segunda-feira, 4 de maio de 2009

PENSE NISSO 69

A Bíblia não é cheia de conselhos, mas sim de mandamentos.

7 comentários:

  1. Caro Xyko, Paz para você

    No dicionário temos: Conselho (lat. concillium) parecer, juizo, sugestão, advertência, aviso. Mandamento (de mandar, lat. mandare) ordenar, enviar, remeter, dirigir como chefe. Parece-me que conselho se refere mais aquilo que é dirigido a pessoas autônomas, orientadas de dentro para fora (livres, que se auto-governam, daí auto - próprio e nomos - governo), e mandamento se refere mais a pessoas heterônomas (hetero - diferente, outro e nomos - governo), ou seja, que são governadas por outro, cuja ação é ordenada de fora para dentro. Assim, acredito que sua afirmação faz pensar bastante. Depende de quem a lê a Bíblia, na minha opinião. Pessoas maduras, livres, que creêm que a Verdade está na Escritura, acabam recebendo conselhos, muito mais que mandamentos. Pessoas indecisas, que sofrem com a angústia das decisões do dia-a-dia e precisam de referências morais fortes, preferem ver mandamentos na Bíblia. As primeiras correm o risco de serem relativistas e complacentes demais, já os outros correm o risco de se tornarem moralistas e impiedosos consigo mesmos e com os outros. Prefiro pensar que a Bíblia tem conselhos em vez de mandamentos. De qualquer forma é uma questão de conceituação e contextualização das palavras conselho e mandamento. O que você acha?

    Abração,

    Venâncio

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  2. Meu querido amigo Venâncio, você tem um pensamento mais profundo do que o meu. O que eu pensei é que "conselho" nos dá a opção de o seguirmos ou não, enquanto que "mandamento" exige obediência. Se bem que, se um general aconselhar um soldado raso a, na sua hora de folga, ir ajudar na festa de aniversário daquele oficial, o subalterno não tem muita opção.
    Na Bíblia, quem fala é DEUS!
    Abraço, Xyko.

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  3. Olá, meninos!

    Gostei do comentário do Venâncio. Realmente, para o cristão maduro, que vê a Deus como o Pai Misericordioso e sabe acolher, respeitar, viver e colocar em prática o Amor com que Deus nos cumula, Ele realmente é o Conselheiro forte. E o seu conselho é para ser seguido, pois é perfeito.
    Para quem quer ver uma face de Deus impositiva e implacável, para esses é mandamento mesmo, pois não conseguem viver na liberdade do amor.
    Lembram-se do filho mais velho da parábola?

    Abraços pra vocês
    Célia

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  4. Embora com certeza Deus é imutável, tem dias que eu o vejo como um implacável juiz, em outros como um amoroso pai. Cada dia eu mudo. E Ele, sem mudar, se relaciona comigo justa e amorosamente.
    Obrigado, Celinha por seu rico comentário.
    Abraço, Xyko.

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  5. Caros Xyko e Célia, Paz

    Gosto de pensar que somos chamados a um novo modelo de relação com Deus, nos moldes do texto: "Ele é que nos fez aptos para ser ministros da nova aliança, não a da letra e sim a do Espírito. Porque a letra mata, mas o Espírito vivifica." (II Cor 3, 6)
    Somos desafiados a viver a nossa liberdade dentro de uma ética do Amor... O que voces acham?

    Venâncio

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  6. Concordo, é claro. Só que nos é "mais fácil" vivermos tendo como referência um conjunto de regras do que nos doarmos, que é a essência do amor. As regras possibilitam até que nos comparemos uns aos outros, o que Paulo classifica como loucura (“Porque não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns que se louvam a si mesmos; mas eles, medindo-se consigo mesmos e comparando-se consigo mesmos, revelam insensatez” 2 Coríntios 10:12). Enquanto que o amor requer que nos humilhemos.
    Abração.

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  7. Caro Xyko,

    Concordo plenamente, mas o que me incomoda é nossa responsabilidade com a liberdade que Deus nos deu... liberdade não implica em fazer tudo o que quero, ou que posso, mas aquilo que, segundo referências que eu livremente escolhi (por isso prefiro "conselhos"), DEVEM ser feitas (Paulo fala bem disso...). Como conversamos outro dia, sempre temos que escolher entre o caminho fácil e o certo... mas Jesus mesmo mostrou que ser cristão (amar) não é fácil.

    Paz...

    Venâncio

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