Já tínhamos jantado e estávamos na varanda da casa sede da Fazenda Salto, lá em Minas, que pertence ao grupo ALVO DA MOCIDADE. Comigo estavam, não lembro com exatidão, uns 4 ou 5 rapazes e moças, fazendo uma das coisas que mais gosto de fazer, ou seja, conversando assuntos relevantes e edificantes. De onde estávamos dava para ver o grande lago formado pelas águas represadas da Hidrelétrica de Furnas, às margens do qual se localiza essa fazenda. Já era noite.
De repente surgiu no horizonte à nossa frente, do outro lado da represa, um pedacinho da Lua que subia lentamente. Cor de abóbora, ou seja, amarelo-alaranjado, enorme. Eu nunca havia vista a Lua daquela cor e nem daquele tamanho. Quando ela surgiu inteira, toda a água do lago ficou dourada. Nós ficamos sem palavras, extasiados.
Conforme a Lua subia, ela diminuía de tamanho e mudava de cor, passando a ficar prateada. A represa, que antes parecia de ouro líquido, se transformou no que nos levou a pensar que era prata derretida. Não conseguíamos falar nada.
Mas não acabou: conforme a Lua mais subia, levou nossa atenção às estrelas. Apagamos o lampião (a fazenda ainda não tinha energia elétrica), e nosso coração bateu mais forte, como eu não sei, pois ele já estava muito acelerado.
Um dos rapazes pegou um violão e começou a cantar, e nós o acompanhamos:
Senhor meu Deus, quando eu, maravilhado
Fico a pensar nas obras de Tuas mãos
No céu azul de estrelas pontilhado
O Teu poder, mostrando a criação
Então minh'alma canta a Ti, Senhor
Quão grande és Tu! Quão grande és Tu!
Então minh'alma canta a Ti, Senhor:
Quão grande és Tu! Quão grande és Tu!
Quando a vagar nas matas e florestas
O passaredo alegre ouço a cantar
Olhando os montes, vales e florestas
O teu poder mostrando a criação
(Refrão)
Quando eu medito em seu amor tão grande
Teu filho dando ao mundo pra salvar
Na cruz vertendo o seu precioso sangue
Minh'alma pode assim purificar
(Refrão)
E quando em fim Jesus vier em glória
Ao lar celeste então nos transportar
Te adorarei prostrado e para sempre
Quão grande és Tu! Meu Deus hei de cantar.
(Refrão)
O silêncio que se instalou naquele momento se quebrou quando uma das moças disse que quando era criança, pensava que a noite era um manto que cobria Deus, e as estrelas eram furinhos no tecido que nos deixavam ver pontinhos da Glória Divina.
“Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos.” (Mateus 11:25)
“Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas.” (Romanos 1:20)
“Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas. E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra, para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom.” (Gênesis 1:16-18)
Oi Chico td bem? sou a Franciele vc esteve este domingo na igreja batista do jardim denadai. Gostei muito da sua pregação... e tocou totalmente ao meu coração.
ResponderExcluirQue Deus te abençoe sempre, para que vc leve sempre a palavra do senhor para aqueles que precisam!!
abçs :D
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ResponderExcluirFoi muito bom estar com vocês, se Deus quiser voltaremos lá.
Um abraço, Xyko Motta.
Caríssimo,
ResponderExcluirVocê tocou num assunto que me é muito caro: olhar para o céu...
Sou um voraz observador noturno do céu e já passei algumas noites em claro por causa disso (até peguei alguns resfriados), talvez um astrônomo amador (amador no verdadeiro sentido da palavra: "aquele que faz por amor").
Por que olhamos para o céu? Por que ele nos causa tanto deslumbramento?
Já pensei um pouco sobre isso e tenho algumas pistas.
Primeiro existe uma ordem incorruptível no "funcionamento" dos corpos celestes (astronomia = "governo das estrelas", "lei das estrelas"). Isso nos impressiona muito e faz associarmos o céu com a morada de Deus, da perfeição... talvez a ordem e o sentido que procuramos para nossa vida humana, nós imaginamos no céu e de certa forma queremos nos identificar com ele...
Por outro lado, o olhar contemplativo do céu, nos dá uma sensação de profunda identidade. Somos criaturas pertencentes a esse cosmo infinito e misterioso e sentimos que compartilhamos com ele esse mesmo mistério e infinitude... temos uma sensação mística, inexplicável, de irmandade e participação no mistério da criação...
Quando olhamos para o infinito do céu, olhamos também para o infinito da nossa interioridade...
Sentimos um misto de êxtase e nostalgia...
Frente a toda essa experiência só mesmo o silêncio contemplativo, ou uma manifestação artística como a música que você mencionou (linda de doer, é até covardia...).
Apesar de toda a superstição associada à astrologia, os seus desvios atuais que beiram o ridículo, nela os antigos associavam misticamente cada ser humano à uma constelação zodiacal e buscavam aprimorar essa identidade terrena e celeste... não é mais ou menos a mesma coisa que dizer: "seja feita a Sua vontade, assim na terra como no céu..."???
Fiquemos no silêncio contemplativo... ou na música...
Muita Paz,