diz também que é difícil aguentar um invejoso:
“Cruel é o furor, e impetuosa, a ira, mas quem pode resistir à inveja?” (Provérbios 27:4)
PARA REFLETIR:
“Jesus dizia: O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem.” (Marcos 7:20-23)
Já aconteceu comigo algumas vezes. Ao ouvir um pregador dar uma boa mensagem, pensar o seguinte: “Foi uma boa mensagem, mas se fosse eu pregando faria assim e assim”. Ou diante de qualquer outro trabalho bem feito ter uma reação semelhante.
Para muitos de nós, o sucesso dos outros nos incomoda. E torcemos para que o bem sucedido caia, pois temos a falsa impressão de que o outro descendo um degrau nós é que estamos subindo. Com você também é assim?
Se uma pessoa é bonita, vamos chamar a atenção para a orelha dela que é um pouco maior do que o normal. Se ela é inteligente, não pode falar uma sílaba errada que já caímos em cima, rindo. Se um ótimo cantor der uma desafinada mínima, para nós é a glória. Afinal das contas era isso mesmo que queríamos ver acontecer. E cá entre nós, às vezes até fazemos uma marcação fortíssima em cima do coitado.
E quando achamos algo, fazemos do tal a “bola da vez” numa roda de amigos.
A Bíblia afirma que a inveja pode nos deixar doentes:
“O ânimo sereno é a vida do corpo, mas a inveja é a podridão dos ossos.” (Provérbios 14:30)
E diz também que é difícil aguentar um invejoso:
“Cruel é o furor, e impetuosa, a ira, mas quem pode resistir à inveja?” (Provérbios 27:4)
PARA REFLETIR:
“Jesus dizia: O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem.” (Marcos 7:20-23)
sábado, 27 de novembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
DEFINA A PALAVRA PROBLEMA PARA MIM
Ela tem 18 anos. Vamos chamá-la de Si. Nasceu com AIDS, que foi transmitida pela mãe que morreu quando essa jovem tinha 9 anos. É consumidora de drogas (segundo ela, menos as injetáveis), assim como o próprio pai. Inclusive ela já consumiu droga junto com o pai! Internada há 4 meses, durante esse tempo não se drogou, é lógico. Afirma que nunca mais vai usar tal recurso. Ela mora com uma tia, não com o pai e nem com a irmã. Essa irmã é quem cuida do filho de 2 anos que a Si teve com um rapaz, o qual a abandonou e já mora com outra amante. Não sei se essa criança também é contaminada.
Outro dia eu perguntei à Si como foi a sua infância até os 9 anos. Ela respondeu que foi só tristeza, como toda a sua vida. Eu acredito nisso.
Outra pergunta que fiz foi qual é a expectativa da Si para o futuro. Ela não hesitou em afirmar que quer fazer o ensino médio e cursar a faculdade de direito. Será que vai conseguir?
Às vezes fico pensando se o que eu chamo de “meu problema” é problema mesmo.
PARA REFLETIR:
“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações,” (Tiago 1:2)
Outro dia eu perguntei à Si como foi a sua infância até os 9 anos. Ela respondeu que foi só tristeza, como toda a sua vida. Eu acredito nisso.
Outra pergunta que fiz foi qual é a expectativa da Si para o futuro. Ela não hesitou em afirmar que quer fazer o ensino médio e cursar a faculdade de direito. Será que vai conseguir?
Às vezes fico pensando se o que eu chamo de “meu problema” é problema mesmo.
PARA REFLETIR:
“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações,” (Tiago 1:2)
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
SOBRE O ENSINAR E O VIVER
Certo domingo pela manhã, durante uma aula da Escola Bíblica Dominical, eu estava ensinando em uma classe de crianças com 10 anos de idade. Falava que o dito popular “Faça o que eu falo mas não faça o que eu faço” não é coerente com os ensinamentos bíblicos. Um pouco pensando alto, outro tanto compartilhando ou talvez perguntando, uma loirinha falou: “Meu pai vive me falando isso”.
Pode até ser que uma pessoa siga os conselhos de alguém que não vive o que diz, talvez pela veracidade do que é pregado, mas o impacto da lição é bem menor. O conselheiro fica desacreditado.
O ensino de Jesus maravilhava as pessoas. Observe:
“Depois, entraram em Cafarnaum, e, logo no sábado, foi ele ensinar na sinagoga. Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.” (Marcos 1:21-22)
Isso me fez lembrar dessa frase que, de tão divulgada, já não sei o autor: “Pregue, e se necessário fale”. E também essa outra: “As suas ações falam bem mais alto do que suas palavras”.
No mais, o que nos resta é ter sabedoria. Medite nessa frase de Johann Kaspar Lavater, filósofo, poeta e teólogo suiço que viveu de 1741 a 1801:
“Se queres ser sábio, aprende a interrogar razoavelmente, a escutar com atenção, a responder serenamente e a se calar quando não tiveres nada a dizer”.
Pode até ser que uma pessoa siga os conselhos de alguém que não vive o que diz, talvez pela veracidade do que é pregado, mas o impacto da lição é bem menor. O conselheiro fica desacreditado.
O ensino de Jesus maravilhava as pessoas. Observe:
“Depois, entraram em Cafarnaum, e, logo no sábado, foi ele ensinar na sinagoga. Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.” (Marcos 1:21-22)
Isso me fez lembrar dessa frase que, de tão divulgada, já não sei o autor: “Pregue, e se necessário fale”. E também essa outra: “As suas ações falam bem mais alto do que suas palavras”.
No mais, o que nos resta é ter sabedoria. Medite nessa frase de Johann Kaspar Lavater, filósofo, poeta e teólogo suiço que viveu de 1741 a 1801:
“Se queres ser sábio, aprende a interrogar razoavelmente, a escutar com atenção, a responder serenamente e a se calar quando não tiveres nada a dizer”.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
O PÃO DO CÉU
Texto de Reinaldo Bui
Prá que orar se podemos nos preocupar?
Quantos em algum momento de suas vidas já não pensaram assim? Se não pensaram, pelo menos assim agiram sem pensar.
Quantos de nós andamos ansiosos, preocupados com o dia de amanhã?
Quantos de nós, em algum momento, deixamos de nos alegrar com o que Deus já nos deu porque não temos o que Ele ainda não deu? E talvez nem dê!
Conforme aprendemos, quando Jesus nos estimula a pedir “o pão nosso de cada dia” ele quis ensinar que Deus não está comprometido com nossos luxos, mas sim com o que é essencial para viver.
Portanto nós (ricos e abastados do século XXI), devemos estar olhando com mais atenção para este pedido com profunda gratidão e senso de dependência no coração, cientes de que
(1) este pão cotidiano é Deus quem nos dá, e
(2) se Ele dá a mais é com algum propósito.
Mas ainda insistimos na nossa ansiedade.
Um pouco antes de ensinar a orar, Jesus avisou: “não andeis ansiosos pela vossa vida”, Ele referia-se justamente ao que havemos de comer ou beber; e também pelo nosso corpo, quanto ao que havemos de vestir.
E a pergunta que Ele dispara na sequência (do "Não andeis ansiosos por coisa alguma..."), deveria nos levar refletir um pouco neste assunto.
Pare e pondere:
“Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” e “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?” (Mateus 6.25 e 27)
Só paramos de nos preocupar quando nos sentimos satisfeitos; e quando estamos satisfeitos estamos felizes.
