sexta-feira, 5 de novembro de 2010

PORTO NÃO TÃO SEGURO

Muitas escolas, ou alunos formandos, nessa época do ano realizam uma viajem para Porto Seguro como comemoração de formatura. A impressão que eu tenho é que essa cidade ao sul da Bahia se especializou nesse tipo de turismo. Todos nós sabemos o que pode acontecer ali: bebedeiras, sexo e drogas. Por essa razão muitos pais ficam desesperados por não saberem se deixam ir ou não. Já outros até incentivam os filhos a irem e se “divertirem em tudo o que têm direito”. E, pode parecer incrível, mas muitos desses jovens estão torcendo para que os pais digam NÃO!
Se os pais deixam ir sabem os riscos envolvidos, e se não o deixam, pode soar como falta de confiança e possessão emocional indevida.
Conversar e orientar ajuda? Outro dia, numa aula que eu estava dando na classe da Escola Bíblica Dominical da minha Igreja estávamos conversando sobre o caráter de Deus. Falávamos de Balaão que foi até a presença do rei Balaque para amaldiçoar o povo de Israel, mesmo sabendo que não era da vontade de Deus. Bem, pelo menos é assim que acredito, mas há pessoas que pensam que Deus nunca permitiria fazermos algo contra Sua Soberana vontade só para aprendermos “quebrando a cara”. Explicando melhor esse outro ponto de vista, eu perguntei às pessoas que assistiam a aula se algum pai ou mãe deixaria o filho pequeno (que não pára de perguntar se pode) enfiar uma tesoura na tomada de energia elétrica, só para aprender que é perigoso. Nesse ponto uma pessoa comentou com bom humor: “Eles vão enfiar a tesoura de qualquer jeito”.
Mas e daí? Deve-se deixar ou não?
Note-se que a permissividade irrestrita preconizada por uma psicologia errada, nada mais é do que abandono. E o tolhimento total atrofia o desenvolvimento saudável do jovem. O meio-termo ideal é a liberdade com limites bem especificados. Isso traz segurança no amadurecer.
Isso aconteceu na França. Em uma determinada escola, cujo prédio ficava no centro de um terreno gramado, no período de férias, a direção da mesma resolveu tirar as telas que serviam como proteção em volta. Quando as crianças voltaram às aulas, para surpresa de todos, ou não saiam do prédio ou brincavam o mais próximo possível do mesmo. Colocadas as telas de volta, elas voltaram a brincar por todo o gramado. Os limites trazem segurança.
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22:6) A palavra “desviará” é melhor traduzida por “esquecerá”.
PARA REFLETIR:
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” (1 Coríntios 6:12)
“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.” (1 Coríntios 10:23)

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