Ontem uma estudante que faz estágio no HC precisou de um adaptador de tomada para o computador dela. Gastei um tempão procurando o que ela precisava e não achei. Às vezes, ou melhor, muitas vezes eu oriento pessoas perdidas nos corredores do hospital, sendo que não raras ocasiões acompanho a pessoa até onde ela precisa ir. Em outras oportunidades passo uma tarde inteira só conversando ou com um paciente ou acompanhante. Ou brincando com uma criança. Ou ajudando alguém a telefonar para os parentes.
Serviço de casa é a mesma coisa. Quando acaba de lavar a louça do café já tem que começar a fazer o almoço, acabou a louça do almoço, tem o lanche, depois o jantar, e quando se entra na cozinha de manhã para fazer o café sempre tem 1 ou 2 copos que alguém usou à noite e não lavou. E tem a limpeza da casa; quando ela está impecável ninguém fala nada, mas quando está a desejar sempre tem alguém que reclama.
Ninguém nota esse tipo de trabalho. É uma obra que não recebe gratidão, muito menos reconhecimento. Thomas A. Kempis (autor de A Imitação de Cristo) nos incentiva a valorizar o anonimato, a invisibilidade. Invisibilidade para os homens, mas não para Deus, que nos recompensa em segredo.
“Não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus; servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre.” (Efésios 6:6-8)
Qual tem sido a nossa motivação ao servir?
Qual tem sido a nossa atitude para com quem nos serve?
Onde está o Venâncio?
ResponderExcluirÉ mesmo! Por onde ele anda?
ResponderExcluirXyko.
Tô aqui, não deu para acessar o blog nestes últimos dias.
ResponderExcluirLembrei-me de Jo 21: Jesus aparece aos "sete" discípulos (plenitude, "todos nós") e mostra que devemos seguir a vida trabalhando da mesma forma e com a mesma simplicidade de sempre. Não precisamos ficar totalmente despojados ou abandonarmos nossas vidas (nus, como Pedro estava), mas devemos continuar sendo o que sempre fomos...
A mudança (e que mudança!!!) está no sentido que damos às coisas do dia a dia, na boa vontade, no Amor, na partilha.
Essa deve ser nossa grande motivação...
O mistério é esse: o infinito de Amor por trás daquilo que é mais simples e trivial em nossas vidas.
Muita Paz,
PS - Obrigado pela referência...