Pessoas insatisfeitas são pessoas infelizes. Pessoas infelizes nunca estão satisfeitas com o que Deus lhe dá.
Então Jesus nos ensina o segredo de uma vida feliz:
“...buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33).
Deus está dizendo: “Cuide das minhas prioridades que eu cuido das suas necessidades, ok?”
Busque algo maio nobre. Uma vez que o nosso pão cotidiano está garantido, de que sentimos falta?
Note o que Jesus respondeu a Satanás durante Sua tentação no deserto em Mateus 4.4: “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”.
Jesus viveu neste mundo, mas não seguia o curso deste mundo.
Ele “preocupava-se” com coisas muito mais elevadas: em como agradar a Deus.
Ocupava-se em santificar o nome de Deus; com o reino dos Céus; em fazer a vontade do Pai.
O que o mantinha vivo era isto. Alimento físico é útil para um dia. No dia seguinte precisamos mais. Ele nos conserva vivos (corpo), mas não são essenciais para a alma.
O que alimenta e satisfaz a nossa alma, segundo Jesus, era: “Mas ele lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis. Diziam, então, os discípulos uns aos outros: Ter-lhe-ia, porventura, alguém trazido o que comer?Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”. (João 4.32-34)
Devemos ansiar por isto!
E também almejar pelo dia em que todos terão fome e sede de beber da fonte de água viva e comer do pão que vem do céu.
Todos nós já o comemos, e precisamos continuar nos alimentando dele diariamente.
Muitos, mas muitos mesmo, nunca provaram deste pão, nunca beberam desta fonte.
Estão morrendo com sede e com fome.
Eis que vêm dias, diz o SENHOR Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR. (Amós 8.11)
Quem dará de comer a este povo?
Habitue-se à idéia de que o pão nosso de cada dia é muito mais do que o alimento físico para o desenvolvimento do nosso corpo.
É o Pão do céu que nosso Pai nos dá.
Preocupamo-nos com coisas tão superficiais e nos esquecemos do que realmente tem valor.
Devemos falar, compartilhar, repartir o pão, dar de comer e de beber a quem tem fome e sede.
Reflita sobre qual tem sido as três principais fontes de preocupação na nossa vida, na vida da Igreja?
No “ranking das ansiedades”, que posição ocupa a preocupação diária em pregar o Evangelho, levar a Palavra aos que nunca ouviram?
Prá que orar se podemos nos preocupar?
Quantos em algum momento de suas vidas já não pensaram assim? Se não pensaram, pelo menos assim agiram sem pensar.
Quantos de nós andamos ansiosos, preocupados com o dia de amanhã?
Quantos de nós, em algum momento, deixamos de nos alegrar com o que Deus já nos deu porque não temos o que Ele ainda não deu? E talvez nem dê!
Conforme aprendemos, quando Jesus nos estimula a pedir “o pão nosso de cada dia” ele quis ensinar que Deus não está comprometido com nossos luxos, mas sim com o que é essencial para viver.
Portanto nós (ricos e abastados do século XXI), devemos estar olhando com mais atenção para este pedido com profunda gratidão e senso de dependência no coração, cientes de que
(1) este pão cotidiano é Deus quem nos dá, e
(2) se Ele dá a mais é com algum propósito.
Mas ainda insistimos na nossa ansiedade.
Um pouco antes de ensinar a orar, Jesus avisou: “não andeis ansiosos pela vossa vida”, Ele referia-se justamente ao que havemos de comer ou beber; e também pelo nosso corpo, quanto ao que havemos de vestir.
E a pergunta que Ele dispara na sequência (do "Não andeis ansiosos por coisa alguma..."), deveria nos levar refletir um pouco neste assunto.
Pare e pondere:
“Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” e “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?” (Mateus 6.25 e 27)
Só paramos de nos preocupar quando nos sentimos satisfeitos; e quando estamos satisfeitos estamos felizes.
Pessoas insatisfeitas são pessoas infelizes. Pessoas infelizes nunca estão satisfeitas com o que Deus lhe dá.
Então Jesus nos ensina o segredo de uma vida feliz:
“...buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33).
Deus está dizendo: “Cuide das minhas prioridades que eu cuido das suas necessidades, ok?”
Busque algo maio nobre. Uma vez que o nosso pão cotidiano está garantido, de que sentimos falta?
Note o que Jesus respondeu a Satanás durante Sua tentação no deserto em Mateus 4.4: “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”.
Jesus viveu neste mundo, mas não seguia o curso deste mundo.
Ele “preocupava-se” com coisas muito mais elevadas: em como agradar a Deus.
Ocupava-se em santificar o nome de Deus; com o reino dos Céus; em fazer a vontade do Pai.
O que o mantinha vivo era isto. Alimento físico é útil para um dia. No dia seguinte precisamos mais. Ele nos conserva vivos (corpo), mas não são essenciais para a alma.
O que alimenta e satisfaz a nossa alma, segundo Jesus, era: “Mas ele lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis. Diziam, então, os discípulos uns aos outros: Ter-lhe-ia, porventura, alguém trazido o que comer?Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”. (João 4.32-34)
Devemos ansiar por isto!
E também almejar pelo dia em que todos terão fome e sede de beber da fonte de água viva e comer do pão que vem do céu.
Todos nós já o comemos, e precisamos continuar nos alimentando dele diariamente.
Muitos, mas muitos mesmo, nunca provaram deste pão, nunca beberam desta fonte.
Estão morrendo com sede e com fome.
Eis que vêm dias, diz o SENHOR Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR. (Amós 8.11)
Quem dará de comer a este povo?
Habitue-se à idéia de que o pão nosso de cada dia é muito mais do que o alimento físico para o desenvolvimento do nosso corpo.
É o Pão do céu que nosso Pai nos dá.
Preocupamo-nos com coisas tão superficiais e nos esquecemos do que realmente tem valor.
Devemos falar, compartilhar, repartir o pão, dar de comer e de beber a quem tem fome e sede.
Reflita sobre qual tem sido as três principais fontes de preocupação na nossa vida, na vida da Igreja?
No “ranking das ansiedades”, que posição ocupa a preocupação diária em pregar o Evangelho, levar a Palavra aos que nunca ouviram?
terça-feira, 23 de novembro de 2010
TUM-TÁ
Já por diversas vezes me referi ao projeto TUM-TÁ. Ontem mesmo eu o fiz. Sempre cito esse trabalho, pois o mesmo é extremamente empolgante. Jovens estudantes cristãos que querem servir a Deus além das 4 paredes das Igrejas. E escolheram o HC-UNICAMP, onde realizam um fantástico trabalho voluntário.
Só que chegando lá não escolhem serviço. Fazer visitas, distribuir folhetos evangelísticos, brincar com as crianças, fazer companhia a algum paciente solitário, fazer um conserto e um concerto em um piano, organizar e realizar uma festa de aniversário, levar música cristã ou não àquele ambiente tão cheio de tristeza, e tudo o que aparecer.
Quando eles chegam lá pela primeira vez, ao começar o treinamento que sempre dou, tento dissuadí-los de trabalhar ali. É um ambiente atípico e de risco. Alguns poucos desistem, e para os outros que perseveram, afirmo-lhes que o trabalho que vão realizar é por demais recompensador. Nessa hora alerto que quem serve ali tem que estar “resolvido consigo mesmo”. Buscar auto-realização, fugir da depressão, sentir-se bem ao fazer o bem, enfim, tirar algum lucro da situação está fora de cogitação. Estamos naquele hospital para servir aos outros, e não a nós mesmos. Muito embora quem visita acaba sempre ganhando mais do que quem é visitado, devemos perseverar no propósito de servir, e só.
