Atente para esse depoimento:
“Cresci indo à igreja o tempo todo, talvez cinco vezes por semana. O que talvez os surpreenda, porém, é saber que durante toda minha infância, em todos os cultos aos quais assisti, eu só ouvi um sermão. [...] O sermão era mais ou menos assim: ‘você é pecador e você vai para o inferno. Você precisa se arrepender e crer em Jesus. Jesus talvez volte hoje, e se ele voltar e você não estiver preparado, você vai queimar para sempre no inferno’. [...] Quando fiquei mais velho, me dei conta de que minha vida inteira tinha por pano de fundo genocídios e violência, pobreza e corrupção. Mais de um milhão de pessoas morreram no meu país numa série de genocídios começando em 1959, e cerca de um milhão em Ruanda [...]. Tanta morte, tanto ódio e falta de confiança entre tribos, tanta pobreza, sofrimento, corrupção e injustiça, e nada nunca mudou. De repente me dei conta de uma coisa. Eu nunca ouvi um sermão que se dirigisse a essas realidades. Será que Deus só se importava em nossas almas irem para o céu depois de morrermos? Nossas barrigas vazias não teriam importância para Deus? [...]”. (Claude Nikondeha, do Burundi, em Maio de 1994 num encontro de líderes do Burundi, Ruanda, Congo e Uganda)
Já dei muito treinamento para professores da Escola Bíblica Dominical, e já discipulei alguns seminaristas. Já ensinei muito nessas atividades a preparar uma aula ou sermão com os bem conhecidos "três pontos". Para ilustrar essa lição eu contava o seguinte caso:
Certa vez eu estava conversando com a minha cunhada lá na casa da minha mãe. Num determinado momento o filho dela, meu sobrinho que tinha na ocasião uns 3 ou 4 anos chega e fala:
- Mãe, sabe a rampa da garagem da vó?
- Sei, filho.
- Sabe o meu triciclo que é uma motoca?
- Sei.
- Sabe eu?
- Sim, filho, sei.
- Então: eu desci de motoca por aquela rampa!
Repare que o Daniel, esse é o nome do meu sobrinho, explicou cada um dos pontos (a rampa, a motoca e ele) e depois "costurou" tudo numa última frase.
Já ouvi inúmeros sermões e aulas bíblicas que são muitíssimo bem preparadas dentro das técnicas mais apuradas. Uma dessas técnicas é que o sermão tem que ter 3 pontos, ou idéias, ou desafios, e por aí vai. Nesse ponto, ou seja, quanto à forma, essas mensagens são perfeitas. Esses ensinos não contêm nenhum erro doutrinário. São perfeitos, mas, não me inspiram a viver com Deus. Parece-me que falta o fluir da ministração do Espírito Santo! Falta vida.
O frustrante é que é impossível apontar qualquer falha na mensagem. Técnica e biblicamente são perfeitos, mas não passam de proposições doutrinárias acadêmicas e com tanta vida quanto um boneco de cera.
Também não estou preconizando o uso de recursos audiovisuais para dar mais “vida” ao que se está ensinando. E muito menos ser contra um sermão estruturado em 3 ou 4 pontos ou contra o uso de recursos modernos de ilustração. Tudo isso aí são métodos. Usá-los ou não é secundário.
O que quero dizer é que precisamos de ensino que faça a pessoa sair da aula da Escola Bíblica ou do Culto com vontade de ser cristão, seja essa pessoa convertida ou não.
“(...) Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (João 10:10)
Por outro lado, conheço alguns cristãos que suas Vidas são extremamente inspiradoras, quer preguem ou não.
“Cresci indo à igreja o tempo todo, talvez cinco vezes por semana. O que talvez os surpreenda, porém, é saber que durante toda minha infância, em todos os cultos aos quais assisti, eu só ouvi um sermão. [...] O sermão era mais ou menos assim: ‘você é pecador e você vai para o inferno. Você precisa se arrepender e crer em Jesus. Jesus talvez volte hoje, e se ele voltar e você não estiver preparado, você vai queimar para sempre no inferno’. [...] Quando fiquei mais velho, me dei conta de que minha vida inteira tinha por pano de fundo genocídios e violência, pobreza e corrupção. Mais de um milhão de pessoas morreram no meu país numa série de genocídios começando em 1959, e cerca de um milhão em Ruanda [...]. Tanta morte, tanto ódio e falta de confiança entre tribos, tanta pobreza, sofrimento, corrupção e injustiça, e nada nunca mudou. De repente me dei conta de uma coisa. Eu nunca ouvi um sermão que se dirigisse a essas realidades. Será que Deus só se importava em nossas almas irem para o céu depois de morrermos? Nossas barrigas vazias não teriam importância para Deus? [...]”. (Claude Nikondeha, do Burundi, em Maio de 1994 num encontro de líderes do Burundi, Ruanda, Congo e Uganda)
Já dei muito treinamento para professores da Escola Bíblica Dominical, e já discipulei alguns seminaristas. Já ensinei muito nessas atividades a preparar uma aula ou sermão com os bem conhecidos "três pontos". Para ilustrar essa lição eu contava o seguinte caso:
Certa vez eu estava conversando com a minha cunhada lá na casa da minha mãe. Num determinado momento o filho dela, meu sobrinho que tinha na ocasião uns 3 ou 4 anos chega e fala:
- Mãe, sabe a rampa da garagem da vó?
- Sei, filho.
- Sabe o meu triciclo que é uma motoca?
- Sei.
- Sabe eu?
- Sim, filho, sei.
- Então: eu desci de motoca por aquela rampa!
Repare que o Daniel, esse é o nome do meu sobrinho, explicou cada um dos pontos (a rampa, a motoca e ele) e depois "costurou" tudo numa última frase.
Já ouvi inúmeros sermões e aulas bíblicas que são muitíssimo bem preparadas dentro das técnicas mais apuradas. Uma dessas técnicas é que o sermão tem que ter 3 pontos, ou idéias, ou desafios, e por aí vai. Nesse ponto, ou seja, quanto à forma, essas mensagens são perfeitas. Esses ensinos não contêm nenhum erro doutrinário. São perfeitos, mas, não me inspiram a viver com Deus. Parece-me que falta o fluir da ministração do Espírito Santo! Falta vida.
O frustrante é que é impossível apontar qualquer falha na mensagem. Técnica e biblicamente são perfeitos, mas não passam de proposições doutrinárias acadêmicas e com tanta vida quanto um boneco de cera.
Também não estou preconizando o uso de recursos audiovisuais para dar mais “vida” ao que se está ensinando. E muito menos ser contra um sermão estruturado em 3 ou 4 pontos ou contra o uso de recursos modernos de ilustração. Tudo isso aí são métodos. Usá-los ou não é secundário.
O que quero dizer é que precisamos de ensino que faça a pessoa sair da aula da Escola Bíblica ou do Culto com vontade de ser cristão, seja essa pessoa convertida ou não.
“(...) Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (João 10:10)
Por outro lado, conheço alguns cristãos que suas Vidas são extremamente inspiradoras, quer preguem ou não.
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