quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O PÃO DO CÉU

Texto de Reinaldo Bui
Prá que orar se podemos nos preocupar?
Quantos em algum momento de suas vidas já não pensaram assim? Se não pensaram, pelo menos assim agiram sem pensar.
Quantos de nós andamos ansiosos, preocupados com o dia de amanhã?
Quantos de nós, em algum momento, deixamos de nos alegrar com o que Deus já nos deu porque não temos o que Ele ainda não deu? E talvez nem dê!
Conforme aprendemos, quando Jesus nos estimula a pedir “o pão nosso de cada dia” ele quis ensinar que Deus não está comprometido com nossos luxos, mas sim com o que é essencial para viver.
Portanto nós (ricos e abastados do século XXI), devemos estar olhando com mais atenção para este pedido com profunda gratidão e senso de dependência no coração, cientes de que
(1) este pão cotidiano é Deus quem nos dá, e
(2) se Ele dá a mais é com algum propósito.
Mas ainda insistimos na nossa ansiedade.
Um pouco antes de ensinar a orar, Jesus avisou: “não andeis ansiosos pela vossa vida”, Ele referia-se justamente ao que havemos de comer ou beber; e também pelo nosso corpo, quanto ao que havemos de vestir.
E a pergunta que Ele dispara na sequência (do "Não andeis ansiosos por coisa alguma..."), deveria nos levar refletir um pouco neste assunto.
Pare e pondere:
“Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” e “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?” (Mateus 6.25 e 27)
Só paramos de nos preocupar quando nos sentimos satisfeitos; e quando estamos satisfeitos estamos felizes.
Pessoas insatisfeitas são pessoas infelizes. Pessoas infelizes nunca estão satisfeitas com o que Deus lhe dá.
Então Jesus nos ensina o segredo de uma vida feliz:
“...buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33).
Deus está dizendo: “Cuide das minhas prioridades que eu cuido das suas necessidades, ok?”
Busque algo maio nobre. Uma vez que o nosso pão cotidiano está garantido, de que sentimos falta?
Note o que Jesus respondeu a Satanás durante Sua tentação no deserto em Mateus 4.4: “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”.
Jesus viveu neste mundo, mas não seguia o curso deste mundo.
Ele “preocupava-se” com coisas muito mais elevadas: em como agradar a Deus.
Ocupava-se em santificar o nome de Deus; com o reino dos Céus; em fazer a vontade do Pai.
O que o mantinha vivo era isto. Alimento físico é útil para um dia. No dia seguinte precisamos mais. Ele nos conserva vivos (corpo), mas não são essenciais para a alma.
O que alimenta e satisfaz a nossa alma, segundo Jesus, era: “Mas ele lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis. Diziam, então, os discípulos uns aos outros: Ter-lhe-ia, porventura, alguém trazido o que comer?Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”. (João 4.32-34)
Devemos ansiar por isto!
E também almejar pelo dia em que todos terão fome e sede de beber da fonte de água viva e comer do pão que vem do céu.
Todos nós já o comemos, e precisamos continuar nos alimentando dele diariamente.
Muitos, mas muitos mesmo, nunca provaram deste pão, nunca beberam desta fonte.
Estão morrendo com sede e com fome.
Eis que vêm dias, diz o SENHOR Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR. (Amós 8.11)
Quem dará de comer a este povo?
Habitue-se à idéia de que o pão nosso de cada dia é muito mais do que o alimento físico para o desenvolvimento do nosso corpo.
É o Pão do céu que nosso Pai nos dá.
Preocupamo-nos com coisas tão superficiais e nos esquecemos do que realmente tem valor.
Devemos falar, compartilhar, repartir o pão, dar de comer e de beber a quem tem fome e sede.
Reflita sobre qual tem sido as três principais fontes de preocupação na nossa vida, na vida da Igreja?
No “ranking das ansiedades”, que posição ocupa a preocupação diária em pregar o Evangelho, levar a Palavra aos que nunca ouviram?

Nenhum comentário:

Postar um comentário