E é isso que esses jovens maravilhosos fazem ali.
É por isso que amo a cada um deles.
“Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade.” (Eclesiastes 12:1)
Só que chegando lá não escolhem serviço. Fazer visitas, distribuir folhetos evangelísticos, brincar com as crianças, fazer companhia a algum paciente solitário, fazer um conserto e um concerto em um piano, organizar e realizar uma festa de aniversário, levar música cristã ou não àquele ambiente tão cheio de tristeza, e tudo o que aparecer.
Quando eles chegam lá pela primeira vez, ao começar o treinamento que sempre dou, tento dissuadí-los de trabalhar ali. É um ambiente atípico e de risco. Alguns poucos desistem, e para os outros que perseveram, afirmo-lhes que o trabalho que vão realizar é por demais recompensador. Nessa hora alerto que quem serve ali tem que estar “resolvido consigo mesmo”. Buscar auto-realização, fugir da depressão, sentir-se bem ao fazer o bem, enfim, tirar algum lucro da situação está fora de cogitação. Estamos naquele hospital para servir aos outros, e não a nós mesmos. Muito embora quem visita acaba sempre ganhando mais do que quem é visitado, devemos perseverar no propósito de servir, e só.
E é isso que esses jovens maravilhosos fazem ali.
É por isso que amo a cada um deles.
“Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade.” (Eclesiastes 12:1)
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
MUITOS ANOS DE VIDA
Quinta-feira, a Bárbara e a Raquel desceram da Enfermaria e me acharam trabalhando no escritório da Capelania. As duas são do projeto TUM-TÁ, grupo de jovens estudantes que trabalham como voluntários fazendo visitas aos pacientes do hospital. Queriam saber se podiam organizar uma festa de aniversário surpresa para uma paciente que no dia seguinte, sexta-feira, completaria 18 anos, estava internada e sem nenhum acompanhante.
Expliquei que a “mãe” da idéia é quem “cuida” da criança, ou seja, elas é que teriam que fazer tudo. Elas concordaram. E realmente viram tudo: autorização da enfermagem, bolo, salgadinhos, refrigerante, chapeuzinhos de festa, copos, pratos e garfinhos descartáveis, bexigas, e ainda convidaram mais uma garota (a Thaís, também do TUM-TÁ) para cantar e tocar violão.
Na sexta-feira eu as acompanhei (junto com mais 3 jovens, a Maju, a Biju e a Caju) até o quarto da Gisele, a garota aniversariante. Foi emocionante. Todas de chapeuzinhos, inclusive o pessoal da enfermagem. Cantamos, comemos e oramos de uma forma bem espiritual e comovente.
Antes de trabalhar ali no HC-UNICAMP, para mim era inconcebível alguém comemorar o aniversario dentro de um hospital, mas todos dos quais participei foram cheios de significado.
Foi uma coisa maravilhosa o que aquelas seis meninas fizeram. Uma experiência fantástica.
PARA REFLETIR:
“Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.” (Salmos 90:12).
Ou como está em outra versão:
“Faze com que saibamos como são poucos os dias da nossa vida para que tenhamos um coração sábio.” (Salmos 90:12 NTLH)
Expliquei que a “mãe” da idéia é quem “cuida” da criança, ou seja, elas é que teriam que fazer tudo. Elas concordaram. E realmente viram tudo: autorização da enfermagem, bolo, salgadinhos, refrigerante, chapeuzinhos de festa, copos, pratos e garfinhos descartáveis, bexigas, e ainda convidaram mais uma garota (a Thaís, também do TUM-TÁ) para cantar e tocar violão.
Na sexta-feira eu as acompanhei (junto com mais 3 jovens, a Maju, a Biju e a Caju) até o quarto da Gisele, a garota aniversariante. Foi emocionante. Todas de chapeuzinhos, inclusive o pessoal da enfermagem. Cantamos, comemos e oramos de uma forma bem espiritual e comovente.
Antes de trabalhar ali no HC-UNICAMP, para mim era inconcebível alguém comemorar o aniversario dentro de um hospital, mas todos dos quais participei foram cheios de significado.
Foi uma coisa maravilhosa o que aquelas seis meninas fizeram. Uma experiência fantástica.
PARA REFLETIR:
“Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.” (Salmos 90:12).
Ou como está em outra versão:
“Faze com que saibamos como são poucos os dias da nossa vida para que tenhamos um coração sábio.” (Salmos 90:12 NTLH)
sábado, 20 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
CARTA QUE RECEBI DA HELOÍSA
Oi, Chico,
Essa oração tem tudo a ver com o que vc escreveu sobre o quanto desejamos ser amados.
Abraço, Heloisa.
Ó Jesus, manso e humilde de coração, ouve-me.
Livra-me, Jesus,
Do desejo de ser estimado,
Do desejo de ser exaltado,
Do desejo de ser honrado,
Do desejo de ser louvado,
Do desejo de ser preferido a outros,
Do desejo de ser consultado,
Do desejo de ser aprovado,
Do medo de ser humilhado,
Do medo de ser desprezado,
Do medo de ser repreendido,
Do medo de ser esquecido,
Do medo de ser ridicularizado,
Do medo de ser prejudicado,
Do medo de ser alvo de suspeitas.
E, Jesus, concede-me a graça de desejar
Que outros possam ser mais amados que eu.
Que na opinião do mundo,
Outros possam crescer e eu diminuir.
Que outros possam ser escolhidos,
E eu posto de parte.
Que outros possam ser louvados
E eu passe despercebido.
Que outros possam ser preferidos a mim em tudo.
E que outros possam tornar-se mais santos do que eu,
Contanto que eu me torne tão santo quanto devo ser.
Essa oração tem tudo a ver com o que vc escreveu sobre o quanto desejamos ser amados.
Abraço, Heloisa.
Ó Jesus, manso e humilde de coração, ouve-me.
Livra-me, Jesus,
Do desejo de ser estimado,
Do desejo de ser exaltado,
Do desejo de ser honrado,
Do desejo de ser louvado,
Do desejo de ser preferido a outros,
Do desejo de ser consultado,
Do desejo de ser aprovado,
Do medo de ser humilhado,
Do medo de ser desprezado,
Do medo de ser repreendido,
Do medo de ser esquecido,
Do medo de ser ridicularizado,
Do medo de ser prejudicado,
Do medo de ser alvo de suspeitas.
E, Jesus, concede-me a graça de desejar
Que outros possam ser mais amados que eu.
Que na opinião do mundo,
Outros possam crescer e eu diminuir.
Que outros possam ser escolhidos,
E eu posto de parte.
Que outros possam ser louvados
E eu passe despercebido.
Que outros possam ser preferidos a mim em tudo.
E que outros possam tornar-se mais santos do que eu,
Contanto que eu me torne tão santo quanto devo ser.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
LIÇÕES QUE APRENDI SOBRE O VERDADEIRO AMOR 3
Lembro-me de ter ido visitar uma instituição que acolhe meninos menores de idade e que moravam nas ruas. Uma das coisas que mais me impressionou ali foi o fato de não haver cercas nem portas trancadas. Quando perguntei ao missionário responsável por aquele trabalho a razão disso, ele me explicou que a única coisa que deveria segurar aqueles garotos naquela casa era o amor de Cristo vivenciado por quem cuidava deles.
