sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

NO MEIO DO CAMINHO HAVIA UMA PEDRA

Ele estava insatisfeito com a sua Igreja, que era a Igreja de cá. Embora não admitisse isso, ele estava decidido a se transferir para a Igreja de lá. Não admitia porque dizia a todos que estava dando uma chance à sua Igreja de fazer alguma coisa para que ali ficasse.
Suas queixas começavam pelos bancos de madeira maciça, os quais pertencem à Igreja desde que ele nasceu. Não é que ultimamente eles se tornaram mais duros e incômodos! Os bancos da Igreja de lá são estofados.
E a temperatura do templo, então? No verão um forte calor e no inverno um frio insuportável. A Igreja de lá tem ar condicionado.
As vidraças da Igreja de cá o irritavam sobremaneira. Os vidros transparentes estavam sempre impecavelmente limpos, mas não tinham graça, beleza, vida, não diziam nem inspiravam nada. A Igreja de lá possui vitrais com mosaicos coloridos representando cenas bíblicas.
Expirado o prazo que ele mesmo estabelecera para que alguma coisa fosse feita, ele deixou a Igreja de cá e partiu para a Igreja de lá.
No meio do caminho encontrou um amigo o qual não via desde não sabia quando, parou para por os assuntos em dia. Isso o atrasou um pouco. Depois parou em uma lanchonete para tomar um suco. Mais um pequeno atraso. Depois foi ao clube, pois pagava a mensalidade e não aproveitava do mesmo. Foi visitar parentes, mais alguns amigos, uns dias para ficar em casa. E assim foi.
Até hoje não chegou lá.

Um comentário:

  1. Pastor, eu não acho que precisamos ter uma Igreja para dizer essa é a MINHA IGREJA. Eu visito várias igrejas, tenho muitos amigos em todas elas, e cada evento ou atividade olha eu lá.
    abs, Ezequiel Silva.

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