“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:9)
Toda sexta-feira nos era oferecida a oportunidade de nos confessarmos com o padre capelão do colégio católico onde estudei. Éramos crianças, não sabíamos o que estávamos fazendo nem falando. Achávamos que tínhamos que nos confessar, tendo ou não pecado, tanto que sugeri a um colega que não sabia o que falar, que dissesse que havia pecado contra a castidade. Ele o fez e saiu do confessionário com os olhos arregalados.
Todos concordamos que devemos confessar nossos pecados a Deus:
“Feliz aquele cujas maldades Deus perdoa e cujos pecados ele apaga! Feliz aquele que o SENHOR Deus não acusa de fazer coisas más e que não age com falsidade! Enquanto não confessei o meu pecado, eu me cansava, chorando o dia inteiro. De dia e de noite, tu me castigaste, ó Deus, e as minhas forças se acabaram como o sereno que seca no calor do verão. Então eu te confessei o meu pecado e não escondi a minha maldade. Resolvi confessar tudo a ti, e tu perdoaste todos os meus pecados. Por isso, nos momentos de angústia, todos os que são fiéis a ti devem orar. Assim, quando as grandes ondas de sofrimento vierem, não chegarão até eles.” (Salmos 32:1-6 NTLH)
Mas como vimos ontem, devemos reconhecer que “erramos o alvo” uns aos outros.
Aí é que começam as dificuldades para escolher alguém que possa ser meu confessor. A primeira delas é, confesso, que tenho vergonha. Não é fácil falar meus pecados para alguém. Isso envolve, muitas vezes outro pecado que teria também que ser confessado, isto é, o orgulho.
Outra dificuldade é ter medo de que o conteúdo da confissão não fique em segredo. Nem todos temos por perto um João Crisóstomo, chamado de “Boca de Ouro” por, mesmo torturado, não revelar um segredo de confissão que lhe fora confiado.
Isso nos leva a considerar o despreparo dos ouvintes. O confessor precisa saber ouvir, o que é uma arte. Precisa ser sábio também. E precisa ainda ter a consciência de que é um pecador também. Mas a característica mais importante de um bom confessor, e também a mais rara, é ser alguém que queira se envolver na solução dos problemas da vida do outro.
Mais outra dificuldade que vejo em arrumar alguém com quem eu possa me confessar, é o medo que tenho de mal-entendidos (entender errado e confundir intenções).
Tudo isso exige, então, muita coragem, não é?
Mas vale a pena, se assim não fosse, Deus não nos mandaria fazer.
Toda sexta-feira nos era oferecida a oportunidade de nos confessarmos com o padre capelão do colégio católico onde estudei. Éramos crianças, não sabíamos o que estávamos fazendo nem falando. Achávamos que tínhamos que nos confessar, tendo ou não pecado, tanto que sugeri a um colega que não sabia o que falar, que dissesse que havia pecado contra a castidade. Ele o fez e saiu do confessionário com os olhos arregalados.
Todos concordamos que devemos confessar nossos pecados a Deus:
“Feliz aquele cujas maldades Deus perdoa e cujos pecados ele apaga! Feliz aquele que o SENHOR Deus não acusa de fazer coisas más e que não age com falsidade! Enquanto não confessei o meu pecado, eu me cansava, chorando o dia inteiro. De dia e de noite, tu me castigaste, ó Deus, e as minhas forças se acabaram como o sereno que seca no calor do verão. Então eu te confessei o meu pecado e não escondi a minha maldade. Resolvi confessar tudo a ti, e tu perdoaste todos os meus pecados. Por isso, nos momentos de angústia, todos os que são fiéis a ti devem orar. Assim, quando as grandes ondas de sofrimento vierem, não chegarão até eles.” (Salmos 32:1-6 NTLH)
Mas como vimos ontem, devemos reconhecer que “erramos o alvo” uns aos outros.
Aí é que começam as dificuldades para escolher alguém que possa ser meu confessor. A primeira delas é, confesso, que tenho vergonha. Não é fácil falar meus pecados para alguém. Isso envolve, muitas vezes outro pecado que teria também que ser confessado, isto é, o orgulho.
Outra dificuldade é ter medo de que o conteúdo da confissão não fique em segredo. Nem todos temos por perto um João Crisóstomo, chamado de “Boca de Ouro” por, mesmo torturado, não revelar um segredo de confissão que lhe fora confiado.
Isso nos leva a considerar o despreparo dos ouvintes. O confessor precisa saber ouvir, o que é uma arte. Precisa ser sábio também. E precisa ainda ter a consciência de que é um pecador também. Mas a característica mais importante de um bom confessor, e também a mais rara, é ser alguém que queira se envolver na solução dos problemas da vida do outro.
Mais outra dificuldade que vejo em arrumar alguém com quem eu possa me confessar, é o medo que tenho de mal-entendidos (entender errado e confundir intenções).
Tudo isso exige, então, muita coragem, não é?
Mas vale a pena, se assim não fosse, Deus não nos mandaria fazer.
"Palavras guardadas fazem sofrer..." A esfinge da mitologia grega ficava na entrada de Tebas perguntando para aqueles que passavam sua condição existencial, o que era para eles o homem (no fundo eles próprios). O nome esfinge vem do mesmo radical da palavra asfixia. Numa certa altura da vida vem aquele aperto no peito que nos cobra o que temos feito da nossa vida, e nós, que temos consciência de nossa condição humana, do nossa limitação, temos infarte, entramos em pânico, depressão... confessar é aceitar nossa condição humana, arrepender-se, abrir-se para o perdão... é reconciliar-se com Deus que é Amor.
ResponderExcluirAbraços,
Venâncio