Aí está um princípio fundamental: o verdadeiro amor dá a liberdade para a pessoa escolher entre ficar ou ir embora. Sempre.Já vi muitos casais ainda juntos pelo simples fato de um deles segurar o outro de tudo quanto é jeito. Isso pode ser feito com chantagem emocional, ameaças, racionalizações e até com agressões físicas. O outro pode até ficar, mas já não existe amor de verdade.
Dar liberdade exige grandeza de alma e nobreza de coração. É necessário entender o amor de Deus para se amar assim.
As pessoas que estão à sua volta, estão por livre vontade?
Veja que interessante esse detalhe do episódio em que Cristo, já ressurreto, se encontra e caminha com dois discípulos na estrada de Emaús:
“Quando se aproximavam da aldeia para onde iam, fez ele (Jesus) menção de passar adiante. Mas eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque é tarde, e o dia já declina. E entrou para ficar com eles.” (Lucas 24:28-29)
Cristo não força a Sua presença, Ele dá liberdade para que rejeitem Sua companhia!
Ele faz o mesmo comigo e com você.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
LIÇÕES QUE APRENDI SOBRE O VERDADEIRO AMOR 2
Há um exercício que, de vez em quando, eu uso em sala de aula como ilustração. Peço para dois participantes (geralmente de lados opostos da sala) trocarem de lugar. E falo, a seguir, que a partir da troca, um passou a ver a aula “do ponto de vista” do outro. O verdadeiro amor é basicamente isso: nos colocarmos no lugar uns dos outros.
Mas, com que intuito? Satisfazer as necessidades da pessoa a quem decidimos amar, necessidades essas que não sejam ilegais, imorais e que não façam mal. Para memorizar lembre-se dos “3 als” (ilegal, imoral e que não faça mal). Por exemplo, não posso ajudar alguém a roubar um banco, nem ajudar a cometer adultério e dar água a quem está em jejum para uma cirurgia.
A palavra vigário vem do latim “vicariu”, que significa aquele que se coloca no lugar do outro. Por isso afirmamos que o sacrifício de Jesus Cristo por nós é vicário. Ele morreu em nosso lugar para pagar os nossos pecados. Cada um de nós é que deveria estar naquela cruz.
“Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8)
E nós?
“Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.” (1 João 3:16)
Mas, com que intuito? Satisfazer as necessidades da pessoa a quem decidimos amar, necessidades essas que não sejam ilegais, imorais e que não façam mal. Para memorizar lembre-se dos “3 als” (ilegal, imoral e que não faça mal). Por exemplo, não posso ajudar alguém a roubar um banco, nem ajudar a cometer adultério e dar água a quem está em jejum para uma cirurgia.
A palavra vigário vem do latim “vicariu”, que significa aquele que se coloca no lugar do outro. Por isso afirmamos que o sacrifício de Jesus Cristo por nós é vicário. Ele morreu em nosso lugar para pagar os nossos pecados. Cada um de nós é que deveria estar naquela cruz.
“Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8)
E nós?
“Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.” (1 João 3:16)
terça-feira, 16 de novembro de 2010
LIÇÕES QUE APRENDI SOBRE O VERDADEIRO AMOR 1
Pensando que estava amando, já me peguei querendo possuir quem eu queria amar! No fundo o que eu queria era satisfazer as minhas próprias necessidades, tais como as emocionais, físicas, de companhia, de reforçar minha auto-imagem, etc ...
Também já me surpreendi pensando estar amando só porque eu assim falava, mas na realidade estava sendo omisso, mecânico, ausente. No fundo estava voltado só para mim mesmo, cuidando só dos meus próprios interesses.
Não existe amor demais nem de menos. O verdadeiro amor só existe na medida certa. Demais é possessão e de menos é omissão.
Faça o seguinte exercício: substitua a palavra “amor” no trecho bíblico abaixo por seu próprio nome.
“O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1 Coríntios 13:4-7)
Também já me surpreendi pensando estar amando só porque eu assim falava, mas na realidade estava sendo omisso, mecânico, ausente. No fundo estava voltado só para mim mesmo, cuidando só dos meus próprios interesses.
Não existe amor demais nem de menos. O verdadeiro amor só existe na medida certa. Demais é possessão e de menos é omissão.
Faça o seguinte exercício: substitua a palavra “amor” no trecho bíblico abaixo por seu próprio nome.
“O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1 Coríntios 13:4-7)
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
NÃO!
As três estavam no pátio. A mãe, ao lado de um jardim que, ninguém sabe porque, tinha todas as plantas ressecadas. Do outro lado, uma senhora de cabelos brancos toda vestida de branco, e no centro, a filhinha, uma menina linda de 6 anos. Um verme comia lentamente o rosto da criança. A mãe e a outra mulher estavam sentadas e amarradas a duas cadeiras e tentavam, desesperadamente e sem sucesso, se libertar. A menina brincava distraída.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
PRESENTE DE NATAL
Participo como líder de um grupo de estudo bíblico, desses que alguns chamam de Grupos nos Lares, outros de Grupo ECO (Estudo, Comunhão e Oração). Na minha Igreja chamamos de KOINONIA (que quer dizer Comunhão). Todo fim de ano organizamos uma festinha de confraternização e, claro, tem a brincadeira de Amigo Secreto.
Só que a cada ano eu proponho que a brincadeira seja diferente, fugindo da febre de consumismo: ou o presente tem que ser feito pela pessoa que vai dá-lo (uma comida, um quadro, uma peça de artesanato, uma poesia, uma música ...), ou algo de estimação que a pessoa possua e vai ser presenteado (um CD, um livro, uma peça de vestuário ...), ou juntamos o dinheiro que seria gasto com presentes e enviamos para um missionário, enfim, a cada ano evitamos dar presentes comprados.
Já estou me preparando espiritualmente para o Natal desse ano, e a linha de pensamento que quero seguir nessas reflexões e estudos está no seguinte versículo:
“Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber.” (Atos 20:35)
Repare que o Natal é um presente que Deus nos deu:
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;” (Isaías 9:6)
“Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)
Só que a cada ano eu proponho que a brincadeira seja diferente, fugindo da febre de consumismo: ou o presente tem que ser feito pela pessoa que vai dá-lo (uma comida, um quadro, uma peça de artesanato, uma poesia, uma música ...), ou algo de estimação que a pessoa possua e vai ser presenteado (um CD, um livro, uma peça de vestuário ...), ou juntamos o dinheiro que seria gasto com presentes e enviamos para um missionário, enfim, a cada ano evitamos dar presentes comprados.
Já estou me preparando espiritualmente para o Natal desse ano, e a linha de pensamento que quero seguir nessas reflexões e estudos está no seguinte versículo:
“Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber.” (Atos 20:35)
Repare que o Natal é um presente que Deus nos deu:
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;” (Isaías 9:6)
“Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
DÁ UMA OLHADA NISSO
Quando estava na faculdade de jornalismo, aprendi uma lição que mudou a minha maneira de olhar o mundo. Um professor contou o caso de um repórter que trabalhava em um jornal da capital e foi enviado a uma cidade do interior do Estado para fazer a cobertura de um jogo de futebol. Numa determinada hora ele liga para a redação e deixa recado para o chefe que não poderia fazer a reportagem da partida pois estava preso em um congestionamento enorme devido a um terrível acidente na estrada, o qual tinha muitas pessoas mortas e feridas. Chegando no outro dia ao jornal, aquele repórter levou uma grande bronca do chefe: ele não fizera a cobertura do acidente, não tirando fotos nem anotando dados para o texto!
