Tínhamos um espelho na sala de visitas. Naquela época nós frequentávamos uma Igreja Batista que era extremamente legalista no que se referia a costumes. Bem intencionados nas razões do seu legalismo, mas assim mesmo legalista. As mulheres não podiam usar calça comprida, maquiagem, jóias ou bijuterias.
Um dos rapazes membro daquela Igreja veio uma tarde me visitar. A primeira coisa que me chamou a atenção naquela visita foi o tanto de vezes que aquele moço se arrumava diante do espelho. Ou era o cabelo, ou a camisa, ou ainda os dentes, volta-e-meia ele se olhava.
Depois de algumas conversas preliminares ele revelou o motivo da sua visita: queria saber a razão de a Denise, minha mulher, e a Cíntia, minha filha, ainda usarem bermudas e calça comprida, costume que não era permitido aos membros da Igreja. Eu expliquei que como éramos novos naquela comunidade, elas não tinham um guarda-roupa suficiente para suprir essa nova necessidade, ou em outras palavras, não tinham saias e vestidos suficientes para só usarem isso. Quando acabei de falar, o rapaz levantou-se, foi à frente do espelho e, enquanto arrumava cuidosamente os seus cabelos com um pente que tirara de um dos bolsos da sua calça, me falou:
- Não é nada disso. Eu sei o que é. É vaidade. E isso é pecado, sabia?
Dito isso ele pegou a Bíblia que ele havia trazido, a qual não foi aberta, a colocou debaixo do braço, se despediu e foi embora. Eu gostaria de ter podido filmar a minha cara!
“Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.” (Mateus 23:2-4)
Penso que muitas vezes o legalismo é a “força” de quem peca ou já pecou muito.
Um dos rapazes membro daquela Igreja veio uma tarde me visitar. A primeira coisa que me chamou a atenção naquela visita foi o tanto de vezes que aquele moço se arrumava diante do espelho. Ou era o cabelo, ou a camisa, ou ainda os dentes, volta-e-meia ele se olhava.
Depois de algumas conversas preliminares ele revelou o motivo da sua visita: queria saber a razão de a Denise, minha mulher, e a Cíntia, minha filha, ainda usarem bermudas e calça comprida, costume que não era permitido aos membros da Igreja. Eu expliquei que como éramos novos naquela comunidade, elas não tinham um guarda-roupa suficiente para suprir essa nova necessidade, ou em outras palavras, não tinham saias e vestidos suficientes para só usarem isso. Quando acabei de falar, o rapaz levantou-se, foi à frente do espelho e, enquanto arrumava cuidosamente os seus cabelos com um pente que tirara de um dos bolsos da sua calça, me falou:
- Não é nada disso. Eu sei o que é. É vaidade. E isso é pecado, sabia?
Dito isso ele pegou a Bíblia que ele havia trazido, a qual não foi aberta, a colocou debaixo do braço, se despediu e foi embora. Eu gostaria de ter podido filmar a minha cara!
“Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.” (Mateus 23:2-4)
Penso que muitas vezes o legalismo é a “força” de quem peca ou já pecou muito.