Há algum tempo, numa tarde de dezembro, um coral de crianças foi se apresentar no pátio da enfermaria de pediatria lá do HC-UNICAMP. Muito bonitinho e interessante. Eles cantaram diversas músicas, inclusive algumas referentes ao Natal. Eram pré-adolescentes de uma escola pública de um bairro de classe média.
E lá estava eu no meio das crianças internadas no HC-UNICAMP, assistindo junto com elas a apresentação do coral. Olhava para as crianças que cantavam, depois para as que são pacientes ali, olhava para umas e depois para as outras sucessivamente, até que o meu pensamento voou para longe e parece que me levou junto.
As crianças do coral eram saudáveis, bonitas, firmes no andar, dançar, cantar e até no olhar. Elas tinham cor!
Já as crianças do hospital obviamente estavam abatidas pela doença, trôpegas ao andar (isso quando podiam andar), meio vacilantes, fracas e dependentes. Elas até que são bonitas, mas temos que atentar bem para vermos os traços da sua beleza cobertos pelos vestígios do sofrimento.
Elas não têm cor!!
Umas dessas crianças que assistiam à apresentação, um dia antes eu acompanhei a sua internação. Enquanto era arrumada toda a papelada necessária, ela falou que não queria passar o Natal no hospital. A mãe não teve outra alternativa a não ser dizer que não havia outro jeito.
Muitas crianças passam o Natal internadas no hospital. Ah, se não fossem as minhas prioridades (a família, por exemplo), eu passaria a noite de Natal com elas.
Nesse ponto meu pensamento voltou para o pátio da pediatria, e pareceu-me que eu também. Com um leve chacoalhar de cabeça pude perceber que as crianças ainda cantavam:
"Natal, Natal das crianças ...”.
De repente me dei conta de que eu passo quase que o ano todo, quase que todos os dias junto com os pacientes, tentando "colorir" as horas difíceis que eles passam ali dentro. O coral cumpriu a sua excelente parte e foi embora. Eu, e muitos outros continuamos ali levando amizade, conforto, tranqüilidade, palavras de consolo e amor. Não a nossa amizade, nem nossas palavras e muito menos a nossa paz, mas sim tudo isso que vem de Deus, tudo sobrenatural e perfeito.
Sem querer eu percebi que estou tentando satisfazer as necessidades das pessoas, necessidades essas que podem ser exemplificadas pelas palavras de um jornalista:
" Queria que os cristãos me falassem um pouco menos de sua fé e mostrassem um pouco mais. Sobretudo, queria vê-los com um rosto sorridente e com olhos limpos de gente segura e pacífica. Em um tempo nervoso, no qual todos têm pressa de ir e vir, queria que me dessem alguns instantes para uma conversa a sós; se viessem a mim sem discursos, com uma atitude feliz e confiante, como eu os receberia com alegria! A serenidade de espírito é um estado maravilhoso, porque é contagioso."
Pense nisso.
E lá estava eu no meio das crianças internadas no HC-UNICAMP, assistindo junto com elas a apresentação do coral. Olhava para as crianças que cantavam, depois para as que são pacientes ali, olhava para umas e depois para as outras sucessivamente, até que o meu pensamento voou para longe e parece que me levou junto.
As crianças do coral eram saudáveis, bonitas, firmes no andar, dançar, cantar e até no olhar. Elas tinham cor!
Já as crianças do hospital obviamente estavam abatidas pela doença, trôpegas ao andar (isso quando podiam andar), meio vacilantes, fracas e dependentes. Elas até que são bonitas, mas temos que atentar bem para vermos os traços da sua beleza cobertos pelos vestígios do sofrimento.
Elas não têm cor!!
Umas dessas crianças que assistiam à apresentação, um dia antes eu acompanhei a sua internação. Enquanto era arrumada toda a papelada necessária, ela falou que não queria passar o Natal no hospital. A mãe não teve outra alternativa a não ser dizer que não havia outro jeito.
Muitas crianças passam o Natal internadas no hospital. Ah, se não fossem as minhas prioridades (a família, por exemplo), eu passaria a noite de Natal com elas.
Nesse ponto meu pensamento voltou para o pátio da pediatria, e pareceu-me que eu também. Com um leve chacoalhar de cabeça pude perceber que as crianças ainda cantavam:
"Natal, Natal das crianças ...”.
De repente me dei conta de que eu passo quase que o ano todo, quase que todos os dias junto com os pacientes, tentando "colorir" as horas difíceis que eles passam ali dentro. O coral cumpriu a sua excelente parte e foi embora. Eu, e muitos outros continuamos ali levando amizade, conforto, tranqüilidade, palavras de consolo e amor. Não a nossa amizade, nem nossas palavras e muito menos a nossa paz, mas sim tudo isso que vem de Deus, tudo sobrenatural e perfeito.
Sem querer eu percebi que estou tentando satisfazer as necessidades das pessoas, necessidades essas que podem ser exemplificadas pelas palavras de um jornalista:
" Queria que os cristãos me falassem um pouco menos de sua fé e mostrassem um pouco mais. Sobretudo, queria vê-los com um rosto sorridente e com olhos limpos de gente segura e pacífica. Em um tempo nervoso, no qual todos têm pressa de ir e vir, queria que me dessem alguns instantes para uma conversa a sós; se viessem a mim sem discursos, com uma atitude feliz e confiante, como eu os receberia com alegria! A serenidade de espírito é um estado maravilhoso, porque é contagioso."
Pense nisso.
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