A partir daí eu comecei a olhar para tudo o que está à minha volta por outros ângulos. E percebi então que muitas vezes o que é mais interessante não está necessariamente naquilo para o qual todos os olhos estão voltados. Faça um teste você mesmo: na próxima festa de aniversário que você for convidado, na hora de cantar o “Parabéns”, além de olhar para o aniversariante somente, olhe também para os convidados, principalmente para os que estão no fundo da sala e para as crianças.
Note também que as emissoras de TV fazem durante as transmissões de jogos, buscando nos momentos propícios, imagens significativas dos torcedores nas arquibancadas.
É muito significativa a direção para a qual direcionamos nosso olhar. Muitas vezes olhamos tanto para onde todo mundo olha e não olhamos para o mais importante.
PARA MEDITAR:
“A ti, que habitas nos céus, elevo os olhos! Como os olhos dos servos estão fitos nas mãos dos seus senhores, e os olhos da serva, na mão de sua senhora, assim os nossos olhos estão fitos no SENHOR, nosso Deus, até que se compadeça de nós.” (Salmos 123:1-2)
“Fiz aliança com meus olhos; como, pois, os fixaria eu numa donzela?” (Jó 31:1)
“São os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, se forem maus, o teu corpo ficará em trevas.” (Lucas 11:34)
A partir daí eu comecei a olhar para tudo o que está à minha volta por outros ângulos. E percebi então que muitas vezes o que é mais interessante não está necessariamente naquilo para o qual todos os olhos estão voltados. Faça um teste você mesmo: na próxima festa de aniversário que você for convidado, na hora de cantar o “Parabéns”, além de olhar para o aniversariante somente, olhe também para os convidados, principalmente para os que estão no fundo da sala e para as crianças.
Note também que as emissoras de TV fazem durante as transmissões de jogos, buscando nos momentos propícios, imagens significativas dos torcedores nas arquibancadas.
É muito significativa a direção para a qual direcionamos nosso olhar. Muitas vezes olhamos tanto para onde todo mundo olha e não olhamos para o mais importante.
PARA MEDITAR:
“A ti, que habitas nos céus, elevo os olhos! Como os olhos dos servos estão fitos nas mãos dos seus senhores, e os olhos da serva, na mão de sua senhora, assim os nossos olhos estão fitos no SENHOR, nosso Deus, até que se compadeça de nós.” (Salmos 123:1-2)
“Fiz aliança com meus olhos; como, pois, os fixaria eu numa donzela?” (Jó 31:1)
“São os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, se forem maus, o teu corpo ficará em trevas.” (Lucas 11:34)
terça-feira, 9 de novembro de 2010
CRESCENDO NO ENTENDIMENTO
Um senhor, muito sério com Deus, me procurou para agradecer uma lição dada por mim há muitos anos passados numa aula de Escola Bíblica Dominical. Me contou ele que naquela aula eu compartilhei que na minha “Hora Silenciosa com Deus”, enquanto Deus não me falasse algo pelas Escrituras, aquele momento não era tido como feito.
Só que hoje já não penso mais assim. E se Deus não quiser falar nada? Ele faz o que quer, não é mesmo? Veja esse trecho:
“Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão.” (Romanos 9:15)
Mas, espera aí. Você pode estar pensando: “Xyko, você está dizendo que muda de opinião sobre assuntos espirituais?”. Veja bem, não é a opinião de Deus (o que Deus fala na Bíblia é imutável), é a minha opinião. Se é a minha opinião, mesmo que seja sobre assuntos espirituais, não há problema mudar.
Mas veja bem, não quero com isso dizer que “assino embaixo” dos seguintes versos de Raul Seixas: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante/Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. Isso é válido para um cara que tinha uma vida desajustada como a do Raul Seixas.
Por outro lado, não quero ficar refém de uma idéia. Observe a frase abaixo:
“Nossas convicções mais arraigadas, mais indubitáveis, são as mais suspeitas. Elas constituem nossos limites, nossos confins, nossa prisão”. (José Ortega y Gasse)
O meio termo é o ideal. Ser flexível e firme de opinião. Isso gera crescimento.
PARA MEDITAR:
“E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.” (Lucas 2:52)
Só que hoje já não penso mais assim. E se Deus não quiser falar nada? Ele faz o que quer, não é mesmo? Veja esse trecho:
“Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão.” (Romanos 9:15)
Mas, espera aí. Você pode estar pensando: “Xyko, você está dizendo que muda de opinião sobre assuntos espirituais?”. Veja bem, não é a opinião de Deus (o que Deus fala na Bíblia é imutável), é a minha opinião. Se é a minha opinião, mesmo que seja sobre assuntos espirituais, não há problema mudar.
Mas veja bem, não quero com isso dizer que “assino embaixo” dos seguintes versos de Raul Seixas: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante/Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. Isso é válido para um cara que tinha uma vida desajustada como a do Raul Seixas.
Por outro lado, não quero ficar refém de uma idéia. Observe a frase abaixo:
“Nossas convicções mais arraigadas, mais indubitáveis, são as mais suspeitas. Elas constituem nossos limites, nossos confins, nossa prisão”. (José Ortega y Gasse)
O meio termo é o ideal. Ser flexível e firme de opinião. Isso gera crescimento.
PARA MEDITAR:
“E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.” (Lucas 2:52)
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
A IMPORTÂNCIA DE SABER OUVIR
Texto de Osmar Ludovico
A audição é um sentido maravilhoso. Somos gratos a Deus por esse dom, pena que o usemos tão mal. Vivemos imersos no ativismo, na agitação, na correria. Somos falastrões compulsivos. Buscamos nos cercar de muitos ruídos e estímulos, com medo da sensação de abandono. Há pouco espaço para o silêncio nas igrejas e casas. Nossa capacidade de escuta é afetada por esse constante barulho ao redor. A verdadeira e profunda escuta emerge de um coração quieto e sereno. Quanto mais tagarelice e barulho, menos podemos ouvir.
A quem devemos ouvir? Em primeiro lugar, à voz de Deus. Esse é um tema constante nas Escrituras, que descrevem a dureza de coração como a incapacidade de ouvir a Palavra. É preciso ouvir Deus com a mente e o coração, com a razão e os sentimentos, deixando-se penetrar pela Palavra transformadora.
Como a semente que cai no solo para ser fertilizada e dar fruto, assim é a Palavra de Deus que cai no coração. “Terra” em latim é húmus, o que deu origem à palavra “humildade”. Assim, ela permanece quieta, sem chamar a atenção, pisada, despercebida, mas está pronta para acolher a semente no profundo, no escuro, e dar seu fruto no devido tempo.
Quando foi a última vez que escolhemos acolher a Palavra e, como Maria, nos colocarmos silenciosamente aos pés de Cristo para ouvi-lo? A capacidade de ouvir Deus está relacionada à qualidade da vida devocional. Ler a Palavra, recebê-la e aplicá-la no cotidiano é graça, favor imerecido, e, ao mesmo tempo, disciplina a ser desenvolvida. Graça, pois, depende da revelação de Deus e não pode se tornar uma técnica; disciplina, pois requer de nós uma escolha, um exercício no tempo (horário pré-determinado) e no espaço (local propício).
Em segundo lugar, devemos ouvir uns aos outros. A comunhão depende de comunicação. Ouvir e ser ouvido cria a comunidade. Os litígios e conflitos surgem quando não ouço e não sou ouvido. Os relacionamentos desmoronam por causa da incapacidade de se escutar uns aos outros. Essa é a queixa comum na família, partindo de esposas, maridos e filhos: “Não sou ouvido, não sou compreendido, não sou respeitado”.
Ouvir negligentemente gera mal-entendido. Em vez de acolher, debatemos, em vez de ouvir, discutimos. Alteramos o tom de voz, gritamos. Enquanto o outro fala, pensamos na resposta, e uma conversa vira bate-boca. Reconciliar e pacificar significa levar duas pessoas a ouvir uma à outra. Quando realmente ouvimos aquilo que o outro diz, nos identificamos com sua humanidade; passamos a entender seu mundo e, assim, podemos chorar com os que choram e nos alegrar com os que se alegram.
Quando há escuta, podemos nos expor, contar quem somos na certeza de que o outro nos ouve e se solidariza conosco. A controvérsia teológica e a maledicência revelam mentes estereotipadas, fechadas, avessas ao diálogo e à transparência, além do medo da aproximação, que dificulta discernir a fraternidade, isto é, encontrar o irmão e perceber que somos membros do mesmo corpo. Quando existe um contexto de escuta, as máscaras caem. Ouvimos e somos ouvidos a partir de nossa realidade mais profunda e aprendemos a nos respeitar, validando e considerando a história e a singularidade das pessoas.
Finalmente, somos chamados a ouvir o mundo. Devemos começar reconhecendo que nós, cristãos, vivemos alienados numa bolha protetora. Não ouvimos o clamor do mundo – pelo contrário, ouvimos passivamente a mídia com sua mensagem consumista que nos acomoda e anestesia. Tornamo-nos surdos aos inúmeros clamores do mundo.
Só quando ouvimos, entramos em contato com o mundo tal qual ele é. Assim, nos identificamos e compreendemos o drama do ser humano sem Deus, ouvimos suas indagações, suas dores, e então, podemos falar de um evangelho que vai ao encontro de suas necessidades. Esse é o princípio da encarnação. Ouvimos não somente o clamor dos perdidos, mas também o clamor dos pobres. Só há um ser que devemos nos recusar a ouvir: o diabo. Esse foi o erro de Adão e Eva: em vez de ouvirem a Deus, ouviram Satanás.
Por fim, é necessário cumprir o grande mandamento: “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças. [...] Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mc 12. 30-31); precisamos aprender a ouvir melhor a Deus e uns aos outros, pois essa é uma profunda expressão do amor.
A audição é um sentido maravilhoso. Somos gratos a Deus por esse dom, pena que o usemos tão mal. Vivemos imersos no ativismo, na agitação, na correria. Somos falastrões compulsivos. Buscamos nos cercar de muitos ruídos e estímulos, com medo da sensação de abandono. Há pouco espaço para o silêncio nas igrejas e casas. Nossa capacidade de escuta é afetada por esse constante barulho ao redor. A verdadeira e profunda escuta emerge de um coração quieto e sereno. Quanto mais tagarelice e barulho, menos podemos ouvir.
A quem devemos ouvir? Em primeiro lugar, à voz de Deus. Esse é um tema constante nas Escrituras, que descrevem a dureza de coração como a incapacidade de ouvir a Palavra. É preciso ouvir Deus com a mente e o coração, com a razão e os sentimentos, deixando-se penetrar pela Palavra transformadora.
Como a semente que cai no solo para ser fertilizada e dar fruto, assim é a Palavra de Deus que cai no coração. “Terra” em latim é húmus, o que deu origem à palavra “humildade”. Assim, ela permanece quieta, sem chamar a atenção, pisada, despercebida, mas está pronta para acolher a semente no profundo, no escuro, e dar seu fruto no devido tempo.
Quando foi a última vez que escolhemos acolher a Palavra e, como Maria, nos colocarmos silenciosamente aos pés de Cristo para ouvi-lo? A capacidade de ouvir Deus está relacionada à qualidade da vida devocional. Ler a Palavra, recebê-la e aplicá-la no cotidiano é graça, favor imerecido, e, ao mesmo tempo, disciplina a ser desenvolvida. Graça, pois, depende da revelação de Deus e não pode se tornar uma técnica; disciplina, pois requer de nós uma escolha, um exercício no tempo (horário pré-determinado) e no espaço (local propício).
Em segundo lugar, devemos ouvir uns aos outros. A comunhão depende de comunicação. Ouvir e ser ouvido cria a comunidade. Os litígios e conflitos surgem quando não ouço e não sou ouvido. Os relacionamentos desmoronam por causa da incapacidade de se escutar uns aos outros. Essa é a queixa comum na família, partindo de esposas, maridos e filhos: “Não sou ouvido, não sou compreendido, não sou respeitado”.
Ouvir negligentemente gera mal-entendido. Em vez de acolher, debatemos, em vez de ouvir, discutimos. Alteramos o tom de voz, gritamos. Enquanto o outro fala, pensamos na resposta, e uma conversa vira bate-boca. Reconciliar e pacificar significa levar duas pessoas a ouvir uma à outra. Quando realmente ouvimos aquilo que o outro diz, nos identificamos com sua humanidade; passamos a entender seu mundo e, assim, podemos chorar com os que choram e nos alegrar com os que se alegram.
Quando há escuta, podemos nos expor, contar quem somos na certeza de que o outro nos ouve e se solidariza conosco. A controvérsia teológica e a maledicência revelam mentes estereotipadas, fechadas, avessas ao diálogo e à transparência, além do medo da aproximação, que dificulta discernir a fraternidade, isto é, encontrar o irmão e perceber que somos membros do mesmo corpo. Quando existe um contexto de escuta, as máscaras caem. Ouvimos e somos ouvidos a partir de nossa realidade mais profunda e aprendemos a nos respeitar, validando e considerando a história e a singularidade das pessoas.
Finalmente, somos chamados a ouvir o mundo. Devemos começar reconhecendo que nós, cristãos, vivemos alienados numa bolha protetora. Não ouvimos o clamor do mundo – pelo contrário, ouvimos passivamente a mídia com sua mensagem consumista que nos acomoda e anestesia. Tornamo-nos surdos aos inúmeros clamores do mundo.
Só quando ouvimos, entramos em contato com o mundo tal qual ele é. Assim, nos identificamos e compreendemos o drama do ser humano sem Deus, ouvimos suas indagações, suas dores, e então, podemos falar de um evangelho que vai ao encontro de suas necessidades. Esse é o princípio da encarnação. Ouvimos não somente o clamor dos perdidos, mas também o clamor dos pobres. Só há um ser que devemos nos recusar a ouvir: o diabo. Esse foi o erro de Adão e Eva: em vez de ouvirem a Deus, ouviram Satanás.
Por fim, é necessário cumprir o grande mandamento: “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças. [...] Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mc 12. 30-31); precisamos aprender a ouvir melhor a Deus e uns aos outros, pois essa é uma profunda expressão do amor.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
PORTO NÃO TÃO SEGURO
Muitas escolas, ou alunos formandos, nessa época do ano realizam uma viajem para Porto Seguro como comemoração de formatura. A impressão que eu tenho é que essa cidade ao sul da Bahia se especializou nesse tipo de turismo. Todos nós sabemos o que pode acontecer ali: bebedeiras, sexo e drogas. Por essa razão muitos pais ficam desesperados por não saberem se deixam ir ou não. Já outros até incentivam os filhos a irem e se “divertirem em tudo o que têm direito”. E, pode parecer incrível, mas muitos desses jovens estão torcendo para que os pais digam NÃO!
Se os pais deixam ir sabem os riscos envolvidos, e se não o deixam, pode soar como falta de confiança e possessão emocional indevida.
Conversar e orientar ajuda? Outro dia, numa aula que eu estava dando na classe da Escola Bíblica Dominical da minha Igreja estávamos conversando sobre o caráter de Deus. Falávamos de Balaão que foi até a presença do rei Balaque para amaldiçoar o povo de Israel, mesmo sabendo que não era da vontade de Deus. Bem, pelo menos é assim que acredito, mas há pessoas que pensam que Deus nunca permitiria fazermos algo contra Sua Soberana vontade só para aprendermos “quebrando a cara”. Explicando melhor esse outro ponto de vista, eu perguntei às pessoas que assistiam a aula se algum pai ou mãe deixaria o filho pequeno (que não pára de perguntar se pode) enfiar uma tesoura na tomada de energia elétrica, só para aprender que é perigoso. Nesse ponto uma pessoa comentou com bom humor: “Eles vão enfiar a tesoura de qualquer jeito”.
Mas e daí? Deve-se deixar ou não?
Note-se que a permissividade irrestrita preconizada por uma psicologia errada, nada mais é do que abandono. E o tolhimento total atrofia o desenvolvimento saudável do jovem. O meio-termo ideal é a liberdade com limites bem especificados. Isso traz segurança no amadurecer.
Isso aconteceu na França. Em uma determinada escola, cujo prédio ficava no centro de um terreno gramado, no período de férias, a direção da mesma resolveu tirar as telas que serviam como proteção em volta. Quando as crianças voltaram às aulas, para surpresa de todos, ou não saiam do prédio ou brincavam o mais próximo possível do mesmo. Colocadas as telas de volta, elas voltaram a brincar por todo o gramado. Os limites trazem segurança.
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22:6) A palavra “desviará” é melhor traduzida por “esquecerá”.
PARA REFLETIR:
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” (1 Coríntios 6:12)
“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.” (1 Coríntios 10:23)
Se os pais deixam ir sabem os riscos envolvidos, e se não o deixam, pode soar como falta de confiança e possessão emocional indevida.
Conversar e orientar ajuda? Outro dia, numa aula que eu estava dando na classe da Escola Bíblica Dominical da minha Igreja estávamos conversando sobre o caráter de Deus. Falávamos de Balaão que foi até a presença do rei Balaque para amaldiçoar o povo de Israel, mesmo sabendo que não era da vontade de Deus. Bem, pelo menos é assim que acredito, mas há pessoas que pensam que Deus nunca permitiria fazermos algo contra Sua Soberana vontade só para aprendermos “quebrando a cara”. Explicando melhor esse outro ponto de vista, eu perguntei às pessoas que assistiam a aula se algum pai ou mãe deixaria o filho pequeno (que não pára de perguntar se pode) enfiar uma tesoura na tomada de energia elétrica, só para aprender que é perigoso. Nesse ponto uma pessoa comentou com bom humor: “Eles vão enfiar a tesoura de qualquer jeito”.
Mas e daí? Deve-se deixar ou não?
Note-se que a permissividade irrestrita preconizada por uma psicologia errada, nada mais é do que abandono. E o tolhimento total atrofia o desenvolvimento saudável do jovem. O meio-termo ideal é a liberdade com limites bem especificados. Isso traz segurança no amadurecer.
Isso aconteceu na França. Em uma determinada escola, cujo prédio ficava no centro de um terreno gramado, no período de férias, a direção da mesma resolveu tirar as telas que serviam como proteção em volta. Quando as crianças voltaram às aulas, para surpresa de todos, ou não saiam do prédio ou brincavam o mais próximo possível do mesmo. Colocadas as telas de volta, elas voltaram a brincar por todo o gramado. Os limites trazem segurança.
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22:6) A palavra “desviará” é melhor traduzida por “esquecerá”.
PARA REFLETIR:
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” (1 Coríntios 6:12)
“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.” (1 Coríntios 10:23)
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
ELE MESMO É QUEM VAI ENTREGAR O PRÊMIO!
Para não dizer que eu não tenho troféu ou medalha alguma, devo ter em algum lugar, ou na casa da minha mãe ou em casa, um medalhão de bronze que ganhei em um concurso literário quando era criança. O tema era a vida de José Bonifácio de Andrade e Silva, o “Patriarca da Independência”. Acho que apesar de ser de bronze, foi em primeiro lugar que ganhei. Ganhei mas não merecia ter ganho. Na escola em que estudei, por sermos mais abastados, minha família e eu éramos tratados com mais, digamos assim, “consideração”. Dentro desse esquema, a “tia Jandira” certa tarde me entregou um texto já escrito por ela e mandou que eu o copiasse com bastante capricho. Eu o fiz sem saber a razão, ela pegou o que copiei e enviou para o concurso como se fosse meu. E “eu” ganhei.
Enquanto estivermos aqui nessa vida terrena as coisas na maior parte das vezes funciona assim. Muita injustiça. Mas observe o que se segue.
Tem um versículo com o qual eu simplesmente vibro de emoção. É o seguinte:
“Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.” (2 Timóteo 4:8)
Justiça, aqui, é o estado daquele que é como deve ser, que vive numa condição aceitável para Deus.
“Aquele dia” será o último desta presente era, o dia em que Cristo voltará na sua segunda vinda, vai ressuscitar os mortos, vai realizar o julgamento final, e estabelecerá finalmente o seu reino.
Já imaginou?! O próprio Senhor Jesus é quem vai entregar o galardão pela maneira como vivemos aqui na Terra! Está certo, isso é condicional: Ele mesmo só o entregará àqueles que “amam a sua vinda”. Mas veja, eu amo a Sua vinda!
Que expectativa eu sinto. Jesus me entregando uma coroa, a qual pretendo devolver a Ele, o único digno de Glória. É por essa razão que me esforço para que aquela minha coroa seja o mais bonita possível.
Enquanto estivermos aqui nessa vida terrena as coisas na maior parte das vezes funciona assim. Muita injustiça. Mas observe o que se segue.
Tem um versículo com o qual eu simplesmente vibro de emoção. É o seguinte:
“Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.” (2 Timóteo 4:8)
Justiça, aqui, é o estado daquele que é como deve ser, que vive numa condição aceitável para Deus.
“Aquele dia” será o último desta presente era, o dia em que Cristo voltará na sua segunda vinda, vai ressuscitar os mortos, vai realizar o julgamento final, e estabelecerá finalmente o seu reino.
Já imaginou?! O próprio Senhor Jesus é quem vai entregar o galardão pela maneira como vivemos aqui na Terra! Está certo, isso é condicional: Ele mesmo só o entregará àqueles que “amam a sua vinda”. Mas veja, eu amo a Sua vinda!
Que expectativa eu sinto. Jesus me entregando uma coroa, a qual pretendo devolver a Ele, o único digno de Glória. É por essa razão que me esforço para que aquela minha coroa seja o mais bonita possível.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
SEREI TRANSFORMADO
Quem é “portador de necessidades especiais” passa muitas vezes por constrangimentos inimagináveis para aqueles que “são normais”. Por exemplo, ir a um lugar e não poder entrar por causa de uma escada. Isso aconteceu comigo em duas festas (uma de casamento) e por duas vezes onde eu iria pregar. É por isso que tenho como princípio não ir pregar em Igrejas que não possuem acessibilidade adaptada, mesmo que, com as melhores das intenções se ofereçam para me carregar no colo.
Um dos motivos pelo qual anseio pela vida lá no céu é que lá serei transformado. Lá eu vou estar livre das minhas limitações físicas.
“Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.” (1 Coríntios 15:51-52)
Se serei como Jesus foi depois de ressurreto, então poderei andar:
“Naquele mesmo dia, dois deles estavam de caminho para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios. E iam conversando a respeito de todas as coisas sucedidas. Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles.” (Lucas 24:13-15)
Às vezes me pego pensando nas coisas que poderei fazer quando estiver no céu, tais como jogar futebol, andar abraçado ou de mãos dadas com meus amados, sei lá, coisas assim. Mas não: só vou ficar olhando para o meu Senhor!
Um dos motivos pelo qual anseio pela vida lá no céu é que lá serei transformado. Lá eu vou estar livre das minhas limitações físicas.
“Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.” (1 Coríntios 15:51-52)
Se serei como Jesus foi depois de ressurreto, então poderei andar:
“Naquele mesmo dia, dois deles estavam de caminho para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios. E iam conversando a respeito de todas as coisas sucedidas. Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles.” (Lucas 24:13-15)
Às vezes me pego pensando nas coisas que poderei fazer quando estiver no céu, tais como jogar futebol, andar abraçado ou de mãos dadas com meus amados, sei lá, coisas assim. Mas não: só vou ficar olhando para o meu Senhor!
terça-feira, 2 de novembro de 2010
DIA DE REVERENCIAR AQUELES QUE CHEGARAM AO FIM
A última vez que vi uma pessoa totalmente de luto eu era solteiro ainda. Uma jovem senhora ajoelhada ao lado de um túmulo, chorando. Em contraponto, outro dia fui a um velório onde um rapaz estava ali de bermuda e camisa de um time de futebol! Acredito que os costumes do luto são importantíssimo para melhor se administrar a perda.
Mesmo considerando que a morte é o fim do corpo. A vida é maior do que a própria vida.
Atente para o seguinte, uma pessoa nasce antes da concepção, e morre depois do enterro. Eu explico: já se nasce no momento em que os pais querem ter um filho (ou filha), e continuasse a viver na lembrança dos que ficam. Filhos indesejados já são “mortos” antes de nascerem e há muitos que foram tão ruins em vida que só são lembrados para serem “enterrados” novamente em intenção.
Contudo, a vida não é só o corpo:
“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” (1 Coríntios 15:19)
No céu não haverá morte:
“E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.” (Apocalipse 21:4)
Podemos clamar com Paulo:
“Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Coríntios 15:55)
O enterro de um cristão, em vez de ser um ADEUS, deve ser um ATÉ BREVE.
Mesmo considerando que a morte é o fim do corpo. A vida é maior do que a própria vida.
Atente para o seguinte, uma pessoa nasce antes da concepção, e morre depois do enterro. Eu explico: já se nasce no momento em que os pais querem ter um filho (ou filha), e continuasse a viver na lembrança dos que ficam. Filhos indesejados já são “mortos” antes de nascerem e há muitos que foram tão ruins em vida que só são lembrados para serem “enterrados” novamente em intenção.
Contudo, a vida não é só o corpo:
“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” (1 Coríntios 15:19)
No céu não haverá morte:
“E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.” (Apocalipse 21:4)
Podemos clamar com Paulo:
“Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Coríntios 15:55)
O enterro de um cristão, em vez de ser um ADEUS, deve ser um ATÉ BREVE.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
TRANSFORMANDO A DOR EM ABÓBORAS
Isso aconteceu já faz um bom tempo. Numa determinada tarde fui visitar o Ricardo, que tinha na época 4 anos de idade. Ele estava internado no HC-UNICAMP e nós dois nos tornamos grandes amigos. Minha intenção era investir bastante tempo brincando com o Ricardinho, como estava sendo meu costume, mas quando cheguei em seu quarto, ele estava passando por um procedimento que lhe causava muita dor. Em volta da sua cama estava uma médica, uma enfermeira, duas técnicas em enfermagem e a mãe. Cada vez que mexiam nele, doía e ele gritava “AI”.
Obtida a autorização para ficar ali, tentei distrair o garoto para “doer menos”. De repente me ocorreu uma idéia. Pedi para interromperem o procedimento por um instante e propus para meu amiguinho: “Rick, em vez de gritar AI, grite ABÓBORA, vai ser mais divertido”. Ele topou e a equipe continuou.
No primeiro movimento que fizeram veio o grito: ABÓBORA!!
Todos nós, inclusive o Ricardinho, rimos.
De novo, a mesma coisa: ABÓBORA!
E continuou assim até o fim. ABÓBORA! Saia lágrimas de nossos olhos (de nós todos, inclusive do Ricardinho) de tanto rirmos e de compaixão por sofrermos junto com aquela criança tão linda e boazinha. A estratégia de transformar “AIS” em “ABÓBORAS” ainda continuo usando com sucesso.
Hoje eu entendo a razão e utilidade da dor. Ela serve para nos alertar para o fato de que há alguma coisa errada com o nosso corpo. Mas dor é dor, é sofrimento, e me dói muito ver criança sofrer.
Por essas e outras razões anseio pela vida lá no Novo Céu:
“Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.” (Apocalipse 21:1-4)
Estou aqui imaginando que maravilha vai ser viver sem chorar, sem dor e sem morte.
O Ricardinho morreu 15 dias depois desse episódio que lhes contei.
Obtida a autorização para ficar ali, tentei distrair o garoto para “doer menos”. De repente me ocorreu uma idéia. Pedi para interromperem o procedimento por um instante e propus para meu amiguinho: “Rick, em vez de gritar AI, grite ABÓBORA, vai ser mais divertido”. Ele topou e a equipe continuou.
No primeiro movimento que fizeram veio o grito: ABÓBORA!!
Todos nós, inclusive o Ricardinho, rimos.
De novo, a mesma coisa: ABÓBORA!
E continuou assim até o fim. ABÓBORA! Saia lágrimas de nossos olhos (de nós todos, inclusive do Ricardinho) de tanto rirmos e de compaixão por sofrermos junto com aquela criança tão linda e boazinha. A estratégia de transformar “AIS” em “ABÓBORAS” ainda continuo usando com sucesso.
Hoje eu entendo a razão e utilidade da dor. Ela serve para nos alertar para o fato de que há alguma coisa errada com o nosso corpo. Mas dor é dor, é sofrimento, e me dói muito ver criança sofrer.
Por essas e outras razões anseio pela vida lá no Novo Céu:
“Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.” (Apocalipse 21:1-4)
Estou aqui imaginando que maravilha vai ser viver sem chorar, sem dor e sem morte.
O Ricardinho morreu 15 dias depois desse episódio que lhes contei.
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